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4.1 Síntese e caracterização dos pós cerâmicos por Difração de Raios - X

Em relação as sínteses, todos os experimentos foram realizados com sucesso, desde as pesagens iniciais até o final da fase de evaporação dos nitratos, EDTA e ácido cítrico, onde foi observado um gel de cor clara e pouco viscoso que foi levado ao forno para calcinação e obtenção do pó.

Os difratogramas mostram que os materiais analisados obtiveram picos característicos da estrutura perovskita pretendida, o que pode ser comprovado pelos índices de Miller, retirados do programa MAUD e que são usados para descrever o conjunto de planos existentes num cristal.

Conforme os difratogramas apresentados a seguir, as fases BaCeO3, BaCexPr1-xO3 e

BaPrO3, comparadas com os padrões JCPDS nº 79001-ICSD, 79002–ICSD e 2751–ICSD,

respectivamente, foram formadas independentemente do tratamento térmico adotado. Quando calcinados a 1000°C, observou-se a presença de fases secundárias (carbonato de bário), que segundo Xu et al. (2013) coexiste com a fase perovskita a partir de 300 ºC, mas que, segundo Lee et al. (2003), pode ser eliminado em temperaturas acima de 1100º C. Entretanto, como a literatura aponta para um aumento do tamanho do cristal com o incremento da temperatura (Holzl, 2005) foi preferível trabalhar com essa fase secundária, já que a concentração da impureza ficou abaixo de 5% em todas as amostras, não influenciando nas considerações finais.

Para os materiais foram apresentados picos característicos da perovskita pretendida, resultado concordante com Lopes (2012), porém com uma fase secundária identificada como Carbonato de Bário (BaCO3) Já através do refinamento de Rietveld foi constatado que o

material apresentou um sistema cristalino do tipo ortorrômbico, o que indica uma distorção da estrutura cúbica (Junqueira, 2004). A Figura 4.1 apresenta as curvas referentes aos materiais BaCexPr1-xO3 com concentração de praseodímio entre de 0% e 50%.

Figura 4.1 - Difratogramas dos materiais cerâmicos BaCexPr1-xO3 com concentração de

praseodímio entre de 0% e 50%. A) BaCeO3; B) BaCe0,9Pr0,1O3; C) BaCe0,8Pr0,2O3; D)

BaCe0,7Pr0,3O3; E) BaCe0,6Pr0,4O3; F) BaCe0,5Pr0,5O3

As curvas mostram que a substituição gradativa do Cério pelo Praseodímio não influenciou de forma significativa os picos de difração, podendo ser observadas intensidades e ângulos próximos entre as composições. Além disso, através do refinamento pelo método de Rietveld foi calculado, para o material BaCeO3, um tamanho de cristalito com

aproximadamente 133,2 nm e parâmetro residual de 1,3.

A substituição de 10% de cério pelo praseodímio, cujo material é representado pela curva B, apresenta intensidade e distribuição dos picos próximos aos da amostra anterior, além da mesma fase intermediária. Através do refinamento de Rietveld foi verificado que o material possui também sistema cristalino ortorrômbico com grupo espacial Pmcn, tamanho de cristalito com aproximadamente 126,5 nm e parâmetro residual de 1,7.

Com dopagem de 20% de praseodímio, material representado pela curva C, o padrão de difração apresentou picos com menor intensidade e com a mesma fase secundária já discutida

anteriormente, sendo observado através do refinamento de Ritveld o mesmo sistema cristalino e grupo especial dos anteriores. O tamanho de cristalito do material ficou próximo de 119,0 nm com parâmetro residual de 1,4.

Na curva D, com a substituição de 30% de cério pelo praseodímio, observou-se picos com intensidades próximas aos da anterior, além do mesmo Carbonato de Bário como fase secundária. O sistema cristalino não mudou em relação às anteriores, permanecendo como ortorrômbico, com tamanho de cristalito de 113,9 nm e parâmetro residual de 1,4.

Já para o material com substituição de 40% de cério pelo praseodímio, representado pelo padrão de difração E, foram observadas características próximas às já analisadas, com picos bem definidos e o aparecimento da fase secundária já comentada anteriormente, além do mesmo sistema cristalino das perovskitas anteriores. Além disso, o tamanho de cristalito ficou próximo de 119 nm e o parâmetro residual 1,4.

