• Nenhum resultado encontrado

Resposta hemodinâmica, metabólica e ventilatória no período de recuperação no TECP em pacientes com SMet associada ou não à AOS

VE/VCO 2 SMet+AOS 42±2 30±1 33±

5.3 Resposta hemodinâmica, metabólica e ventilatória no período de recuperação no TECP em pacientes com SMet associada ou não à AOS

No período de recuperação do TECP ocorre a redução imediata da atividade simpática e concomitante reentrada da atividade vagal. No clássico trabalho de Imai

e cols. que examinaram os mecanismos fisiológicos de recuperação da FC após o exercício em adultos saudáveis, atletas e pacientes com insuficiência cardíaca, ficou demonstrado que, em todos os três grupos, a reativação vagal foi o principal

determinante da redução da frequência cardíaca durante os primeiros 30 segundos de recuperação, e que este mecanismo era independente da idade e da intensidade do exercício26. Desde esse clássico trabalho, a FCrec se tornou um marcador útil, prático e de enorme importância para estimar a função autonômica cardíaca, sendo diretamente associado à atividade parassimpática.

De fato, apesar de vários estudos demonstrarem que o ΔFCrec no 1º min é um marcador da reativação parassimpática9,10,11,12, no presente estudo, encontramos correlação entre ΔFCrec com atividade simpática mesmo no 1ºmin de recuperação após o TECP. De fato, nosso estudo traz à luz a importância da hiperatividade simpática como um freio para a imediata recuperação da FC em pacientes com SMet,

com ou sem AOS. A associação inversa entre ΔFCrec no 1º, 2º, 4º e 6ºmin com

ANSM, encontrada no presente estudo, reforça esta tese. Neste contexto, os nossos

resultados estão de acordo com alguns estudos descritos na literatura, que mostraram que a atividade simpática está associada com a ΔFCrec em indivíduos normais27, em crianças obesas102, usuários de esteróides anabolizantes103, ou em pacientes com infarto do miocárdio104.

Recente estudo do nosso grupo mostrou que a associação da SMet+AOS prejudicou a atividade parassimpática, vista pela variabilidade da FC, além de mostrar uma hiperatividade simpática13. Na verdade, a obesidade105, a hiperglicemia106 e os níveis elevados de PA107 são forte candidatos para explicar a hiperatividade simpática em pacientes com SMet. Interessantemente, a associação da AOS nesses pacientes provoca uma sobrecarga simpática adicional, explicada pelos reflexos fisiológicos agudos desencadeados pelos episódios de apneia/hipopneia durante o sono, que afetam as respostas hemodinâmicas e o controle autonômico8.

Mais especificamente, a hipóxia e a hipercapnia provocadas pela apneia/hipopneia recorrentes causam um aumento da sensibilidade quimiorreflexa crônica, com consequente ativação simpática também no período de vigília em pacientes com SMet associada com AOS12. Diante do exposto, a hiperatividade simpática é uma forte candidata que explica o prejuízo do ΔFCrec na população estudada, e a associação inversa encontrada entre ΔFCrec no 1º, 2 º, 4º e 6º min com a ANSM, reforça esta ideia.

Na literatura, já foi descrita a diminuição no ∆FCrec no 1º min tanto em pacientes com AOS como em pacientes com SMet, cujo prejuízo da recuperação da FC é maior quanto maior for gravidade das doenças. Em pacientes com AOS, foi observado que quanto maior o IAH, maior é a atenuação do ∆FCrec no 1º min76. O mesmo já foi descrito em pacientes com SMet, onde quanto mais critérios de diagnótisco de SMet, maior é o prejuízo da atenuação do ∆FCrec, indicando a gravidade do risco cardiovascular quando se acumula fatores de risco75. Nesse ponto, até onde temos conhecimento, este é o primeiro trabalho a estudar o comportamento da FCrec na SMet em associação com a AOS.

Ainda que em nosso estudo o prejuízo no ΔFCrec não tenha atingido os níveis de corte propostos por Cole e cols. para o 1º min (<12 bpm) ou por Myres e cols. para o 2º min (<22 bpm), relacionado com maior risco cardiovascular, as diferenças em relação ao grupo C mostram já haver um prejuízo em relação à SMet associada ou não com a AOS.

