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O pH das silagens aumentou de forma quadrática em função dos níveis de torta de algodão (Tabela 2). Os valores observados estão acima de 4,2, considerado por McDonald et al. (1991), como limite máximo de pH para silagens com qualidade satisfatórias. Entretanto, vale ressaltar que o valor citado ou a faixa estabelecida na referência supracitada são parâmetros para as silagens de milho e sorgo, não havendo na literatura especializada uma definição de valor ou faixa adequada para silagens de capins tropicais como é o caso do capim-Tanzânia. Os elevados valores de pH nas silagens com torta de Algodão observados neste estudo, podem ter sido influenciados pelos altos teores de extrato etéreo da torta, com diminuição da eficiência das bactérias

láticas em produzir ácidos orgânicos e, consequentemente, promover a redução no pH da silagem.

A equação estimada para o efeito dos níveis de torta de Algodão sobre a porcentagem de matéria seca (%MS) da silagem de capim-Tanzânia descreveu um efeito linear positivo (Tabela 2). Este resultado é explicado devido ao elevado teor de MS do aditivo (92,6%), o que demonstra seu potencial como sequestrante de umidade, a partir da inclusão de 20% do aditivo na silagem, no presente estudo. Deve-se evidenciar que independente do autor, é consenso que uma silagem deva apresentar teor de MS entre 25 a 35%, para que esta não apresente problemas no processo fermentativo devido ao excesso de umidade ou dificuldades na compactação devido ao elevado teor de MS.

Tabela 2. Teores médios de pH, matéria seca, recuperação de matéria seca e perdas na silagem de capim-Tanzânia com níveis crescentes de torta de Algodão

Item Torta de Algodão (%) 0 10 20 30 C.V.(%)1 pH 5,22 7,24 7,74 6,30 4,35 MS 22,00 23,00 27,00 36,00 9,29 RMS (kg/ton) 727,82 796,80 849,58 931,61 8,16 PG (kg/ton) 10,35 1,70 1,90 1,50 4,42 PE (kg/ton) 8,27 6,40 4,60 1,70 12,02 Equações de regressão pH Ŷ=5,199+0,2969X-0,0087x² (R²= 0,9976) MS Ŷ=20,2+0,46x (R²= 0,8672) RMS (kg/ton) Ŷ=726,83+6,6415x (R²= 0,9934) PG (kg/ton) Ŷ=9,8775-0,8823x+0,0206x² (R²= 0,9205) PE (kg/ton) Ŷ=9,33-0,878x-0,252x² (R²= 0,8800) 1

= coeficiente de variação em porcentagem; R² = coeficiente de determinação; MS= matéria seca; RMS= recuperação de matéria seca; PG= perdas por gases; PE= perdas por efluentes; kg/ton= Quilograma por tonelada.

Segundo McDonald (1981), o teor de MS ideal para ensilagem seria entre 28 a 34%, com objetivo de evitar perdas pela formação de efluentes e processos biológicos que produzam gases, água e calor, visando adequada fermentação láctica para manutenção do valor nutritivo da silagem. Mello et al. (2005) já citam teores entre 30 a 35% de MS para se obter uma silagem de qualidade e não ocorrer problemas com a compactação da massa ensilada.

A RMS (Recuperação da MS), apresentou efeito linear crescente (P<0,05), demonstrando que ao se aumentar as frações do aditivo a recuperação da matéria seca tende a aumentar. Este resultado era esperado, pois devido ao elevado teor de MS do aditivo e ao seu poder sequestrante de umidade, esperava-se que houvesse uma maior

recuperação da massa ensilada, com redução nas perdas sob a forma de efluentes, principalmente, e gases formados no precesso fermentativo. Evangelista et al. (2004) relatam que para produção de silagens de forragens tropicais, o teor de MS deve estar entre 35 a 40% para que a atividade clostridiana seja substâncialmente reduzida, evitando-se perdas no processo fermentativo. Caso o valor esteja baixo de 30%, a técnica do emurchecimento pode ser utilizada para elevar o teor de MS, porém, em caso de elevado teor (acima de 45%), a forragem pode ser picada em partículas menores para facilitar a compactação. No presente estudo, observa-se que tanto o teor de MS como a RMS da silagem atenderam as recomendações da literatura quando utilizou-se doses acima de 20% do aditivo.

