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Por meio da análise de conteúdo das reportagens foi possível traçar um quadro sobre a cobertura jornalística sobre a seca no Estado do Espírito Santo frente aos princípios do jornalismo e dos seus subgêneros científico e ambiental. Os resultados da pesquisa obtidos a partir da análise de conteúdo das reportagens foram analisados tendo como base o grau de esclarecimento das narrativas jornalísticas sobre a seca no estado do Espírito Santo e a observância dos princípios norteadores do jornalismo científico e ambiental, agrupados em cada uma das cinco categorias de análise. A partir desses dados, buscamos fazer inferências sobre a qualidade da informação recebida pelos leitores dos três principais jornais online pesquisados e, consequentemente, se a cobertura jornalística ambiental e científica contribuiu ou não para tomadas de decisão esclarecidas por parte dos moradores da região sobre as questões relacionadas à seca. Com base nos dados obtidos podemos fazer inferências sobre a qualidade da informação científica e ambiental da cobertura.

4.1. Análise das publicações com base na Categoria Precisão

Nesta categoria foi avaliado, conforme pré-estabelecido no formulário, a veracidade e a precisão das informações publicadas sobre a seca de 2014 e suas causas e efeitos sem sensacionalismo. A análise do conteúdo da categoria precisão demonstra que em 12 das matérias coletadas relacionadas à seca, 66,7% tiveram como enfoque as consequências da seca, nenhuma delas enfatizou as causas da seca e 33,3% tiveram outros enfoques. As matérias relacionadas aos problemas ambientais ganham destaque porque são consideradas de maior relevância para o público, pois estão intimamente ligadas ao seu dia a dia e no meio em que os cerca.

Nesta categoria, as publicações dos jornais online citados relaciona-se ao princípio do jornalismo de compromisso com a verdade embasado na contínua busca por satisfazer a demanda do espectador com fatos objetivos e exatos, acontecimentos registrados com fotografias que não podem ser questionados, e também de acordo com o critério do jornalismo ambiental de evitar o sensacionalismo, matérias mais exatas são procuradas e de interesse da sociedade. Ressaltando que a verdade almejada pelo jornalismo é uma ação exercida

progressivamente, passo a passo, em um processo contínuo na busca pela construção da realidade, e da lealdade ao interesse público que é a obrigação social do jornalista de buscar a veracidade dos fatos independente da empresa pelo qual são vinculados, pois este tem por dever atender ao interesse público acima do interesse de qualquer instituição privada ou relacionada ao poder público. Chamamos de independência jornalística o fato de o jornalismo ser financiado pelo setor privado, mas servir aos interesses públicos, este último tem relação também com o princípio que afirma que o jornalista tem um dever com sua consciência que preconiza que todos os jornalistas – da redação à sala da diretoria – devem ter um sentido pessoal de ética e responsabilidade – uma bússola moral (KOVACH; ROSENSTIEL, 2003).

Categoria Precisão 1 Resultados (%)

Qual o enfoque principal da

matéria? Consequências da seca 66,7

Causas da seca 0

Outros 33,3

Tabela 1

Fonte: Pesquisador/2016

O segundo item aborda a causa apontada para a seca de 2014 nos quais em 50% das matérias analisadas foram apontadas como mudanças climáticas, demonstrando que na maioria das reportagens os autores se preocupavam a ocorrência da seca e as dificuldades decorrentes da estiagem que atingiu toda a região Sudeste. Os dados não encontraram relação com o ciclo hidrológico e nem com outras causas. Enquanto que 50% das matérias analisadas não apontaram causas e se preocupavam em demonstrar as consequências deste fenômeno e as dificuldades enfrentadas pelas pessoas afetadas por ela.

