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Para a aplicação do Método de Rippl neste trabalho foram utilizados dados mensais de chuvas. O volume do reservatório foi obtido, utilizando demanda total (consumo interno e externo) e a captação total de chuvas no mês, somando apenas os valores negativos para se chegar ao volume do reservatório, é apresentado na tabela 10.

Tabela 10: Volume do reservatório usado o Método de Rippl.

Fonte: Autoria Própria (2016).

5.5.2 Método Prático Brasileiro (Azevedo Neto)

Para o Método Prático Brasileiro (Azevedo Neto) se desconsidera a demanda, considerando apenas: área de captação, precipitação média anual e o período de estiagem. Com base nos dados pluviométricos obtidos pelo IRDeR entre os anos de 2005 e 2015, pode-se notar que a cidade de Ijuí/RS, tem uma média de chuva anual de 1905,02 mm é o período de estiagem de 1 mês. A partir dos dados descritos acima obteve-se o volume do reservatório conforme o método e é apresentado na tabela 11.

Captação Totais (L) Volume (L)

Qac St Janeiro 6666,03 -123,48 Fevereiro 5919,04 201,41 Março 4583,68 1958,87 Abril 6644,48 -312,98 Maio 7102,68 -560,13 Junho 6922,93 -591,43 Julho 6257,84 284,71 Agosto 5149,63 1392,92 Setembro 7387,59 -1056,09 Outubro 9982,02 -3439,47 Novembro 7069,06 -737,56 Dezembro 8428,99 -1886,44 -8707,59 6542,55 6331,5 6542,55 6542,55 6120,45 6542,55 6331,5 6542,55 Meses Demandas Totais (L)

Volume do reservatório (L) 6331,5 6542,55 Qnp 6331,5 6542,55

_____________________________________________________________________________________________ Tabela 11: Volume do reservatório usando o Método Prático Brasileiro (Azevedo Neto).

Fonte: Autoria Própria (2016).

5.5.3 Método Prático Inglês

No Método Prático Inglês desconsidera-se a influência da demanda, considerando apenas: área de captação (telhado) e precipitação anual. Na cidade de Ijuí/RS, tem-se uma média de chuva anual de 1905,02 mm. Assim o volume do reservatório dimensionado por este método é apresentado na tabela 12.

Tabela 12: Volume do reservatório usando o Método Prático Inglês.

Fonte: Autoria Própria (2016).

5.5.4 Escolha do Método a ser Utilizado

Para melhor visualização, a tabela 13 apresenta um resumo dos volumes dos reservatórios calculados pelos diferentes métodos.

Tabela 13: Resumo dos volumes dos reservatórios calculados pelos diferentes Métodos.

Fonte: Autoria Própria (2016).

De acordo com o Método de Rippl, percebe-se que quanto maior for o consumo de água pluvial, maior deve ser o volume do reservatório, assim sendo necessário saber qual é a demanda total da residência para se poder dimensionar o reservatório. Sendo necessário sempre estimar a demanda a ser utilizada com cuidado, para não gerar um reservatório muito grande ou um reservatório que não atenda às necessidades da edificação.

Volume do Reservatório (L)

Tipo de Telhado

4310,98

Telhado Convencional (telha de barro)

Telhado Convencional (telha de barro) 5132,12

Tipo de Telhado Volume do Reservatório (L)

Métodos de Calculo Volume do Reservatório(L) Rippl Prático Brasileiro (Azevedo Neto) Prático Inglês 8707,59 5132,12 4310,98

Os Métodos Prático Brasileiro e Prático Inglês, são mais simples de se calcular, pois não é necessário se estimar a demanda da residência, mesmo havendo diferentes demandas o volume do reservatório será sempre o mesmo. Assim esses métodos podem gerar tanto reservatórios muito grande (custo elevado) como reservatórios que não são capazes de atender a demanda da edificação, assim sendo necessário a utilização de realimentador de água potável.

Como no cálculo do reservatório de águas pluviais obteve-se uma diferença pequena de volume entre os Métodos Prático Brasileiro e o Inglês, já o Método de Rippl que deu um valor bem maior comparado com os outros dois como mostra a tabela 13. Assim optou-se por utilizar o volume do maior reservatório calculado entre os Métodos Práticos, que é pelo Método Prático Inglês. Onde será instalado uma cisterna com 5000 litros (subterrânea) e uma caixa de água na parte superior (telhado) de 500 litros, assim dando um total de 5500 litros para o sistema de reservatórios de águas pluviais.

Amorim e Pereira (2008) discutem sobre os métodos de dimensionamento dos reservatórios de águas pluviais, onde descrevem que os métodos práticos (Brasileiro, Inglês), por serem de fácil aplicação, são mais indicados e usados em residências unifamiliares e estabelecimentos de pequeno porte. Já o Metodo de Rippl que é mais complexo, são aplicados em projetos maiores, como industrias, prédios e fabricas. Mas relatam que não existe qualquer restrição na aplicação de métodos para os diferentes tipos edificações.

De acordo com Fendrich (2009), os Métodos de Rippl, da Simulação, Azevedo Neto, Prático Alemão e Prático Australiano, não são aplicáveis no dimensionamento dos reservatórios de aproveitamento das águas pluviais, e que o Anexo A da NBR 15.527 (ABNT, 2007) deveria ser todo reformulado, com exceção do Método Prático Inglês, porem sua construção poderá ser antieconômica, e não incentiva os usuários a utilizarem tal sistema.

Rupp, Munarim e Ghisi (2011), comentam que quando comparados os volumes dos reservatórios calculados em cada método com o melhor volume em termos de potencial de economia de água potável, eles verificaram que os métodos de Rippl e Azevedo Neto se tem reservatórios maiores do que o ideal. Já para o método Prático Inglês os volumes dos reservatórios são superdimensionados quando a precipitação do local de implantação do projeto é alta, e

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subdimensionados quando a precipitação é baixa. E nos casos onde é possível realizar o método Prático Australiano, os reservatórios também são subdimensionados.

Continuando com os autores acima citados, eles comentam que o método de Rippl possibilita dimensionar os reservatórios de água de chuva somente quando se tem uma diferença positiva entre o volume e a demanda de água pluvial na residência, isto é, quando em algum momento do período analisado a demanda supera o volume. Já o método Prático Australiano apenas é possível calcular os reservatórios quando em algum período, a demanda de água de chuva supera o volume mensal de água de chuva. Os dimensionamentos feitos pelos métodos de Azevedo Neto e Prático Inglês tem a consequência de resultar em tamanhos de reservatório constantes de acordo com cada região, pois desconsidera a demanda de água pluvial na residência, assim quanto maior for a média de chuvas da região, maior será o volume do reservatório calculado (RUPP, MUNARIM e GHISI, 2011).

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