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4.1. Avaliação das características da cama de casca de café ao longo do experimento

Os resumos das análises de variância das características umidade base úmida, fósforo, potássio, pH, nitrogênio total, nitrogênio amoniacal, relação C/N, carbono orgânico total e temperatura superficial da cama, para as três primeiras e três últimas semanas de vida das aves encontram-se apresentado nas Tabelas 3, 4, 5 e 6, respectivamente.

Tabela 3. Resumo da análise de variância (ANOVA), das características (UBU, P, K,

pH, NTK, NAM, C/N, COT, TEMP) analisadas na cama aviária em função dos cinco tratamentos aplicados ao longo das três primeiras semanas de vida das aves Fator de variação GL Quadrados médios UBU NT P K pH NAM C/N COT (%) (%) (g/kg) (g/kg) (g/kg) (g/kg) Tratamento 4 42,47* 12,01* 0,24 10,32* 0,43* 0,36 4,38* 0,49 Resíduo A 8 35,06 4,42 0,17 1,3 0,09 0,44 0,93 0,10 Período 3 3110,98* 813,29* 33,92* 485,33* 6,96* 45,25* 394,43* 4,81* Trat*Período 12 15,88 15,87* 0,49* 4,36* 0,11* 0,43* 4,21* 0,07 Resíduo B 32 9,44 1,96 0,17 1,01 0,02 0,17 0,53 0,07 Total 59 *Significativo a 5% de probabilidade

Tabela 4. Resumo da análise de variância (ANOVA), das características (UBU, P, K,

pH, NTK, NAM, C/N, COT) analisadas na cama aviária em função dos cinco tratamentos ao longo das três últimas semanas de vida das aves

Fator de variação GL Quadrados médios UBU NT P K pH NAM C/N COT (%) (%) (g/kg) (g/kg) (g/kg) (g/kg) Tratamento 4 65,06* 5,80 1,81* 9,94 0,10 11,47* 0,62 5,44 Resíduo A 8 53,12 5,33 1,10 6,91 0,07 3,87 1,05 7,11 Período 3 259,04* 777,97* 38,18* 27,21* 5,47* 168,49* 56,61* 48,20* Trat*Período 12 23,92 8,44 0,36 2,89 0,02 3,90 0,48 3,68 Resíduo B 27 18,48 7,85 0,26 4,09 0,14 2,68 0,99 4,68 Total 54 *Significativo a 5% de probabilidade

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Tabela 5. Resumo da análise de variância (ANOVA), das temperaturas analisadas na

cama aviária em função dos cinco tratamentos ao longo das três primeiras de vida das aves

Fator de variação GL Quadrado médio

TEMP (ºC) Tratamento 4 124,10* Resíduo A 8 0,46 Período 2 13,39* Tratamento*Período 8 2,54* Resíduo B 22 0,59 Total 44 *Significativo a 5% de probabilidade

Tabela 6. Resumo da análise de variância (ANOVA), das temperaturas analisadas na

cama aviária em função dos cinco tratamentos ao longo das três últimas semanas de vida das aves

Fator de variação GL Quadrado médio

TEMP (ºC) Tratamento 4 24,06* Resíduo A 8 1,62 Período 2 19,44* Tratamento*Período 8 4,59* Resíduo B 20 0,95 Total 42 *Significativo a 5% de probabilidade

Como esperado, foi verificado efeito significativo do fator tempo (período) para todas as variáveis resposta. Isto se deve principalmente ao fato de que a cama de casca de café não foi removida ao longo do experimento e, portanto, todas as características avaliadas em um determinado dia teve influência do efeito cumulativo do intervalo de tempo anterior, não sendo necessário realizar desdobramento e verficar o efeito de cada intervalo de tempo nas variáveis resposta.