Categoria Precisão 2 Resultados (%)

Qual a causa apontada para

a seca de 2014? Mudanças Climáticas 50

Ciclo hidrológico normal 0

Não apontou causas 50

Outros 0

Tabela 2

Fonte: Pesquisador/2016

O terceiro item da categoria trata do uso dos verbos no futuro do pretérito (seria, deveria, iria, etc.), expressões como supostamente e provavelmente ou verbos no gerúndio (investigando, apurando, etc.) nos quais em 75% das matérias não foram utilizados. Os dados

recolhidos nos três jornais online, demonstram que na maioria das matérias os repórteres buscaram utilizar uma linguagem precisa, verificando as informações apuradas e publicadas. Porém, ainda há presença de informações imprecisas em 25% dos casos, que podem gerar ideia de imprecisão da matéria enquanto estiver sendo lida, os fatos não certificados podem dar ideia de sensacionalismo que precisa ser evitado, conforme o critério do jornalismo ambiental, segundo Fonseca (2004, p.137), o fato do sensacionalismo se dá principalmente quando há focos em desastres naturais, quando há envolvimento de políticos ou grandes empresas envolvidas na questão e manchetes que beiram o terrorismo de tão assustadoras que podem parecer, mas não é o caso dos jornais online A Tribuna, A Gazeta e ES Hoje, a maioria das matérias comprova os fatos e elimina as ideias de imprecisão ou sensacionalismo nas publicações relacionadas ao meio ambiente no Espírito Santo.

O assunto da probabilidade de aparecer verbos no futuro do pretérito ou no gerúndio, também está relacionado ao princípio do jornalismo da disciplina da verificação, que separa o jornalismo do entretenimento, da propaganda, da literatura ou da arte, ou seja, o jornalista não deve fazer suposições nas matérias que escreve. O resultado obtido foi satisfatório, pois a maioria das notícias possuem os fatos verificados e procuram retratar a realidade. Segundo Chaparro (2001), sem a investigação jornalística não há como atribuir significados e sentidos éticos, intelectualmente honestos, ao que acontece e é relatado, ou seja, o jornalista não deve se contentar com pouca revisão, deve ser rigoroso para não fugir de seus valores, pois há uma preocupação quanto não deixar as fontes guiarem as matérias, quanto à sedução da facilidade de ter fácil as informações da fonte. Segundo o autor o jornalista deve ter como “dever de casa” verificar as informações apuradas e não se contentar em supor.

Categoria Precisão 3 Resultados (%)

O texto das matérias referentes a problemas ambientais possuem verbos no futuro do pretérito (seria, deveria, iria, etc.), expressões como supostamente e provavelmente ou verbos no gerúndio (investigando, apurando, etc.)? Sim 25 Não 75 Tabela 3 Fonte: Pesquisador/2016

4.2 Análise das publicações com base na Categoria Independência

Conforme o quadro de análise, a independência avalia a problematização das responsabilidades do poder público frente às causas e efeitos da seca de 2014. Nesta categoria, a primeira pergunta questiona o Poder Público sobre seu papel diante do combate às consequências da seca de 2014, tratada na matéria e 16,7% o fizeram. Em boa parte das matérias não havia o questionamento às autoridades o que acabou por ser a maioria das fontes. O alto índice de 83,3% das matérias que não questionaram o poder, apenas reportaram o fato sem se aprofundar em suas faces demonstrando o contentamento diante das fontes. Por isso, de acordo com o princípio geral do jornalismo de ser um monitor independente do poder, o jornalista deve supervisionar o poder, e também as grandes instituições.

Categoria Independência 1 Resultados (%)

Questionou o poder público sobre as ações de combate às

consequências da seca de 2014? Sim 16,7 Não 83,3 Tabela 4 Fonte: Pesquisador/2016

O segundo item discute se a reportagem aborda a efetiva execução e a eficiências das medidas anunciadas pelo poder público para remediar os efeitos da seca. Na maioria dos casos, 83,3% das respostas foram não e em 16,7% sim. Conforme apresenta o princípio de independência das fontes, o jornalista não deve apenas divulgar uma matéria com o objetivo de ser uma notícia, mas apresentar os diversos lados que compõem um fato. Aliado à função político-ideológico do jornalismo científico que está embasada no conceito de que o jornal não deve ser apenas um reprodutor do poder e das grandes empresas. Os interesses devem ser voltados para a sociedade e dessa forma o jornalista não deve se acomodar diante das fontes oficiais, apesar de por muitas vezes o jornalismo e as pesquisas científicas serem financiadas pelo Poder e pelas grandes empresas não deve ser motivo de dependência, mas sim de cumplicidade. A maioria das matérias não terem abordado as medidas do público demonstra que é primordial que o jornalista reconheça a sua responsabilidade ao portar um acontecimento e que isso não seja afetado por falta de interesse dos jornalistas de apurar fatos, de pesquisar fontes dentro do público para o qual as notícias estão sendo feitas.

