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6.2 Análises de Grupo

6.2.1. Resultados de NIRS: experimento binocular

A Fig. 6.4 mostra os achados de NIRS para um grupo de 10 indivíduos nos períodos de repouso e apresentação do estímulo visual, num intervalo temporal de 40s, para os experimentos em que variou-se a freqüência do estímulo em 4 Hz, 8 Hz e 12 Hz, mantendo- se o contraste em 100%. As respostas hemodinâmicas apresentadas correspondem ao resultado médio obtido para este grupo de indivíduos. Na Fig. 6.5, são mostrados resultados do mesmo tipo, mas obtidos da série suplementar de medidas, para um grupo menor de indivíduos, 6 , para as freqüências de estímulos 1 Hz, 2 Hz e 3 Hz.

Fig. 6.4 Resultados de NIRS (experimento binocular) para a análise de grupo para cada um dos canais, variando-se a freqüência de estímulo: 4, 8 e 12 Hz.

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Fig. 6.5 Resultados de NIRS (experimento binocular) para a análise de grupo para cada um dos canais, variando-se a freqüência de estímulo: 1, 2 e 3 Hz.

Analisando-se os resultados das Figs. 6.4 e 6.5, nota-se que, para cada canal, as respostas ópticas possuem um aspecto semelhante entre si, com alguma variabilidade com respeito à freqüência do estímulo aplicado, porém não sendo possível encontrar um padrão definido para esta variabilidade. No entanto, das figuras pode-se observar uma clara resposta hemodinâmica como resposta ao estímulo aplicado. Pode-se notar também que os canais verticais, A2 e D3, são menos ruidosos do que os canais horizontais, B1 e C4. Isso muito provavelmente está ligado à qualidade dos dados coletados, pois, pela própria montagem experimental, foi possível conseguir um melhor acoplamento ao escalpo dos optodos colocados verticalmente em relação ao que ocorreu com os optodos colocados horizontalmente.

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As Figs. 6.6 e 6.7 mostram também resultados hemodinâmicos para o experimento binocular obtidos com o NIRS, mas variando-se agora o nível do contraste do estímulo em 3%, 10%, 20%, 30%, 60% e 100%, e mantendo-se a freqüência fixa em 4 Hz.

Fig. 6.6 Resultados de NIRS (experimento binocular) para a análise de grupo para cada um dos canais, variando-se o contraste do estímulo: 30, 60 e 100 %.

Para os resultados da Fig. 6.6, em que se tomou dados para os contrastes de estímulo 30%, 60% e 100 %, pode-se fazer as mesmas observações já feitas anteriormente: 1) as respostas hemodinâmicas tem um aspecto semelhante entre si, com alguma variabilidade frente à variação de contraste, mas sem um padrão definido. Novamente observou-se que os canais horizontais foram mais ruidosos. As mesmas observações valem para os resultados da Fig.6.7 no que diz respeito à variação com o nível de contraste, a qual se variou em 3%, 10% e 20%, sendo que neste caso B1 é que foi o canal menos ruidoso.

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Fig. 6.7 Resultados de NIRS (experimento binocular) para a análise de grupo para cada um dos canais, variando-se o contraste do estímulo: 3, 10 e 20 %.

Avaliações globais das respostas ópticas obtidas para todas as freqüências e para todos os níveis de contraste utilizados no experimento binocular podem ser feitas a partir das Figs. 6.8 e 6.9, em que esses resultados são respectivamente apresentados.

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Fig. 6.8 Resultados de NIRS (experimento binocular) para a análise de grupo para cada um dos canais, e para todas as freqüências de estímulo:1, 2, 3, 4, 8 e 12 Hz (contraste 100%).

Pouco pode ser acrescentado ao que já foi dito. Por um lado, observa-se nessas figuras padrões de respostas bem definidos tanto para HbO quanto para dHb. No entanto, não se observa facilmente nenhum padrão de variabilidade associado à variação dos parâmetros de freqüência e de contraste.

Nas Figs. 6.10 e 6.11 são mostradas curvas correspondentes a ajustes quadráticos, com a intenção de mostrar a tendência média do conjunto dos pontos. O que se observa na Fig. 6.10, é que, tanto para HbO quanto para dHb, a tendência de quase todas as curvas é praticamente uma constante, com variações muito suaves. Apenas a curva de C4 para HbO é que apresenta uma tendência inicial de crescimento e depois de estabilização.

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Fig. 6.9 Resultados de NIRS (experimento binocular) para a análise de grupo para cada um dos canais, e para todos os níveis de contraste: 3, 10, 20, 30, 60 e 100 % (frequência = 4 Hz).

As curvas referentes ao nível de contraste é que apresentam uma variação um pouco mais bem definida, sobretudo para o caso da HbO (Fig. 6.11). Essas curvas indicam um crescimento das áreas de HbO até cerca 50-60% de contraste, decrescendo em seguida.

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Fig. 6.10 Áreas sob as curvas de HbO (em azul) e dHb (em vermelho) em função da freqüência do estímulo (experimento binocular).

Fig. 6.11 Áreas sob as curvas de HbO (em azul) e dHb (em vermelho) em função dos níveis de contraste (experimento binocular).

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Por outro lado, nas Figs. 6.12 e 6.13 são mostradas as áreas sob as curvas de HbO (em azul) e dHb (em vermelho) em função da freqüência do estímulo (experimento binocular) e em função dos níveis de contraste (experimento binocular) com a finalidade de comparar os nossos resultados com aqueles resultados de Ozus et al. (2001) , e com os resultados de Emir et al. (2008).

Na Fig. 6.12 (canto superior esquerdo), podemos observar uma mudança máxima percentagem média no sinal BOLD de um grupo de sujeitos submetidos a um estimulo de freqüências. Podemos observar uma correlação linear entre as mudanças máximas do sinal BOLD e os flashes de freqüências abaixo de 4 Hz. Logo esses resultados alcançam um maximo em 6Hz para depois atingir um “dip” em 12 Hz. Este resultado pode ser comparado com as áreas baixo as curvas dos nossos resultados (curva azul do HbO) dos nossos estímulos de freqüências para o canal C4 do experimento Binocular, por um lado.

Por outro lado temos na Fig. 6.12 (canto inferior esquerdo) o trabalho de Emir et al que nos apresenta os seus resultados do sinal BOLD positivo (PBOLD) os quais podem ser comparáveis com os nossos resultados das áreas baixo as curvas dos nossos resultados (curva azul do HbO) dos nossos estímulos de freqüências para o canal C4 do experimento binocular.

Fig. 6.12. Áreas sob as curvas de HbO (em azul) e dHb (em vermelho) em função da freqüência do estímulo (experimento binocular).

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Na Fig. 6.13, são apresentados os resultados de Rovati et al. (à direita) para um experimento em que houve variação de contraste do estímulo visual utilizado. Observa-se uma forte correlação da resposta hemodinâmica tanto para HbO como para dHb frente à variação de contraste quando aos dados são aplicados um fitting logarítmico. No entanto, os nossos resultados de áreas sob as curvas de HbO (em azul) e dHb (em vermelho) em função dos níveis de contraste do estímulo (experimento binocular) refletem um comportamento parabólico.

Fig. 6.13. Áreas sob as curvas de HbO (em azul) e dHb (em vermelho) em função dos níveis de contraste (experimento binocular).

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