Em relação ao comportamento da PA na recuperação pós-esforço, foi observado valores aumentados nos grupos com SMet, independente da AOS, quando comparados com os do grupo C. Na literatura, já foi observado no estudo de Dlin e

cols. que os pacientes que apresentaram nível exacerbado de PA no final esforço no TECP, mantiveram a PA elevada no 2º e 4º min de recuperação99. No trabalho de Gaudreault e cols. que estudaram pacientes com SMet, também foi verificado que estes apresentaram valores aumentados de PAS e PAD no 2º e 4º min de recuperação, o que corrobora os dados do nosso estudo100. Além disso, neste estudo foi observado que o prejuízo na PAS durante o exercício e na recuperação foi a causa preditora de hipertensão100.

Outro aspecto interessante em relação às respostas hemodinâmicas durante a recuperação é a análise do DP. O DP, que é um marcador de estimativa do esforço cardíaco e de consumo de oxigênio pelo miocárdio, apresentou uma resposta alterada durante todo o TECP em ambos os grupos com SMet.

Por fim, vale ressaltar que nossos resultados sustentam a tese de que a AOS causa um prejuízo adicional no controle simpato-vagal durante o período de recuperação no TECP em pacientes com SMet, o que sugere um maior risco de eventos cardiovasculares nesses pacientes.

5.4 Limitações

Nós reconhecemos algumas limitações nesse estudo. O fato de não termos um grupo com AOS sem SMet não permite identificar as respostas da AOS isolada. Entretanto, o objetivo deste trabalho foi verificar se a AOS potencializa os prejuízos nas respostas hemodinâmicas, metabólicas e ventilatórias durante o TECP em pacientes com SMet, de forma que a ausência desse referido grupo não deve comprometer a interpretação dos resultados.

Outro aspecto a ser comentado foi o corte do IAH>15 eventos/h. Já foi relatado na literatura que os pacientes com IAH>15 eventos/h, ou seja, AOS classificada como moderada a grave, são os indivíduos que apresentam maior predisposição a eventos cardiovasculares.

Por fim, uma possível limitação diz respeito ao estudo da ANSM, que foi realizada em repouso em outro momento, quando o ideal seria verificar as respostas simpáticas durante o TECP. Entretanto por questões metodológicas, esse exame não poderia ser realizado concomitantemente ao teste de esforço cardiopulmonar, potencialmente limitando a capacidade explicativa da ANSM sobre as respostas ao esforço.

A SMet prejudica o controle autonômico durante o esforço progressivo máximo, e a AOS acentua esse prejuízo, caracterizada pela reserva cronotrópica e pelo prejuízo na recuperação da FC pós-esforço máximo nesses pacientes; o que pode ser explicado, pelo menos em parte, pelo aumento da atividade nervosa simpática. Além disso, os pacientes com SMet independente da presença da AOS, apresentam diminuição da capacidade funcional (VO2pico), do consumo de oxigênio para o trabalho cardíaco no esforço máximo (pulso de O2pico) e aumento da resposta inotrópica (PAS e PAD) durante o esforço progressivo máximo.

Estes resultados reforçam a tese do alto risco cardiovascular mesmo em pacientes recém diagnosticados com SMet. Nossos resultados enfatizam a necessidade de se avaliar a presença da AOS em pacientes com SMet, desde que a sobreposição da AOS potencializa ainda mais o risco cardiovascular nestes pacientes.

1. Gami AS, Witt BJ, Howard DE, Erwin PJ, Gami LA, Somers VK, Montori VM. Metabolic syndrome and risk of incident cardiovascular events and death: a systematic review and meta-analysis of longitudinal studies JACC. 2007;49:403- 414.

2. Nock NL, Li L, Larkin EK, Patel SR, Redline S. Empirical evidence for

"syndrome Z": a hierarchical 5-factor model of the metabolic syndrome incorporating sleep disturbance measures. Sleep. 2009;32:615-22

3. Grundy SM, Brewer HB Jr, Cleeman JI, Smith SC Jr, Lenfant C; National Heart, Lung, and BloodInstitute; American Heart Association. Definition of Metabolic Syndrome: Report of a National Heart, Lung, and Blood Institute/American Heart Association Conference on Scientific Issues Related to Definition. Circulation. 2004;109:433-438.

4. Ceska R. Clinical implications of the metabolic syndrome. Diabetes Vasc Dis Res. 2007;4:S2–S4.

5. Drager LF, Lopes HF, Maki-Nunes C, Trombetta IC, Toschi-Dias E, Alves MJNN, Fraga RF, Jun JC, Negrão CE, Krieger EM, Polotsky VY, Lorenzi-Filho G. The Impact of Obstructive Sleep Apnea on Metabolic and Inflammatory Markers in Consecutive Patients with Metabolic Syndrome. PloS One. 2010;11;5(8):e12065.