A reportagem aborda a efetiva execução e a eficiências das medidas anunciadas pelo poder público para remediar os efeitos da seca?

Sim 16,7

Não 83,3

Tabela 5

Fonte: Pesquisador/2016

O terceiro item da categoria questiona se o jornalista mostrou aos leitores no seu texto quais seriam as responsabilidades do Poder Público na questão abordada e 83,3% não se preocuparam em mostrar as informações das medidas tomadas. Os dados estão relacionados ao princípio do jornalismo de ser um monitor independente do poder, porém as publicações sobre a seca no estado do Espírito Santo coletadas nos jornais online estudados ferem o princípio quando não variam as versões retratadas na matéria, na grande maioria das reportagens não foi procurado estabelecer as responsabilidades do poder público na questão da seca. As reportagens descreveram os fatos, mas não questionaram o poder público na maioria delas afetando a cobertura de modo que os leitores não soubessem das responsabilidades do poder público.

Categoria Independência 3 Resultados (%)

Mostrou aos leitores quais seriam as responsabilidades do poder público? Sim 16,7 Não 83,3 Tabela 6 Fonte: Pesquisador/2016

E por último, o formulário de análise interroga se a reportagem abordou a questão da presença ou falta de políticas públicas voltadas para prevenir ou remediar os efeitos das secas. Os resultados de 91,7% apontaram que na maioria das matérias isso não foi abordado. O fato da maioria das matérias não terem abordado a questão da presença ou a falta de políticas públicas para prevenir ou remediar os efeitos da seca, que deveriam ser tomadas pelo governo, demonstra que os jornalistas se limitaram a apenas expor os fatos em parte das notícias e não sobrepôs o interesse do cidadão sobre a mídia. O objetivo era saber se a população teve acesso à informação independente sobre o que o poder público poderia ter feito para evitar a seca ou minimizar os seus efeitos implementando políticas públicas. Não houve a liberdade para monitorar os outros poderes e instituições da sociedade. A não abordagem enfraqueceu a cobertura diante dos princípios desta categoria.

A reportagem abordou a questão da presença ou a falta de políticas públicas voltadas para prevenir ou remediar os efeitos da seca?

Sim 8,3

Não 91,7

Tabela 7

Fonte: Pesquisador/2016

4.3 Análise das publicações com base na Categoria Pluralidade

Como apresentado no formulário de análise na categoria pluralidade, as matérias devem promover o fórum de debate entre as fontes. A categoria pluralidade analisa o espaço dado no âmbito das reportagens para as manifestações das diversas vozes envolvidas na questão da seca de 2014.

Nesse aspecto, com base nas matérias analisadas, 33,3% tiveram fontes de natureza oficiais, 0% oficiosas e 66,7% independentes, o que deixa visível que nos três jornais analisados os interesses do poder público e de organizações por ele mantidas, tiveram menor espaço nas publicações. Em algumas notícias havia mais de uma fonte, muitas vezes pesquisadores e pessoas afetadas pela seca que fazem parte do grupo de independentes que marcam o maior índice do item. Visto que é importante procurar saber o que está sendo feito pelo poder público para cobrar medidas que solucionem o problema, porém em menos da metade das matérias isso ocorreu.

Categoria Pluralidade 1 Resultados (%)

Qual a natureza das fontes foram ouvidas na matéria?

Oficiais – mantidas pelo Poder Público

33,3 Oficiosas – protegidas pelo

anonimato

0 Independentes – ONG´s,

pesquisadores, sociedade civil e outras sem vínculo com o Estado.

66,7

Tabela 8

Fonte: Pesquisador/2016

Os resultados para os tipos de vozes que tiveram espaço na reportagem se dividem entre poder público e pesquisadores, com 33,3%, pessoas afetadas pela seca em 25%, organizações não governamentais em 8,4% e 0% para outras vozes. Os dois que tiveram maior índice são os principais para que as descobertas e pesquisas científicas sejam realizadas, o que demonstra que função social do jornalismo científico que tem como um de seus objetivos situar o leitor em um contexto mais amplo, inserir os assuntos no âmbito da sociedade está sendo cumprida. Segundo a função social do jornalismo científico todos devem ter acesso para participar da notícia para

que o leitor possa enxergar as controvérsias acerca do assunto, os diversos pontos de vista sobre a mesma questão e como ela foi aplicada em cada uma das áreas. Ter a pluralidade de vozes sendo ouvidas nas matérias se faz essencial para um entendimento maior do contexto social em que fazem parte. Usar empresários como vozes também seria interesse, pois para servirem ao público é preciso que mostrem também como tais descobertas serão encaminhadas para eles, como, quando e por quanto poderiam ser consumidas ou ganhadas, e as matérias sobre a seca no Espírito Santo se preocuparam em assumir a diversidade das fontes.

