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2.1 PERFIL METABÓLICO DE VACAS LEITEIRAS EM PASTEJO COM AZEVÉM E INCLUSÃO DE GLICERINA BRUTA NA DIETA

2.1.4 Resultados e Discussão

Os níveis de ureia sanguínea (Tabela 3) encontraram-se dentre dos valores descritos para vacas em lactação que são de 42.8 a 64.2 mg dL-1 (KANEKO et al., 1997). Já os níveis de ureia na urina das vacas foram superiores, estes valores normalmente são superiores aos valores apresentados no sangue, porque os rins têm grande capacidade de excretar a ureia e

mantêm a substância em quantidade superior na urina em relação à concentração plasmática (ORTOLANI, 2002), corroborando com o verificado neste estudo, sem efeito do período de lactação, Tabela 3.

Em relação ao teor de nitrogênio ureico no leite, os valores preconizados para vacas em lactação sofrem divergência entre as literaturas para TORRENT (2000) devem estar entre 12 a 18 mg dL-1, para JOHNSON e YOUNG (2003); MEYER et al. (2006) entre 10 a 15 mg dL-1. Já para FERGUSON et al. (1993); ARIAS e ALONSO (1997); JONKER et al. (1998); BUTLER et al. (1996) os valores são considerados elevados quando superiores a 19 mg dL-1 e estes autores relacionam altos níveis à redução na produção de leite e a perdas nos índices reprodutivos. ALMEIDA (2012) cita que a média geral da concentração deve estar entre 12 a 16 mg dL-1. De forma geral, os valores médios encontrados neste estudo (Tabela 3), não diferiram entre os períodos da lactação, mas mantiveram-se acima dos valores descritos na literatura, provavelmente devido ao elevado teor de proteína bruta ofertado na dieta (Tabela 2), que refletiu também na ocorrência de glicosúria (Tabela 3).

Porém neste estudo, a glicemia sanguínea se manteve nos parâmetros fisiológicos para a espécie. Para bovinos a concentração de glicose sanguínea é de 45 a 75 mg dL-1 conforme KANEKO et al., (1997) e de 50 a 80 mg dL-1 conforme FERNANDES et al. (2012).

Os níveis de uréia no sangue (P=0.6473), urina (P=0.6158), nitrogênio ureico no leite (P=0.6782), glicose sanguínea (P=0.1009), glicose na urina (P=0.8328) não sofreram efeito do período de lactação, já a produção de leite em litros (P=0.0001) e corrigida para 4% de gordura (P=0.0008) apresentaram efeito significativo, Tabela 3.

Segundo BUTLER (2001) a ingestão excessiva de proteína degradável no rúmen resulta na elevação dos níveis plasmáticos e teciduais de amônia, ureia e outros compostos nitrogenados, considerando-se que a maior parte da amônia absorvida no trato digestivo é convertida a ureia pelo fígado, sendo responsável pelo aumento nos níveis circulantes no

sangue e pelo aumento na excreção urinária ou no leite. Neste estudo, a inclusão de 10% glicerina bruta na MS da dieta apresentou diferença significativa para o nitrogênio ureico no leite (P=0.0452), esta redução na excreção no leite pode estar relacionada ao efeito da glicerina bruta em incrementar diretamente a oferta de energia metabolizável aos animais e, indiretamente, em potencializar o crescimento microbiano ruminal e a digestibilidade da fibra, porém não houve efeito significativo para ureia no sangue (P=0.3648) e ureia na urina (P=0.3716), Tabela 4. Sendo que o grupo tratado com glicerina bruta na dieta manteve o nível de nitrogênio ureico no leite cerca de dois pontos percentuais abaixo do nível do grupo não tratado.