6. Trombetta IC, Somers VK, Maki-Nunes C, Drager LF, Toschi-Dias E, Alves MJ, Fraga RF, Rondon MU, Bechara MG, Lorenzi-Filho G, Negrão CE Consequences of comorbid sleep apnea in the metabolic syndrome--implications for cardiovascular risk. Sleep. 2010;9:1193-9.

7. Bradley TD, Floras JS. Sleep apnea and heart failure: Part I: obstructive sleep apnea. Circulation. 2003;107:1671–1678

8. Somers VK, Dyken ME, Clary MP, Abboud FM. Sympathetic neural mechanisms in obstructive sleep apnea. J Clin Invest. 1995;96:1897-904.

9. Godoy J, Mellado P, Tapia J, Santín J. Obstructive sleep apnea as an independent stroke risk factor: possible mechanisms. Curr Mol Med. 2009;9:203-9.

10. Javaheri S. Sleep disorders in systolic heart failure: a prospective study of 100 male patients. The final report. Int J Cardiol. 2006;106:21–8.

11. Quan SF, Gersh BJ; National Center on Sleep Disorders Research; National Heart, Lung, and Blood Institute. Cardiovascular consequences of sleep- disordered breathing: past, present and future: report of a workshop from the National Center on Sleep Disorders Research and the National Heart, Lung, and Blood Institute. Circulation. 2004;109:951–7.

12. Trombetta IC, Maki-Nunes C, Toschi-Dias E, Alves MJ, Rondon MU, Cepeda FX, Drager LF, Braga AM, Lorenzi-Filho G, Negrao CE. Obstructive sleep apnea is associated with increased chemoreflex sensitivity in patients with metabolic syndrome. Sleep. 2013;36:41-9.

13. Toschi-Dias E, Trombetta IC, Dias da Silva VJ, Maki-Nunes C, Cepeda FX, Alves MJ, Drager LF, Lorenzi-Filho G, Negrao CE, Rondon MU. Time delay of baroreflex control and oscillatory pattern of sympathetic activity in patients with metabolic syndrome and obstructive sleep apnea. Am J Physiol Heart Circ Physiol. 2013;1.304:1038-44

14. Drager LF, Queiroz EL, Lopes HF, Genta PR, Krieger EM, Lorenzi-Filho G. Obstructive sleep apnea is highly prevalent and correlates with impaired

glycemic control in consecutive patients with the metabolic syndrome. J Cardiometab Syndr. 2009;4(2): 89–95.

15. Barretto AC, Santos AC, Munhoz R, Rondon MU, Franco FG, Trombetta IC, Roveda F, de Matos LN, Braga AM, Middlekauff HR, Negrão CE. Increased muscle sympathetic nerve activity predicts mortality in heart failure patients. Int J Cardiol. 2009;10;135(3):302-7.

16. Whaley MH, Brubaker PH, Otto RM, Armstrong LE, ACSM´s guidelines for exercise testing and prescription. 7th ed. Philadelphia, PA: LippincottWilliams & Wilkins; 2005.

17. Messinger-Rapport B, Pothier Snader CE, Blackstone EH, Yu D, Lauer MS. Value of exercise capacity and heart rate recovery in older people. J Am Geriatr Soc. 2003;51(1):63-8.

18. Cole CR, Blackstone EH, Pashkow FJ, Snader CE, Lauer MS. Heart-rate recovery immediately after exercise as a predictor of mortality. N Engl J Med. 1999;28;341(18):1351-7.

19. Singh JP, Larson MG, Manolio TA, O'Donnell CJ, Lauer M, Evans JC, Levy D. Blood pressure response during treadmill testing as a risk factor for new-onset hypertension. The Framingham heart study. Circulation. 1999;13;99(14):1831-6. 20. Cohen-Solal A, Barnier P, Pessione F, Seknadji P, Logeart D, Laperche T,

Gourgon R. Comparison of the long-term prognostic value of peak exercise oxygen pulse and peak oxygen uptake in patients with chronic heart failure. Heart. 1997;78:572-6.

21. Jouven X, Empana JP, Schwartz PJ, Desnos M, Courbon D, Ducimetière P. Heart-rate profile during exercise as a predictor of sudden death. N Engl J Med. 2005;12;352(19):1951-8.

