• Nenhum resultado encontrado

ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DA SEQUÊNCIA SILURIANA DA BACIA DO PARNAÍBA, NORDESTE DO BRASIL

3.3 Resultados Complementares

Este tópico contempla os resultados adicionais das análises dos dados de poços e sísmicos que não puderam ser inseridos no artigo científico apresentado anteriormente, devido ao espaço disponibilizado pelo periódico onde o mesmo foi submetido para publicação.

Os diagramas 1D dos poços P3 e P4 (Figuras 3.1 e 3.2), que não foram incluídos no artigo, exibem, assim como os diagramas dos demais poços, o perfil litofaciológico, os sistemas deposicionais, os ciclos e conjuntos de ciclos, o histograma de frequência de fácies, além das superfícies limítrofes e tratos de sistemas reconhecidos para a Sequência Siluriana estudada.

A linha sísmica 3 (Figura 3.3) de orientação NW-SE, mostra os refletores que foram eleitos para representar as superfícies chaves da estratigrafia de sequências e ilustrar também a distribuição lateral das unidades genéticas identificadas para a seção estudada.

54 Figura 3.1: Diagrama 1D do poço P3 do intervalo correspondente à Sequência Siluriana.

56 Figura 3.3: Linha Sísmica 3 não interpretada (A) e interpretada (B) apresentando as superfícies cronoestratigráficas

identificadas na análise 1D. LS: Limite de Sequência; ST: Superfície Transgressiva; SMI: Superfície de Máxima Inundação.

4. Conclusões

Os resultados obtidos nesta pesquisa permitiram alcançar todos os objetivos anteriormente propostos.

A análise estratigráfica 1D possibilitou, para cada poço analisado, a caracterização das litofácies, de acordo com as assinaturas dos perfis de raios gama, dos sistemas deposicionais, segundo descritos na literatura, além da identificação dos ciclos de mais alta frequência, com base nas tendências de afinamento ou engrossamento textural para o topo, e também dos conjuntos de

ciclos, mediante o padrão de empilhamento: progradacional ou

retrogradacional. Esses conjuntos de ciclos foram posteriormente associados aos tratos de sistemas de nível baixo, transgressivo e alto, a luz da estratigrafia de sequências.

A análise estratigráfica 2D, por sua vez, permitiu, mediante amarrações sísmica-poço, o reconhecimento de refletores associados às superfícies chaves da estratigrafia de sequências. Tais superfícies foram utilizadas, posteriormente, para a delimitação dos tratos de sistemas reconhecidos durante a análise 1D.

Ainda tendo-se como critérios as variações no espaço de acomodação, os tratos de sistemas de nível baixo e alto foram divididos em dois intervalos denominados precoce e tardio.

Desta forma, a Sequência Siluriana, pôde ser dividida em cinco intervalos, a saber: Trato de Sistemas de Nível Baixo precoce e tardio, o Trato de Sistemas Transgressivo e Trato de Sistemas de Nível Alto precoce e tardio, comprovando, desta forma, que esta sequência constitui um ciclo transgressivo-regressivo.

58 Referências

A

Aguiar, G.A. de. 1969. Bacia do Maranhão: geologia e possibilidades de Petróleo. Belém: Petrobras, 55p. (Petrobras, Relatório Interno, 371).

Aguiar, G.A. de. 1971. Revisão geológica da bacia paleozóica do Maranhão. Anais do XXV Congresso Brasileiro de Geologia, VoL 3:113-122, São Paulo.

B

Blum, M. D. & Törnqvist, T. E. Fluvial responses to climate and sea-level change: a review and look forward. Sedimentology, 2000. v.47 p. 2-48. Brito Neves, B. B., Cordani, U. G. 1991. Tectonic evolution of Shouth America

during the Late Proterozoic. Precambrian Research, 53: 23-40.

C

Campbell, D.F., Almeida, L.A. & SIlva, S.O. 1949. Relatório preliminar sobre a geologia da Bacia do Maranhão. Boletim do Conselho Nacional do Petróleo, Rio de Janeiro, v. 1, p1-160.

Caputo, M. V. 1984. Stratigraphy, tectonics, paleoclimatology and paleogeography of Northern Basins of Brazil. 586 p. Thesis (Doctorate) – University of California, Santa Bárbara, 1984.