Após administração, via oral, da glicerina bruta misturada à dieta dos animais ao chegar ao rúmen, tem o glicerol de sua composição convertido principalmente a ácido propiônico, após ser fermentado, segundo GARTON et al. (1961). O propionato ao ser absorvido pela corrente sanguínea é metabolizado no fígado, que será utilizado para a formação de glicose na via gliconeogênica (ZAWADSKI et al., 2010). Já o glicerol que for absorvido pelo epitélio ruminal, será convertido à glicose no fígado (KREHBIEL, 2008). Sendo que o glicerol também exerce efeito positivo sobre a retenção de aminoácidos ou nitrogênio (CERRATE et al., 2006), age inibindo a atividade das enzimas fosfoenolpiruvato carboxiquinase e glutamato desidrogenase e resulta em economia dos aminoácidos gliconeogênicos, o que aumenta a quantidade de amônia disponível no líquido ruminal para o desenvolvimento da flora microbiana no rúmen.

Sendo assim, neste caso a amônia liberada no líquido ruminal, oriunda da degradação dos compostos nitrogenados do azevém, juntamente com o fornecimento adequado de energia, via glicerina bruta, provavelmente foi utilizada na síntese proteica dos microrganismos ruminais o que acarretou em menor liberação de ureia no leite.

AVILA-STAGNO et al. (2014), trabalhando com inclusão de glicerina até 15% na MS em dietas à base de forragens, encontraram o aumento do propionato seguido do aumento do butirato. O uso da glicerina bruta pode disponibilizar elevada quantidade de componentes gliconeogênicos devido a maior conversão em propionato e, assim, aumentar a disponibilidade de carbonos que podem ser utilizados na síntese de ácidos graxos (VERSEMANN et al., 2008), causando alterações na produção de leite. Observou-se aumento significativo sobre os níveis de glicose sanguínea (P=0.0283) quando incluída glicerina bruta na dieta, porém para produção em litros (P=0.7051) e corrigida para 4% de gordura (P=0.7051) e para glicose na urina (P=0.2692) não houve efeito significativo, Tabela 4.

PYATT et al. (2007) relataram que dietas que possuem até 10% de glicerina bruta na MS podem gerar efeitos positivos sobre a eficiência alimentar. Os autores observaram aumento de 19% na eficiência alimentar de bovinos que receberam glicerina bruta. Neste estudo a falta de efeito da inclusão de glicerina bruta, na sobra de alimentos no cocho, (P=0.8789, Tabela 4), está de acordo com a hipótese de EDWARDS et al. (2012), fundamentados em estudos in vitro, reportaram que a suplementação com glicerina purificada de 8 a 15% na MS da dieta não afeta a digestibilidade da MS no rúmen, sendo que neste caso a inclusão de glicerina bruta possivelmente não acarretou em mudança no ambiente ruminal ao ponto de ter prejudicado o consumo de alimento dos animais.

De acordo com GONZÁLEZ et al. (2000) o aumento da ingestão de energia pode influir inversamente na concentração de amônia ruminal devido ao aumento da síntese proteica microbiana, o que reduz também a ureia circulante no organismo do animal e excretada. E ainda segundo DePETERS e FERGUNSON (1992) os valores de nitrogênio ureico no leite estão fortemente correlacionados à concentração de ureia no plasma. A ureia devido ao seu baixo peso molecular difunde-se igualmente pelos fluídos orgânicos, incluindo o leite na glândula mamária (FERGUSON e CHALUPA, 1989). O nível no leite é utilizado para

monitorar o metabolismo protéico em vacas lactantes (BUTLER, 1998). Estudos confirmam que a excreção urinária de nitrogênio tem correlação linear e positiva com os teores no sangue e leite (KAUFFMAN e ST-PIERRE, 2001). Este estudo confirmou a correlação linear positiva entre ureia sanguínea, ureia urinária e nitrogênio ureico no leite (Tabela 5), tanto no grupo com quanto no sem adição de glicerina bruta. O nitrogênio ureico no leite é um indicativo da adequação ou excesso de amônia ruminal em relação à energia disponível para o crescimento microbiano no rúmen. Alta quantidade de proteína disponível no rúmen (degradável/solúvel) em relação à quantidade de carboidratos disponíveis resulta em altos níveis de nitrogênio ureico no leite. Sendo que quando não se adicionou glicerina bruta na dieta dos animais não houve efeito de correlação significativa entre os níveis de ureia no leite e de glicose sanguínea. Demonstrando assim o potencial quando adicionado glicerina bruta a dieta em aumentar a glicose sanguínea e reduzir o nitrogênio ureico (r= -0.9695), Tabela 5.