Por fim, a Figura 4.1 (F), com o sítio A substituído por 50% de praseodímio, assim como nos resultados anteriores, apresentou picos bem definidos e a mesma impureza já identificada. Foi observado, através do refinamento pelo método de Rietveld, um tamanho de cristalito de 124,8 nm e um parâmetro residual de 1,4.

A Figura 4.2 apresenta as curvas referentes aos materiais BaCexPr1-xO3 com concentração

Figura 4.2 - Difratogramas dos materiais cerâmicos BaCexPr1-xO3 com concentração de

praseodímio entre de 60% e 100%. A) BaCe04Pr0,6O3; B) BaCe0,3Pr0,7O3; C) BaCe0,2Pr0,8O3;

D) BaCe0,1Pr0,9O3; E) BaPrO3

A curva A, com 60% de praseodímio e 40% de cério, também apresentou os perfis próximos dos apresentados na Figura 4.1, com mesmo sistema cristalino e grupo espacial. O tamanho de cristalito foi de 137 nm e o parâmetro residual de 1,4. A curva B, com 70% de praseodímio, também apresentou difratograma com perfis próximos dos anteriores, sistema cristalino ortorrômbico, grupo espacial Pmcn, tamanho de cristalito de 142,2 nm e parâmetro residual de 1,5. Já a curva C, com 80% de praseodímio no sítio A, também mostrou difratograma com picos característicos da perovskita analisada, sendo observado, através do refinamento de Rietveld, o tamanho de cristalito com aproximadamente 124,4 nm e parâmetro residual de 1,4. O padrão de diração D também mostra os picos característicos da perovskita, e o refinamento aponta para um tamanho de cristalito de 106,5 nm e parâmetro residual de 1,5.

Finalmente, a Figura 4.2 (E), referente ao BaPrO3, mostra o difratograma com picos

próximos das amostras anteriores. Além dessas informações, através do refinamento pode-se identificar que o tamanho de cristalito apresentou o menor tamanho entre todas as amostras analisadas, 100 nm, com parâmetro residual de 1,9.

Os resultados até aqui apresentados podem ser melhor analisados com o auxílio da Tabela 4.1 que apresenta os parâmetros de rede do material obtido.

Tabela 4.1 – parâmetros de rede dos materiais cerâmicos

Sínteses Parâmetros de rede Estrutura

cristalina α (º) β º γ º a (Å) b (Å) c (Å) BaCeO3 90 90 90 6,2212 6,2411 8,7901 Ortorrômbica BaCe0,9Pr0,1 90 90 90 6,2171 6,2121 8,7713 Ortorrômbica BaCe0,8Pr0,2 90 90 90 6,2209 6,227 8,7627 Ortorrômbica BaCe0,7Pr0,3 90 90 90 6,2021 6,2289 8,7571 Ortorrômbica BaCe0,6Pr0,4 90 90 90 6,2022 6,2293 8,7568 Ortorrômbica BaCe0,5Pr0,5 90 90 90 6,2022 6,2265 8,7529 Ortorrômbica BaCe0,4Pr0,6 90 90 90 6,1977 6,2106 8,7459 Ortorrômbica BaCe0,3Pr0,7 90 90 90 6,1921 6,2216 8,7415 Ortorrômbica BaCe0,2Pr0,8 90 90 90 6,2103 6,1764 8,7603 Ortorrômbica BaCe0,1Pr0,9 90 90 90 6,2155 6,1807 8,7437 Ortorrômbica BaPrO3 90 90 90 6,0658 6,2684 8,6999 Ortorrômbica

Os resultados encontrados na Tabela 4.1 apontam para o fato de que a adição do elemento praseodímio ao material cerâmico binário do tipo BaCeO3 não influenciou a sua estrutura

cristalina, que foi identificada por Yamanaka et al (2003) como ortorrômbica, pois os ângulos (α, , ) são iguais a 90º e os eixos (a, b, c), todos diferentes. Essa estrutura manteve-se a mesma para todas as composições estudadas.

Já na Tabela 4.2 foram mostrados, além daqueles citados anteriormente, os parâmetros cristalográficos dos materiais sintetizados, com ênfase ao tamanho dos cristais, volume de célula e densidade.