Caputo M.V., Lima E.C. 1984. Estratigrafia, idade e correlação do Grupo Serra Grande. Rio de Janeiro – SBG. Anais XXXIII Congresso Brasileiro de Geologia, 2, p.740-753.

Carozzi, A. V. 1975. Análise ambiental e evolução tectônica sedimentar da seção siluro-eocarbonífera da Bacia do Maranhão. Rio de Janeiro, PETROBRÁS/CENPES. (PETROBRÁS. Série Ciência Técnica-Petróleo, nº 7)

Cunha, F.M.B. 1986. Evolução paleozóica da Bacia do Parnaíba e seu arcabouço tectônico. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 107p.

D

Dahle, K.; Flesja, K.; Talbot, M. R. & Dreyer, T. Correlation of fluvial deposits by the use of SmNd isotope analysis and mapping of sedimentary architecture in the Escanilla Formation (Ainsa Basin, Spain) and the Statfjord Formation (Norwegian North Sea). Abstracts, Sixth International Conference on Fluvial Sedimentology, Cape Town, 1997, South Africa, 1997, p. 46.

Della Fávera, J.C., 2001. Fundamentos de Estratigrafia Moderna. Rio de Janeiro, Ed. UERJ. 264p

Delgado, I. M.; Souza, J. D.; Silva, L. C.; Silveira Filho, N. C.; Santos, R. A.; Pedreira, A. J.; Guimarães, J. T.; Angelim, L. A. A.; Vasconcelos, A. M; Gomes, I. P.; Lacerda Filho, J. V.; Valente; C. R.; Perrotta, M. M.; Heineck, C. A. 2003. Geotectônica do Escudo Atlântico. In: Bizzi, L. A.; Schobbenhaus, C.; Vidotti, R. M.; Gonçalves, J. H. (eds.): Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil. CPRM, Brasília: 227-334.

G

Góes, A. M. O. & Feijó, F. J. 1994. Bacia do Parnaíba. Boletim de Geociências da Petrobrás, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 57-68, jan./mar.

Góes, A.M. 1995. A Formação Poti (Carbonífero Superior) da Bacia do Parnaíba. Universidade de São Paulo, São Paulo. Tese de Doutorado, 171p.

Góes, A.M.O.; Souza, J.M.P.; Teixeira, L.B. 1990. Estágio exploratório e perspectivas petrolíferas da Bacia do Parnaíba. Boletim Geociências Petrobras, 4: 55-64.

Grahn, Y. 1992. Revision of Silurian and Devonian strata of Brazil. Palynology, 16:35- 61.

60

H

Holz, M. 2012. Estratigrafia de Sequencias: Histórico, Princípios e aplicações. Editora Interciência, 1ª Edição, 272 p.

K

Kegel, W. Contribuição para o estudo do Devoniano da Bacia do Parnaíba. Rio de Janeiro: DNPM, 1953. 46 p. il. (Boletim, 141).

L

Lima, e. A. M. & Leite, J. F. Projeto estudo global dos recursos minerais da Bacia Sedimentar do Parnaíba integracão geológico-metalogenetica: relatório final da etapa III. Recife: Companhia dePesquisa de Recursos Minerais. 1978. 212 p.

M

Martinsen, O. J., Ryseth, A., Helland-Hansen, W., Flesche, H., Torkildsen, G., Idil, S., stratigraphic base level and fluvial architecture: Ericson Sandstone (Campanian), Rock Springs Uplift, SW Wyoming, USA. Sedimentology 46, 235-259, 1999.

Mizusaki, A. M. P, Thomaz Filho, A. “O Magmatismo Pós-Paleozóico no Brasil”. In: Mantesso-Neto, V., Bartorelli, A., Carneiro, C. D. R., Brito Neves, B. B. (eds). Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. 1 ed. capítulo 17, São Paulo, Beca, 2004.

Moore, B. 1963. Geological Reconnaissance of the Southwest corner of the Maranhão Basin. Petróleo Brasileiro S. A., Região de Exploração do Norte, Belém, Brasil. Relatório Interno nº. 210, 74p.