22. Michaelides AP, Liakos CI, Vyssoulis GP, Chatzistamatiou EI, Markou MI, Tzamou V, Stefanadis CI. The interplay of exercise heart rate and blood pressure as a predictor of coronary artery disease and arterial hypertension. J Clin Hypertens. 2013;15(3):162-70.

23. Myers J, Prakash M, Froelicher V, Do D, Partington S, Atwood JE. Exercise capacity and mortality among men referred for exercise testing. N Engl J Med. 2002;14;346(11):793-801.

24. LaMonte MJ, Barlow CE, Jurca R, Kampert JB, Church TS, Blair SN. Cardiorespiratory fitness is inversely associated with the incidence of metabolic syndrome: a prospective study of men and women. Circulation. 2005;26;112(4):505-12.

25. Aires MM. Fisiologia. In: Michellni LC, Fisiologia Cardiovascular – Contratilidade Miocárdica. São Paulo, 3º edição. São Paulo: Editora Guanabara Koogan, pag: 435-68.

26. Imai K, Sato H, Hori M, Kusuoka H, Ozaki H, Yokoyama H, Takeda H, Inoue M, Kamada T. Vagally mediated heart rate recovery after exercise is accelerated in athletes but blunted in patients with chronic heart failure. J Am Coll Cardiol. 1994;15;24(6):1529-35.

27. Perini R, Orizio C, Comandè A, Castellano M, Beschi M, Veicsteinas A. Plasma norepinephrine and heart rate dynamics during recovery from submaximal exercise in man. Eur J Appl Physiol Occup Physiol. 1989;58(8):879-83.

28. Arai Y, Saul JP, Albrecht P, Hartley LH, Lilly LS, Cohen RJ, Colucci WS. Modulation of cardiac autonomic activity during and immediately after exercise. Am J Physiol. 1989;256:132-41.

29. Fox K, Ford I, Steg PG, Tendera M, Robertson M, Ferrari R; BEAUTIFUL investigators. Heart rate as a prognostic risk factor in patients with coronary artery disease and left-ventricular systolic dysfunction (BEAUTIFUL): a subgroup analysis of a randomised controlled trial. Lancet. 2008;6;372(9641):817-21.

30. Nishime EO, Cole CR, Blackstone EH, Pashkow FJ, Lauer MS. Heart Rate Recovery and Treadmill Exercise Score as Predictors of Mortality in Patients Referred for Exercise ECG. JAMA. 2000;284(11):1392-1398.

31. Kaleth AS, Chittenden TW, BJ Hawkins, Hargens TA, Guill SG, Zedalis D, Gregg JM , Herbert WG. Unique cardiopulmonary exercise test responses in overweight middle-aged adults with obstructive sleep apnea. Sleep Med. 2007;8(2):160-8.

32. McHam SA, Marwick TH, Pashkow FJ, Lauer MS. Delayed systolic blood pressure recovery after graded exercise: an independent correlate of angiographic coronary disease. J Am Coll Cardiol. 1999;34(3):754-9.

33. Reaven GM. Role of insulin resistance in human disease. Diabetes 1988;37:1595-607

34. Alberti KG, Zimmet PZ. Definition, diagnosis and classification of diabetes mellitus and its complications. Part 1: diagnosis and classification of diabetes mellitus provisional report of a WHO consultation. Diabet Med. 1998;15:539-53.

35. International Diabetes Federation. Worldwide definition of the metabolic syndrome. Available at: http://www.idf.org/webdata/docs/IDF_Metasyndrome definition.pdf. Accessed August 24, 2005.

36. National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III). Third Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III) final report. Circulation. 2002;106:3143– 3421.

37. I Brazilian guidelines on diagnosis and treatment of metabolic syndrome. Arq Bras Cardiol. 2005;84 Suppl 1:1-28.

38. Alexander CM, Landsman PB, Teutsch SM, Haffner SM; Third National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES III); National Cholesterol Education Program (NCEP). NCEP – Defined Metabolic Syndrome and Prevalence of coronary Heart Diseases Among NHANES III participants age 50 years or older. Diabetes. 2003;52:1210-1214

39. Pozzan R. Hiperinsulinemia e agregação de fatores de risco cardiovascular em uma série de casos da população da cidade do Rio de Janeiro. [Tese de Doutorado]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2002. 40. Salaroli LB, Barbosa GC, Mill JG, Molina MCB. Prevalência de síndrome

metabólica em estudo de base populacional, Vitória, ES - Brasil. Arq Brás Endocrinol Metab. 2007;51(7):1143-52.

