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RESUMO DA AULA

No documento AUDITOR DO DISTRITO FEDERAL (páginas 33-38)

 Tributo não é multa!

Conceito de Tributo

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

CONCEITO DE IMPOSTO

Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:

I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.

TAXAS NA CF/88

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

TAXAS NO CTN

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício

regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

[Portanto, a taxa pode ter duas razões para ocorrer (no direito tributário chamamos isso de “Fato gerador”...será melhor explicado futuramente):

3) Exercício regular do poder de polícia;

4) utilização, efetiva ou potencial (EOUP), de serviço público específico e divisível (EED), prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

Cai em prova: a taxa não pode ser calculada em função do capital das empresas!

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou

disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

I - utilizados pelo contribuinte:

a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

Súmula n. 545 do STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de taxa de serviço.

SÚMULAS SOBRE O TEMA TAXA Súmulas Vinculantes - STF

12- Taxa de matrícula - "A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal".

19- Taxa de coleta de lixo - "A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.”

29- Um ou mais elementos da base de cálculo dos impostos - "É constitucional a adoção, no

cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra". 41- Taxa de iluminação pública -"O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa". [o correto é por contribuição de iluminação pública]

Súmulas STF

667 - Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa.

670 - O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.

665 - É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários instituída pela lei 7940/1989.

Súmulas STJ

80 - A taxa de melhoramento dos portos não se inclui na base de cálculo do ICMS Contribuição de Melhoria no Código Tributário Nacional

Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou

pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo

de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada

e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: I - publicação prévia dos seguintes elementos:

a) memorial descritivo do projeto;

b) orçamento do custo da obra;

c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; d) delimitação da zona beneficiada;

e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;

II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;

III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. § 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra

a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.

§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.

Empréstimos Compulsórios na CF/88

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Pontos importantes:

✓ somente a União pode instituir;

✓ deve ser feito por LEI COMPLEMENTAR;

✓ no caso de guerra, não precisa respeitar anterioridade;

✓ se for para investimento público, precisa respeitar anterioridade (veremos na próxima aula o que é anterioridade);

✓ os empréstimos compulsórios DEVEM OBRIGATORIAMENTE ser devolvidos (restituídos!) aos contribuintes; essa restituição, conforme o STF, deve ser feita na mesma espécie em que foi paga o tributo;

Contribuições Parafiscais (ou especiais) Contribuições Sociais De seguridade social Sociais gerais outras

CIDE = Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico CICP = Contribuição no Interesse de Categorias Profissionais CIP ou COSIP = Contribuição de Iluminação Pública

Contribuições de Seguridade Social e outras contribuições sociais - precisam ser criadas por lei complementar;

- caso já estejam previstas na CF/88, podem ser criadas por lei ordinária; Contribuições sociais gerais

exemplo: destinadas a custear o salário-educação;

exemplo: contribuições para o Sistema S (Sesi, SESC, SENAI);

Saiba que “As contribuições sociais, previstas no art. 240, da Constituição Federal, têm natureza de ‘contribuição social geral’ e não contribuição especial de interesses de categorias profissionais”, conforme entendimento do STF. Já já veremos essa contribuição especial no interesse de categorias profissionais.

No documento AUDITOR DO DISTRITO FEDERAL (páginas 33-38)

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