Observou-se efeito significativo das diferentes condições de ambiente térmico para as variáveis resposta potássio (K), pH, nitrogênio total Kjedahl (NTK), umidade base úmida (UBU), relação Carbono/Nitrogênio (C/N) e temperatura superficial da cama (TEMP) durante as três primeiras semanas de vida das aves. O resultado do teste de médias para essas variáveis está apresentado na Tabela 7. Já nas três últimas semanas de vida das aves foi observado efeito significativo das diferentes condições de ambiente térmico para as variáveis resposta umidade base úmida (UBU), potássio (P), nitrogênio amoniacal (NAT) e temperatura superficial da cama (TEMP). O resultado do teste de

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médias para essas variáveis está apresentado na Tabela 7. As médias destas variáveis foram comparadas por meio do teste de Tukey a 5% de probalidade.

Tabela 7 – Valores médios de NT, K, UBU, C/N e TEMP da cama de aviário

submetida aos diferentes tratamentos ao longo das três primeiras semanas de vida das aves

Condição térmica NT (g/kg) K g/kg) UBU (%) C/N TEMP (ºC) pH C1TC 31,28 a 32,21 a 29,90 a 16,72 a 28,48 a 7,34 a C1TL 29,27 a 31,86 a 27,59 a 17,73 a 28,92 a 7,46 a E1FS 30,64 a 30,36 a 28,49 a 17,11 a 22,52 b 7,00 a E1FB 31,21 a 31,70 a 27,58 a 16,80 a 26,68 d 7,07 a E1FM 29,27 a 30,17 a 24,76 a 18,11 a 24,03 c 7,19 a

C1TC= Conforto térmico preconizado por Cassuce; C1TL= Conforto térmico segundo a literatura; E1FS= Frio Severo;E1FB= Frio Brando; E1FM= Frio Moderado.Médias seguidas por letras iguais na coluna não diferem estatísticamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Tabela 8 – Valores médios de UBU, P, NAT e TEMP da cama de aviário submetida os

diferentes tratamentos ao longo das três últimas semanas de vida das aves

Condição térmica UBU

(%) P (g/kg) NAT (g/kg) TEMP (ºC) C2TC 48,31 a 7,81 a 11,40 a 30,97 a E2CS 42,73 a 6,48 a 12,54 a 34,74 a E2CA 43,81 a 6,98 a 12,47 a 34,73 a E2CL 46,36 a 7,64 a 11,12 a 30,95 a E2CM 45,04 a 7,78 a 11,57 a 33,31 a

C2TC= Conforto térmico preconizado por Cassuce; E2CS= Calor Severo; E2CA = Calor Acentuado; E2CL= Calor Leve; E2CM= Calor Moderado. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probalidade.

Apesar do efeito significativo identificado na análise de variância, como observado na Tabela 7 e 8, as médias de K, de UBU, de C/N, de P, de NAT e de NT não diferiram estatisticamente. Para a variável TEMP, houve diferença estatística entre os ambientes, durante as três primeiras semanas de vida das aves, apresentando as mesmas valores próximos aos da temperatura efetiva da respectiva câmara (TABELA 7).

Foi observado efeito significativo da interação entre os fatores condição de ambiente térmico (tratamento) e período após o alojamento das aves para as variáveis pH, K, P, NT, NAM, C/N e TEMP durante as três primeiras semanas de vida das aves. Já para as últimas semanas de vida das aves foi observado efeito significativo da interação entre os fatores condição de ambiente térmico e período após o alojamento das aves somente para a variável temperatura superficial da cama.

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Para estas variáveis, foi feito o desdobramento da interação e testadas as médias dentro de cada intervalo de tempo por meio do teste de Tukey a 5% de probabilidade.

