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Os resultados coletados através de questionários realizados com 05 (cinco), docentes atuantes na área educacional (ensino fundamental), egressos da escola campo de nosso estágio, sendo que 04 (quatro) deles possuem formação em Pedagogia e apenas 01 (um), tem formação em letras, sendo que todos afirmaram participarem de formação continuada aprimorando sua prática pedagógica, bem como sua didática para o bom exercício de suas funções. Saliente-se ainda, que para fins éticos optamos por preservar a identidade dos professores entrevistados em que pese todos terem concordado espontaneamente, em participar de nossa simplória pesquisa.

Objetivando pesquisar a forma de aprendizado das crianças atendidas naquela unidade de educação básica propusemos questionamentos abertos, onde todos os entrevistados tiveram a liberdade para expressar suas ideias e seus sentimentos em relação ao tema central de nosso simplório estudo. Para tanto, aplicamos três questões pontuais direcionadas os professores entrevistados a saber: “Como você acredita que as crianças aprendem a ler”? (quadro1); Que tempos e espaços são disponibilizados para as atividades de leitura e escrita? (quadro2); Como você avalia a sua prática e as aprendizagens construídas pelas crianças? (quadro3), obtendo às correspondentes respostas, conforme verificamos nos quadro abaixo:

Quadro 1

Como você acredita que as crianças aprendem a ler?

Professor 1: Acredito que cada criança é única e se destaca pelo seu próprio desempenho, assim como acredito que o exercício da leitura é de fundamental importância, se desde cedo as crianças tiverem contato com as palavras, e passa por todo aquele processo de leitura, não tenho dúvida de que aprenderá a ler.

Professor 2: Como professora, sempre acreditei na ideia de que toda criança aprende a ler e escrever de acordo com o que ver em seu dia a dia, em outras palavras eu diria que para que ela desperte esse hábito é necessário passar por níveis de alfabetização, a prática é indispensável, nesse caso é necessário que o

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adulto o incentive a isso, levando-o para o conhecimento.

Professor 3: Sabemos que a infância é um período muito importante, onde começamos a descobrir de tudo um pouco, assim como sabemos que uma criança não aprende a ler da noite para o dia, então não temos o que questionar quando meu filho ou meu aluno vai aprender a ler e escrever? Tudo no seu tempo, aos poucos a criança desperta o conhecimento sobre as letras e palavras, aí surge a aprendizagem.

Professor 4: Acredito que se aprende a ler quando há estímulo da família em casa e do professor na escola, isso faz com que a criança pratique em sua mente o exercício da leitura, e então consiga a distinguir as primeiras letrinhas e associando ás pequenas palavras, quando então aprende-se a ler.

Professor 5: O processo de leitura de uma criança é um momento de extrema importância tanto para os professores quanto para os pais, sempre acreditei que o aluno carrega em si a capacidade de despertar sua função simbólica e da memória que aos poucos vai associando uma coisa a outra e no caso da leitura não é diferente. E desse modo começam a ler e aprendem a escrever.

Fonte: Elaboração própria a partir das respostas dos entrevistados. 2017.

A professora 1 respondeu que o processo de leitura acontece de formas diferentes, onde cada criança se destaca por seu próprio desempenho, onde a mesma afirma que é necessário desde cedo as crianças terem acesso ás palavras, ou seja, o exercício da leitura torna-se fundamental e necessário.

A segunda professora implica na ideia de que haja estímulo de terceiros, nesse caso um adulto o incentivando para o conhecimento da criança e que para despertar o hábito da leitura é necessário passar por níveis de alfabetização, onde a prática torna-se indispensável.

A professora 3 enfatiza que não há um tempo certo nem determinado para se aprender a ler, que esse processo acontece aos poucos e de forma natural, ressalta também que é a partir do conhecimento com as letras e as palavras que surge a aprendizagem.