Sínteses Tamanho do cristal, nm

Parâmetro residual

Volume da

célula, Å3 Densidade, g.cm-3 Estrutura cristalina

BaCeO3 133,2 1,3 347,89 3,371 Ortorrômbica BaCe0,9Pr0,1 126,5 1,7 338,76 3,916 Ortorrômbica BaCe0,8Pr0,2 119,0 1,4 338,33 3,921 Ortorrômbica BaCe0,7Pr0,3 113,9 1,4 338,31 3,922 Ortorrômbica BaCe0,6Pr0,4 119,1 1,4 338,33 3,922 Ortorrômbica BaCe0,5Pr0,5 124,8 1,4 338,00 3,925 Ortorrômbica BaCe0,4Pr0,6 137,0 1,4 336,65 3,941 Ortorrômbica BaCe0,3Pr0,7 142,2 1,5 336,77 3,940 Ortorrômbica BaCe0,2Pr0,8 124,4 1,4 336,01 3,948 Ortorrômbica BaCe0,1Pr0,9 106,5 1,5 335,90 3,950 Ortorrômbica BaPrO3 100,0 1,9 335,86 3,820 Ortorrômbica

O primeiro fator analisado foi o parâmetro residual, que indicou sucesso no refinamento pelo método de Rietveld através do ajuste feito entre os pontos experimentais e os observados no padrão JCPDS. Em relação aos demais parâmetros cristalográficos, o aumento na concentração de praseodímio na estrutura praticamente não afetou o volume de célula e a densidade do material de forma significativa. Isso pode ser explicado, provavelmente, pela proximidade entre os raios atômicos do cério (182,5 pm) e do praseodímio (182 pm). Os valores de tamanho de cristalito podem ser melhor observados na Figura 4.3, que mostra a distribuição do tamanho médio dos cristalitos em relação à composição do praseodímio no pó cerâmico.

Figura 4.3 – Distribuição do tamanho médio dos cristais com relação à adição do elemento praseodímio (Pr) ao material cerâmico do tipo BaCexO3

Na figura nota-se que o tamanho dos cristais variou, conforme comentado, entre 100 nm e 142 nm, aproximadamente, permanecendo na escala micrométrica e comprovando que o

praseodímio provocou a diminuição do cristalito nas amostras com 10% a 30% e 70% a 100% de cério substituído por esse Terra Rara.

Além de toda a análise feita, o sucesso da síntese via EDTA/Citrato também se deve à escolha do pH 11. O fato das fases terem sido formadas é explicado pelo fato das hidroxilas presentes do meio reacional auxiliarem na desprotonação dos grupos carboxílicos do EDTA em meio básico, aumentando a estabilidade dos complexos formados independentemente dos metais presentes, já que o EDTA é um ligante hexadentado contendo 6 átomos capazes de atuar como doadores de pares de elétrons, sendo 4 átomos de oxigênio provenientes dos grupos carboxílicos e 2 átomos de nitrogênio. Em soluções fortemente básicas (pH > 12) as hidroxilas presentes no meio reacional auxiliam a desprotonação dos grupos carboxílicos e o EDTA forma complexos estáveis do tipo 1:1 com quase todos os metais multivalentes (Silva, 2011).

4.2 Caracterização dos pós cerâmicos por Microscopia Eletrônica de Varredura

MEV

Os resultados são mostrados nas Figuras a seguir para os 11 materiais sintetizados. A Figura 4.4 apresentou um conjunto de aglomerados na forma de bastonetes, resultado relatado por Lopes (2011) e um material com poros em toda sua extensão, resultado concordante com o apresentado por Lin et al (2007).

Figura 4.4 - Micrografia eletrônica de varredura do material cerâmico (BaCeO3).

Na Figura 4.5 pode-se observar a presença de aglomerados dispersos sobre uma superfície irregular, além de poros em toda a amostra.

Figura 4.5 - Micrografia eletrônica de varredura do material cerâmico (BaCe0,9Pr0,1O3).

Na Figura 4.6, nota-se a presença de aglomerados idênticos ao material anterior, porém sobre uma superfície menos irregular que a anterior. Além disso, observa-se a presença de poros em toda a amostra.

Figura 4.6- Micrografia eletrônica de varredura do material cerâmico (BaCe0,8Pr0,2O3).

A Figura 4.7 apresenta vários aglomerados na forma de bastonetes sobre toda a área analisada, além de alguns aglomerados de formas e tamanhos diferentes.

Figura 4.7 - Micrografia eletrônica de varredura do material cerâmico (BaCe0,7Pr0,3O3).

