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1.7.1 REQUISITOS GERAIS

O sistema de telecomunicações da LT 525 kV IVAIPORÃ - LONDRINA deverá atender aos sistemas de comunicação de voz operativa e administrativa, teleproteção, supervisão e controle elétrico, supervisão de telecomunicações, controle de emergência, medição, faturamento e manutenção da linha de transmissão de energia elétrica, entre as subestações de energia elétrica envolvidas e destas aos centros de operação do sistema elétrico envolvidos.

Os serviços de comunicação para voz e dados deverão atender aos seguintes requisitos:

• Serviço Classe A: Disponibilidade igual ou superior a 99,88% apurada mensalmente e

tendo como valor de referência o somatório dos últimos doze meses;

• Serviço Classe B: Disponibilidade igual ou superior a 99,00% apurada mensalmente e

tendo como valor de referência o somatório dos últimos doze meses;

• Circuitos de voz analógicos:

- Nível de sinal: ± 3 dB de variação em relação ao nível nominal

- Nível de ruído admissível: ≤ 40 dBm0

• Circuitos de dados analógicos:

- Nível de sinal: ± 3 dB de variação em relação ao nível nominal

- Nível de ruído admissível: ≤ 40 dBm0

- -Taxa de erro: ≤ 50 bits / milhão, sem código de correção de erros, com seqüência

pseudo-aleatória em teste com duração de 15 minutos.

• Circuitos de voz ou de dados digitais:

- Taxa de erro 0 (zero), em pelo menos uma dentre três medidas realizadas, com duração de 15 minutos cada uma e utilizando uma seqüência pseudo-aleatória.

• Para o sistema de teleproteção também deverão ser seguidos os requisitos das normas

IEC 834-1, IEC 870-5 e IEC 870-6 onde aplicável.

O sistema de energia para todos os equipamentos de telecomunicações fornecidos deverá ter as seguintes características:

• Unidade de supervisão e, no mínimo, duas unidades de retificação;

• Dois bancos de baterias com autonomia total de no mínimo 12 horas, dimensionados

para a carga total de todos os equipamentos de telecomunicações instalados;

• No caso de utilização de baterias do tipo chumbo-ácido, os bancos de baterias deverão

estar acondicionados em ambiente especial, isolado das demais instalações e com sistema de exaustão de gases;

• As unidades de retificação deverão ter a capacidade de alimentar, simultaneamente, o

banco de baterias em carga e todos os equipamentos de telecomunicações, com margem demais 30% no dimensionamento.

Os equipamentos de telecomunicações deverão ser supervisionados local e remotamente, devendo alarmar nas instalações anomalias dos principais equipamentos de telecomunicações,

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incluindo os equipamentos de suprimento de energia.

Os equipamentos digitais devem possuir telessupervisão, e permitir remotamente gerenciamento, autodiagnóstico e configuração.

A TRANSMISSORA será responsável pela total operacionalização dos enlaces de comunicação devendo ser prevista toda a infra-estrutura necessária para implantação do sistema de telecomunicações, tais como : edificações, alimentação de corrente contínua de 48 Vcc para suprimento dos equipamentos de telecomunicações com autonomia de no mínimo 12 horas na falta de CA, bem como qualquer outra infra-estrutura que se identificar necessária para a plena funcionabilidade do sistema de telecomunicações.

A TRANSMISSORA será responsável pela manutenção dos índices de qualidade e de disponibilidade dos canais de dados e voz que se interligam com o ONS e ELETROSUL.

Em caso de necessidade de indisponibilização programada de quaisquer canais de dados ou de voz de interesse do ONS e ELETROSUL, a TRANSMISSORA deverá manter entendimentos com o Centro de Operação destes agentes, para obter a aprovação do serviço solicitado em data e horário convenientes.

Finalmente, quando da apresentação do projeto executivo, a TRANSMISSORA deverá demonstrar através de uma memória de cálculo que a arquitetura de comunicação (configuração, número e capacidade dos enlaces, etc.) adotada atende aos requisitos apresentados neste edital.

1.7.2 REQUISITOS PARA A TELEPROTEÇÃO

Os equipamentos de telecomunicação dedicados às funções de teleproteção devem ser adequados para uso em instalações de sistema de potência com a finalidade de reconhecerem a presença de sinais e/ou freqüências que identifiquem um comando para os sistemas de proteção.

É admissível a utilização de comunicação direta relé a relé por meio de fibra óptica, para a implementação dos esquemas de teleproteção utilizando unidades de distância, desde que mantida a independência dos meios de comunicação da proteção principal e da alternada.

Os equipamentos devem possuir chaves de testes de modo a permitir a intervenção nos mesmos sem que seja necessário desligar a linha de transmissão.

A teleproteção deve manter a confiabilidade e segurança de operação em condições adversas de relação sinal / ruído e quando da ruptura de condutores da linha de transmissão (utilização de lógica de “unblocking”).

Deverão ser utilizados equipamentos de telecomunicação independentes e redundantes para a proteção Principal e Alternada, preferencialmente utilizando meios físicos de transmissão independentes, de forma que a indisponibilidade de uma via de telecomunicação não comprometa a disponibilidade da outra via.