41. Holte J, Gennarelli G, Wide L, Lithell H, Berne C. High prevalence of polycystic ovaries and associated clinical, endocrine, and metabolic features in women with

previous gestational diabetes mellitus. J Clin Endocrinol Metab. 1998;83(4):1143-50.

42. Hou XH, Zhu YX, Lu HJ, Chen HF, Li Q, Jiang S, Xiang KS, Jia WP. Non- alcoholic fatty liver disease's prevalence and impact on alanine aminotransferase associated with metabolic syndrome in the Chinese. J Gastroenterol Hepatol. 2011;26(4):722-30.

43. Marchesini G, Brizi M, Bianchi G, Tomassetti S, Bugianesi E, Lenzi M, McCullough AJ, Natale S, Forlani G, Melchionda N. Nonalcoholic fatty liver disease: a feature of the metabolic syndrome. Diabetes. 2001;50: 1844–50.

44. Dallmeier D, Larson MG, Vasan RS, Keaney JF Jr, Fontes JD, Meigs JB, Fox CS, Benjamin EJ. Metabolic syndrome and inflammatory biomarkers: a community-based cross-sectional study at the Framingham Heart Study. Diabetol Metab Syndr. 2012;20;4(1):28.

45. Maksimovic M, Vlajinac H, Radak D, Maksimovic J, Otasevic P, Marinkovic J, Jorga J. Frequency and characteristics of metabolic syndrome in patients with symptomatic carotid atherosclerosis. Rev Med Chil. 2009;137(3):329-36.

46. Kurella M, Lo JC, Chertow GM. Metabolic syndrome and the risk for chronic kidney disease among nondiabetic adults. J Am Soc Nephrol. 2005;16: 2134- 2140.

47. Cohen E, Krause I, Fraser A, Goldberg E, Garty M. Hyperuricemia and metabolic syndrome: lessons from a large cohort from Israel. Isr Med Assoc J. 2012;14(11):676-80.

48. Young T, Palta M, Dempsey J, et al. The occurrence of sleep-disordered breathing among middle-aged adults. N Engl J Med. 1993;328:1230-1235.

49. Kuniyoshi FH, Garcia-Touchard A, Gami AS, Romero-Corral A, van der Walt C, Pusalavidyasagar S, Kara T, Caples SM, Pressman GS, Vasquez EC, Lopez- Jimenez F, Somers VK. Day-night variation of acute myocardial infarction in obstructive sleep apnea. J Am Coll Cardiol. 2008;52:343-6.

50. Chan J, Sanderson J, Chan W, Lai C, Choy D, Ho A, Leung R. Prevalence of sleep-disordered breathing in diastolic heart failure. Chest. 1997;111:1488–93. 51. Somers VK, White DP, Amin R, Abraham WT, Costa F, Culebras A, Daniels S,

Floras JS, Hunt CE, Olson LJ, Pickering TG, Russell R, Woo M, Young T; American Heart Association Council for High Blood Pressure Research Professional Education Committee, Council on Clinical Cardiology; American Heart Association Stroke Council; American Heart Association Council on Cardiovascular Nursing; American College of Cardiology Foundation. American Heart Association Council for High Blood Pressure Research Professional Education Committee, Council on Clinical Cardiology; American Heart Association Stroke Council; American Heart Association Council on Cardiovascular Nursing; American College of Cardiology Foundation. Sleep apnea and cardiovascular disease: an American Heart Association/American College of Cardiology Foundation Scientific Statement from the American Heart Association Council for High Blood Pressure Research Professional Education Committee, Council on Clinical Cardiology, Stroke Council, and Council On Cardiovascular Nursing. In collaboration with the National Heart, Lung, and Blood Institute National Center on Sleep Disorders Research (National Institutes of Health). Circulation. 2008;118:1080-111.

52. Martins AB, Tufik S, Moura SMGPT. Síndrome da apneia obstrutiva do sono. Fisiopatologia. J Bras Pneumol. 2007; 33(1):93-100

53. Findley LJ, Barth JT, Powers DC, Wilhoit SC, Boyd DG, Suratt PM: Cognitive impairment in patients with obstructive sleep apnea and associated hypoxemia. Chest 1986;90:686-690.

54. Peppard PE, Young T, Barnet JH, Palta M, Hagen EW, Hla KM. Increased prevalence of sleep-disordered breathing in adults. Am J Epidemiol. 2013;177(9):1006-14.