A Figura 4.8, assim como as anteriores, apresentam uma grande quantidade de aglomerados dispersos sobre uma superfície irregular com regiões de aspecto fibroso, conforme indicação na micrografia. Essas regiões podem ser indício da formação da matriz orgânica onde estão contidos os metais e o EDTA como agente complexante.

Figura 4.8 - Micrografia eletrônica de varredura do material cerâmico (BaCe0,6Pr0,4O3).

As Figura 4.9 apresenta uma superfície porosa e regular com alguns aglomerados dispersos de várias formas e tamanhos.

Figura 4.9 - Micrografia eletrônica de varredura do material cerâmico (BaCe0,5Pr0,5O3).

A Figura 4.10 sugere a formação de duas fases, que podem ser observadas pela diferença de coloração, sendo indício do carbonato de bário discutido anteriormente.

Figura 4.10 - Micrografia eletrônica de varredura do material cerâmico (BaCe0,4Pr0,6O3).

A Figura 4.11 mostra aglomerados de diversas formas distribuídos em toda a amostra, além da presença de poros.

Figura 4.11 - Micrografia eletrônica de varredura do material cerâmico (BaCe0,3Pr0,7O3).

A Figura 4.12, além da morfologia observada na maioria dos outros materiais, apresenta a mesma formação fibrosa já comentada

Figura 4.12 - Micrografia eletrônica de varredura do material cerâmico (BaCe0,2Pr0,8O3).

Em relação a Figura 4.13, observa-se uma alta concentração de aglomerados distribuídos uniformemente com regiões porosas.

Figura 4.13 - Micrografia eletrônica de varredura do material cerâmico (BaCe0,1Pr0,9O3).

Por fim, a Figura 4.14 apresenta uma amostra com superfície também irregular, porém menos heterogênea que as anteriores, com regiões aparentemente densas.

Figura 4.14 - Micrografia eletrônica de varredura do material cerâmico (BaPrO3).

4.3 Caracterização do pó cerâmico pelo método BET

As medidas de área superficial específica, diâmetro, volume de poro e a isoterma de adsorção dos pós foram obtidas por adsorção física de nitrogênio sobre o material, seguindo o modelo proposto por BET (Brunauer, Emmett e Teller). Foram realizadas três análises visando

a representatividade do resultado, na perovskita BaCeO3, BaCe0,5Pr0,5O3 e BaPrO3 sendo

constatada áreas muito próximas entre os materiais em questão.

As propriedades texturais são dadas na Tabela 4.3 onde se observa a área superficial específica e o volume de poro das perovskitas supracitadas.

Tabela 4. 3 - Área superficial específica e o volume de poro das perovskitas BaCeO3,

BaCe0,5Pr0,5O3 e BaPrO3

Propriedades BaCeO3 BaCe0,5Pr0,5O3 BaPrO3

Área específica

(m2g-1) 2,62 3,03 2,37

Volume de poro

(cm3g-1) 0,0048 0,007 0,007

As áreas superficiais obtidas a partir do método BET para as perovskitas BaCeO3,

BaCe0,5Pr0,5O3 e BaPrO3 mostraram-se muito próximas, com isso pode representar de forma

confiável as outras composições da ternária. No trabalho de Lopes et al. (2012) foi apresentado, para o material binário do tipo BaCeO3, uma área superficial na faixa de 4,5 m²/g, porém esse

resultado pode ser explicado, possivelmente, pela temperatura de calcinação mais baixa, por volta de 950 º, e pH 10, o que provoca uma diminuição no tamanho do grão, em comparação com a temperatura de calcinação de 1000ºC e pH 11 realizada neste trabalho. Além disso as amostras não foram submetidas a moagem, o que pode ter influenciado no aumento do tamanho dos aglomerados e diminuição da área superficial.

Conforme a Figura 4.15, as amostras apresentam isotermas do tipo II (Ciola, 1981). Este tipo de isoterma é encontrado quando a adsorção ocorre em materiais não-porosos ou macroporosos, resultados estes concordantes com os apresentados na análise de morfologia do material. A pequena diferença de volume adsorvido, conforme apresentado nas isotermas de adsorção/dessorção de nitrogênio das perovskitas, pode ser atribuída a área superficial apresentada pelos materiais. Como a perovskita BaCe0,5Pr0,5O3 apresenta leve aumento na área

superficial quando comparada ao BaCeO3 e BaPrO3, consequentemente apresentará um volume