2.1.5 Conclusões

A inclusão de 10% de glicerina bruta na MS de vacas holandesas, em lactação, em pastejo de azevém, reduz a eliminação de ureia via leite e aumenta os níveis sanguíneos de glicose, não tendo efeito sobre a produção de leite e consumo de alimento dos animais, sendo recomendada sua utilização na dieta.

Agradecimentos:

CNPq, UFSM, UNIJUÍ, 3 Tentos Agroindustrial S/A, Bioclin®

2.1.6 Referências

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Tabela 1- Resultados das análises bromatológicas dos três períodos experimentais, para pastagem de azevém, silagem de milho e concentrado.

Período Itens

Alimentos

Pastagem de Azevém Silagem de Milho Concentrado

1 MS% 9.24 23.43 83.50 MM% na MS 15.54 4.62 10.83 MO% na MS 84.46 95.38 89.17 PB% na MS 31.81 7.49 17.05 FDN% na MS 50.87 59.98 - FDA% na MS 43.93 51.84 - EE% na MS 5.45 4.21 4.16 FB% na MS - - 8.56 2 MS% 13.70 23.43 83.50 MM% na MS 13.25 4.62 10.83 MO% na MS 86.75 95.38 89.17 PB% na MS 21.95 7.49 17.05 FDN% na MS 58.45 59.98 - FDA% na MS 38.51 51.84 - EE% na MS 3.46 4.21 4.16 FB% na MS - - 8.56 3 MS% 10.27 23.43 83.50 MM% na MS 14.34 4.62 10.83 MO% na MS 85.66 95.38 89.17 PB% na MS 28.88 7.49 17.05 FDN% na MS 54.00 59.98 - FDA% na MS 43.28 51.84 - EE% na MS 3.83 4.21 4.16 FB% na MS - - 8.56

*MS= matéria seca, MM= matéria mineral, MO-matéria orgânica, PB=Proteína Bruta, FDN=Fibra em detergente neutro, FDA= Fibra em detergente ácido, EE=Extrato Etéreo, FB= Fibra Bruta

Tabela 2- Resultados das análises para composição nutricional da dieta dos períodos experimentais (% MS).

Período Itens Dieta

Com Glicerina bruta Sem Glicerina bruta

1 MS% 18.40 17.00 CNF% na MS 35.70 29.40 CHO Fem.% na MS 43.70 41.70 PB% na MS 20.44 22.71 FDN% na MS 18.10 20.50 EE% na MS 4.60 5.10 FS% na MS 8.80 2.10 2 MS% 24.80 23.00 CNF% na MS 35.70 29.40 CHO Fem.% na MS 45.50 43.70 PB% na MS 16.56 18.41 FDN% na MS 19.90 22.60 EE% na MS 3.80 4.20 FS% na MS 8.80 2.10 3 MS% 20.00 18.50 CNF% na MS 35.70 29.40 CHO Fem.% na MS 44.40 42.50 PB% na MS 19.28 21.43 FDN% na MS 18.80 21.30 EE% na MS 4.00 4.40 FS% na MS 8.80 2.10

*MS= matéria seca, CNF= carboidratos não fibrosos, CHO Fem.= carboidratos fermentáveis, PB=Proteína Bruta, FDN=Fibra em detergente neutro, EE=Extrato Etéreo, FB= Fibra Bruta

Tabela 3- Valores médios para perfil metabólico e produção de leite, de vacas holandesas, em diferentes períodos da lactação.

Variáveis 60- 120 (dias) 121-200 (dias) 201-320 (dias) Valor de P CV (%) Ureia Sangue (mg dL-1) 51a 54 a 56 a 0.6473 23.95 Ureia Urina (mg dL-1) 162 a 176 a 195 a 0.6158 52.03

Nitrogênio Ureico no leite (mg dL-1) 21 a 22 a 23 a 0.6782 23.91

Glicose Sangue (mg dL-1) 68 a 66 a 61 a 0.1009 11.47

Glicose Urina (mg dL-1) 18 a 14 a 12 a 0.8328 172.82

Produção (litros dia -1) 36 a 28b 26c 0.0001 15.62

Produção (corrigida a 4% gordura) 30a 25b 24c 0.0008 17.26 *Letras diferentes na mesma linha são significativas para P<0.05, Test Tukey.

