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3.4 Check-list

4.2.2 Requisitos ambientais

Vestimentas de proteção

Na sala de radiologia geral (SLRX) existem todas as vestimentas de proteção ou equipamentos de proteção individual (EPI) preconizadas pela norma, com exceção dos óculos plumbíferos.

O avental plumbífero de 0,5 mm fica pendurado em um cabide para manter a integridade da proteção de chumbo. Os demais equipamentos (luvas, protetor de tireóide e avental) ficam dispostos em uma prateleira de modo que podem ser armazenados sem dobras. Se encontram em bom estado de conservação e não apresentam fissuras no tecido plumbífero conforme demonstram os testes de permeabilidade à radiação realizados, os últimos, no mês de março de 2007. Na sala de mamografia (MMGR) e na de densitometria óssea não existem EPI disponíveis.

Câmara Escura

Na câmara escura os requisitos de iluminação, ventilação e processamento radiográfico estão em conformidade com a norma. Verificou-se

situação de não conformidade apenas com relação ao revestimento de piso e paredes, sendo estas rebocadas e recobertas por tinta plástica e o piso de cimento regularizado.

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Como já foi mencionado, a clínica radiológica analisada, apresenta um

bom nível de segurança quanto a proteção radiológica. Entretanto, cabem aqui algumas recomendações com relação a alguns requisitos que foram considerados discrepantes da norma (Portaria 453/MS):

5.1 Requisitos operacionais

Treinamento

Para atender os requisitos legais e reforçar o conhecimento da equipe sobre radioproteção, deve-se agendar no mínimo uma palestra anual de duas horas de duração, que poderá ser ministrada pelo SPR abordando os aspectos básicos de proteção radiológica a ser ministrada para secretárias e demais funcionários.

Aos técnicos em radiologia deverão ser ministradas palestras com carga horária suficiente para rever os aspectos básicos de proteção radiológica, as rotinas desenvolvidas no serviço, o sistema de assentamentos, as obrigações, tarefas e deveres de cada membro da equipe.

O evento deverá ser registrado em livro-ata e todos os participantes deverão registrar a presença.

Controle da saúde ocupacional

Recomenda-se que seja realizado, para os técnicos em radiologia, exames de sangue, com contagem de plaquetas devendo ser repetidos a cada seis meses. Médicos radiologistas e secretárias também devem realizar o exame, sendo que a periodicidade para a sua realização será de doze meses.

Os técnicos em radiologia (TR) ainda devem realizar exames laboratoriais com dosagem de hormônios tireoidianos com periodicidade bi-anual.

Outras recomendações com relação à saúde ocupacional poderão advir do PCMSO, devendo ser operacionalizadas o mais breve possível.

Assentamentos

individualmente para cada IOE, descrevendo as tarefas que executa, treinamentos, resultados da dosimetria individual contabilizados anualmente. Os dados referentes ao controle ocupacional devem ser disponibilizados ao trabalhador por ocasião de sua demissão.

Com relação aos treinamentos, os assentamentos devem conter dados referentes ao período, carga horária, recursos utilizados, local, participantes, ministrante e certificação (se houver). Na ficha funcional dos participantes também deverão ser registrados os mesmos dados.

Características gerais dos equipamentos

Recomenda-se, na aquisição de novos equipamentos que se verifique antecipadamente a existência de documentação fornecida pelo fabricante relativa às características técnicas, especificações de desempenho, instruções de operação, de manutenção e de proteção radiológica. Também deverá ser exigido no momento da negociação de novos equipamentos o certificado de blindagem do cabeçote quanto à radiação de fuga.

5.2 Requisitos ambientais

Vestimentas de proteção

Na sala de radiologia geral (SLRX) faz-se necessária a aquisição de óculos plumbíferos que podem ser utilizados pelo técnico, acompanhante ou paciente, da mesma forma que os outros EPI disponíveis conforme o julgamento do técnico ou do SPR do serviço.

Na sala de mamografia (MMGR), uma vez que não existem EPI disponíveis, deverão ser disponibilizados ao paciente, conforme a necessidade, uma saia plumbífera de 0,5mm, um óculos plumbífero e um protetor de tireóide. Na sala de mamografia não é permitido acompanhantes, sendo desnecessário disponibilizar EPI para os mesmos.

Na sala de densitometria óssea (DNST), não há necessidade de disponibilizar EPI para o técnico, paciente ou acompanhante, pois os níveis de radiação neste ambiente são considerados muito baixos.

