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Apresenta-se, inicialmente, os resultados obtidos a partir das entrevistas qualitativas as quais se encontram anexas, que tiveram como norte perguntas tais como: para o coordenador da DIDAV: quais os programas de QVT que o FNDE oferece aos seus servidores? vocês fazem controle sobre como está a QVT dos servidores do FNDE? você sabe dizer por que o investimento na QVT dos funcionários públicos ainda é uma prática pouco comum no setor público? Já para os servidores, as perguntas foram do tipo: qual a sua satisfação quanto ao ambiente em que trabalha, após a implantação do programa qualidade de vida no trabalho? as atividades desenvolvidas em sua área melhorou com o PQVT? quanto à cooperação entre os setores houve melhoria com projetos do PQVT do FNDE?

As entrevistas foram realizadas com os servidores ocupantes de cargos de nível médio e de nível superior dos grupos focais denominados Grupo I e Grupo II que refletem as percepções quanto ao Programa Qualidade de Vida no Trabalho no âmbito do (FNDE) e, em seguida, a discussão desses resultados.

A análise das respostas dadas pelos componentes dos grupos focais permitiu verificar o que se segue:

Ao serem questionados como se sentem no ambiente de trabalho, após a implantação do PQVT, 60% dos participantes do primeiro grupo entrevistados afirmaram que estão pouco satisfeitos, 30% satisfeitos, 10% insatisfeitos, enquanto que o segundo grupo entrevistado, 40% estão pouco satisfeitos, 30% satisfeitos, 20% muito satisfeitos, 10% insatisfeitos.

Gráfico 1 - A percepção dos funcionários quanto à satisfação do Programa Qualidade de Vida

no Trabalho implantado no FNDE

Esses dados mostram que no ambiente onde existe uma preocupação com a Qualidade de Vida do funcionário há maior satisfação no local de trabalho.

Concordam com essa afirmação Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2004, p.87), que afirmam ser o ambiente interno em que convivem os membros da organização, responsável pela motivação e satisfação do indivíduo, e que ele é influenciado pelo conjunto de crenças e valores que regem as relações entre essas pessoas.

Em relação à satisfação com o Programa Qualidade de Vida no Trabalho no primeiro grupo 40% estão insatisfeitos, 30% pouco satisfeitos, 20% satisfeitos e 10% muito satisfeito;

enquanto que no segundo grupo esses percentuais são: 50% satisfeitos, 20% insatisfeitos; 20%

pouco satisfeitos e 10% muito satisfeitos. Tais resultados corroboram a afirmação de Chiavenato (1999, p.29) “Qualidade de Vida no Trabalho tem sido utilizada como indicador das experiências humanas no local de trabalho e do grau de satisfação das pessoas que o desempenham.”

Gráfico 2 – A percepção dos funcionários quanto à satisfação com as Atividades Desenvolvida após a aplicação do Programa Qualidade de Vida no Trabalho

Na cooperação entre os setores de trabalho, no primeiro grupo, 70% são pouco satisfeitos, 10% satisfeitos, 10% insatisfeitos, 10% muito satisfeitos, enquanto no segundo grupo, 30% são insatisfeitos, 30% pouco satisfeitos, 30% satisfeitos e 10% muito satisfeitos.

Gráfico 3 – A percepção dos funcionários quanto a satisfação a cooperação entre os setores de trabalho após o programa qualidade de vida no trabalho

Ao questionar como são as relações com os colegas de trabalho em termos de cooperação, calor humano e solidariedade, encontramos as respostas: do no primeiro grupo 40% estão pouco satisfeitos, 40% satisfeitos, 10% insatisfeitos e 10% muito satisfeitos. No primeiro grupo 40% estão pouco satisfeitos, 30% satisfeitos, 20% muito satisfeitos e 10%

insatisfeitos. Esse resultado conta que a realidade apontada por Bom Sucesso (2000, p.39) é verdadeira, ou seja, “Relações hostis e descorteses entre colegas, caracterizadas pela agressividade são algo presente nas organizações, causando medo, aumentando a timidez, estimulando os pessimistas.”

Gráfico 4 – A percepção dos funcionários quanto à satisfação nas relações entre colegas de trabalho após o programa qualidade de vida no trabalho

Quanto às participações nos eventos, o primeiro grupo são 60% satisfatórias, 10%

insatisfatórias e 30% pouco satisfatórias enquanto que no segundo grupo 40% satisfatórias, 40% pouco satisfatórias, 10% insatisfatórias e 10% muito satisfatórias.

