• Nenhum resultado encontrado

REQUISITOS TÉCNICOS DE TELECOMUNICAÇÕES PARA A TELEPROTEÇÃO 925

1  REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES 869 

1.7   REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES 923

1.7.2   REQUISITOS TÉCNICOS DE TELECOMUNICAÇÕES PARA A TELEPROTEÇÃO 925

Os equipamentos para teleproteção devem ser dedicados, específicos e não compartilhados com outras aplicações.

Os equipamentos de teleproteção deve atender às normas de compatibilidade eletromagnética aplicáveis, nos graus de severidade adequados para utilização em instalações de transmissão de sistema elétrico de potência.

Funções de teleproteção integradas em outros equipamentos de telecomunicação devem ter interfaces dedicadas e independentes, e os equipamentos que têm tais funções integradas devem ser adequados para uso em instalações de transmissão de sistemas elétricos de potência, conforme o parágrafo anterior.

Os equipamentos de telecomunicação para as funções de teleproteção devem:

a) Ser adequados ao esquema de teleproteção selecionado ou à quantidade de grandezas ou informações a serem transferidas, no que concerne a número de comandos, largura de banda, taxa de transmissão, simetria e variação de tempo de propagação e integridade das informações; b) Manter a confiabilidade e segurança de operação em situações de baixa relação sinal/ruído

(canal analógico) ou erro na taxa de transmissão (BER) acima do especificado;

c) Ter facilidades para a simulação do funcionamento dos enlaces, com o bloqueio simultâneo da saída de comando para a proteção, independente do meio de comunicação utilizado, para que seja possível realizar a verificação dos enlaces sem ser necessário desligar a LINHA DE TRANSMISSÃO; e

d) Ter chaves de testes para permitir realizar intervenção nesses equipamentos sem ser necessário desligar a linha de transmissão.

Se o equipamento de teleproteção for instalado em edificação distinta dos equipamentos de telecomunicações (multiplex) ou a distância entre eles possa vir a comprometer a confiabilidade e segurança da teleproteção, a interligação entre ambos deve ser por meio de cabo óptico dielétrico com conversor eletro-óptico nas extremidades.

A teleproteção utilizando onda portadora sobre linha de transmissão (OPLAT) deve manter a confiabilidade e a segurança de operação em condições adversas de relação sinal/ruído, sobretudo na

VOL. III - Fl. 926 de 1026

ruptura ou curto-circuito para terra de uma das fases da LINHA DE TRANSMISSÃO utilizadas pelo sistema OPLAT.

Esquemas de transferência de disparo devem utilizar dois canais equipamentos de teleproteção e de telecomunicação independentes para cada conjunto de proteção.

Nos esquemas de transferência de disparo que utilizam onda portadora na LINHA DE TRANSMISSÃO, sistemas de microondas ou rádio, em condições normais o disparo se dará pelo recebimento dos comandos de disparo em ambos os canais. No caso de falha de um dos canais de telecomunicação, o esquema deve permitir o disparo apenas com o recebimento do comando no canal íntegro (lógica monocanal).

Os canais de transferência de disparo devem permanecer permanentemente acionados quando da atuação de relés de bloqueio (quando da ocorrência de falha na abertura de disjuntores, atuação de proteções de reatores, etc.) e temporariamente acionados quando atuados pelas proteções de LINHA DE TRANSMISSÃO. O esquema de recepção deve ter meios para diferenciar os sinais de transferência de disparo direto para os quais o religamento automático deve ser permitido daqueles para os quais o religamento não deve ser permitido.

A utilização de comunicação direta entre conjuntos de proteção deve utilizar fibra óptica ou canais multiplex de alta velocidade, com largura de banda mínima de 64 kbps.

O tempo decorrido entre o envio do sinal de um terminal e seu recebimento no terminal oposto deve ser menor que 15ms, já incluídos os tempos de operação dos relés auxiliares.

1.7.2.1 Teleproteção para LINHAS DE TRANSMISSÃO com tensão nominal igual ou superior a 345 kV Nos esquemas de teleproteção devem ser utilizados equipamentos de teleproteção e telecomunicações independentes e redundantes para a PROTEÇÃO PRINCIPAL E ALTERNADA, sempre que possível com a utilização de meios físicos de transmissão independentes, de tal forma que a indisponibilidade de uma via de telecomunicação não comprometa a disponibilidade da outra via. Cada equipamento de teleproteção deve ter o número de canais necessários para o correto desempenho do esquema de teleproteção utilizado.

Os esquemas de transferência de disparo direto, em cada proteção, devem utilizar dois equipamentos de teleproteção e de telecomunicações independentes. As saídas dos canais de transferência de disparo dos dois equipamentos receptores de teleproteção (provenientes de cada um dos equipamentos de telecomunicações) devem ser ligadas em série, de tal forma que ambos os receptores devem receber o sinal antes de executar o comando de disparo para o relé de proteção. Para situações de perda ou falha de um dos equipamentos de teleproteção ou de telecomunicações, deve ser prevista lógica para executar o comando de disparo para o relé de proteção quando ocorrer a recepção de sinal de disparo pelo equipamento que estiver em operação normal (lógica monocanal). Os canais de transferência de disparo devem permanecer permanentemente acionados quando da atuação de relés de bloqueio (quando da ocorrência de falha na abertura de disjuntores, atuação de proteções de reatores, etc.) e temporariamente acionados quando atuados pelas proteções de LINHA DE TRANSMISSÃO. O esquema de recepção deve ter meios para diferenciar os sinais de transferência de disparo direto para os quais o religamento automático deve ser permitido, daqueles para os quais o religamento não deve ser permitido.

VOL. III - Fl. 927 de 1026

Os equipamentos de teleproteção devem ser específicos para proteção, não compartilhados com outras aplicações.

O tempo decorrido entre o envio do sinal em um terminal e seu recebimento no terminal oposto deve ser menor que 15 ms, aí incluídos os tempos de operação dos relés auxiliares dos equipamentos de teleproteção.

Deve ser previsto o registro de transmissão e recepção de sinais associados à atuação da teleproteção no SISTEMA de registro de seqüência de eventos da instalação, visando a facilitar a análise de ocorrências pós-distúrbios.

1.7.2.2 Teleproteção para LINHAS DE TRANSMISSÃO com tensão nominal inferior a 345 kV

O equipamento de teleproteção deve ter o número de canais necessários para o correto desempenho do esquema de teleproteção utilizado e atender os demais requisitos definidos no subitem acima.