Figura 4.15 - Isotermas de adsorção/dessorção de nitrogênio das perovskitas BaCeO3 (A) e

4.4 Testes catalíticos nas perovskitas

4.4.1 Teste de vazão da mistura de gases

Na primeira etapa dos testes catalíticos foi realizado o estudo de vazão da mistura composta pelo monóxido de carbono, hélio, nitrogênio e oxigênio, com temperaturas variando entre 100 º C e 400 º C, suficientes para determinação da conversão total do CO a CO2, a fim

de otimizar a operação. As vazões utilizadas foram 50 ml/min. e 100 ml/min, valores baseados na literatura e dentro dos limites operacionais do equipamento. Para esses testes foi utilizado o material BaCeO3, já bastante trabalhado e discutido por pesquisadores em todo mundo, como

referência. Os resultados encontram-se na Figura 4.16.

Figura 4.16 – Determinação da vazão da mistura reacional utilizada nos testes catalíticos tendo como referência o material BaCeO3

A figura 4.16, mostra que acima de 100ºC a vazão de 50 ml/min apresentou maior conversão em relação à de 100 ml/min, ficando mais evidente acima de 300 ºC. Além disso, a primeira foi responsável pela conversão total de CO em CO2 na temperatura de 400 ºC enquanto

possivelmente, pelo tempo de contato, para a vazão de 50 ml/min, ser maior entre o gás a ser oxidado e o material utilizado como catalisador.

4.4.2 Atividade catalítica dos materiais em função da temperatura de reação A atividade catalítica dos materiais do tipo BaCexPr1-xO3 (0 ≤ x ≤1), sintetizados pelo

método EDTA/Citrato e caracterizado anteriormente, foi medida utilizando a vazão constante de 50 ml/min e variando a temperatura de reação entre 100ºC e 550ºC, a fim de identificar aquela na qual houve conversão total de CO em CO2. Na temperatura de 550 ºC se deu a

conversão total do CO sem o uso de catalisador, por isso essa curva foi usada para fins de comparação. A seguir são mostrados os resultados obtidos nesse estudo.

4.4.2.1 Testes catalíticos na perovskita BaCeO3

O resultado da atividade catalítica do material BaCeO3 é mostrado na Figura 4.17.

Figura 4.17 – Oxidação do CO a CO2 em função da temperatura com o material BaCeO3

Nesta figura observa-se que o material do tipo BaCeO3 apresentou atividade catalítica na

reação de oxidação do CO a CO2 em todas as faixas de temperatura analisadas tendo uma

conversão de 50% em 300 ºC e 100% em 400ºC. Para esta mesma temperatura observou-se que a conversão do CO sem o catalisador foi de aproximadamente 75%.

4.4.2.2 Testes catalíticos na perovskita BaCe0,9Pr0,1O3

O resultado da atividade catalítica do material BaCe0,9Pr0,1O3 é mostrado na Figura 4.18.

Figura 4.18 – Oxidação do CO a CO2 em função da temperatura com o material

BaCe0,9Pr0,1O3 como catalisador

Na figura observa-se que a substituição parcial do cério por 10% de praseodímio modificou a atividade catalítica na reação de oxidação do CO a CO2 em todas as faixas de

temperatura, sendo mais perceptível naquelas mais baixas, como 100 ºC, na qual foi observada uma conversão de 40%. Além disso, a 450 ºC houve a conversão total do CO, 100 ºC a menos que a amostra sem o catalisador.

4.4.2.3 Testes catalíticos na perovskita BaCe0,8Pr0,2O3

O resultado da atividade catalítica do material BaCe0,8Pr0,2O3 é mostrado na Figura 4.19

Figura 4.19 – Oxidação do CO a CO2 em função da temperatura com o material

BaCe0,8Pr0,2O3 como catalisador

Na figura observa-se que a substituição parcial do cério por 20% de praseodímio modificou a atividade catalítica do material na reação de oxidação do CO a CO2 basicamente

entre as temperaturas mais baixas, com 50% de conversão a uma temperatura de 100ºC, mantendo-se praticamente constante em 200 ºC e 300 ºC. Além disso houve atividade catalítica nas outras faixas estudadas, sendo a temperatura de conversão máxima do CO aproximadamente igual a 450ºC, a mesma do material com 10 % de praseodímio.

