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RESIDENCIAL BOM PASTOR JUIZ DEFORA MG

No documento christianemerhygatto (páginas 131-137)

DESCRIÇÃO:

O Edifício Residencial Bom Pastor está situado na Rua Vicente Mazini nº 265, no Bairro Bom Pastor em Juiz de Fora, Minas Gerais. Trata-se de um condomínio de alto padrão com 20 andares, 3 pavimentos de garagem e pilotis sobre laje com área de lazer, com saunas, salões de festas, bar, copa, banheiros femininos e masculinos, churrasqueiras, piscina para adultos e infantil, área de jardins, onde está instalada a cobertura verde de 1035,40 m² , do tipo intensiva com vegetação arbustiva diversificada e grama . Os projetos são 1993/1994 e a obra foi concluída em 1995 pela Construtora Encol.

PROJETO:

O projeto arquitetônico e paisagístico é composto pela área das piscinas adulto e infantil num nível superior de cota +112,70 com ducha e cascata na parte posterior destas, circundadas por deck de madeira e bancos, playground com bancos, brinquedos em piso drenante revestido de plurigoma com jardineiras ladeando todo o contorno e o desnível para cota +112,35 que dão acesso à entrada para os salões de festas, bar, copa, sanitários, administração e etc.

Figura 25 - Vista da área de lazer onde foi executada a cobertura verde intensiva com espécies arbustivas de maior porte Fonte: Foto tirada da autora em 18/05/2012.

Na parte frontal, estar com vista panorâmica da cidade, equipado com bancos, postes e iluminação, escadas de acessos largas em desenhos geométricos acompanhados por jardineiras por todos os lados.

O projeto da cobertura verde intensiva é constituído por 9 camadas, a saber: vegetação arbustiva diversificada de médio e pequeno porte, substrato com 35 cm de altura, geotêxtil Bidim como filtrante, camada de drenagem de cinasita, camada de regularização com caimento, camada de proteção da impermeabilização, manta asfáltica de impermeabilização, camada de proteção e laje pré-moldada de concreto.

CONSTRUÇÃO:

A construção seguiu os projetos arquitetônicos e o detalhamento dos projetos executivos e as recomendações do ADPRO- Departamento de Impermeabilização da empresa ENCOL sob a responsabilidade do engenheiro Waldomiro Salomão Junior, sendo que a impermeabilização ficou a cargo da empresa juizdeforana Eficitec Ltda, que seguiu além dos projetos, as normas da ABNT pertinentes.

Figura 26- Planta Baixa do PUC- Pavimento de Uso Comum com área de lazer no pilotis. Fonte: Foto da autora em 18/05/2012.

Os materiais utilizados para a execução na laje vegetada e jardineiras existentes sobre a mesma foram:

A) as impermeabilizações com manta asfáltica da Viapol Impermeabilizantes – SP; B) drenagem, atividade Bidim da Rhodia - SP;

C) massa impermeável da SIKA S.A;

D) asfalto aplicado para colagem da manta da Asfaltos Vitória Ltda; E) neoprene/hypalon da Impermab Ind. E Com. Ltda – SP;

F) Isolante térmico da Basf Brasileira S.A. São Bernardo do Campo - SP; G) utilizado antes da colagem da manta da Denver Id. E Com. Suzano - SP;

H) Epóxi da SIKA S.A; Conforme os detalhes abaixo:

Figura 27 - Detalhes construtivos da impermeabilização da mureta de arrimo de proteção lateral e do encontro das áreas de piso e

jardineiras e das interferências como postes de iluminação. Fonte: Foto da autora em 18/05/2012.

Figura 28 - Detalhes construtivos da impermeabilização das floreiras com as camadas de impermeabilização e interferências como os balizadores. Fonte: Foto da autora em 18/05/2012.

Figura 29 - Detalhe construtivo da impermeabilização, drenagem e proteção lateral das floreiras.

Viu-se que essa cobertura verde difere das anteriores pela inserção de mobiliário como bancos e postes de iluminação, balizadores e etc. Se constitui de área descontínua com confinamento das áreas vegetadas em jardineiras designadas floreiras, com inclusão das piscinas e área de ducha, playground, estar para contemplação da vista panorâmica e várias interferências que em nada prejudicaram o desempenho positivo e o sucesso do projeto, cuja área foi impermeabilizada na sua integridade, além de todas as interseções, desníveis e detalhes arquitetônicos. Ressalta-se que todas as interferências foram detalhadas minuciosamente e executadas seguindo as recomendações da Norma de impermeabilização com as devidas proteções previstas.

O dimensionamento do carregamento na estrutura foi devidamente calculado para o suporte da laje de concreto, com detalhamentos construtivos que seguem modelo adotado em quase todos os prédios da construtora. Foi implantada aproveitando em parte os desníveis do terreno, com todos os 3 primeiros pavimentos designados às garagens e sobre a laje do último é projetado um PUC (Pavimento de Uso Comum), onde está inserida uma infraestrutura bastante completa de áreas para uso social e de lazer dos moradores, com torre dos pavimentos tipo, deslocada para a parte posterior do platô.

É uma edificação que já tem 17 a 18 anos de uso e não apresentou nenhum problema em relação à cobertura verde intensiva, seja quanto ao aparecimento de trincas, fissura por

Figura 30 - Detalhe construtivo da drenagem, impermeabilização, regularização e proteção mecânica das floreiras.

recalques estruturais ou dilatação e retração dos materiais empregados, seja na impermeabilização ou no suporte e elementos complementares como muretas de proteção, por exemplo. É um caso onde o custo-benefício justificou com larga margem de vantagem a favor da implantação da cobertura verde como se recomenda, garantindo seu desempenho e eficácia como sistema de cobertura com aproveitamento total da área onde foi implantada.

Considerando que os custos podem ter sido superiores, se comparados com uma aplicação sem tanta acuidade com os detalhes, verifica-se que o custo da manutenção foi minimizado, o que comprova que depois de alguns anos de uso, esse custo se dilui e a ausência de reparos e manutenção intensiva o torna mais econômico e competitivo, o que em curto prazo, poderia ter parecido oneroso.

No documento christianemerhygatto (páginas 131-137)