4.1.1. Variação das características químicas (fósforo total, potássio total, nitrogênio total Kjedahl e carbono orgânico total) na cama de frangos submetidos a diferentes temperaturas ao longo do experimento

4.1.1.1. Fósforo total

Na Tabela 9 são apresentados os valores médios da concentração de fósforo total (g.kg-1) na cama de casca de café ao longo das três primeiras semanas de vida das aves. As concentrações de fósforo em todos os ambientes aumentaram ao longo do tempo, com valores médios iniciais de 1,15 g.kg-1e finais de 4,74 g.kg-1. Aos 18 dias de experimento a maior concentração de fósforo foi encontrada na cama aviária submetida aos ambientes Conforto Térmico Segundo a Literatura (C1TL) e Frio Severo (E1FS), 5,15 g.kg-1, seguido pelos ambientes Frio Brando (E1FB), Frio Moderado (E1FM) e Conforto térmico preconizado por Cassuce (C1TC), com valores médios de 4,73; de 4,43; e de 4,25 g.kg-1 respectivamente, porém estes valores não se diferiram estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Tabela 9 – Valores médios de três avaliações para concentração de fósforo total da

cama aviária ao longo das três primeiras semanas de vida das aves

Tratamentos Fósforo (g.kg

-1

)

Cama nova 7 dias 14 dias 18 dias

C1TC 1,15 2,89 ab 3,59 ab 4,25 a C1TL 1,15 3,28 ab 3,37 ab 5,15 a E1FS 1,15 2,94 ab 3,91 ab 5,15 a E1FB 1,15 3,68 b 3,11 a 4,73 a E1FM 1,15 2,34 a 4,07 b 4,43 a Média 1,15 3,02 3,61 4,74

C1TC= Conforto térmico preconizado por Cassuce; C1TL= Conforto térmico segundo a literatura; E1FS= Frio Severo;E1FB= Frio Brando; E1FM= Frio Moderado. Médias seguidas por letras iguais na coluna não diferem estatísticamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Na Figura 5, está apresentada a variação da concentração de fósforo em função do estágio de criação dos frangos de corte. De acordo com as equações ajustadas, verifica- se que a concentração o teor de fósforo apresentou variação polinomial para o ambiente térmico Frio Moderado e exponencial para os ambientes térmicos de s Conforto térmico preconizado por Cassuce, Conforto Térmico Segundo a Literatura, Frio Severo e Frio Brando.

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Figura 5. Valores médios de concentração de fósforo na cama aviária ao longo das três primeiras semanas de

vida das aves. C1TC= Conforto térmico preconizado por Cassuce; C1TL= Conforto térmico Segundo a Literatura; E1FS= Frio Severo; FA= Frio Brando; E1FM= Frio Moderado.

Segundo Nicholson et al. (1996), as excretas de frango de corte possuem uma concentração média de fósforo em torno de 18 g.kg-1, o que indica que há possibilidade de aumento dos valores de P total da cama até aproximadamente 20 g.kg-1 ainda no primeiro ciclo de utilização da cama. Benedetti et al. (2009), por exemplo, estudando a composição química da cama de frango provenientes de casca de café submetida a ciclos sucessivos de criação, encontraram valores médios de P total em torno de 21 g.kg-1 para o primeiro ciclo de criação dos frangos de corte (três primeiras semanas de vida).

Isto se deve ao fato de que, entre os minerais exigidos pelas aves, o fósforo e o cálcio são os mais importantes, por serem necessários não apenas para otimizar a taxa de crescimento, mas também para a mineralização óssea. Sendo assim, na formulação das rações para atender as diferentes fases busca-se adicionar ingredientes que forneçam esse mineral. Isso faz com que esses minerais sejam eliminado nas excretas (Laurentizet al.,2009).

Na Tabela 10 são apresentados os valores médios da concentração de fósforo total (g.kg-1) na cama de casca de café ao longo das três últimas semanas de vida das aves. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade não sendo constatadadiferença estatísticas entre as médias.

y C1TC = 1,1581x0,4461R² = 0,9958 y C1TL = 1,1657x0,4766R² = 0,9493 y E1FS = 1,1331x0,4973R² = 0,9911 y E1FB = 1,2112x0,4493R² = 0,8945 y E1FM = -0,0029x2+ 0,257x + 0,8363 R² = 0,989 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 0 5 10 15 20 P (g .kg -1)