Câmara Escura

Na câmara escura, para evitar a corrosão e garantir a segurança, recomenda-se a adoção de revestimento cerâmico para piso e paredes sendo que no piso é necessária a adoção de cerâmica anti-derrapante.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A situação encontrada no serviço de radiologia médica analisada neste estudo apresenta um desempenho muito bom no que tange ao cumprimento das normas e princípios de radioproteção, que são muitas vezes negligenciados, como é possivel verificar em outros trabalhos com o mesmo enfoque realizados em instituições similares.

Ao contrário de outros agentes físicos como o calor, poeira, umidade, a radiação ionizante não demonstra sinais de sua presença nem causa algum desconforto que possa ser percebidos pelos nossos sentidos. Seus efeitos maléficos são silenciosos, cumulativos e muitas vezes irreversíveis.

Justamente por isto é que a informação sobre o comportamento físico radiação ionizante, a forma como esta interage com a matéria e que efeitos pode causar no organismo humano é tão importante por parte do trabalhador que opera equipamentos emissores de raios-x.

Percebe-se que quanto maior o nível de informação dos trabalhadores sobre estas questões, maior a preocupação este tem com sua proteção, dos pacientes e acompanhantes.

É necessário que cada instituição que utiliza equipamentos radiológicos, não tenha apenas a preocupação em cumprir normas e obedecer princípios, mas que desenvolva uma “cultura” voltada à radioproteção para internalizar em cada indivíduo da equipe a importância das medidas de proteção.

Além da realização de cursos, palestras, seminários para disseminar informações é importante acompanhar o dia a dia, a rotina de trabalho procurando em cada procedimento reduzir as exposições ao máximo possível.

A clínica de radiodiagnóstico onde se desenvolveu a pesquisa é muito bem estruturada no que se refere ao cumprimento dos requisitos da Portaria 453/MS, entretanto percebe-se uma lacuna no que se refere segurança do trabalho de uma forma mais ampla, sendo que as questões referentes ao cumprimento da NR -9 (PPRA) e NR-7 (PCMSO) não estão sendo observadas.

7 CONCLUSÃO

A avaliação dos requisitos de radioproteção em clínica de radiodiagnóstico, tema proposto nesta pesquisa teve o intuito de verificar quais os fatores ambientais, procedimentos ou equipamentos de um serviço de radiodiagnóstico não estão de acordo com as normas e princípios de radioproteção e que medidas seriam capazes de reduzir ao máximo a exposição ocupacional.

Os objetivos foram plenamente atendidos de maneira que através de um confronto com os requisitos legais foram identificadas as áreas de risco sendo que os requisitos de radioproteção que não estavam em conformidade com a norma suscitaram a elaboração de medidas visando à adequação do serviço aos preceitos legais, reduzindo assim os riscos de exposição ocupacional.

Extrapolando a esfera da norma que serviu de base para a realização deste estudo (Portaria 453 MS/SVS) verificou-se que embora os requisitos legais estejam sendo atendidos em mais de 80% e que as áreas de risco oferecem blindagem adequada, sendo monitoradas de forma a evitar riscos e acidentes, é necessário que a empresa procure adotar uma postura mais abrangente no que se refere à segurança do trabalho.

A empresa falha no que se refere à postura em relação à segurança de uma forma mais ampla, no desenvolvimento de uma cultura onde estes preceitos sejam difundidos e valorizados. Este aspecto foi evidenciado quando se verificou a inexistência de treinamentos, falhas no controle da saúde ocupacional e a falta do PCMSO e do PPRA no estabelecimento.

O check-list demonstrou ser uma ferramenta muito útil para a verificação dos requisitos legais, sendo capaz de sintetizar a norma, simplificando a vistoria no ambiente de trabalho.

A lista elaborada nesta pesquisa procurou retratar a Portaria 453 MS/SVS da forma mais abrangente possível, tendo como enfoque principal a radiproteção dos IOE. O mesmo instrumento poderá ser utilizado em outras clínicas de radiodiagnóstico se o objetivo for verificar requisitos de radioproteção.

Se o enfoque for outro, em futuros trabalhos, poder-se-á elaborar listas com itens diversos dos que foram aqui apresentados, direcionando-se o foco para os objetivos da pesquisa,

REFERÊNCIAS

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1998.

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WELLS, Martin Astete; GIAMPAOLI, Eduardo; ZIDAN, Leila Nadin. Riscos físicos.

MINISTÉRIO DA SAÚDE

SECRETARIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA PORTARIA Nº 453, DE 1 DE JUNHO DE 1998

Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em todo território nacional e dá outras providências.