Posamentier H.W. & Vail P.R. 1988. Eustatic controls on clastic deposition II – sequence and systems tract models. In: Wilgus C.K., Hastings B.S., Kendall C.G.St.C., Posamentier H.W., Ross C.A., Van Wagoner J.C. (eds), Sea- level Changes – An Integrated Approach. Society of Economic Paleontologists and Mineralogists Special Publication, v. 42, p. 1125-154.

S

Santos, R. D.; Castro, D. L. de; Bezerra, F. H. R.; Vidotti, R. M.; Fuck, R. A.; Dantas, E. L.; Lima, T. P. C. de. Influência do Lineamento Transbrasiliano na formação do arcabouço estrutural da Bacia Parnaíba. In: 13º Congresso da Sociedade Brasileira de Geofísica, 2013, Rio de Janeiro, Brasil.

Santos, M. E. C. M. & Carvalho, M. S. S. (2009) – Paleontologia das bacias do Parnaíba, Grajaú e São Luís. Rio de Janeiro: CPRM Serviço Geológico do Brasil – DGM/DIPALE, 215 p.

Santos, V. H. 2005. Seqüências Siluro-Devoniana e Eocarbonífera da Bacia do Parnaíba, Brasil, como análogos para a explotação de hidrocarbonetos. Universidade Federal de Pernambuco, Recife. Tese de Doutorado, 236p. Scherer, C. M. S. Ambientes Fluviais. In: Pedreira da Silva, A.J.C.L.; Aragão,

M.A.N.F.; Magalhães, A.J.C. (Organizadores). Ambientes de Sedimentação Siliciclástica do Brasil. Rio de Janeiro, 2008. p. 102-130.n

Severiano, Ribeiro, H.J.P., (ed). 2001. Estratigrafia de Seqüências: Fundamentos e Aplicações. São Leopoldo, RS: Editora da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. 428p.

Small, H.L. Geologia e suprimento d’água no Piauí e parte do Ceará. Rio de Janeiro: Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, série 1-D, publ. 32, 1914. 146 p.

V

Vail P.R., Mitchum R.M. Jr., Todd R.G., Widmier J.M., Thompson S. III, Sangree J.B., Bubb J.N., Hatlelid W.G. 1977. Seismic stratigraphy and global changes of sea-level. In C.E. Payton (ed.), Seismic stratigraphy -

62 applications to hydrocarbon exploration. American Association of Petroleum

Geologists, Memoir 26:49-212

VAIL, P.R. 1987. Seismic stratigraphy interpretation using sequence stratigraphy, Part 1: Seismic stratigraphy interpretation procedure. AAPG Studies in Geology, Tulsa, 27: 1-9.

VAIL, P.R.; Hardenbol, J.; Todd, R.G. 1984. Jurassic unconformities, chronostratigraphy, and sea-level changes from seismic stratigraphy and biostratigraphy. Tulsa, Oklahoma: AAPG Studies in Geology, Memoir 36, p.129-144.

Van Wagoner, J.C.; Mitchum, R.M.; Campion, K.M. & Rahmanian, V.D. 1990. Siliciclastic sequence stratigraphy in well logs, cores, and outcrops: concepts for high-resolution correlation of time and facies. AAPG Methods in Exploration Series, n. 7.

Vaz, P.T.; Rezende, N.G.A.M.; Wanderley Filho, J.R.; Travassos, W.A. 2007. Bacia do Parnaíba. In: Milani, E.J.; Rangel, H.D.; Bueno, G.V.; Stica, J.M.; Winter, W.R.; Caixeta, J.M.; Pessoa Neto, O.C. (eds.) Bacias sedimentares brasileiras – cartas estratigráficas. Boletim de Geociências da Petrobras, 15: 253-263.

W

Wilgus, C.K.; Hastings, B.S.; Kendall, C.G.St.C.; Posamentier, H.W.; Ross, C.A. & Van Wagoner, J.C. (Eds.) 1988. Sea-level changes: an integrated approach. Society of Economic Paleontologists and Mineralogists Special Publication, 42, 407 p.

Wright, V. P.; Marriott, S. B. 1993. The sequence stratigraphy of fluvial depositional systems: the role of floodplain sediment storage. Sedimentary Geology, 86:203-210.

Documentos relacionados