Dias após o início do experimento

C1TC C1TL E1FS E1FB E1FM

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Tabela 10 – Valores médios de fósforo da cama aviária ao longo das três últimas

semanas de vida das aves

Tratamentos

Fósforo total (g.kg-1)

Dias de criação dos frangos de corte

21 28 35 42 C2TC 5,6 a 7,8 a 7,8 a 10,0 a E2CS 4,7 a 7,4 a 6,7 a 8,4 a E2CA 4,8 a 7,4 a 7,9 a 9,1 a E2CL 5,2 a 7,6 a 8,2 a 9,4 a E2CM 5,1 a 8,0 a 8,3 a 10,7 a Média 5,1 7,7 7,8 9,5

C2TC= Conforto térmico preconizado por Cassuce; E2CS= Calor Severo; E2CA= Calor Acentuado; E2CL= Calor Leve; E2CM= Calor Moderado. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probalidade.

Na figura 6 está apresentada a variação de fósforo total ao longo das três últimas semanas de vida das aves.

Figura 6. Valores médios de concentração de fósforo na cama aviária ao longo das três últimas

semanas de vida das aves. C2TC= Conforto térmico preconizado por Cassuce; E2CS= Calor Severo; E2CA= Calor Acentuado; E2CL= Calor Leve; E2CM= Calor Moderado

Para as três últimas semanas de vida das aves, pode-se observar que o modelo potencial para o ambiente de Conforto Térmico Preconizado por Cassuce, o logarítmico para o ambiente de Calor Moderado e o polinomial para os ambientes térmicos de Calor Severo, Calor Acentuado e Calor Leve foram os que apresentaram melhor ajuste ao incremento nos valores de fósforo na cama aviária.

Houve incremento médio de fósforo na cama de 4,4 g.kg-1 entre 21 e 42 dias de idade dos frangos de corte. No ambiente de Calor Moderado observou-se maior incremento médio, 5,6 g.kg-1, já o ambiente de Calor Severo observou-se menor incremento médio, 3,7 g.kg-1. y C2TC = 0,5897x0,7502R² = 0,9071 y E2CS= -0,0342x2+ 2,059x - 23,417 R² = 1 y E2CA= -0,0068x2+ 0,6235x - 5,1145 R² = 0,9608 y E2CL= -0,0059x2+ 0,5617x - 3,8133 R² = 0,9694 y E2CM= 7,1413ln(x) - 16,436 R² = 0,9397 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00 22,00 24,00 15 25 35 45 P ( g .kg -1)

Dias após o início do experimento

C2TC E2CS E2CA E2CL E2CM

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A concentração média de fósforo total na cama determinada aos 42 dias de vida dos frangos foi de 9,5 g.kg-1, valores abaixo dos encontrados por Fialho et al. (1984) e Perdomo (1998), ambos citados por Leme et al. (2000), os quais sugerem valores de 19 g.kg-1 e de 16 g.kg-1, respectivamente, para cama de frango. Já Ihnat e Fernandes (1996) descrevem o teor médio de fósforo nas excretas de frangos como sendo de 41 g.kg-1 para um ciclo de produção.

De acordo com Belay & Teeter (1996), as aves submetidas a condições de ambiente térmico com temperaturas mais elevadas excretam maior quantidade de fósforo, potássio, sódio, magnésio, enxofre, cobre, manganês e zinco em comparação com aves em ambiente de conforto térmico (24°C). Segundo Pastore e Oliveira (2013), em temperaturas mais elevadas as aves aumentam sua ingestão de água, o que pode contribuir para a redução da digestibilidade dos nutrientes, visto que a taxa de passagem da digesta aumenta. Outro fator que pode provocar aumento no teor de fósforo na cama aviária é a excreção de fósforo “fítico” pelas aves, que é uma forma de fósforo vindo dos ingredientes da ração (milho, soja) mais difícil de ser absorvido pelo metabolismo das aves.