4.4.2.4 Testes catalíticos na perovskita BaCe0,7Pr0,3O3

O resultado da atividade catalítica do material BaCe0,7Pr0,3O3 é mostrado na Figura 4.20

Figura 4.20 – Oxidação do CO a CO2 em função da temperatura com o material

BaCe0,7Pr0,3O3 como catalisador

Na figura observa-se um comportamento catalítico do material BaCe0,7Pr0,3O3 semelhante

ao BaCe0,8Pr0,2O3 na faixa de temperatura entre 100 e 400 ºC, indicando que a substituição

parcial do cério por 30% de praseodímio influencia a atividade catalítica do material na reação de oxidação do CO a CO2 de forma mais efetiva para temperaturas mais baixas. Em relação à

temperatura de conversão máxima, observa-se que houve um aumento de 50ºC em relação a amostra anterior.

4.4.2.5 Testes catalíticos na perovskita BaCe0,6Pr0,4O3

O resultado da atividade catalítica do material BaCe0,6Pr0,4O3 é mostrado na Figura 4.21

Figura 4.21 – Oxidação do CO a CO2 em função da temperatura com o material

BaCe0,6Pr0,4O3 como catalisador

Nesta figura observa-se uma atividade catalítica semelhante à anterior, indicando que a substituição parcial do cério por 40% de praseodímio não influencia de forma considerável a atividade catalítica do material na reação de oxidação do CO a CO2 em relação à amostra com

30% de praseodímio. Para esse material, a temperatura de conversão máxima do CO em CO2

4.4.2.6 Testes catalíticos na perovskita BaCe0,5Pr0,5O3

O resultado da atividade catalítica do material BaCe0,5Pr0,5O3 é mostrado na Figura 4.22

Figura 4.22 – Oxidação do CO a CO2 em função da temperatura com o material

BaCe0,5Pr0,5O3 como catalisador

Na figura 4.22 constata-se um comportamento catalítico semelhante ao anterior, porém com uma leve mudança entre as temperaturas de 100 ºC e 300 ºC. Nesta ultima temperatura a conversão de CO foi de aproximadamente 60%. Para o material BaCe0,5Pr0,5O3, a temperatura

4.4.2.7 Testes catalíticos na perovskita BaCe0,4Pr0,6O3

O resultado da atividade catalítica do material BaCe0,4Pr0,6O3 é mostrado na Figura 4.23

Figura 4.23 – Oxidação do CO a CO2 em função da temperatura com o material

BaCe0,4Pr0,6O3 como catalisador

Na figura observa-se uma leve diminuição na atividade catalítica entre as temperaturas de 100º e 300ºC em relação a amostra exemplificada anteriormente. A conversão de 50% de CO se deu um pouco acima de 300 ºC e a temperatura de conversão máxima na temperatura de 500 º C.

4.4.2.8 Testes catalíticos na perovskita BaCe0,3Pr0,7O3

O resultado da atividade catalítica do material BaCe0,3Pr0,7O3 é mostrado na Figura 4.24

Figura 4.24 – Oxidação do CO a CO2 em função da temperatura com o material

BaCe0,3Pr0,7O3 como catalisador

Aqui observa-se uma leve diminuição na atividade catalítica entre as temperaturas de 100º e 300ºC em relação a Figura anterior, mas uma semelhança entre as temperaturas acima de 400 ºC. Além disso para o material com composição BaCe0,6Pr0,4O3 a temperatura de conversão

4.4.2.9 Testes catalíticos na perovskita BaCe0,2Pr0,8O3

O resultado da atividade catalítica do material BaCe0,2Pr0,8O3 é mostrado na Figura 4.25

Figura 4.25 – Oxidação do CO a CO2 em função da temperatura com o material

BaCe0,2Pr0,8O3 como catalisador

Na figura tem-se que o material BaCe0,2Pr0,8O3 possui atividade catalítica semelhante à

da amostra anterior, com temperatura de conversão máxima do CO na faixa de 500 ºC e assim como nas composições exemplificadas anteriormente, percebe-se que há uma leve mudança nas temperaturas abaixo de 300 ºC.

4.4.2.10 Testes catalíticos na perovskita BaCe0,1Pr0,9O3

O resultado da atividade catalítica do material BaCe0,1Pr0,9O3 é mostrado na Figura 4.26

Figura 4.26 – Oxidação do CO a CO2 em função da temperatura com o material

BaCe0,1Pr0,9O3 como catalisador

Na figura 4.26 pode-se observar um comportamento catalítico entre 100 ºC e 500ºC,

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