Gráfico 05 – A percepção dos funcionários quanto à satisfação de participar dos eventos

Em relação aos eventos, os resultados mostram que a Qualidade de Vida se relaciona com o bem-estar por meio de fatores como: saúde, nível de educação, situação econômica, relações sociais e familiares, moradia, atividades recreativas, auto-estima, crenças religiosas, autonomia, domínio ambiental, metas na vida e grau de desenvolvimento pessoal.

Na primeira questão foi perguntado sobre a percepção dos funcionários quanto ao ambiente de trabalho após a implantação do PQVT no (FNDE). Em ambos os grupos focais os funcionários buscam a interação de idéias, menos favorecimento de alguns perfis, autonomia, melhoria nas relações interpessoais, reconhecimento profissional e mais reuniões periódicas.

Na segunda questão foram perguntados sobre as melhorias nas áreas em que trabalham após a implantação do PQVT.

No que se refere ao primeiro grupo os funcionários acreditam no sentimento de equipe, relações interpessoais, cooperação, profissionalismo e coleguismo houve sim mudanças para melhor.

O segundo grupo concorda e diz, mas, além dos fatores acima eles buscam a confraternização, o respeito mútuo, o intercâmbio e a solidariedade.

Os resultados desse estudo mostraram que o Programa Qualidade de Vida no Trabalho desenvolvido no FNDE existe muitos fatores que devem ser considerados para o sucesso de um programa. Não é suficiente apenas implantá-lo. Há necessidade de desenvolver aspectos que visem à melhoria do mesmo, portanto, os resultados, levam a concluir que a Qualidade de Vida no trabalho está também relacionada à satisfação no trabalho e comprometimento organizacional afetivo.

4.1 – Análises da relação entre os dados pesquisados

O estudo nos permite analisar que o primeiro grupo, dos 60% que estão pouco satisfeitos com o ambiente de trabalho, 40% estão insatisfeitos e 30% pouco satisfeito com o trabalho que desenvolvem dentro do setor. Enquanto que o segundo grupo, 40% estão pouco satisfeitos com o ambiente, no entanto, 50% estão satisfeitos e 10% muito satisfeitos com as atividades desenvolvidas, o que nos faz concluir que o bem-estar no ambiente de trabalho não está relacionado com a atividade desenvolvida pelo funcionário, e sim com um conjunto de fatores que leva o individuo a se sentir realizado.

Nesse sentido, pode se afirmar que houve um equilíbrio entre as questões abordadas, o que classifica O Programa de Qualidade de Vida no Trabalho implantado no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), como razoável, pois existem muitas questões a serem trabalhadas, as quais influenciam na eficácia e eficiência na execução do Programa.

4.2 - Médias das Escalas de Avaliação

Em relação à questão 1, do ambiente físico do trabalho, observa-se uma satisfação em torno de 78,57 %, isto é, devido, provavelmente, à empresa oferecer condições apropriadas ao bem-estar para um bom desempenho laboral dos seus funcionários.

Na segunda e na terceira questão, os respondentes foram questionados sobre o ambiente saudável e estima no trabalho, essa questão apresentou um percentual de 45,71% de insatisfação. Isto pode significar que a empresa não esteja oferecendo um ambiente físico com condições de segurança e saúde adequados na atividade em que exerce; em relação à estima, pode ser a ausência de reconhecimento e valorização por parte da empresa em dar importância ao funcionário como membro integrante e participativo.

As questões quatro e cinco referem-se ao relacionamento e participação nos eventos em torno de 57,14% dos colaboradores mostraram-se satisfeitos com o Programa Qualidade de Vida Implantada no FNDE.

A sexta questão diz respeito à imagem do FNDE. Observa-se que 45,71% revelaram não estar satisfeitos em parte da organização.

Em relação à questão número sete, relacionada à avaliação do programa qualidade de vida implantado no FNDE, 57,14% dos respondentes considera que sim.

Em relação às perguntas oito, nove e dez; em relacionada aos ordenados, informações sobre o trabalho e autonomia no trabalho, 60,47% dos respondentes demonstram um grau satisfatório, isso se deve possivelmente ao fato de estar praticando salários compatíveis com o mercado ou acima da média, proporcionando certa autonomia para um bom desempenho nas tarefas.

Com relação ao clima de camaradagem. Dentre os pesquisados, 45,71% apresentaram certo grau de descontentamento com os seus colegas de trabalho, provavelmente pelo fato do Órgão não estar incentivando o bom senso de companheirismo e união entre os colegas.

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