4.1.1.2. Potássio total

Como pode ser observado na Tabela 11, as concentrações de potássio total aumentaram significativamente na primeira semana, porém permaneceram constantes com o passar das três primeiras semanas de vida das aves. Aos 7 dias de experimento a cama aviária apresentou valores médios de 33,19 g.kg-1, aumento de aproximadamente 10 g.kg-1 em relação ao teor de potássio inicial da palha de café (cama nova). Já aos 14 dias de experimento as concentrações médias foram de 34,27 g.kg-1, aumento de apenas 1,08 g.kg-1 comparado à semana anterior. Aos 18 dias de experimento foi observado acréscimo de apenas 0,52 g.kg-1 em relação aos 14 dias de criação dos frangos. Foram ajustados modelos para descrever o incremento nas concentrações de potássio no decorrer das três primeiras semanas de vida das aves, sendo que o modelo polinomial apresentou melhor ajuste para os ambientes térmicos s de Conforto térmico preconizado por Cassuce, Conforto Térmico Segundo a Literatura, Frio Severo, Frio Moderado e o modelo exponencial apresentou melhor ajuste para o ambiente de Frio Brando (Figura 7).

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Tabela 11 – Valores médios de concentração de potássio na cama aviária ao longo das

três primeiras semanas de vida das aves

Tratamentos Potássio (g.kg

-1

)

Cama nova 7 dias 14 dias 18 dias

C1TC 22,79 35,87 a 34,42 a 35,75 a C1TL 22,79 33,54 ac 35,45 a 35,67 a E1FS 22,79 31,84 bc 33,78 a 33,02 b E1FB 22,79 34,71 a 33,45 a 35,83 a E1FM 22,79 29,98 b 34,25 a 33,68 ab Média 22,79 33,19 34,27 34,79

C1TC= Conforto térmico preconizado por Cassuce; C1TL= Conforto térmico segundo a literatura; E1FS= Frio Severo;E1FB= Frio Brando; E1FM= Frio Moderado. Médias seguidas por letras iguais na coluna não diferem estatísticamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Figura 7. Valores médios de concentração de potássio na cama aviária ao longo das três primeiras semanas

de vida das aves. C1TC= Conforto térmico preconizado por Cassuce; C1TL= Conforto térmico Segundo a Literatura; E1FS= Frio Severo; FA= Frio Brando; E1FM= Frio Moderado

Os valores médios de concentração média de potássio total para as três últimas semanas de vida das aves encontram-se apresentados na Tabela 12.

y C1TC= -0,0979x2+ 2,5075x + 21,084 R² = 0,8925 y C1TL= -0,0811x2+ 2,2512x + 20,91 R² = 0,9802 y E1FS= -0,0755x2+ 2,0108x + 21,009 R² = 0,9917 y E1FB = 23,401x0,154R² = 0,9073 y E1FM= -0,0539x2+ 1,6755x + 21,094 R² = 0,9985 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 0 5 10 15 20 K (g .kg -1)

Dias após o início do experimento

C1TC C1TL E1FS E1FB E1FM

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Tabela 12 – Valores médios de concentração de potássio da cama aviária ao longo das três últimas semanas de vida das aves

Tratamentos

Potássio total (g.kg-1)

Dias de criação dos frangos de corte

21 28 35 42 C2TC 34,2 a 36,1 a 34,1 a 33,8 a E2CS 34,9 a 37,3 a 33,9 a 35,4 a E2CA 33,7 a 35,8 a 34,4 a 34,7 a E2CL 34,9 a 35,0 a 30,5 a 31,1 a E2CM 33,5 a 36,0 a 31,3 a 32,9 a Média 34,2 36,0 32,9 33,6

C2TC= Conforto térmico preconizado por Cassuce; E2CS= Calor Severo; E2CA= Calor Acentuado; E2CL= Calor Leve; E2CM= Calor Moderado. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probalidade.

