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CAPITULO II ESTUDO EMPIRICO ESTUDO EMPIRICO

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os participantes tinham entre 24 e 57 anos de idade, média de 42,37 ± 6,93 anos, 57,1% do sexo masculino e 61,9% solteiros. A orientação sexual informada era predominantemente heterossexual (66,7%). A amostra foi selecionada em dois locais de atendimento a pessoas com HIV/Aids de Porto Alegre/RS, sendo eles o Ambulatório de Infectologia do Hospital São Lucas (57.1%) e o Grupo de Apoio a Prevenção da Aids do Rio Grande do Sul/GAPA-RS (42.9%).

Quanto à situação de trabalho 52,4% dos participantes não trabalhavam. E em relação ao nível socioeconômico, foi predominantemente media baixa (65,1%). Do total da amostra 74,6 % informou não utilizar medicação psiquiátrica. Quanto ao seu modo de

infecção destacou-se a via sexual (76,2%), seguida da transmissão por uso de drogas injetáveis (12,7%).

O tempo de infecção HIV variou de no mínimo 2 até no máximo 252 meses, com uma média de 106,21 ± 60,41 meses. A carga viral (cópias/ml) oscilou entre 45,00 e 166885,00, apresentando uma alta variabilidade (média 4756,13 ± 22004,18). Sendo 78,6% dos participantes com carga viral indetectável.

Em média, os participantes ingeriam 4,98 comprimidos diariamente, variando entre 1 e 16 comprimidos diários. As combinações de posologia predominante foram: ingestão de comprimidos de 12/12 horas (93,7%) e de 24/24 horas (4,8%). As combinações de fármacos mais comuns foram: 2 inibidores da Transcriptase Reversa Análogo de Nucleosídeos (ITRN) + 1 Inibidor Transcriptase Reversa Não Análogo de Nucleosídeos (ITRNN) (52,4% ) e 2 ITRN +2 Inibidor de Protease (IP) (20,6%).

Não foi observada associação significativa entre marcadores biológicos, dados sociodemográficos e sintomas de depressão, suporte social, qualidade de vida e grau de adesão. Bem como não houve diferença significativa nas análises realizadas entre os participantes do ambulatório de Infectologia do Hospital São Lucas em relação a ONG – GAPA/RS.

A seguir, são apresentadas na Tabela 1 as características sociodemográficas e situação clinica da amostra.

47 Tabela 1 - Distribuição da amostra de pacientes, segundo dados sociodemográficos e situação clínica. N=63

Dado sociodemográfico % Media f DP

Idade 42 6,9 Escolaridade Nenhum 4,8 3 1º incompleto 1,6 1 1º completo 31,7 20 2º completo 42,9 27 3 º incompleto 3,2 2 3º completo 15,9 10 Sexo Feminino 42,9 27 Masculino 57,1 36 Situação de trabalho Trabalha 47,6 30 Não trabalha 52,4 33 Orientação sexual Heterossexual 66,7 42 Homossexual 23,8 15 Bissexual 9,5 6 Forma de transmissão Sexual 76,2 48

Usuários de drogas injetáveis 12,7 8 Transfusão de hemoderivados 1,6 1 Outro (acidente de trabalho) 1,6 1

Não sabe 7,9 5 Nível socioeconômico Baixo 22,2 14 Médio baixo 65,1 41 Médio alto 11,1 7 Alto 0 0 Dados clínicos

Tempo infecção HIV (meses) 106,2 63 60,4

Uso de medicação psiquiátrica

Sim 22,2 14

Não 74,6 47

Células CD4+ por mm³ de sangue 451,3 63

Carga viral (cópias/ml)

<50 (indetectável) 71,4 49,8 45 0,7

51-400 7,9 216,0 5 103,8

401-30.000 14,3 4639,8 9 5943,9

>30.000 6,3 63638,0 4 70163,0

Na tabela 2, em relação aos sintomas de depressão os participantes apresentam nível de depressão leve (M= 14,5; DP= 12,5). Em relação ao suporte social dos participantes do estudo foi observado que a maior média (M= 41,2; DP= 11,8) foi no fator 1, que representa suporte social emocional. Os estudos associados ao tema HIV/Aids,

conforme Seidl e Tróccoli (2006), têm apontado a relevância do apoio social no enfrentamento da doença. Dyer, Patsdaughter, Mc Guinness, Connor e De Santis (2004) referem, em pesquisa realizada com pessoas soropositivas para o HIV/Aids, que as que apresentam processos de resiliência têm enfrentado a situação de enfermidade com maior positividade.