As perdas por gases diminuíram (P<0,05) com a adição de níveis de torta de Algodão na silagem, com efeito quadrático negativo sobre esta variável. Segundo Ribeiro et al. (2008), o desenvolvimento de bactérias clostrídicas, responsáveis pela degradação protéica e formação de amônia podem elevar as perdas por gases.

No presente estudo, portanto, a adição de torta de Algodão a partir da inclusão de 10% na silagem, pode ter auxiliado na redução do desdobramento da ureia em amônia, reduzindo as perdas por gases. Rego et al. (2012), em pesquisas realizadas com gramíneas tropicais, especialmente com o capim-Tanzânia, obtiveram perdas por gases com valores entre 3,1 a 4,0%, não encontraram diferenças no uso de aditivos. Ao contrário, no presente estudo, quando utilizou-se aditivo independente da dose, obteve- se redução significativa neste tipo de perda.

As perdas por efluentes diminuíram (P<0,05) com a adição de níveis de torta de Algodão na silagem, com efeito quadrático negativo sobre esta variável. Este resultado pode ser explicado devido ao aumento do teor de MS da silagem com a adição do aditivo (Tabela 2), reduzindo a umidade da silagem de capim-Tanzânia. Estes resultados são importantes, pois o teor de umidade está diretamente relacionado com as perdas por efluentes, que carreiam, em solução, nutrientes de alta digestibilidade e compostos fundamentais para que ocorra boa fermentação da forragem, mantendo a qualidade do material ensilado.

O resultado encontrado nesse trabalho pode ter como referência o trabalho de Igarasi (2002) que avaliou a produção de efluentes nas silagens de capim-Tanzânia (ensilado com dois tamanhos de partículas), aditivadas com polpa cítrica peletizada, pré-secadas com inoculante bacteriano, em duas épocas do ano (verão e inverno). O

autor observou que a presença de polpa cítrica peletizada promoveu aumento nos teores de matéria seca e diminuição nas perdas por efluente.

Os teores de matéria mineral apresentaram-se de forma quadrática (P<0,05), diminuindo com o aumento dos níveis do aditivo, o que pode ser explicado, pelo fato da torta de Algodão ter menores teores de minerais, do que os presentes na silagem testemunha. Conforme a composição bromatológica da torta de Algodão (Tabela 1), o baixo valor de matéria mineral do aditivo quando comparado ao capim-Tanzânia é o que explica a redução do teor de matéria mineral no material ensilado (Tabela 3).

Verificou-se efeito quadrático (P<0,05) nos teores de matéria orgânica. Demonstrou-se que ao se aumentar os níveis do aditivo os teores de matéria orgânica aumentaram, o que está relacionado com a diminuição dos teores de MM, bem como a composição bromatológica do aditivo e do capim, presentes na Tabela 1, onde a diferença nos teores de MM explica este resultado.

Com relação ao teor de proteína bruta (PB), observou-se que a adição da torta de Algodão proporcionou efeito linear positivo (P<0,05), onde a cada 1% de torta de Algodão adicionada, obteve-se acréscimo de 6,39% no teor de PB. Este resultado pode ser explicado pelo elevado teor de PB do aditivo (36,9%). O aditivo elevou o teor proteico da silagem, garantindo melhor aporte de substratos nitrogenados necessário para o desenvolvimento das bactérias láticas. Este resultado pode ser considerado importante, pois quando utiliza-se aditivos farelados (farelos ou tortas) em silagens de capins tropicais, o objetivo primário é elevar o teor de MS da massa ensilada. Logo, quando o aditivo permite atingir tal objetivo e, além disso, melhora a qualidade nutricional da silagem, pode-se dizer que outro objetivo foi atingido e que a torta de Algodão apresenta-se como uma alternitiva mais viável para ser utilizada no processo de ensilagem de capins tropicais.

Comportamento similar foi verificado, no que diz respeito aos teores de extrato etéreo da silagem (Tabela 3), neste estudo apresentou efeito linear (P<0,05). É importante destacar que apesar do aumento dos níveis de extrato etéreo das silagens com a adição de torta de Algodão, apenas nas dietas com 20% e 30% de inclusão atingiu nível de 5,29% e 7,96% respectivamente, o qual poderia, a depender da espécie e categoria animal, ter capacidade de inibir o consumo pelos animais.

