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Ao todo, nos dois cenários, o método da aplicação foi executado 180 vezes. Os resultados obtidos nas 30 execuções de cada dispositivo foram somados, as médias foram calculadas e a varição na média corresponde a um intervalo de confiança de 95%.

A Figura 15 apresenta o resultado dos testes feitos utilizando o primeiro cenário. Nela fica visível a diferença entre o tempo de execução do método da aplicação nos dois dispositivo que compunham o cenário. Nota-se também que houve uma mínima variação ao longo de cada execução do método da aplicação.

Figura 15 – Resultados dos testes com dois dispositivos móveis.

Fonte – Autor, 2017

Na Tabela 2 tem-se a média dos tempos de processamento no cloudlet, tempo de donwload e upload dos dispositivos mostrados no gráfico anterior. Com ela é fácil ver que a disparidade entre os resultados se deve ao fato do tempo médio de download e upload da rede móvel LTE ser muito maior do que a rede móvel UMTS, o tempo de processamento no cloudlet não apresentam grandes diferenças entre os dois dispositivos.

Tabela 2 – Média dos resultados do cenário com 2 usuários.

Dispositivo Rede utilizada Média do tempo de Média do tempo Média do tempo processamento no cloudlet (ms) de download (ms) de upload (ms)

Dispositivo 1 LTE 607,90 ± 24,16 894,0 ± 501,76 2.937,40 ± 480,40

Dispositivo 2 UMTS 621,83 ± 41,37 42.716,0 ± 56,96 21.509,96 ± 61,40

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Na Figura 16 é apresenta o resultado dos testes feitos utilizando o segundo cenário. Novamente os dispositivos que utilizavam a rede móvel LTE obtiveram um menor tempo de execução em relação aos que utilizavam a rede UMTS. Com quatro dispositivos é possível ver que a ocorrência de uma leve variação no tempo de execução dos Dispositivos 1 e 2.

Figura 16 – Resultados dos testes com quatro dispositivos móveis.

Fonte – Autor, 2017

Observando a Tabela 3 que contém, assim como a Tabela 2, a média dos tempos de processamento no cloudlet, tempo de donwload e upload para os dispositivos mostrados no gráfico anterior, novamente a o tempo médio de processamento no cloudlet foi bastante semelhante para os quatro dispositivos e também a rede móvel LTE obteve os menores tempos de download e upload em comparação a rede móvel UMTS.

Tabela 3 – Média dos resultados do cenário com 4 usuários.

Dispositivo Rede utilizada Média do tempo de Média do tempo Média do tempo processamento no cloudlet (ms) de download (ms) de upload (ms)

Dispositivo 1 LTE 654,36 ± 40,86 1025,0 ± 502,26 5.176,20 ± 1.497,56

Dispositivo 2 LTE 755,63 ± 587,64 1.581,66 ± 1.609,86 4.944,46 ± 1.932,68

Dispositivo 3 UMTS 664,06 ± 63,98 42.626,30 ± 56,90 21.797,13 ± 646,36

Dispositivo 4 UMTS 695,86 ± 151,93 42.226,66 ± 59,61 21.775,96 ± 707,92

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7 CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS

Cada vez mais os dispositivos móveis estão atrelados as tarefas do nosso dia a dia. Para que possamos usufruir desse fato cada vez mais, desenvolvedores e pesquisadores precisam de ferramentas que os auxiliem no desenvolvimento e teste de suas aplicações.

Sabendo disso, este trabalho propôs o desenvolvimento de uma ferramenta para facilitar a criação de cenários de testes e experimentação para aplicações que usam a técnica de offloading. Essa ferramenta deve possibilitar que os usuários criem e configurem cenários com múltiplos dispositivos móveis executando sobre diferentes condições de rede.

A solução descrita ao longo desta monografia implementa todos os objetivos propostos para este trabalho. A ferramenta desenvolvida está disponível para a comunidade e pode ser encontrada no GitHub no repositório RenanData/androidTestBed1 e as imagens

utilizadas podem ser baixadas do DockerHub. O usuário pode também visitar o site do MpOS2, onde estão disponíveis exemplos de implementação e mais informações sobre o framework.

Os experimentos feitos nos cenários criados com a ferramenta apresentaram resultados esperados para os fatores e níveis utilizados. A rede móvel LTE, em função da sua maior taxa de transmissão em relação a rede móvel UMTS, obteve os melhores resultados quanto a velocidade de execução do método da aplicação utilizada.

A versão atual da ferramenta ainda é simples, visto que não é possível definir outras configurações para o emulador como quantidade de memória e utilização de CPU. Uma grande limitação é o fato de que quando servidor e dispositivos móveis são executados na mesma máquina não ocorre limitação na rede dos mesmos.

Como trabalhos futuros pretende-se permitir que o usuário tenha um maior controle sobre os containers clientes, permitindo que ele defina fatores como a velocidade da rede que será utilizada além da quantidade de memória e CPU disponível para o emulador. Pretende-se encontrar um meio que permita que clientes e servidores, mesmo quando executados na mesma máquina, executem as condições de rede desejadas. Há interesse também em realizar mais experimentos com uma maior variação de fatores e níveis.

1 https://github.com/RenanData/androidTestBed 2 http://mpos.great.ufc.br/

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REFERÊNCIAS

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