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Cada equipamento de comunicação deve possuir no mínimo dois canais de comunicação. Desta forma a proteção da linha de transmissão contará, no mínimo, com 4 canais de teleproteção em cada sentido, sendo dois associados a proteção primária e dois associados a proteção alternada. Os esquemas de transferência direta de disparo, em cada proteção, deverão ser realizados através da utilização de dois canais de comunicação de cada uma delas combinados em série. As saídas dos receptores de transferência de disparo deverão ser ligadas em série, de tal forma que ambas as unidades deverão receber o sinal antes de executar o comando de disparo. Deverá ser prevista lógica para permitir disparo, mesmo no caso da perda de um dos canais de comunicação.

Os canais de transferência direta de disparo permanecerão continuamente acionados quando da atuação de relés de bloqueio (ocorrência de falha de disjuntores, falhas em reatores de linha e atuação da proteção de sobretensão) e temporariamente acionados quando atuada pelas proteções da linha. A lógica de recepção deverá ter meios para identificar os sinais de transferência de disparo para os quais o religamento automático deve ser permitido daqueles para os quais o religamento não deve ser permitido.

Os esquemas de teleproteção baseados em lógicas permissivas de sobrealcance, um dos canais de cada proteção deverá ser acionado pelas unidades de medida de sobrealcance da proteção da linha. Em esquemas de teleproteção baseados em lógicas de comparação direcional por sinal de bloqueio estes canais serão acionados por unidades de medida reversas das proteções da linha. Em esquemas de teleproteção baseados em lógicas permissivas por subalcance, estes canais serão acionados pelas unidades de medida de subalcance das proteções da linha.

Os canais de telecomunicação deverão ser específicos para proteção, não compartilhados com outras aplicações e garantir que o tempo decorrido entre o envio do sinal em um terminal e seu recebimento no terminal oposto seja menor do que 15 ms.

Deverá ser previsto o registro de emissão e recepção de sinais associados à atuação da teleproteção no sistema de registro de seqüência de eventos da instalação, visando facilitar análises de ocorrências pós-distúrbios.

1.7.3 REQUISITOS PARA CANAIS DE VOZ

A TRANSMISSORA deverá prover um sistema de comunicação com 2 serviços de voz, devendo pelo menos um deles ser direto (hot-line sem comutação) atendendo ao requisito de classe B e podendo o outro ser via sistema telefônico comutado, ambos full duplex, com sinalização sonora e visual e de uso exclusivo para comunicação operativa do sistema elétrico entre:

• As subestações envolvidas: IVAIPORÃ e LONDRINA;

• Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de Centro de Operação Local próprio ou

contratado, os serviços deverão ser previstos entre tal centro e: - Subestação IVAIPORÃ;

- Subestação LONDRINA;

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- Centro Regional de Operação da ELETROSUL, localizado em Florianópolis

• Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de Centro de Operação Local próprio ou

contratado, as subestações deverão dispor dos serviços com os Centros do ONS e de ELETROSUL, da seguinte forma:

- Subestação IVAIPORÃ:

Canais com o Centro Regional de Operação Sul - COSR-S, do ONS;

Canais com o Centro de Operação da ELETROSUL, localizado em Florianópolis. - Subestação LONDRINA:

Canais com o Centro Regional de Operação Sul - COSR-S, do ONS;

Canais com o Centro de Operação da ELETROSUL, localizado em Florianópolis. Adicionalmente, deverá ser fornecido um sistema de comunicação móvel para cobertura de toda a extensão das linhas de transmissão e das subestações envolvidas, para apoio às equipes de manutenção elétrica e de telecomunicações.

1.7.4 REQUISITOS PARA TRANSMISSÃO DE DADOS

Os enlaces de dados abaixo especificados deverão ser dimensionados (quantidade de canais, velocidade, uso de rotas alternativas, etc.) de forma a suportar o carregamento imposto pela transferência das informações e de controles especificados (observar os itens 1.4; 1.5 e 1.6) e apresentar a disponibilidade e qualidade conforme descrito neste edital.

1.7.4.1 Enlaces para supervisão e controle

Para a supervisão e controle pelo ONS e ELETROSUL, deverão ser fornecidos os seguintes enlaces redundantes de dados, preferencialmente por rotas alternativas atendendo ao requisito de classe A:

• Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de Centro de Operação Local próprio ou

contratado, deverão ser previstos enlaces entre tal centro e: - Subestação IVAIPORÃ

- Subestação LONDRINA

- Centro Regional de Operação Sul – COSR-S, do ONS

º Centro de Operação da ELETROSUL, localizado em Florianópolis.

• Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de Centro de Operação Local:

- Enlace com o Centro Regional de Operação Sul - COSR-S: Subestação IVAIPORÃ

Subestação LONDRINA

- Enlace com o Centro de Operação da ELETROSUL, localizado em Florianópolis Subestação IVAIPORÃ

Subestação LONDRINA

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1.7.4.2 Outros enlaces de dados

Para a aquisição de dados de registro de perturbação devem ser previstos dois ramais telefônicos DDR (discagem direta ao ramal).

Soluções alternativas que permitam o acesso via rede de dados poderão ser admitidas, uma vez assegurado, no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuídos aos enlaces acima especificados.

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