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PROCEDIMENTOS DE MEDIÇÃO EM SUBGRUPOS

5.2.3 Escolha das famílias e instalação do experimento nas unidades

5.3.5.1 Representante A1 – Baixo potencial de economia de energia

A família representante do agrupamento 1 (A1) é o 13º caso mais próximo do centro médio do grupo. Houve dificuldade na escolha da família contida no agrupamento de idosos. A maioria das famílias apresentava desconfiança e não desejava fazer parte do estudo. O fato das moradias próprias para idosos e pessoas com necessidades especiais estarem posicionadas principalmente em lotes de esquina com coletores solares na vertical, também dificultou a escolha da família do grupo dos idosos.

As características mais importantes que definem o agrupamento foram encontradas dentre elas, a presença de uma idosa, sem escolaridade. Anterior à mudança para o Residencial Vista Bela a família possuía moradia própria, em boas condições de salubridade. Possuía chuveiro elétrico e pagava a conta de energia elétrica. Entretanto ocupava uma área de preservação ambiental. Na moradia antiga, a família era composta por cinco pessoas, incluindo a usuária idosa, e gastava cerca de R$ 80,00 com a conta de energia. A atual moradia é composta por duas pessoas, sendo elas a idosa e uma criança. Gastam, em média, R$ 60,00 com a conta de energia, com economia acima da média do grupo. A família não possuía subsídio na conta de energia elétrica.

As informações levantadas inicialmente indicavam a presença de três pessoas, sendo elas uma idosa, o filho e a neta. A segunda entrevista realizada durante as instalações dos equipamentos confirmou a presença de três pessoas. Entretanto, no início do monitoramento observou-se que o filho não morava com a família. Na atual moradia, o sistema de aquecimento solar estava em condições normais de uso e o sistema auxiliar de aquecimento era o originalmente instalado pela construtora. Tanto a usuária idosa como a criança, apresentavam domínio para mistura da água do banho e demonstravam não ter problemas com o sistema. Declararam preferência por banhos após as 21horas.

Em relação à unidade habitacional (Figura 67), o telhado está orientado para o sul. A estrutura de suporte permitiu a orientação do coletor solar para o norte geográfico com desvio azimutal de + 16˚ e inclinação de 26,8˚.

Figura 67 - Vista externa (a) e interna (b) da unidade habitacional representante do subgrupo homogêneo A1, monitorada ao longo de um ano.

(a) (b)

5.3.5.2 Representante A2 – Sem potencial de economia de

energia

A família representante do agrupamento 2 (A2) é o 4º caso mais próximo do centro médio do grupo. Caracteriza-se por uma família insatisfeita com o sistema de aquecimento solar, sem percepção de economia na conta de energia. A família é composta por cinco pessoas sendo elas um casal, duas crianças e uma adolescente. As informações de composição familiar, inicialmente levantadas, se mantinham no momento da instalação dos equipamentos. Entretanto, a instabilidade de emprego de um dos membros da família não preservou a rotina de banho estabelecida na entrevista inicial. Também não existia um padrão de rotina de banho para as crianças, fato que não permitiu confrontar com a informação inicialmente declarada. Anterior à mudança para o Residencial Vista Bela, a família ocupava uma moradia emprestada provisoriamente. Utilizava o chuveiro elétrico e gastava R$ 36,00 com a conta de energia. Na atual moradia o gasto médio é de R$ 45,00. Nas duas situações, as contas são subsidiadas e os valores referem-se apenas ao excedente dos 100 kWh consumidos. A família demonstrava insatisfação com o sistema de aquecimento solar com queixas devido à dificuldade para misturar a água do banho, prevalecendo a água quente. As crianças mencionavam que conseguiam resolver o problema posicionando a chave do chuveiro elétrico no morno ou quente. Desta forma, a temperatura da água do banho era facilmente obtida. De fato, a unidade apresentava condições mais difíceis para mistura da água do banho. As vazões de água quente e fria apresentavam-se maiores do que

nas demais unidades monitoradas. Entretanto, o consumo de energia era elevado devido à presença de vários equipamentos eletrodomésticos e de um refrigerador de alto consumo. O chuveiro elétrico era o originalmente instalado na unidade.

O sistema de aquecimento solar apresentava-se com o vidro do coletor quebrado, sendo substituído por outro no momento das instalações dos equipamentos. O telhado está orientado para o norte. A estrutura de suporte manteve o desvio azimutal de + 16˚ e inclinação do coletor solar de 44,4˚. A Figura 68 apresenta uma vista do sistema de aquecimento solar ainda com o vidro quebrado (a) e vista interna parcial da cozinha (b).

Figura 68 - Imagem do sistema de aquecimento solar anterior à troca do vidro do coletor solar (a), e vista parcial da cozinha (b), na unidade habitacional representante do subgrupo homogêneo 2 (A2), monitorada ao longo de um ano.

(a) (b)

5.3.5.3 Representante A3 – Bom potencial de economia de

energia

A família representante do agrupamento 3 é o 9º caso mais próximo do centro médio do grupo. A presença da mulher como chefe de família é identificada. A família é composta por uma mulher jovem, viúva, chefe de família, com duas crianças. Porém, logo após o início do monitoramento, abrigou a irmã com um bebê recém-nascido. Na entrevista realizada no dia da instalação, a proprietária não mencionou esta mudança mesmo quando questionada se havia planos de abrigar alguém em sua moradia. A família definitiva acabou sendo composta por duas mulheres adultas, duas crianças e um bebê, porém preservando a existência da mulher chefe de família. A mulher chefe de família

permanecia fora de casa, trabalhando ao longo do dia. As crianças, no período de ausência da mãe, permaneciam na casa do avô até o final do dia, quando retornavam para casa. Com a presença da irmã, a qual se mudou logo após o início do monitoramento, as crianças passaram a ficar em casa e iniciaram uma nova rotina de banho com o sistema de aquecimento solar. A conta mensal de energia elétrica não era subsidiada na moradia anterior. Declarou que dividia a casa com a cunhada e gastava cerca de R$ 40,00 com a conta de energia. Após a mudança, o gasto médio com a conta de energia se manteve. O subsídio na conta de energia passou a ocorrer após junho de 2012, não interferindo nos dados levantados junto à concessionária.

O sistema de aquecimento solar apresentava funcionamento normal e o chuveiro elétrico era o originalmente instalado na unidade. O telhado está orientado para o sul. A estrutura de suporte permitiu a orientação do coletor solar para o norte geográfico com desvio azimutal de + 16˚ e inclinação do coletor solar de 26,8˚. A Figura 69 ilustra uma vista externa (a) e interna (b) da unidade.

Figura 69 - Vista externa (a) e interna (b) da unidade habitacional representante do subgrupo homogêneo 3 (A3), monitorada ao longo de um ano.

(a) (b)