55. Tufik S, Santos-Silva R, Taddei JA, Bittencourt LRA. Obstructive Sleep pnea Syndrome in the Sao Paulo Epidemiologic Sleep Study. Sleep Medicine. 2010;11(5): 441-46.

56. Lorenzi-Filho G. Como deve ser tratado um paciente com obesidade mórbida e apnéia do sono? Rer. Ass. Med. Brasil. 2001;47:169-177.

57. Sleep related reathing disorders in adults: recommendations for syndrome definition and measurementtechniques in clinical research. The Report of an American Academy of Sleep Medicine Task Force. Sleep. 1999;22(5):667-89. 58. Kent BD, Garvey JF, Ryan S, Nolan G, Dodd JD, McNicholas WT. Severity of

obstructive sleep apnoea predicts coronary artery plaq e burden: a coronary CT angiography study. Eur Respir J. 2013;42(5):1263-70.

59. Peppard PE, Young T, Palta M, Skatrud J. Prospective study of the association between sleep-disordered breathing and hypertension. N Engl J Med.

2000;342(19):1378-84.

60. Somers VK, Dyken ME, Clary MP, Abboud FM. Sympathetic neural mechanisms in obstructive sleep apnea. J Clin Invest. 1995;96:1897-904.

61.Grassi G, Dell'Oro R, Quarti-Trevano F, Scopelliti F, Seravalle G, Paleari F, Gamba PL, Mancia G. Neuroadrenergic and reflex abnormalities in patients with metabolic syndrome. Diabetologia. 2005;48:1359-65.

62. Narkiewicz K, van de Borne PJ, Cooley RL, Dyken ME, Somers VK. Sympathetic activity in obese subjects with and without obstructive sleep apnea. Circulation. 1998;98:772-776;

63. Katzmarzyk PT, Janssen I, Ardern CI. Physical inactivity, excess adiposity and premature mortality. Obes Rev. 2003;4:257-90.

64. Kosola J, Vaara JP, Ahotupa M, Kyröläinen H, Santtila M, Oksala N, Atalay M, Vasankari T. Elevated concentration of oxidized LDL together with poor cardiorespiratory and abdominal muscle fitness predicts metabolic syndrome in young men. Metabolism. 2013;62(7):992-9.

65. Kaleth AS, Chittenden TW, Hawkins BJ, Hargens TA, Guill SG, Zedalis D, Gregg JM, Herbert WG. Unique cardiopulmonary exercise test responses in overweight middle-aged adults with obstructive sleep apnea Sleep Medicine. 2007;8:160–168

66. Vanhecke TE, Franklin BA, Zalesin KC, Sangal RB, deJong AT, Agrawal V, McCullough PA. Cardiorespiratory Fitness and Obstructive Sleep Apnea Syndrome in Morbidly Obese Patients CHEST. 2008;134(3):539-45.

67. Lin CC, Hsieh WY, Chou CS, Liaw SF. Cardiopulmonary exercise testing in obstructive sleep apnea syndrome Respiratory Physiology & Neurobiology. 2006;150:27–34

68. Cintra F, Poyares D, Rizzi CF, Risso TT, Skomro R, Montuori E, Mello-Fujita L, de Paola A, Tufik S. Cardiorespiratory response to exercise in men and women with obstructive sleep apnea. Sleep Medicine. 2009;10:368–373.

69. Tardif JC. Heart rate as a treatable cardiovascular risk factor. Br Med Bull. 2009;90:71-84.

70. Dyer AR, Persky V, Stamler J, Paul O, Shekelle RB, Berkson DM, Lepper M, Schoenberger JA, Lindberg HA. Heart rate as a prognostic factor for coronary heart disease and mortality: findings in three Chicago epidemiologicstudies. Am J Epidemiol. 1980;112(6):736-49.

71. Kannel WB, Kannel C, Paffenbarger RS Jr, Cupples LA. Heart rate and cardiovascular mortality: the Framingham Study Am Heart J. 1987;113(6):1489- 94

72. Cole CR, Foody JM, Blackstone EH, Lauer MS. Heart rate recovery after submaximal exercise testing as a predictor of mortality in a cardiovascularly healthy cohort. Ann Intern Med. 2000;4;132(7):552-5.

73. Lipinski MJ, Vetrovec GW, Froelicher VF. Importance of the first two minutes of heart rate recovery after exercise treadmill testing in predicting mortality and

Documentos relacionados