Foi identificado em estudo (Remien, Exner, Kertzner, Ehrhardt,. Rotheram-Borus & Johnson, 2006) realizado, que sintomas depressivos foram associados inversamente ao suporte social funcional e a pessoas que vivem com HIV/Aids. As percepções de interações sociais com outros indivíduos podem aumentar o amor-próprio, o auto- valorização e a autoconfiança de pessoas que vivem com HIV/Aids, reduzindo desse modo, sua percepção da estigmatização (Simoni, Montoya, Huang & Goodry, 2005).

Em estudo realizado por Singh, Berman, Swindells, Justis, Mohr, Squier e Wagener (1999) foi observado que a satisfação com o suporte social esteve associada à adesão ao tratamento. A importância do suporte social foi apontada por sua influência na disponibilização de encorajamento, reforço positivo e motivação para o autocuidado e por atenuar estímulos que interferiam negativamente sobre a adesão. Em estudo mais recente, pesquisadores (Gonzalez, Penedo, Antoni, Duran, McPherson-Baker, Ironson, & Schneiderman, 2004) constataram que apoio social e o bem-estar psicológico estiveram relacionados à conduta de adesão à terapia anti-retroviral.

Em relação ao grau de adesão, os participantes apresentaram 47,6% baixa/ insuficiente (f= 30), 31,7% boa/ adequada (f= 20) e 20,6% estrita (f= 13). Pode-se observar que a maior concentração de porcentagem está presente em boa/ adequada e estrita, considerando uma amostra com adesão. Evidencia-se, com alguma consistência, a associação entre disponibilidade e satisfação com o suporte social, bem-estar psicológico, adesão ao tratamento e percepção positiva da qualidade de vida. (Mello & Malbergier, 2006; Leserman, Petito, Golden, Gaynes, Gu & Perkins, 2000).

49 Na avaliação da qualidade de vida, pode-se observar a média (M=15,5; DP= 3,4) maior no domínio da Espiritualidade/Religiosidade/Crenças Pessoais; estudo (Fleck, Borges, Bolognesi & Rocha, 2003) realizado com pacientes com HIV/Aids revelou que aqueles que apresentavam escores mais elevados de bem-estar espiritual tendiam a ter mais esperança.

Outros estudos também apontam que a religiosidade e a espiritualidade em pessoas com HIV/Aids podem auxiliar como suporte social no ajustamento psicológico (Seidl & Tróccoli, 2006) e no enfrentamento da doença (Prado, Feaster, Schwartz, Pratt, Smith & Szapocnik, 2004). A espiritualidade foi indicada como fonte de suporte social a pacientes com HIV/Aids (Siegel & Schrimshaw, 2001; Carvalho, 2001) e como meio de interpretação para os acontecimentos da vida, esta pode representar apoio para o enfrentamento das dificuldades e para a mudança de atitudes (Carvalho et al, 2007). As pessoas com crença espiritual tendem a demonstrar positividade na adversidade, como a situação de enfrentamento da doença e do tratamento de saúde (Sodergren, Hyland, Crawford & Partridge, 2004).

Remor (2002) desenvolveu um estudo de avaliação do impacto da ansiedade, da depressão e da qualidade de vida das pessoas HIV/Aids quando o tratamento anti-retroviral não apresenta os efeitos esperados. Os resultados indicaram que as percepções e expectativas negativas com o tratamento podem modular o estado emocional e impactar negativamente a qualidade de vida das pessoas HI/Aids e que um nível de suporte social adequado é capaz de atenuar este impacto negativo.

Conforme estudo de Maia (2006), muitos portadores de HIV/Aids sofrem um impacto em sua qualidade de vida tanto pelos fatores próprios às limitações físicas, sociais e estéticas, quanto devido ao fato de que muitos profissionais da área de saúde encontram dificuldades no seu atendimento, uma vez que carecem de conhecimentos e habilidades necessários para lidar com essa enfermidade.

Canini, Reis, Pereira, Gir e Prela (2004) verificaram que, nos últimos anos os estudos sobre qualidade de vida em portadores de HIV/Aids têm avaliado não só a dimensão física, mas também os aspectos psicossociais, apontando a necessidade de novas estratégias de intervenção, além do tratamento clínico e medicamentoso.

Estudo realizado com 241 pacientes soropositivos para o HIV/AIDS verificou que os pacientes com satisfação no suporte emocional apresentaram melhor percepção na qualidade de vida (Seidl, Zamon & Tróccoli, 2005). É possível supor que o suporte social e o tratamento anti-retroviral repercuta na melhora das condições físicas e na resposta imunológica (Rabkin, Fernando, Lin , Sewell & McElhiney, 2000) da portador de HIV/Aids .

Corroborando com os resultados obtidos na presente pesquisa, estudos (Remor, 2002; Seidl, Zannon & Troccoli, 2006) também desatacam que suporte social pode ser um fator atenuador do impacto negativo da soropositividade na vida das pessoas infectadas, sendo este um recurso pessoal externo que pode facilitar a adaptação ao processo da doença. A rede de apoio pode ser uma estratégia útil para adesão ao tratamento e aumento da qualidade de vida.