Categoria Pluralidade 2 Resultados (%)

Que vozes tiveram espaço na reportagem?

Poder Público 33,3

Pesquisadores 33,3

Pessoas afetadas pela seca 25

Organizações não governamentais 8,4 Outros 0 Tabela 9 Fonte: Pesquisador/2016

No terceiro tópico, o princípio abordado é promover fórum para crítica, não apenas reproduzir a opinião de apenas um especialista por assunto, mas sim diversificar as fontes. É importante que haja um embasamento verificado para que os resultados das pesquisas sejam publicados como apontado na categoria precisão. É questionado o número de pesquisadores da área de clima e meio ambiente ouvidos na matéria, os resultados demonstram que em metade das matérias analisadas não foram entrevistados nenhum pesquisador da área, em outras apenas 41,7% das matérias o jornalista se limitou em entrevistar apenas 1 pesquisador e em 8,3% delas 2 pesquisadores. É preciso apresentar para o povo assuntos relevantes que mereçam ser debatidos e avaliados pelo público. Nas matérias que apresentaram mais de dois pesquisadores, não promoveram debate entre suas opiniões, mas ao menos buscaram resgatar mais de uma face da questão tratada.

Categoria Pluralidade 3 Resultados (%)

Em se tratando dos pesquisadores da área de clima e meio ambiente, quantos foram ouvidos na reportagem? 1 41,7 2 8,3 Mais de 2 0 Nenhum 50 Tabela 10 Fonte: Pesquisador/2016

O tópico seguinte questiona quantas opiniões científicas são apresentadas nos casos onde a reportagem aborda as causas e consequências ambientais da seca. Os resultados foram condizentes com o anterior. Em metade das matérias analisadas o autor não se preocupou em apresentar opiniões científicas, enquanto que em 41,7% se preocuparam em apresentar 1 opinião, apenas 8,3% 2 opiniões e os resultados foram nulos para mais de 2 opiniões. Em metade das publicações sobre a seca nos jornais online A Tribuna, A Gazeta e ES Hoje não apresentaram opiniões de pesquisadores da área, o que pode ser considerado uma falha grave já que estes são a base para notícias de cunho científico. Mais uma vez os jornais falharam quanto diversificar as fontes entrando em desacordo com o objetivo da avaliação da categoria pluralidade que diz que é dever do jornalista promover a discussão e abrir espaço para o debate através de indagações dentro das próprias reportagens fazendo com que o público questione o que está acompanhando. Assim conforme também está apresentado na função social do jornalismo científico, que se manifesta pela preocupação relacionada à situação e informação científica para o indivíduo diante dos debates estabelecidos.

Categoria Pluralidade 4 Resultados (%)

Nos casos onde a reportagem aborda as causas e consequências ambientais da seca, quantas opiniões científicas são apresentadas?

1 41,7 2 8,3 Mais de 2 0 Nenhuma 50 Tabela 11 Fonte: Pesquisador/2016

4.4 Análise das publicações com base na Categoria Contextualização

A categoria contextualização analisa as causas e consequências da seca de 2014 e suas implicações sociais, culturais, econômicas, ambientais e políticas. O primeiro item da categoria questiona se as reportagens resgataram as raízes históricas do problema das secas. Apresentar as raízes do problema, escolher o que é significativo e interessante para elaborar os textos a serem publicados, explorar e estudar múltiplas conexões em relação à seca é um modo de ganhar a atenção do espectador e não se limitar apenas à assuntos relacionados à economia. Em 100% dos casos as matérias não se preocuparam em contextualizar os fatos nesse sentido. Todas as matérias coletadas nesse no período de julho a dezembro de 2014 nos jornais online A Tribuna, A Gazeta e ES Hoje, não cumpriram o que é proposto na categoria.

