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Resultados Gerais

• O comprimento rostro-cloacal dos machos sexualmente maduros variou de 48,84 a 72,86 mm (x = 63,26 ± 5,99 mm; n = 76), e das fêmeas de 57,36 a 81,8 mm (x = 70,0 ± 5,85 mm; n = 73).

• A atividade reprodutiva de machos e fêmeas mostrou-se sazonal, com a presença de espermatozóides de setembro a dezembro e folículos vitelogênicos e/ou ovos, de outubro a dezembro, com o recrutamento dos filhotes ocorrendo em janeiro e fevereiro.

• Aparentemente, a temperatura e o fotoperíodo, ou a sua interação, determinaram a sazonalidade na reprodução em C. vacariensis. O pico da atividade reprodutiva ocorreu cerca de dois meses antes do pico da temperatura, e cerca de um mês antes do pico do fotoperíodo.

• O ciclo dos corpos gordurosos também apresentou atividade sazonal, sendo que fêmeas acumularam mais lipídios do que os machos. O pico do valor da massa dos corpos gordurosos de machos e fêmeas coincidiram, observando-se uma defasagem de cerca de seis meses entre os ciclos dos corpos gordurosos e da atividade reprodutiva.

• O tamanho médio da desova foi de 4,10 ± 0,89 (2 a 6; n = 21), sendo que o comprimento rostro-cloacal das fêmeas explicou 69,7% do tamanho desova. Houve evidências de duas desovas em uma mesma temporada reprodutiva.

• As fêmeas adultas apresentaram maior comprimento rostro-cloacal e distância axila- virilha; enquanto os machos adultos, maior comprimento de cabeça, comprimento da cauda e largura da base da cauda.

• Os machos adultos apresentaram em sua maioria (88,1%) as escamas das primeiras e segundas fileiras longitudinais ventrais amarelas, enquanto em jovens e fêmeas adultas estas escamas foram brancas. O padrão de machas pré-cloacais variou de nenhum (zero) a oito pontos negros, tanto em machos, quanto em fêmeas. Para as fêmeas, 55,3% tiveram nenhum ou um ponto negro, enquanto que apenas 7,1% dos machos tiveram nenhum ou um ponto negro.

Conclusões Gerais

• O ciclo reprodutivo de Cnemidophorus vacariensis é sazonal e descontínuo, como em outras espécies de lagartos que habitam regiões com fatores climáticos sazonais (répteis de zonas temperadas), com a temperatura e o fotoperíodo, ou a sua interação, afetando a sazonalidade na reprodução.

• Os ciclos dos corpos gordurosos foram vinculados à atividade gonadal e, portanto, também associados à temperatura e ao fotoperíodo, de forma similar ao já documentado para outras espécies de lagartos ovíparos e vivíparos. As fêmeas aparentemente utilizam as reservas lipídicas para o desenvolvimento dos ovos, enquanto os machos provavelmente usam a gordura para a espermatogênese ou para suprir as demandas energéticas durante a busca de parceiras.

• Assim como em outras espécies que não possuem uma desova geneticamente fixa com relação ao número de ovos, o tamanho da desova em C. vacariensis aumenta com o aumento do CRC. O tamanho da desova é relativamente grande quando comparado ao tamanho da desova de outras espécies do gênero de CRC similar.

• As massas relativas da desova para C. vacariensis estão dentro dos limites mencionados para o gênero e são semelhantes àquelas encontradas para outras espécies da família Teiidae.

• As fêmeas adultas de C. vacariensis possuem maior tamanho corpóreo do que os machos.

• Machos de C. vacariensis apresentam cabeças mais compridas e largas, assim como caudas mais compridas e mais largas na sua base do que as fêmeas de mesmo tamanho. Fêmeas possuem maior comprimento da distância axila-virilha.

• O dimorfismo sexual na coloração das escamas das primeiras e segundas fileiras longitudinais ventrais está provavelmente associado à maturação sexual em machos, pois jovens e fêmeas não apresentam esta característica. Nos machos a coloração foi persistente durante todos os meses do ano, parecendo não estar associada ao período reprodutivo apenas. É difícil explicar o dimorfismo no padrão de pontos negros na região da cloaca, devido a esta região não ser uma área do corpo exposta.

