RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO
Podemos disser que é exatamente na rescisão do contrato de trabalho, que a empresa terá sua ultima possibilidade de quitação amigável de todos os direitos pendentes do funcionário.
No caso da rescisão do contrato de trabalho a empresa deverá tomar as seguintes providências:
conceder ou receber o Aviso-Prévio;
dar baixa na Carteira de Trabalho, anotando a data do desligamento,
valor da contribuição sindical, alterações salariais etc;
dar baixa na ficha ou livro de registro de empregados; informar ao CAGED a movimentação do empregado; solicitar extrato do FGTS ao banco;
fornecer informe de rendimentos para declaração anual de imposto de
renda;
conceder a comunicação de dispensa e o seguro desemprego; providenciar exame médico demissional.16
Aviso Prévio
Segundo Nascimento (1994), “Aviso-Prévio é a comunicação da rescisão de
contrato de trabalho pela parte que decide extingui-lo, com a antecedência a que estiver obrigada e com o dever de manter o contrato após essa comunicação até o prazo nela previsto, sob pena de pagamento de uma quantia substitutiva, no caso de ruptura de contrato.”
16
MARTINS, Libera. Curso de Administração de Recursos Humanos: Legislação Aplicada ao Departamento Pessoal. p.45.
O aviso prévio está regulamentado pelo artigo 487 da CLT, e pelo inciso XXI do artigo 7.º da Constituição Federal, e após a promulgação de nossa Lei Máxima, terá a duração não inferior a 30 (trinta) dias.
Quando o aviso é concedido pela empresa, o empregado pode optar em duas horas livres por dia ou faltar 7 dias seguidos.
O aviso prévio indenizado ocorre quando o período referente a este não é cumprido pelo empregado. O valor do aviso prévio indenizado corresponde ao salário do empregado, acrescido da parte variável e adicional.
Caso após emissão do aviso prévio o funcionário se recuse a dar ciência do mesmo, terá a empresa dois recursos:
Solicitar duas pessoas que assinem como testemunhas; Enviar pelos correios com aviso de recepção.17
Homologação
Ratificar, concordar – são os significados de homologar. Serão homologados os cálculos rescisórios que a empresa efetua quando do pagamento dos direitos trabalhistas de quando o funcionário se desliga da empresa. A homologação será feito quando o funcionário que não houver dado seu desligado por falecimento; ao ser desligar da empresa, contar com período de serviço superior a um ano; e não tiver sido demitido por justa causa, exceto no caso de concordar com aplicação desta penalidade.
Os documentos necessários para realizar a homologação são: Termo de Contrato de Trabalho – 5 vias.
Carteira de Trabalho e Previdência Social. Comprovante de Aviso Prévio.
Cópia do acordo coletivo. Extrato do FGTS atualizado.
17
MARTINS, Libera. Curso de Administração de Recursos Humanos: Legislação Aplicada ao Departamento Pessoal. p.48.
Guia GRFP recolhida. Comunicação de Dispensa.
Requerimento de Seguro Desemprego.
Verbas Rescisórias
“O conceito de verbas rescisórias, mesmo no sentido restrito, compreende as parcelas devidas ao empregado em razão do rompimento do vínculo contratual, tais como: o saldo de salários, o aviso prévio, as férias vencidas e proporcionais de um terço, a gratificação natalina, a indenização por tempo de serviço, a indenização adicional, indenização de 20% ou 40% sobre os depósitos do FGTS. Logo, como as parcelas deferidas pelo Juízo a qual são todas rescisórias, incluindo os 13º salários e férias indenizadas acrescidas do terço constitucional, sobre as mesmas incidem a multa de 50%.” 18
Rescisão19
Podemos dizer que a rescisão do contrato de trabalho por justa causa poderá ocorre de duas formas:
Rescisão do Contrato de Trabalho por Justa Causa – Iniciativa da Empresa, onde podemos encontrar fundamenta no artigo 482 da CLT. Rescisão do Contrato de Trabalho por Justa Causa – Iniciativa do
Funcionário, onde podemos encontrar fundamenta no artigo 483 da CLT.
Na Rescisão do Contrato de Trabalho podemos destacar os Direitos na Rescisão em: Contrato por Prazo Indeterminado e Contrato por Prazo Determinado (Experiência).
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Disponível em: < http://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/4436275/284200601916005-ma-00284- 2006-019-16-00-5-trt-16> Acesso em 29/03/12 às 16h:53min.
19
MARTINS, Libera. Curso de Administração de Recursos Humanos: Legislação Aplicada ao Departamento Pessoal. p.50.
No Contrato de Trabalho por Prazo Determinado os Direitos do empregado são os seguintes:
Saldo de salário; 13º salário;
Férias proporcionais acrescidas de 1/3 Constitucional; FGTS – Rescisão e mês anterior;
Levantamento do FGTS;
Indenização ao empregado dispensado antes do final do contrato;
Aviso prévio – se houver no contrato cláusula de direito recíproco de
rescisão.
E no Contrato de Trabalho por Prazo Indeterminado os Direitos do empregado são os seguintes:
Saldo de salário;
13º salário proporcional; Aviso prévio;
Férias vencidas acrescida de 1/3 constitucional; Férias proporcionais acrescida de 1/3 constitucional;
Indenização adicional – se a dispensa se der 30 dias antes da data da
correção salarial;
Salário família proporcional se for o caso; FGTS – da rescisão e mês anterior.
CONCLUSÃO
Em um mundo cada vez mais globalizado e em constante mudança, a área de R.H está passando por profundas mudanças. Podemos destacar como
algumas mudanças no R.H o novo papel do profissional dessa área, onde as empresas exigem mais profissionais com uma visão exata e estratégica na área de Recursos Humanos.
A Gestão de Pessoas depende de vários aspectos como a estrutura organizacional adotada, a cultura que existe em cada organização, as características do contexto ambiental, o negócio da empresa, os processos internos e outras variáveis importantes. Ela deve tratar os funcionários como parceiros da empresa, assim como trata os fornecedores, os acionistas, os clientes entre outros. Os empregados têm um papel fundamental para a
empresa, pois são eles que contribuem com seus conhecimentos, capacidades e habilidades, proporcionando decisões e ações que dinamizam a organização. No Brasil, o custo de mão de obra é muito elevado quando comparamos com outros países. A burocracia ainda é um estorvo para a empresa, pois ela perde tempo e dinheiro com todo o processo burocrático do nosso país. Com tudo isso as empresas brasileiras perdem competitividade para as organizações estrangeiras, mas com uma boa gestão de pessoas e comprometimento de todos da organização é possível ainda competir.