Tabela 3. Composição químico-bromatológico do capim-Tanzânia ensilado com níveis de torta de Algodão. Item Torta de Algodão (%) 0 10 20 30 C.V.(%)1 MS 22,00 23,00 27,00 36,00 9,29 MM 11,75 10,57 9,34 9,16 3,64 MO 88,25 89,43 90,66 90,84 0,41 PB 6,70 12,20 16,80 26,00 6,64 EE 1,65 3,87 5,29 7,96 13,60 FDN 70,92 61,53 59,03 50,41 1,63 FDA 44,96 46,99 43,81 39,64 3,17 LIGN 5,14 6,68 6,80 6,78 9,30 HEM 25,96 14,54 15,22 10,77 3,80 CEL 39,82 40,31 37,00 32,85 3,59 CT 79,90 73,36 68,57 56,88 0,89 CNF 8,98 11,83 9,54 6,47 12,82 NDT 51,20 61,17 63,33 71,66 1,08 DIVMS 56,70 64,90 65,10 71,10 15,11 DIVMO 48,86 56,82 57,69 63,39 0,42 Equações de regressão MS Ŷ= 15,40+4,56x (R²= 0,7201) MM Ŷ= 11,808-0,1655x+0,0025x² (R²= 0,9530) MO Ŷ= 88,192+0,1655x-0,0025x² (R²= 0,9856) PB Ŷ= 6,05+0,625x (R²= 0,9754) EE Ŷ= 1,6362+0,2036x (R²= 0,9878) FDN Ŷ= 70,079-0,6404x (R²= 0,9597) FDA Ŷ= 45,175+0,2731x-0,0155x² (R²= 0,9691) LIGN Ŷ= 5,2045+0,1674x-0,0039x² (R²= 0,9590) HEM Ŷ= 25,094-0,9708x+0,0174x² (R²= 0,8837) CEL Ŷ= 39,971+0,1057x-0,0116x² (R²= 0,9876) CT Ŷ= 80,758-0,7386x (R²= 0,9633) CNF Ŷ= 9,1996+0,3457x-0,0148x² (R²= 0,9348) NDT Ŷ= 51,903+0,7583x-0,0041x² (R²= 0,9539) DIVMS Ŷ= 64,45 - DIVMO Ŷ= 49,459+0,6141x-0,00577x² (R²= 0,9337)

1= coeficiente de variação em porcentagem; R² = coeficiente de determinação; MS= matéria seca; MM = matéria mineral; MO=

matéria orgânica; PB= proteína bruta; EE= estrato etéreo; FDN= fibra em detergente neutro; FDA= fibra em detergente ácido; LIGN= lignina; HEM= hemicelulose; CEL= celulose; CT = carboidratos totais; CNF = carboidratos não-fibrosos; DIVMS= digestibilidade in vitro da matéria seca; DIVMO= digestibilidade in vitro da matéria orgânica.

Este nível foi superior ao recomendado por Palmquist (1994) que sugeriu que 5% deveria ser o máximo de limite de extrato etéreo para as dietas, levando-se em consideração a composição do alimento. A alta concentração de extrato etéreo reduz a degradação dos componentes fibrosos, englobando (encapsulando) a fibra e dificultando a aderência dos microrganismos à partícula de fibra no interior do silo. Com base nisto,

torna-se necessário buscar alimentos com baixo teor de extrato etéreo para ensilagens de capins tropicais.

Outro efeito que pode ser associado ao elevado teor de EE proveniente do aditivo é a influência sobre o pH das silagens com aditivo, sendo maior do que a silagem testemunha, conforme relatado anteriormente, resultado semelhantes foram encontrados no trabalho de Ribeiro (2010), onde foi realizada pesquisa com silagem de capim-elefante emurchecido aditivado com torta de algodão.

Para o teor de Fibra em detergente neutro (FDN), observou-se que a adição da torta de Algodão proporcionou efeito linear negativo (P<0,05), onde a cada 1% de torta de Algodão adicionada, obteve-se redução de 8,83% no teor de FDN. Estes resultados podem ser explicados devido ao baixo teor de FDN do aditivo quando comparado com o teor de FDN do capim-Tanzânia. Estes resultados são importantes, pois reduções nos teores de FDN da silagem podem contribuir para a melhoria da digestibilidade da mesma. O teor de FDN é indicativo da quantidade total de fibra do volumoso, estando diretamente relacionada ao consumo pelos animais ( ROSA et al., 2004). Segundo CQBAL (2014) os valores para FDN da silagem de capim-Tanzânia apresentão uma média de 69,45%.