• Algumas características da reprodução observadas são típicas para o gênero em ambientes em regiões temperadas. Entretanto, o maior comprimento rostro-cloacal das fêmeas, em relação ao dos machos, não é comum para outras espécies do gênero, nem para outras espécies da família Teiidae.

• O fato da sua área de ocorrência (afloramentos rochosos em áreas de campos) estar sofrendo crescente descaracterização pelo uso para plantações e criação de gado, estando totalmente dentro de áreas particulares, pode levar Cnemidophorus

vacariensis a ter significativas perdas no tamanho populacional ou mesmo a tornar-se

extinta dentro de um curto espaço de tempo. Assim, tornam-se urgentes medidas de proteção a esta espécie e seu ambiente.

Anexo

Normas para publicação

Iheringia – Série Zoologia

ISSN 0073-4721 versão

impressa

ISSN 1678-4766 versão

online

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

• Escopo e política

• Forma e preparação de manuscritos

Escopo e política

O periódico Iheringia, Série Zoologia, editado pelo Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, destina-se a publicar trabalhos completos originais em Zoologia, com ênfase em taxonomia e sistemática, morfologia, história natural e ecologia de comunidades ou populações de espécies da fauna Neotropical recente. Notas científicas não serão aceitas para publicação. Em princípio, não serão aceitas listas faunísticas, sem contribuição taxonômica, ou que não sejam o resultado de estudos de ecologia ou história natural de comunidades, bem como chaves para identificação de grupos de táxons definidos por limites políticos. Para evitar transtornos aos autores, em caso de dúvidas quanto à adequação ao escopo da revista, recomendamos que a Comissão Editorial seja previamente consultada. Também não serão aceitos artigos com enfoque principal em Agronomia, Veterinária, Zootecnia ou outras áreas que envolvam zoologia aplicada. Manuscritos submetidos fora das normas da revista serão devolvidos aos autores antes de serem avaliados pela Comissão Editorial e Corpo de Consultores.

Forma e preparação de manuscritos

1. Encaminhar o trabalho ao editor, via ofício, assinado pelos autores, acompanhado do original e duas cópias (incluindo as figuras) além de arquivo digital (ver item 14).

2. Os manuscritos serão analisados por, no mínimo, dois

consultores. A aprovação do trabalho, pela comissão editorial, será baseada no conteúdo científico, respaldado pelos pareceres dos consultores e no atendimento às normas. Alterações substanciais serão solicitadas aos autores, mediante a devolução dos originais acompanhados das sugestões.

3. O teor científico do trabalho é de responsabilidade dos autores, assim como a correção gramatical.

12, com páginas numeradas e espaçamento duplo entre linhas. 5. Os trabalhos devem conter os tópicos: título; nomes dos autores (nome e sobrenome por extenso e demais preferencialmente abreviados); endereço completo dos autores, com e-mail para contato; “abstract” e “keywords” (máximo 5) em inglês; resumo e palavras-chave (máximo 5) em português ou espanhol; introdução; material e métodos; resultados; discussão e conclusões;

agradecimentos e referências bibliográficas. 6. Não usar notas de rodapé.

7. Para os nomes genéricos e específicos usar itálico e, ao serem citados pela primeira vez no texto, incluir o nome do autor e o ano em que foram descritos. Expressões latinas também devem estar grafadas em itálico.

8. Citar as instituições depositárias dos espécimes que

fundamentam a pesquisa, preferencialmente com tradição e infra- estrutura para manter coleções científicas e com políticas de curadoria bem definidas.