Foi encontrado no presente estudo concentração média de 34,79 g.kg-1 de potássio total aos 18 dias de criação de frangos. Segundo Benedetti et al. (2009) a cama aviária de casca de café possui teor médio de 44 g.kg-1aos 42 dias de criação de frangos de corte.

Analisando-se todo o período de criação das aves, esperava-se no presente estudo que as camas dos ambientes térmicos de Conforto térmico preconizado por Cassuce e Segundo a Literatura apresentassem maiores teores de potássio total, devido ao fato de as temperaturas terem sido mais elevadas do que nos demais, pois segundo Borges (2003) temperaturas altas provocam aumento no consumo de água pelas aves, o que acarreta em maior excreção de K+. Porém isso não foi observado já que as médias não diferiram estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probalidade (Tabela 11). Muito provável que este fato ocorreu devido ao desperdício de ração, que possui em sua composição concentrações de potássio, pelos frangos. Fazendo com o ambiente térmico com temperaturas mais baixas apresentasse maior teor de potássio total na cama aviária.

Foram ajustados modelos para descrever a variação da concentração de potássio ao longo das três últimas semanas de vida das aves. Por meio dos modelos ajustados, observou-se que o incremento do teor de potássio apresentou variação polinomial para todos os ambientess (Figura 8).

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Figura 8. Valores médios de concentração de potássio na cama aviária ao longo das três últimas

semanas de vida das aves. C2TC= Conforto térmico preconizado por Cassuce; E2CS= Calor Severo; E2CA= Calor Acentuado; E2CL= Calor Leve; E2CM= Calor Moderado

Não foi observada diferença estatística entre as médias pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade (TABELA 12), porém as camas submetidas aos ambientes térmicos Calor Severo e Calor Acentuado apresentaram concentrações de potássio mais elevada, isto se deve ao fato do estresse calórico provocar nas aves o aumento da excreção de potássio (LEESON, 1986; SMITH & TEETER, 1987; BELAY & TEETER, 1996).

4.1.1.3. Nitrogênio total Kjeldahl

Na Tabela 13 são apresentados os valores médios das concentrações de NTK da cama aviária ao longo das três primeiras semanas de vida das aves. A palha de café apresentou valor inicial de NT de 20,12 g.kg-1. Pode-se observar que, aos 7 dias, os valores de NTK aumentaram em média 55,7% em relação ao teor inicial, sendo que os ambientes C1TC e E1FB obtiveram as maiores médias. Aos 14 e aos 18 dias houve incremento menor no teor de NT, de 2,5 e de 17,3% respectivamente, em relação aos anteriores. Aos 14 dias os ambientes C1TC e E1FS apresentaram as maiores médias.

y C2TC= -0,0112x2+ 0,66x + 25,574 R² = 0,5324 y E2CS= -0,011x2+ 0,615x + 27,312 R² = 0,39 y E2CA= -0,0145x2+ 0,8883x + 21,684 R² = 0,7263 y E2CL= 0,0028x2- 0,3995x + 42,533 R² = 0,725 y E2CM= 0,0005x2- 0,0812x + 35,724 R² = 0,0537 10,00 14,00 18,00 22,00 26,00 30,00 34,00 38,00 42,00 15 25 35 45 K ( g .kg -1)

Dias após o início do experimento

C2TC E2CS E2CA E2CL E2CM

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Tabela 13 – Valores médios de concentração de NTK na cama aviária ao longo das três

primeiras semanas de vida das aves

Tratamentos Nitrogênio total Kjeldahl (g.kg

-1

) Cama nova 7 dias 14 dias 18 dias

C1TC 20,12 32,70 ab 33,73 a 38,58 a C1TL 20,12 31,29 a 29,81 a 35,33 ab E1FS 20,12 30,75 a 33,91 a 37,79 ab E1FB 20,12 36,17 b 31,94 a 36,61 ab E1FM 20,12 25,77 c 31,16 a 40,05 b Média 20,12 31,33 32,11 37,67