Já a professora 4 acredita que o estímulo é parte principal para que ocorra o processo de leitura, onde tanto o professor quanto a família pratique com a criança o exercício da mesma, somente dessa forma desenvolverá o hábito e aprenderá a ler. De acordo com as respostas obtidas pelas professoras, observa-se que as mesmas afirmam de forma minuciosa que o aprendizado se constrói de acordo com o intelecto de cada criança, onde um deles (professor 4) implica na ideia de que haja estímulo de terceiros, nesse caso um adulto o incentivando para o conhecimento da criança. Ressaltamos dessa forma que a leitura é indispensável nos primeiros anos da educação infantil e fundamental.

Passemos então, ao segundo quadro: Quadro 2

Que tempos e espaços são disponibilizados para as atividades de leitura e escrita?

Professor 1: Sempre trabalho a leitura com meus alunos, usando os próprios livros deles, em sala de aula, sempre seguidos de exercícios, costumo ler os desafios juntamente com eles, e acredito que isso aos poucos vai desenvolvendo o hábito de leitura juntamente com a escrita em cada um deles.

Professor 2: Reservo sempre um tempinho, ou seja, algumas horas para ler com eles, falo da importância da leitura em nossas vidas, o quanto é necessário o ato de ler e ponho em prática durante algumas horas com minha turma. Quanto a escrita, trabalho no dia a dia em sala.

Professor 3: Como trabalho em uma turma de série inicial, procuro usar dinâmicas, joguinhos de vogais, levo sempre a turma para o cantinho da leitura, leio estórias para eles, faço a interpretação onde todos participam. E a escrita trabalho todos os dias, o importante é não deixar de lado essa prática.

Professor 4: Sempre trabalhei a leitura dentro de sala mesmo, reservando algumas horas durante minhas aulas para a leitura em grupo e até mesmo individual, porém sempre houve essa questão de alguns lidarem melhor que outros, tenho alunos que conseguem ler perfeitamente, já outros só algumas palavras. E isso também acontece na escrita, mesmo praticando nas aulas.

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Professor 5: Utilizo sempre a sala de leitura, durante algumas aulas semanais, levo minha turma, leio com eles, peço que cada um leia um trecho ou um parágrafo em seguida escreva sua opinião com relação ao que foi lido e assim por diante, é desse modo que trabalho a leitura e escrita nesse intervalo de tempo e espaço.

Fonte: Elaboração própria a partir das respostas dos entrevistados. 2017.

Conforme a indagação, a professora 1 afirma trabalhar a leitura com seus alunos fazendo uso de livros, onde utiliza exercícios, e faz o uso da leitura em equipe, dessa forma, a mesma acredita que aconteça o processo de leitura e escrita em sala de aula.

A segunda professora registrou que é necessário reservar sempre algumas horas durante as aulas semanais para trabalharem essa questão de leitura e escrita, onde o principal objetivo é atender ás necessidades dos alunos.

A professora 3 falou acerca da utilização de dinâmicas, acreditando na ideia que isso torne as aulas mais prazerosas, já que a mesma trabalha com uma série de educação infantil, ela relata também que tanto o exercício da leitura, quanto da escrita são indispensáveis no dia a dia das crianças.

Já a professora 4 ressalta algumas dificuldades que encontra em alguns de seus alunos, ou seja, nem sempre eles conseguem aprender no mesmo intervalo de tempo, onde uns desenvolvem a prática de leitura mais rápida que outros, a mesma afirma reservar algumas horas de suas aulas para as atividades de leitura e escrita. Seguindo essa linha de pensamento, a professora 5 reforça o quanto é importante e necessário disponibilizarem tempo e dar espaço para que os alunos entrem em contato com a leitura e escrita, afirmando dessa forma, trabalhar esses conteúdos durante suas aulas semanais.

Esse segundo questionamento abordou tempo e espaço disponibilizados para atividades de leitura e escrita, onde nesta etapa nota-se que todos os professores afirmam trabalhar de modos diferenciados a leitura e a escrita, reservando tempo e espaço no ambiente escolar, trabalhando conteúdos diversos, considerando que são assuntos relevantes na aprendizagem dos alunos. Exponha-se o próximo quadro:

Quadro 3

Como você avalia a sua prática e as aprendizagens construídas pelas crianças?