9. Citações de referências bibliográficas no texto devem ser feitas em Versalete (caixa alta reduzida) usando alguma das seguintes formas: BERTCHINGER & THOMÉ (1987), (BRYANT, 1915; BERTCHINGER & THOMÉ, 1987), HOLME et al. (1988). 10. Dispor as referências bibliográficas em ordem alfabética e cronológica, com os autores em Versalete (caixa alta reduzida). Apresentar a relação completa de autores (não abreviar a citação dos autores com “et al.”) e o nome dos periódicos por extenso. Alinhar à margem esquerda com deslocamento de 0,6 cm. Não serão aceitas citações de resumos e trabalhos não publicados. Exemplos:

BERTCHINGER, R. B. E. & THOMÉ, J. W. 1987. Contribuição à caracterização de Phyllocaulis soleiformis (Orbigny, 1835) (Gastropoda, Veronicellidae). Revista Brasileira de Zoologia 4(3):215-223.

BRYANT, J. P. 1915. Woody plant-mammals interactions. In: ROSENTHAL, G. A. & BEREMBAUM, M. R. eds. Herbivores: their interactions with secondary plants metabolites. San Diego, Academic. v.2, p.344-365.

HOLME, N. A.; BARNES, M. H. G.; IWERSON, C. W. R.; LUTKEN, B. M. & MCINTYRE, A. D. 1988. Methods for the study of marine mammals. Oxford, Blackwell Scientific. 527p.

PLATNICK, N. I. 2002. The world spider catalog, version 3.0. American Museum of Natural History. Disponível em:

87/index.html>. Acesso em: 10.05.2002.

11. As ilustrações (desenhos, fotografias, gráficos e mapas) são tratadas como figuras, numeradas com algarismos arábicos

seqüenciais e dispostas adotando o critério de rigorosa economia de espaço e considerando a área útil da página (16,5 x 24 cm) e da coluna (8 x 24 cm). A Comissão Editorial reserva-se o direito de efetuar alterações na montagem das pranchas ou solicitar nova disposição aos autores. As legendas devem ser auto-explicativas e impressas em folha à parte. Ilustrações a cores implicam em custos a cargo dos autores. Os originais devem ser enviados apenas após a aprovação do manuscrito. Incentivamos o encaminhamento das figuras em meio digital de alta qualidade (ver item 14).

12. As tabelas devem permitir um ajuste para uma (8 cm) ou duas colunas (16,5 cm) de largura, ser numeradas com algarismos romanos e apresentar título conciso e auto-explicativo.

13. A listagem do material examinado deve dispor as localidades de Norte a Sul e de Oeste a Leste e as siglas das instituições

compostas preferencialmente de até 4 letras, segundo o modelo abaixo:

VENEZUELA, Sucre: San Antonio del Golfe, (Rio Claro, 5º57’N 74º51’W, 430m) 5 , 8.VI.1942, S. Karpinski col. (MNHN 2547). PANAMÁ, Chiriquí: Bugaba (Volcán de Chiriquí), 3 , 3 , 24.VI.1901, Champion col. (BMNH 1091). BRASIL, Goiás: Jataí (Fazenda Aceiro), 3 , 15.XI.1915, C. Bueno col. (MZSP); Paraná: Curitiba, , 10.XII.1925, F. Silveira col. (MNRJ); Rio Grande do Sul: São Francisco de Paula (Fazenda Kraeff, Mata com Araucária, 28º30’S 52º29’W, 915m), 5 , 17.XI.1943, S. Carvalho col. (MCNZ 2147).

14. Enviar, juntamente com as cópias impressas, cópia do manuscrito em meio digital (disquete, zip disk ou CDROM,

devidamente identificado) em arquivo para Microsoft Word (*.doc) ou em formato “Rich Text” (*.rtf). Para as imagens digitalizadas, utilizar resolução mínima de 300 dpi e arquivos Bitmap TIFF (*.tif). Enviar as imagens nos arquivos originais (não inseridas em arquivos do MS Word, MS Power Point e outros), rotulados de forma auto-explicativa (e. g. figura01.tif). Gráficos e tabelas devem ser inseridos em arquivos separados (Microsoft Word ou Excel). Para arquivos vetoriais utilizar formato Corel Draw (*.cdr). 15. As provas não serão enviadas aos autores, exceto em casos especiais.

16. Para cada artigo serão fornecidas, gratuitamente, 50 separatas, sem capa, que serão remetidas preferencialmente para o primeiro

Library Online, SciELO/Brasil, disponível em www.scielo.br/isz.

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