Tabela 4- Valores médios de ureia (sangue, leite e urina), glicose (sangue, urina) e da produção leiteira e sobras de alimento no cocho, em diferentes períodos de lactação, de vacas holandesas, tratadas com dieta acrescida ou não de 10% de glicerina bruta na Matéria Seca total.

Dias em lactação Com Glicerina Bruta Sem Glicerina Bruta Valor de P CV (%) Ureia Sangue (mg dL-1) 60 a 120 49 52 121 a 200 51 56 201 a 320 53 58

Média e Desvio Padrão 51a ± 14 55a ± 12 0.3648 23.95 Ureia Urina (mg dL-1)

60 a 120 157 166

121 a 200 166 186

201 a 320 167 223

Média e Desvio Padrão 163a ± 88 192a ± 94 0.3716 52.03 Nitrogênio Ureico no leite (mg dL-1)

60 a 120 20.28 21.79

121 a 200 21.47 23.51

201 a 320 22.64 23.43

Média e Desvio Padrão 21b ± 5 23a ± 6 0.0452 23.91 Glicose Sangue (mg dL-1)

60 a 120 71 64

121 a 200 69 63

201 a 320 64 58

Média e Desvio Padrão 68a± 5 62b± 9 0.0283 11.47 Glicose Urina (mg dL-1)

60 a 120 24 12

121 a 200 18 10

201 a 320 15 9

Média e Desvio Padrão 19a ± 24 10a ± 22 0.2692 172.82 Produção de leite (litros dia-1)

60 a 120 36 36

121 a 200 28 27

201 a 320 27 25

Média e Desvio Padrão 30a ± 6 29a ± 7 0.6187 15.62 Produção de leite (corrigida para 4% gordura )

60 a 120 30 29

121 a 200 25 24

201 a 320 24 23

Média e Desvio Padrão 26a ± 8 25a ± 9 0.7051 17.26 Sobras (gramas)

60 a 120 561 506

121 a 200 440 427

201 a 320 548 577

Média e Desvio Padrão 516a ± 263 503a ± 306 0.8789 55.95

Tabela 5- Correlações entre ureia sanguínea (mg dL-1), ureia urinária (mg dL-1), nitrogênio ureico no leite (mg dL-1), glicose sanguínea (mg dL-1), glicose urinária (mg dL-1) e produção de leite (litros/dia) de vacas holandesas e sobras de alimento no cocho (g/dia) em dietas com inclusão de glicerina bruta e sem inclusão de glicerina bruta.

Com Glicerina Bruta

Variáveis Ureia sanguínea Ureia urinária Nitrogênio ureico leite Glicose sanguínea Glicose urinária Produção de leite Ureia sanguínea - - - - - - Ureia urinária 0.9078 - - - - -

Nitrogênio ureico leite

1.0000 0.9099 - - - - Glicose sanguínea -0.9707 -0.7805 -0.9695 - - - Glicose urinária -0.9820 -0.9707 -0.9829 0.9078 - - Produção de leite -0.9122 -0.9999 -0.9142 0.7871 0.9732 - Sobras -0.0979 -0.5061 -0.1027 -0.1440 0.2842 0.4969

Sem Glicerina Bruta

Variáveis Ureia sanguínea Ureia urinária Nitrogênio ureico leite Glicose sanguínea Glicose urinária Produção de leite Ureia sanguínea - - - - - - Ureia urinária 0.9357 - - - - -

Nitrogênio ureico leite

0.9306 0.7416 - - - - Glicose sanguínea -0.8486 -0.9807 -0.5960 - - - Glicose urinária -1.0000 -0.9357 -0.9306 0.8486 - - Produção de leite -0.9869 -0.8665 -0.9775 0.7521 0.9869 - Sobras 0.2981 0.6157 -0.0719 -0.7580 -0.2981 -0.1403

3 ARTIGO 2

Journal of Dairy Research

3.1 COMPOSIÇÃO E PRODUTIVIDADE DO LEITE DE VACAS DA RAÇA

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