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Este capítulo surge no sentido de se apresentarem e ilustrarem o conjunto de resultados obtidos tendo em conta os objetivos deste trabalho através da análise estatística dos dados. O conjunto de informações aqui referido foi analisado tendo em conta o auxílio do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS®), versão 22.0 para Windows.

De referir que em todas as análises, a significância estatística foi aceite para um valor de p<0,05.

Em seguida serão descritos os resultados obtidos através da utilização dos testes acima descritos, estando este capítulo organizado de acordo com os objetivos do estudo descritos anteriormente.

Hipótese 1:

Há diferenças de sexo estatisticamente significativas em função dos

comportamentos agressivos dos participantes;

Foi efetuado um teste de t Student com o objetivo de comparar a média entre os sexos nas várias dimensões do Questionário de Agressão (cf. tabela 4). Verifica-se, através destes resultados que não existem diferenças estatisticamente significativas para as variáveis em estudo, à exceção da dimensão “Agressão física”, t (248)= 4.795, p= 0.000, que apresenta resultados mais elevados para o sexo masculino (M=18.02; DP= 5.189) quando comparados com o sexo feminino (M=15.17;DP= 4.21).

Tabela 4

Análise Descritiva e diferença de médias das dimensões da Escala de Agressividade em função do sexo

Masculino Feminino t p M DP M DP Agressão Física 18.02 5.19 15.17 4.21 4.795 0.000 Agressão verbal 12.48 3.56 12.39 3.17 0.223 0.824 Raiva 14.98 3.56 15.25 4.17 -0.510 0.611 Hostilidade 15.82 5.38 16.53 5.87 -1.005 0.316 Agressão Total 61.11 14.41 59.42 13.94 0.938 0.349

Hipótese 2: Há diferenças estatisticamente significativas nos grupos de idade em função dos comportamentos agressivos

Após a análise dos resultados obtidos através da análise estatística do t Student pode-se verificar que não existem diferenças estatisticamente significativas em nenhuma das subescalas que representam a agressividade. Desta forma, pode-se afirmar que não se verificaram diferenças de resultados dos comportamentos agressivos tendo em conta o nível

Tabela 5

Análise Descritiva e diferença de médias das dimensões da Escala de Agressividade em função da idade

Mais novos (18-19) Mais velhos (20-28) t p M DP M DP Agressão Física 16.06 3.99 16.66 5.19 -0.850 0.396 Agressão verbal 12.20 3.02 12.51 3.46 -0.665 0.507 Raiva 14.98 3.43 15.18 4.43 -0.318 0.751 Hostilidade 16.27 5.99 16.16 5.44 0.133 0.894 Agressão Total 59.51 11.86 60.46 14.93 -0.461 0.645

Hipótese 3:

Os participantes do sexo feminino apresentam maiores níveis de ICP quando

comparados com os do sexo masculino;

Da análise realizada aos resultados obtidos, pode-se verificar que existem diferenças estatisticamente significativas entre homens e mulheres no que diz respeito à variável de Iniciativa de Crescimento Pessoal, à exceção do fator “Planos para a mudança” e “Uso de Recursos”, onde não existem diferenças estatisticamente significativas.

Para a dimensão “Prontidão para a mudança” pode-se observar (cf. tabela 4) que as mulheres apresentaram resultados mais elevados (M=3.86; DP=0.60) em relação aos homens (M=3.63;DP=0.87), encontrando-se desta forma diferenças estatisticamente significativas, t(245)=-2.407, p= 0.017. Assim, pode-se afirmar que as mulheres têm mais facilidade em criar e identificar situações promovedoras de Crescimento Pessoal.

No que diz respeito à dimensão “Comportamento Intencional”, pode-se também verificar a existência de diferenças estatisticamente significativas, t(244)=-2.44, p=0.016, sendo que nas mulheres M=4.08 e DP=0.68 e nos homens M=3.83 e DP=0.94. Desta forma, as mulheres apresentam uma maior disposição e motivação pessoal para alcançar os objetivos estabelecidos para a mudança pessoal.

Por fim, na escala do “EICP Total” os resultados também são superiores no sexo feminino, apresentando diferenças estatisticamente significativas, t(240)=-1.286, p=0.001. A partir destes resultados pode-se verificar que, em geral as mulheres apresentam maiores níveis de Iniciativa de Crescimento Pessoal em relação aos homens, isto é, as mulheres apresentam uma maior capacidade de identificar e fazer mudanças pessoas para promover um desenvolvimento mais positivo, quando as condições de vida mudam.