Os teores do FDA, tiveram efeito quadrático (P<0,05). Os valores de FDA da silagem de capim-Tanzânia aditivada com torta de Algodão apresentaram redução à medida que se elevaram os níveis de aditivo acima 20% de inclusão. De acordo Rosa et al. (2004) os teores de FDA, indicam a uma alta ou baixa digestibilidade da silagem por apresentar as concentrações de lignina (fração não digestível) e celulose em menores ou maiores concentrações respectivamente. O valor médio para FDA da silagem de capim- Tanzânia é 41,89% (CQBAL, 2014).

Com base nesta afirmativa, pode-se afirmar que a torta de Algodão utilizado como aditivo em silagens de gramíneas tropicais, melhora as características da digestibilidade do volumoso, uma vez que reduz o teor de FDA, à medida que se eleva os níveis de utilização presentes neste trabalho.

Houve efeito quadrático (P<0,01) das doses de torta de Algodão sobre os teores de lignina das silagens, sendo verificado um aumento a partir de 10% do aditivo, onde o valor máximo de 6,80% foi encontrado para as inclusão de 20% de torta de Algodão (Tabela 2). Viana et al. (2013), avaliou as perdas e o valor nutritivo da silagem de capim-elefante contendo níveis crescentes de torta de Algodão. Segundo os autores, o aumento crescente da lignina pode ser atribuído ao maior conteúdo de lignina presente

na torta utilizada (9,2%), a qual foi adicionada durante a ensilagem, em comparação ao capim-elefante, com 6,3% de lignina.

Verificou-se efeito quadrático (P<0,05) nos teores de celulose e hemicelulose. Observou-se que a torta de Algodão utilizada como aditivo, apresentou menores valores dos dois componentes, para inclusões de 20 a 30% do aditivo na silagem, provavelmente por possuir menores teores destes elementos em sua composição natural, promoveu a redução destas frações nas silagens, valores inferiores ao encontrado silagens testemunha.Van Soest (1994) relata que a celulose representa um componente muito importante na estrutura da parede celular, a sua disponibilidade nutricional varia de indigestível à completamente digestível, dependendo do grau de lignificação.

Os teores de carboidratos totais apresentaram efeito linear decrescente (P<0,05). Com a inclusão do aditivo, foi observado redução progressiva em relação aos teores de carboidratos totais existentes.

Para valores de carboidratos não fibrosos, foram observados o maior valor 11,83% para o tratamento com 10% do aditivo e o menor valor 6,47% para o tratamento com 30% da adição da torta de Algodão na silagem.

Os teores do NDT, tiveram efeito quadrático (P<0,05). Onde apresentou valores crescentes do mesmo ao ser incrementado com o aditivo na composição da silagem.

Houve efeito quadrático (P<0,05) para DIVMO evidenciam que a medida que se elevam os níveis de torta de Algodão a silagem apresenta moderados teores de digestibilidade.

Com relação ao teor de digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) da silagem de capim-Tanzânia, não observou-se efeito significativo (P>0,05) com a adição da torta de Algodão. Entretanto, observa-se que, embora não haja efeito significativo, o aditivo elevou a DIVMS da silagem e que, devido ao elevado coeficiente de variação dos resultados e tipo de teste estatístico utilizado, não foi possível mensurar o aumento da digestibilidade obtida com o uso do aditivo no processo de ensilagem do capim- Tanzânia. Segundo Rezende et al. (2008), a maior disponibilidade de nitrogênio no rúmen, devido a maior porcentagem de proteína bruta, favorece o crescimento microbiano, levando a maior digestibilidade do alimento.

Os valores dos ácidos acético, propiônico e butírico encontram-se dentro da normalidade quando vistos a 30% da torta de algodão, limitando-se ao ácido láctico (0,69%) valor esse que é um indicativo de silagem de baixa qualidade para alimentação de ruminantes. Provavelmente o alto teor de extrato etéreo do algodão, levou ao excesso

de gordura, que influenciou tanto no pH, citado anteriormente, quanto na fermentação da silagem, ocasionando um elevado teor de ácidos orgânicos indesejáveis.