C1TC= Conforto térmico preconizado por Cassuce; C1TL= Conforto térmico segundo a literatura; E1FS= Frio Severo;E1FB= Frio Brando; E1FM= Frio Moderado. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem pelo teste de Tukey a 5% de probalidade. Por meio de modelos ajustados para descrever a variação da concentração de NTK na cama aviária ao longo das três primeiras semanas de vida das aves, pode-se observar que o incremento nos valores de NTK apresentou ajuste quadrático para os ambientes térmicos de Conforto térmico preconizado por Cassuce, Frio Brando, exponencial para o ambiente de Frio Moderado e em forma de potência para os ambientes térmicos s de Conforto Térmico Segundo a Literatura e Frio Severo (Figura 9).

Figura 9. Valores médios da concentração de NTK na cama aviária ao longo das três primeiras semanas de

vida das aves. C1TC= Conforto térmico preconizado por Cassuce; C1TL= Conforto térmico Segundo a Literatura; E1FS= Frio Severo; FA= Frio Brando; E1FM= Frio Moderado

Zapata (2011) ao estudar as características de cama de frango de maravalha e casca de café encontrou valores de concentração de NTK de 20 g.kg-1 para cama de casca de café e 17 g.kg-1 para cama composta por maravalha para 42 dias de idade de frangos de corte, valor inferior ao encontrado no presente trabalho para cama de frango de casca de café aos 18 dias de idade dos frangos. Tal diferença possivelmente está

y C1TC = 20,382x0,2142R² = 0,9694 y E1FS = 20,152x0,21R² = 0,9921 y E1FB = 0,004x2+ 0,8736x + 19,366 R² = 0,9975 y C1TL = 0,004x2+ 0,8736x + 19,366 R² = 0,9975 y E1FM = 19,334e0,0383xR² = 0,979 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00 0 5 10 15 20 N T K ( g .kg -1)

Dias após o início do experimento

C1TC C1TL E1FS E1FB E1FM

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relacionada à qualidade da casca de café utilizada, ao número de ciclos de uso, e também às distintas idades das aves empregadas nos dois estudos.

Muito embora não tenha sido evidenciado estatisticamente, no presente estudo observou-se que os ambientes nos quais as aves estavam submetidas a temperaturas mais baixas apresentarem maior conteúdo de NTK na cama. Com a diminuição da temperatura do ambiente as aves aumentam a ingestão de nitrogênio em função do aumento no consumo de ração, resultando assim em maiores quantidades de nitrogênio excretadas (FARIA FILHO et al., 2007).

A cama aviária apresentou concentração média de 36,3 g.kg-1 aos 21 dias de idade dos frangos de corte, tendo incremento médio de 17,9 g.kg-1 no seu valor aos 42 dias de idade dos frangos (Tabela 14). Ao final do experimento a cama aviária onde os frangos estavam submetidos ao ambiente de Calor Severo apresentou maior concentração de nitrogênio total, 59,5 g.kg-1, menor concentração foi encontrada na cama onde os frangos estavam submetidos ao ambiente de Calor Moderado, 50,0 g.kg-1. As médias foram comparadas pelo de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, não sendo observada diferença estatística entre elas.

Tabela 14– Valores médios de concentração de NTK da cama aviária ao longo das três

últimas semanas de vida das aves

Tratamentos

Nitrogênio total Kjeldahl (g.kg-1) Dias de criação dos frangos de corte

21 28 35 42 C2TC 36,4 a 38,1 a 47,7 a 53,8 a E2CS 35,5 a 40,6 a 47,2 a 59,5 a E2CA 37,6 a 40,5 a 49,8 a 54,5 a E2CL 35,2 a 39,2 a 52,0 a 53,3 a E2CM 36,6 a 39,6 a 49,4 a 50,0 a Média 36,3 39,6 49,2 54,2

C2TC= Conforto térmico preconizado por Cassuce; E2CS= Calor Severo; E2CA= Calor Acentuado; E2CL= Calor Leve; E2CM= Calor Moderado. Médias seguidas pela mesma

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