Na Tabela 2, apresenta-se as médias e o desvio padrão dos sintomas de depressão, suporte social e os domínios da escala de qualidade de vida.

51 Tabela 2 - Apresentação das médias e desvio padrão dos sintomas de depressão, suporte social e qualidade de vida.

Variável Média Desvio

Padrão Níveis de depressão 14,5 12,5 Suporte Social Emocional - Fator 1 Instrumental - Fator 2 41,2 32,6 11,8 10,2 Qualidade de Vida Domínio 1 - Físico Domínio 2 - Psicológico

Domínio 3 - Nível de Independência Domínio 4 - Relações Sociais Domínio 5 - Meio Ambiente

Domínio 6 - Espiritualidade/Religião/Crenças Pessoais

13,8 13,9 13,5 13,8 13,9 15,5 3,5 3,3 3,1 3,5 2,9 3,4

Na tabela 3, pode–se observar uma correlação negativa entre depressão e adesão. Os sintomas psiquiátricos, segundo Campos, Guimarães e Remien (2008) são comuns entre as pessoas com doenças crônicas, incluindo o HIV / Aids. Estes podem contribuir para a não-adesão à terapia anti-retroviral e, conseqüentemente, para a baixa imunidade e resposta virológica (Mello & Malbergier, 2006) para a progressão para Aids (Paterson, Swindells, Mhr, Brester, Vergis & Squier, 2000) e para a piora da qualidade de vida (Tostes, Chalub & Botega, 2004). Em estudo realizado (Tucker Burnam, Sherbourne, Kung & Gifford, 2003) foi salientado que os indivíduos com depressão, ansiedade ou pânico generalizado foram aproximadamente duas vezes mais não-aderentes que aqueles sem um transtorno psiquiátrico.

O domínio físico (r= 0,40, p= 0,001), psicológico (r= 0,50,p= <0,001), de relações sociais (r= 0,47, p= <0,001) e de meio ambiente (r= 0,48, p= <0,001) tiveram e correlação altamente significativa em relação à adesão. Estes dados podem estar relacionados a uma boa adaptação psicológica e o suporte social dos participantes deste estudo. Constatando, assim, que a resiliência pode estar implicada neste processo de saúde-doença para a adesão ao tratamento, sendo um fator de proteção.

No domínio Espiritualidade/Religião/Crenças Pessoais (r= 0,298, p= 0,018), constatou-se correlação significativa em relação à adesão. As crenças religiosas e espirituais têm demonstrado ser um recurso auxiliar no enfrentamento de eventos estressores, como o processo saúde-doença e o tratamento da saúde, visto no entendimento da Psicologia da Saúde e de pesquisas relacionadas (Straub, 2005). Em relação ao nível de independência (r= 0,231,p= 0,069), não houve correlação significativa com a adesão ao tratamento.

O suporte social emocional – Fator 1 (r= 0,43,p= <0,001) e o suporte social instrumental – Fator 2 (r= 0,39, p= <0,002) apresentaram correlação altamente significativa em relação à adesão. Para Carvalho et al (207) os sistemas de suporte fazem parte de um âmbito mais amplo da vida das pessoas. Trata-se das relações estabelecidas com a escola, o trabalho, centros religiosos ou instituições de saúde. A fim de promoverem fatores de proteção aos indivíduos, essas instâncias precisam propiciar a competência e a determinação individual. O estudo realizado por Carvalho, Hamann, & Matsushita (2007) corrobora com os resultados obtidos na presente pesquisa, que avaliou fatores relacionados à adesão ao tratamento anti-retroviral em 150 pacientes e identificou que a situação de moradia e suporte social foi variáveis preditoras da adesão ao tratamento.

A importância do suporte social pode ser desatacada como uma influência positiva no encorajamento e motivação para o autocuidado. Portanto, nesta pesquisa pode-se inferir que participantes com maior suporte social emocional apresentam maiores índices de adesão ao tratamento e qualidade de vida.

53 Tabela 3 - Correlação entre sintomas de depressão, qualidade de vida, suporte social e adesão.

Variável Escore bruto CEAT

r p

BDI -0,430** <0,001

WHOQOL

Domínio 1 - Físico Domínio 2 - Psicológico

Domínio 3 - Nível de Independência Domínio 4 - Relações Sociais Domínio 5 - Meio Ambiente

Domínio 6 - Espiritualidade/Religião/Crenças Pessoais 0,409** 0,001 0,507** <0,001 0,231 0,069 0,474** <0,001 0,480** <0,001 0,298* 0,018 SUPORTE SOCIAL Emocional - Fator 1 Instrumental - Fator 2 0,438** <0,001 0,392** 0,002 * A correlação é significativa ao nível de 5%.