A Secretária de Vigilância Sanitária, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista as disposições constitucionais e a Lei 8.080, de 19 de outubro 1990, que tratam das condições para a promoção e recuperação da saúde como direito fundamental do ser humano, e considerando:

• a expansão do uso das radiações ionizantes na Medicina e Odontologia no país;

• os riscos inerentes ao uso das radiações ionizantes e a necessidade de se estabelecer uma política nacional de proteção radiológica na área de radiodiagnóstico;

• que as exposições radiológicas para fins de saúde constituem a principal fonte de exposição da população a fontes artificiais de radiação ionizante;

• que o uso das radiações ionizantes representa um grande avanço na medicina, requerendo, entretanto, que as práticas que dão origem a exposições radiológicas na saúde sejam efetuadas em condições otimizadas de proteção;

• as responsabilidades regulatórias do Ministério da Saúde relacionadas à produção, comercialização e utilização de produtos e equipamentos emissores de radiações ionizantes;

• a necessidade de garantir a qualidade dos serviços de radiodiagnóstico prestados à população, assim como de assegurar os requisitos mínimos de proteção radiológica aos pacientes, aos profissionais e ao público em geral;

• a necessidade de padronizar, a nível nacional, os requisitos de proteção radiológica para o funcionamento dos estabelecimentos que operam com raios-x diagnósticos e a necessidade de detalhar os requisitos de proteção em radiologia diagnóstica e intervencionista estabelecidos na Resolução nº 6, de 21 de dezembro de 1988, do Conselho Nacional de Saúde;

• as recomendações da Comissão Internacional de Proteção Radiológica estabelecidas em 1990 e 1996, refletindo a evolução dos conhecimentos científicos no domínio da proteção contra radiações aplicada às exposições radiológicas na saúde;

• as recentes Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica estabelecidas em conjunto pela Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-americana da

Saúde, Organização Internacional do Trabalho, Organização de Alimento e Agricultura, Agência de Energia Nuclear e Agência Internacional de Energia Atômica;

• as recomendações do Instituto de Radioproteção e Dosimetria da Comissão Nacional de Energia Nuclear, órgão de referência nacional em proteção radiológica e metrologia das radiações ionizantes;

• que a matéria foi aprovada pelo Grupo Assessor Técnico-Científico em Radiações Ionizantes do Ministério da Saúde, submetida a consulta pública através da Portaria nº 189, de 13 de maio de 1997, debatida e consolidada pelo Grupo de Trabalho instituído, resolve:

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico "Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico", parte integrante desta Portaria, que estabelece os requisitos básicos de proteção radiológica em radiodiagnóstico e disciplina a prática com os raios-x para fins diagnósticos e intervencionistas, visando a defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em geral.

Art. 2º Este Regulamento deve ser adotado em todo território nacional e observado pelas pessoas físicas e jurídicas, de direito privado e público, envolvidas com a utilização dos raios-x diagnósticos.

Art. 3º Compete aos órgãos de Vigilância Sanitária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios o licenciamento dos estabelecimentos que empregam os raios-x diagnósticos, assim como a fiscalização do cumprimento deste Regulamento, sem prejuízo da observância de outros regulamentos federais, estaduais e municipais supletivos sobre a matéria.

Art. 4º A inobservância dos requisitos deste Regulamento constitui infração de natureza sanitária nos termos da Lei 6.437, de 25 de agosto de 1977, ou outro instrumento legal que venha a substituí-la, sujeitando o infrator ao processo e penalidades previstas, sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis.

Art. 5º As Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal devem implementar os mecanismos necessários para adoção desta Portaria, podendo estabelecer regulamentos de caráter suplementar a fim de atender às especificidades locais.

Parágrafo único. Os regulamentos estaduais e/ou municipais sobre esta matéria devem ser compatibilizados de forma a observar os requisitos do Regulamento aprovado por esta Portaria.

Art. 6º Todos os serviços de radiodiagnóstico devem manter um exemplar deste Regulamento nos seus diversos setores que empregam os raios-x diagnósticos.

Art. 7º Esta Portaria entra em vigor a partir da data de sua publicação, revogando as disposições em contrário.

Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico

Capítulo 1 - Disposições Gerais

Definições

1.1 Os termos em itálico devem ser interpretados neste Regulamento conforme definidos no Glossário (Anexo C).

1.2 Objetivos

1.3 1.2 Atendendo à política nacional de proteção à saúde, o presente Regulamento tem por objetivos:

a) Baixar diretrizes para a proteção da população dos possíveis efeitos indevidos inerentes à utilização dos raios-x diagnósticos, visando minimizar os riscos e maximizar os benefícios desta prática.

b) Estabelecer parâmetros e regulamentar ações para o controle das exposições médicas, das exposições ocupacionais e das exposições do público, decorrentes das práticas com raios-x diagnósticos.

c) Estabelecer requisitos para o licenciamento e a fiscalização dos serviços que realizam procedimentos radiológicos médicos e odontológicos.