Tabela 4. Valores médios de ácido lático (AL), ácido acético (AA), ácido butírico (AB) e ácido propiônico (AP) da silagem de capim Tanzânia com níveis crescentes de torta de Algodão Item Torta de Algodão (%) 0 10 20 30 C.V.(%)1 Ác. Lático 1,33 4,11 1,01 0,69 10,36 Ác. Acético 0,97 2,95 0,74 0,50 10,18 Ác. Propiônico 0,91 2,84 0,70 0,47 10,62 Ác. Butírico 0,68 2,14 0,52 0,36 10,30 Equações de regressão Ác. Lático Ŷ=1,7631+0,1825x-0,0078x2 (R²= 0,4946) Ác. Acético Ŷ=1,2787+0,13x-0,0055x2 (R²= 0,4961) Ác. Propiônico Ŷ=1,2135+0,1261x-0,0054x2 (R²= 0,4942) Ác. Butírico Ŷ=0,9092+0,0955x-0,004x2 (R²= 0,4934)

1= coeficiente de variação em porcentagem; R² = coeficiente de determinação; Ác.= ácido.

Também foram observados altos valores de ácido butírico e propiônico podendo ser um sinal de ter ocorrido à multiplicação dos Clostridium, ou seja, a fermentação secundária realizada por essas bactérias do gênero Clostridium a partir da glicose e do ácido láctico, além de degradar as proteínas consequentemente produzirão amônia, dentre outros compostos. Segundo Soares Filho (2005), uma boa silagem não apresenta mofos, apresenta pouco ou nenhum ácido butírico, alto teor de ácido lático (7%) e baixo teor de ácido acético (3%).

CONCLUSÕES

O uso da torta de Algodão como aditivo na silagem do capim-Tanzânia não promoveu melhorias significativas no perfil fermentativo, porém, quando utilizou-se o nível de 20% obteve-se a melhor proporção no valor nutricional do produto final desta silagem. Assim, é recomendado a utilização da torta de Algodão como aditivo para a silagem do capim-Tanzânia no nível de 20% somente com o objetivo de elevar o valor nutricional da massa ensilada.

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CAPÍTULO II

Consumo, digestibilidade e comportamento ingestivo de ovinos alimentados com dietas contendo torta de Algodão

RESUMO

Objetivou-se com o presente trabalho avaliar o consumo, ingestão e comportamento ingestivo de 20 ovinos, sem raça definida, com média de 30 ± 2 kg de peso vivo, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos determinados pela distribuição da torta de Algodão na dieta total: 0% de torta de Algodão na silagem + 30% de torta de Algodão no concentrado; 10% de torta de Algodão na silagem + 20% torta de Algodão no concentrado; 20% de torta de Algodão na silagem + 10% torta de Algodão no concentrado e 30% torta de Algodão na silagem + 0% torta de Algodão no concentrado. Houve para cada tratamento cinco repetições, cada animal é considerando como uma unidade experimental, os animais foram mantidos em baias individuais de piso ripado contendo comedouro e bebedouro individuais. O consumo dos nutrientes individuais dos ovinos foi avaliado durante 5 dias. Para o cálculo da digestibilidade foram colhidas amostras dos alimentos fornecidos bem como das sobras e fezes no mesmo período durante 5 dias. Para o consumo estudado, não houve efeito significativo (P>0,05) para teores de MS, MO, PB, CT e NDT. Houve efeito linear crescente (P<0,05) para CNF (kg/dia) e efeito linear decrescente (P<0,05) para FDNcp (g/kgPC), EE (Kg/dia), FDNcp (Kg/dia), FDNcp (g/KgPC0,75) e FDNi. Para digestibilidade, não houve efeito significativo (P>0,05) dos teores de MS, MO e NDT, para teores de CT e CNF foram observados efeitos lineares crescentes (P<0,05) e efeitos lineares decrescentes (P<0,05) para teores de PB, EE e FDNcp. Nas análises de comportamento em tempo por minuto, não houve efeito significativo para ingestão, para ócio o efeito apresentado foi linear (P<0,05) e efeito quadrático para ruminação (P<0,05). Para números de períodos (nº/dia), não houve efeito (P>0,05) para número de períodos de ingestão e número de períodos de ruminação, para número de períodos de ócio o efeito foi linear (P<0,05). Para tempo médio (min) não houve efeito significativo (P>0,05) para tempo médio de ingestão e tempo médio de ócio, porém apresentou efeito quadrático (P<0,05) para tempo médio

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