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2.3 SIMULAÇÃO DOS CENÁRIOS

2.3.5 Quarta etapa Redes disruptivas

2.3.5.2 Resultados e conclusões

Executadas as simulações, observou-se que as redes apresentaram desempenhos diferentes. Os gráficos da Figura 63 mostram os resultados obtidos do trace para nós com cobertura de 100 m.

Tabela 15: Tabela-resumo dos gráficos da Figura 63.

rede Bundlesentregues Média do delay (s) Média dos saltos

1ª (referência) 31 1834,07 4,7772

2ª (relays fixos) 40 1265,18 5,475

3ª (pontos de espera) 40 1169,80 5,3

Fonte: Autoria própria.

A análise do trace da rede com menor cobertura demonstrou que as melhorias aplicadas à rede de referência foram efetivas, conforme ilustram os gráficos da Figura 63. O delay dos bundles na rede de referência apresentam-se mais espalhados que aqueles nas redes com melhorias. Ao acrescentar nós fixos, verificou-se também o incremento no número de saltos dos bundles.

Figura 63: Histograma dos delays dos bundles, cobertura de 100 m. 1ª rede = referência, 2ª rede = com relays fixos, 3ª rede = com pontos de espera.

Fonte: Autoria própria.

Figura 64: Distribuição do desempenho individual por bundle das simulações realizadas nas redes propostas. 1ª rede = referência, 2ª rede = com relays fixos, 3ª rede = com pontos de espera. Cobertura de 100 m.

Outra informação adicional relevante se extrai da Tabela 15, onde é possível observar que a rede de referência não entregou todos os bundles gerados, portanto seu throughput (número de pacotes entregues ao longo de determinado intervalo de tempo) é menor que as demais. Com relação ao delay, observa-se que a aplicação de “pontos de espera” foi aquela com melhor desempenho, resultando em menor média do delay.

O gráfico da Figura 64 mostra quais trechos da rede apresentam maior perda. No caso da rede de referência, das quatro simulações realizadas, o bundle gerado em 300 s não foi entregue em uma delas, enquanto que os bundles gerados em 600 e 900 s não foram entregues em nenhuma das simulações. A aplicação de melhorias na rede de referência contribuiu para incrementar o throughput da rede.

Sobre o menor throughput da rede de referência, isto ocorreu devido à limitação do tempo de vida dos bundles. O tempo de vida de uma mensagem (ajustado para 3000 s) em uma rede disruptiva está associado ao seu “tempo de vida útil” (useful life em (IETF RFC4838, 2007)), e a eliminação das mensagens obsoletas contribui para liberação de espaço de armazenamento na memória dos elementos da rede.

Os gráficos da Figura 65 mostram os resultados obtidos do trace para nós com cobertura de 450 m e tem como objetivo avaliar a contribuição que a cobertura oferecida pelos nós apresentam no desempenho da rede.

Analisando os traces, observa-se que a rede de referência apresenta maior variação e média no delay sofrido pelos bundles, conforme ilustrado nos gráficos das Figuras 63 e 65. As melhorias consideradas neste trabalho apresentaram acréscimo no desempenho, permitindo redução na média do delay.

A Tabela 16 mostra que a menor média de delay ocorre na melhoria por meio de nós fixos atuando como relays, com um desempenho pouco melhor que a melhoria com pontos de espera.

Tabela 16: Tabela-resumo dos gráficos da Figura 65.

Rede Bundles entregues Média do delay (s) Média dos saltos

1ª (referência) 40 1238,13 6,2

2ª (relays fixos) 40 984,38 7,575

3ª (pontos de espera) 40 991,82 5,65

Fonte: Autoria própria.

Sobre a rede com cobertura maior, apesar dos três modelos de rede simulados terem diferentes mecanismos de contato entre os nós, que resultam no encanhamento dos bundles significativamente diferentes entre si, os resultados apresentaram diferenças para a média do

Figura 65: Histograma dos delays dos bundles, cobertura de 450 m. 1ª rede = referência, 2ª rede = com relays fixos, 3ª rede = com pontos de espera.

Fonte: Autoria própria.

delaynão tão expressivas, conforme se verifica na Tabela 16 . Nele se observa que a média dos atrasos e volume de bundles entregues variam pouco entre os três modelos durante a simulação (6000 s).

Analisando os gráficos da Figura 66 verifica-se que nas quatro simulações todos os bundlesgerados foram todos entregues.

O desempenho apresentado por qualquer dos modelos das redes com cobertura maior foi superior ao daquelas com cobertura menor, tanto pelo sucesso na entrega dos bundles, no caso da rede de referência, como pelo tempo menor de delay em todos os casos.

O número médio de saltos para redes com nós de cobertura maior foi superior que aqueles verificados para redes com nós de cobertura menor, da mesma forma que redes com melhorias em relação à rede de referência no caso de cobertura menor. Isto se deve ao maior número de oportunidades de contado, o que levou a recepção de bundles transferidos entre um número maior de nós intermediários.

Observa-se que no caso de cobertura menor, o desempenho do modelo sem melhorias ficou sensivelmente inferior aos demais. As redes com melhorias apresentaram melhor desempenho, sendo marginalmente melhor aquela em que o cronograma dos nós foi

Figura 66: Distribuição do desempenho individual por bundle das simulações realizadas nas redes propostas. 1ª rede = referência, 2ª rede = com relays fixos, 3ª rede = com pontos de espera. Cobertura de 450 m.

Fonte: Autoria própria.

sincronizado A explicação do motivo pela qual a rede com RF teve redução de desempenho ligado à redução da cobertura é que o tempo de contato também foi reduzido, o que diminuiu o volume de bundles entregues com sucesso em cada um destes contatos.

Observa-se também do gráfico da Figura 66 que as redes do com melhorias apresentam uniformidade na quantidade dos bundles gerados e entregues em ambas as configurações de cobertura.

Comparando os gráficos das Figuras 64 e 66 verifica-se que no primeiro caso não houve entrega entregou nenhum dos bundles gerados em 600 e 900 s e perda de um dos bundles gerado no instante 300 s, ao passo que no segundo caso não houve perdas. Isto mostra que a rede com nós de menor cobertura e sem melhorias apresenta regiões propensas a perdas, na parametrização adotada.

Destaca-se, portanto, da análise destes modelos disruptivos teóricos:

• A cobertura impacta significativamente no desempenho da rede devido à limitação do tempo de contato nas redes de cobertura menor;

• Técnicas de melhorias da rede podem promover o aumento do desempenho e uniformizam regiões propensas a perdas de mensagens;

visando o aumento nas oportunidades de contato e tempo de contato foi mais significativo; • O uso de RF nos pontos compartilhados por diferentes trajetos mostrou-se como uma

3 CONCLUSÃO

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