Categoria Contextualização 1 Resultados (%)

A reportagem resgatou as raízes históricas do problema das secas?

Sim 0

Não 100

Fonte: Pesquisador/ 2016

Os três itens seguintes também estão ancorados no princípio de apresentar a notícia de forma interessante e relevante, de forma que leva o leitor a entender o que esta sendo publicado e porque determinado assunto é de seu interesse. Primeiramente o jornalista deve escolher o que é significativo e depois, na elaboração do texto procurar ser interessante e relevante. As matérias devem levar em consideração principalmente o seu público, portanto é o papel do jornalista buscar a tradução de termos de difícil entendimento e despertar a atenção do receptor. Conforme aponta Wolf (2001), que afirma que os jornalistas baseiam-se muito mais na capacidade de um fato virar ou não notícia, a qual denomina de noticiabilidade, do que num instinto imponderável. O autor considera ainda, que os jornalistas definem o grau de noticiabilidade de um fato levando em conta outro elemento por ele denominado como valores-notícia.

No segundo item da categoria contextualização, é questionado se a matéria trouxe a opinião de especialistas quanto ao diagnóstico da situação e possíveis prognósticos e 58,3% apresentaram, enquanto que 41,7% não apresentaram. Evidenciando que mais da metade das matérias apresentou alguma opinião de especialistas relativa à seca no Espírito Santo fazendo cumprir com a função do jornalismo ambiental de evitar fragmentação da cobertura

incorporando uma visão multifacetada que extrapole os limites dos cadernos e das editorias evitando a sua fragilização em virtude da fragmentação.

No contexto do jornalismo científico que incorpora esta categoria, Pena (2005) considera que revelar o modo como as notícias são produzidas é mais do que a chave para compreender seu significado, é contribuir para o aperfeiçoamento democrático da sociedade. “O fato é que os jornalistas se valem de uma cultura própria para decidir o que é ou não é notícia. Ou seja, têm critérios próprios, que consideram óbvios, quase instintivos” (PENA, 2005, p.71).

Categoria Contextualização 2 Resultados (%)

A matéria trouxe a opinião de especialistas quanto ao diagnóstico da situação e possíveis prognósticos? Sim 58,3 Não 41,7 Tabela 13 Fonte: Pesquisador/ 2016

No item seguinte, é questionado se a matéria correlacionou o problema da seca com a questão ambiental global e em 100% os resultados foram não. Os textos não correlacionaram o problema da seca com a questão global. Visto que todas as matérias apresentavam apenas as consequências e possíveis soluções para conter os efeitos da seca, correlacionado apenas às questões econômicas, políticas e culturais. Este item está associado às qualidades do jornalismo ambiental em evitar a fragmentação da cobertura, quando reportagens pouco se preocupam em contextualizar o assunto de forma mais ampla, resumindo tudo às questões econômicas. Os jornais analisados não cumpriram com que era proposto neste item-categoria.

Categoria Contextualização 3 Resultados (%)

A matéria correlacionou o problema da seca com a questão ambiental global?

Sim 0

Não 100

Tabela 14

Fonte: Pesquisador/ 2016

No entanto, no quarto item da categoria, é questionado se a matéria correlacionou o problema da seca às questões econômicas, políticas ou culturais. Os resultados indicam que houve em 100% essa correlação. Apresentar um panorama das áreas em que estas questões podem se inserir, escolher o que é significativo e interessante para elaborar os textos para serem publicados, explorar e estudar múltiplas conexões em relação ao meio ambiente é um modo de ganhar a atenção do espectador e não se limitar apenas a assuntos relacionados ao mercado. É unanime os casos em que houve relações com as questões econômicas, políticas e/ou culturais. Os jornais estudados permitiram que o leitor tivesse conhecimento das implicações acerca desde fenômeno climático extremo pelos diversos campos da sociedade e cumpriram o que é proposto na categoria.

Categoria Contextualização 4 Resultados (%)

A matéria correlacionou o problema da seca a questões econômicas, políticas ou culturais? Sim 100 Não 0 Tabela 15 Fonte: Pesquisador/2016

No quinto e no sexto item os quadros sobre a seca da categoria contextualização estão interligados por apresentarem um resultado semelhante, uma vez que os três jornais online,

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