Tabela 6

Análise Descritiva e diferença de médias das dimensões da Escala de Iniciativa de Crescimento Pessoal em função do sexo Masculino Feminino t p M DP M DP Prontidão para a mudança 3.63 0.870 3.86 0.602 -2.407 0.017

Planos para a mudança 3.74 0.885 3.78 0.690 -3.89 0.697

Uso de recursos 3.06 1.100 3.24 0.944 -1.419 0.157

Comportamento Intencional

3.82 0.941 4.07 0.679 -2.437 0.016

EICP Total 3.59 0.829 3.74 0.589 -1.286 0.001

Hipótese 4: Os níveis de ICP são maiores quanto maior for a idade

Da análise aos resultados obtidos através do uso da correlação de Pearson para avaliar a associação entre as variáveis pode-se verificar que não existe qualquer associação entre as mesmas, uma vez que r=-0.048, p=0.457.

Tabela 7

Coeficiente de Correlação de Pearson entre ICP e idade

EICP Total Idade Correlação de Pearson Sig. N -.048 0.457 242

Hipótese 5: Há uma correlação significativa negativa entre a agressão e a ICP

Para avaliar a associação entre estas variáveis foi utilizado um teste de associação, nomeadamente o coeficiente de correlação de Pearson. Através da análise da tabela (cf. Tabela 8) pode-se verificar que os comportamentos agressivos estão negativamente relacionados com a Iniciativa de Crescimento Pessoal, r=-.125, p=0.05. Assim, quanto mais forem os comportamentos agressivos, menor são os níveis de Iniciativa de Crescimento Pessoal.

subescalas “Agressão Física”, “Hostilidade” e o score total da escala de agressividade e, por fim, uma associação entre a pontuação total da escala de iniciativa de crescimento pessoal com a subescala “Hostilidade”.

Tabela 8

Coeficiente de Correlação de Pearson entre a Agressão e a ICP

Agressão Física

Agressão Verbal

Raiva Hostilidade Agressão

Total Prontidão para a mudança 0.156 0.278 0.150 0.222 0.153 Planos para a mudança 0.192 0.810 0.034 0.001 0.018 Uso de recursos 0.996 0.950 0.427 0.567 0.713 Comportamento Intencional 0.031 0.461 0.063 0.016 0.035 EICP Total 0.165 0.591 0.073 0.035 0.050

Efetivamente, da análise dos dados permite afirmar que o fator “planos para a mudança” está negativamente correlacionada com subescala “raiva”, r= -0.137, p=0.034. Desta forma, uma maior pontuação no fator “planos para a mudança” está associada a menores níveis de raiva. A “hostilidade” encontra-se também relacionada com este fator da ICP, r=-0.207, p=0.001, o que pressupõe que quanto maiores forem os níveis de hostilidade menor será a capacidade do indivíduo planear a mudança pessoal. O fator “planos para a mudança” encontra-se ainda relacionado com o score total da escala da agressividade, r=-0.154, p=0.018 o que nos indica que quanto maior for a pontuação neste fator, menor serão os seus comportamentos agressivos.

Parece ainda que o comportamento Intencional está negativamente correlacionado com as subescalas “Agressão física”, r=-0.140, p=0.031 e “Hostilidade”, r=-0.155, p=0.016 sugerindo assim que maiores pontuações obtidas nestas subescalas estão associadas a menores níveis de disposição e motivação pessoal para alcançar objetivos. Este fator da Iniciativa de Crescimento Pessoal está ainda relacionado com o score total da escala de agressividade, r=- 0.138, p=0.035. Por fim, os resultados obtidos na tabela permitem ainda concluir que existe uma relação entre a pontuação total na EICP e a subescala “Hostilidade”, r=-0.137, p=0.035, bem como entre a pontuação total de escala de ICP com a escala de agressividade, r=-0.125, p=-0.05 o que indica que quanto maiores forem os níveis de iniciativa de crescimento pessoal menores serão os comportamentos agressivos.

CAPÍTULO 4: DISCUSSÃO DOS RESULTADOS E

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