** A correlação é significativa ao nível de 1%.

Na tabela 4, foi possível identificar que o grupo com grau de adesão estrita apresentou média inferior de sintomas depressão e média superior nos domínios psicológico, nível de independência e social da qualidade de vida. O suporte social emocional – fator 1 apresentou uma média mais alta no grupo com adesão estrita quando comparado com o grupo de baixa ou insuficiente adesão. Os resultados abaixo expostos ressaltam a necessidade de incentivar as pessoas que vivem com HIV/Aids a buscar fontes de suporte social, por meio de relacionamentos recíprocos, participando de atividades voluntárias e sociais com a família, os amigos e/ou em grupos. Para tanto, este estudo demonstrou que a adesão ao tratamento é complexa pela interação de variáveis, destas encontramos resultados significativos nesta amostra, como os aspectos psicossociais, níveis de depressão, suporte social e qualidade de vida.

Tabela 4 - Apresentação das médias da qualidade de vida e Suporte Social em relação à estratificação do grupo, segundo o Grau de Adesão.

Médias Grau de Adesão Baixa/

insuficiente adequada Boa/ Estrita

BDI 18,6B 15,2B 4,0A

WHOQOL

Domínio 1 - Físico Domínio 2 - Psicológico

Domínio 3 - Nível de Independência Domínio 4 - Relações Sociais Domínio 5 - Meio Ambiente

Domínio 6 -Espiritualidade/ Religião/Crenças Pessoais 12,9A 12,5A 12,4 A 12,7A 12,6A 14,9A 13,3A 14,1A 13,2 A 13,6A 14,2A 15,2A 16,8A 16,6B 15,8 B 16,8B 16,5A 17,3A SUPORTE SOCIAL Emocional - Fator 1 Instrumental - Fator 2 36,8A 29,9A 43,2AB 33,8A 47,9B 36,8A Médias seguidas de letras diferentes na linha, diferem pelo teste Tukey (p<0,005).

A correlação negativa da depressão com a adesão esta em conformidade com outros resultados da pesquisa, que mostram maior suporte social e qualidade de vida. Considerando suporte social e religiosidade/espiritualidade/crenças pessoais como fatores de proteção à saúde pode-se observar que os participantes deste estudo demonstram fortalecimento no processo de resiliência.

A evolução do conhecimento da progressão do HIV/Aids e seus tratamentos são crescentes, contudo as necessidades psicológicas das pessoas soropositivas também vêm mudando. É necessária a identificação de temas que afetam a saúde mental dessas pessoas para contribuir no desenvolvimento de novas intervenções psicológicas mais adaptadas à realidade da Aids. Neste sentido, torna-se relevante que os psicólogos da saúde estejam voltados também para os processos de resiliência dos portadores de HIV/Aids, a fim de auxiliar na promoção e no desenvolvimento psicológico.

55 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se dizer que o objetivo do estudo foi obtido, pois foi possível descrever, analisar os níveis de depressão, marcadores biológicos e o suporte social de portadores de HIV/Aids e relacionar estes com a adesão ao tratamento, como também avaliar a qualidade de vida e compreender os processos de resiliência no contexto de saúde-doença desta população. Considera-se como limitação do estudo que os participantes foram entrevistados em diferentes locais, serviço de saúde e organização não - governamental, sendo uma amostra pequena em cada um, porém não houve diferença significativa entre estes.

Os conhecimentos alcançados com essa pesquisa possibilitam sugestões e orientações para as equipes de saúde, visando melhorar as intervenções das mesmas, o que pode revestir-se em uma constante melhora na qualidade de vida dos portadores de HIV/Aids. Acredita-se que esse estudo possa servir como referência para outras pesquisas sobre suporte social, qualidade de vida e adesão de pacientes HIV/Aids.

Para tanto, sugerem-se novos estudos com diferentes delineamentos. Dentre estes, longitudinais para avaliação do suporte social, adesão ao tratamento e qualidade de vida para acompanhamento deste processo saúde – doença. Também pesquisas quase- experimental e experimental com proposta de um modelo de intervenção psicossocial e estudo qualitativo para a compreensão dos fatores de proteção; dentre estes, suporte social e resiliência para a adesão ao tratamento.

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61 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados alcançados nesta pesquisa não podem ser entendidos como estáveis, devido o movimento da epidemia de HIV/Aids, que está em constante alteração, tanto em seus aspectos epidemiológicos, quanto em seus aspectos psicossociais. Para tanto o paciente portador de HIV/Aids necessita se adaptar invariavelmente à situação de adoecimento.

O estudo realizado para elaborar esta dissertação permitiu a ampliação do entendimento sobre o processo saúde-doença em pessoas soropositivas para o HIV/Aids. Contribuindo também para o desenvolvimento técnico-científico através da reprodução desse entendimento em publicações em periódicos e exposição em eventos científicos da

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