Professor 1: Talvez não seja a melhor minha maneira de trabalhar essa questão com as crianças, porém tenho obtido êxito quando se trata do processo de aprendizagem de meus alunos e fico bastante satisfeita quando vejo que está dando tudo certo. Professor 2: É sempre satisfatório quando vejo que minha prática tem contribuído para que meus alunos construam seus conhecimentos e aperfeiçoem seu processo de aprendizagem.

Professor 3: Procuro sempre avaliar de maneira mais prática e simples onde observo o desempenho de cada um deles após cada exercício e nem sempre todos obtém bons resultados, mesmo assim me sinto com dever de papel cumprido por ter feito minha parte e saber que meus alunos estão desenvolvendo-se.

Professor 4: O método de avaliação requer muita atenção e sempre busco avaliar não somente de forma individual, mas em equipe também, onde lanço desafios e a equipe tenta resolver, e ao final percebo que todos estão desenvolvendo-se e construindo novos conhecimentos.

Professor 5: As aprendizagens adquiridas pelas crianças, trabalho sempre de maneira participativa e avalio de forma positiva sempre e acredito na capacidade de cada um.

Fonte: Elaboração própria a partir das respostas dos entrevistados. 2017.

Com base na indagação acima, a professora 1 classifica sua prática como positiva, mesmo admitindo não ser uma das melhores, porém relata com clareza que vêm obtendo êxito no processo de aprendizagem de seus alunos.

A segunda professora relata o quão é satisfatório ver que contribuição de sua prática está contribuindo para que seus alunos adquiram novos conhecimentos durante o processo aprendizagem.

Já a professora 3 sintetiza uma avaliação simples e prática que quase sempre obtém diferentes resultados, procurando sempre analisar o desempenho de seus alunos diante dessa prática utilizada pela mesma.

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A quarta professora fala a respeito do seu método de avaliação, e seus desafios propostos aos alunos, onde, somente dessa forma é possível avalia-los, seja de forma individual ou em equipe, complementa ainda que ao final desse processo analisa os conhecimentos adquiridos por cada um deles.

A professora 5 comenta que trabalha de maneira participativa, a qual acredita na capacidade dos alunos, e ainda complementa de forma positiva sua prática e que isso resulta sempre em um bom desenvolvimento dos mesmos.

Neste último questionamento (quadro 3), foi abordado a prática e aprendizagens utilizadas pelos professores, resultando em aprendizagens construídas pelas crianças, onde observamos que cada professor afirmou disponibilizar tempo e espaço para os exercícios de leitura e escrita, admitindo que cada professor possui sua diferente maneira de avaliar a prática utilizada, sendo essas: em grupo, participativa ou individual, quase todos acreditam na capacidade de seus alunos e em seu potencial, levando em consideração um percentual positivo quando se trata de aprendizagens construídas pelos próprios alunos.

Da análise das respostas obtidas, cotejadas em linhas gerais, restou comprovado que os que o aprendizado infantil, se constrói paulatinamente de acordo com o intelecto individual infantil em consonância com os estímulos externos (ambiente social) de cada criança, onde o incentivo dá leitura, partindo de uma leitura de mundo contextualizada, com o nível cognitivo de cada educando, propiciando o prazer pelo ato de ler, compreender e sentir o mundo fabuloso que o ato de ler proporciona, capacitando assim esse educando para voos mais seguros pelo mundo cognitivo ao longo de sua vida acadêmica, eis que o gosto pela prática da leitura viabiliza um universo a parte e tal fato implica diretamente no desenvolvimento psicossocial do educando que por sua vez atuará decisivamente em sua esfera familiar, educacional e humana eis que se revelam por si só um indivíduo consciente de seus direitos e deveres, na esfera política e social, na construção do empoderamento pelo exercício da cidadania plena.

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