Campo de Aplicação

1.3 Este Regulamento deve ser adotado em todo o território nacional pelas pessoas jurídicas e físicas, de direito privado e público, envolvidas com:

a) A produção e comercialização de equipamentos de raios-x diagnósticos, componentes e acessórios.

b) A prestação de serviços que implicam na utilização raios-x diagnósticos para fins médicos e odontológicos.

c) A utilização dos raios-x diagnósticos nas atividades de pesquisa biomédica e de ensino.

Autoridade Regulatória

1.4 A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde e os órgãos de Vigilância Sanitária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aqui designados de autoridades sanitárias, adotarão as medidas cabíveis para assegurar o cumprimento deste Regulamento.

1.5 Compete às autoridades sanitárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios o licenciamento dos serviços que empregam os raios-x diagnósticos,

assim como a fiscalização do cumprimento deste Regulamento, sem prejuízo da observância de outros regulamentos federais, estaduais e municipais supletivos sobre a matéria.

Inspeções Sanitárias

1.6 Os responsáveis principais devem assegurar à autoridade sanitária livre acesso a todas as dependências do serviço e manter à disposição todos os assentamentos e documentos especificados neste Regulamento.

Infrações

1.7 A inobservância dos requisitos deste Regulamento ou a falha na execução de ações corretivas ou preventivas em tempo hábil constitui infração de natureza sanitária, sujeitando o infrator ao processo e penalidades previstas na legislação vigente, sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis.

1.8 Em casos de não conformidade com o cumprimento de qualquer requisito deste Regulamento, os responsáveis principais devem, conforme apropriado:

a) Providenciar uma investigação de suas causas, circunstâncias e conseqüências. b) Tomar as medidas cabíveis para corrigir as circunstâncias que levaram à infração e prevenir a recorrência de infrações similares.

Interpretações e Casos Omissos

1.9 Os casos omissos e dúvidas relativas à interpretação e aplicação deste Regulamento serão dirimidos pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.

Capítulo 2 - Sistema de Proteção Radiológica

Princípios Básicos

2.1 Os princípios básicos que regem este Regulamento são:

a) Justificação da Prática e das Exposições Médicas Individuais

b) Otimização da Proteção Radiológica

c) Limitação de Doses Individuais

Justificação

2.2 A justificação é o princípio básico de proteção radiológica que estabelece que nenhuma prática ou fonte adscrita a uma prática deve ser autorizada a menos que produza suficiente benefício para o indivíduo exposto ou para a sociedade, de modo a compensar o detrimento que possa ser causado.

2.3 O princípio da justificação em medicina e odontologia deve ser aplicado considerando:

a) Que a exposição médica deve resultar em um benefício real para a saúde do indivíduo e/ou para sociedade, tendo em conta a totalidade dos benefícios potenciais em matéria de diagnóstico ou terapêutica que dela decorram, em comparação com o detrimento que possa ser causado pela radiação ao indivíduo.

b) A eficácia, os benefícios e riscos de técnicas alternativas disponíveis com o mesmo objetivo, mas que envolvam menos ou nenhuma exposição a radiações ionizantes.

2.4 Na área da saúde existem dois níveis de justificação: justificação genérica da prática e justificação da exposição individual do paciente em consideração.

a) Justificação genérica

(i) todos os novos tipos de práticas que envolvam exposições médicas devem ser previamente justificadas antes de serem adotadas em geral.

(ii) os tipos existentes de práticas devem ser revistos sempre que se adquiram novos dados significativos acerca de sua eficácia ou de suas conseqüências.

b) Justificação da exposição individual

(i) todas as exposições médicas devem ser justificadas individualmente, tendo em conta os objetivos específicos da exposição e as características do indivíduo envolvido.

2.5 Fica proibida toda exposição que não possa ser justificada, incluindo:

a) Exposição deliberada de seres humanos aos raios-x diagnósticos com o objetivo único de demonstração, treinamento ou outros fins que contrariem o princípio da justificação.

b) Exames radiológicos para fins empregatícios ou periciais, exceto quando as informações a serem obtidas possam ser úteis à saúde do indivíduo examinado, ou para melhorar o estado de saúde da população.

c) Exames radiológicos para rastreamento em massa de grupos populacionais, exceto quando o Ministério da Saúde julgar que as vantagens esperadas para os indivíduos examinados e para a população são suficientes para compensar o custo

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