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RESUMO DOS ESTUDOS DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA

De acordo com os estudos efetuados para os quatro componentes dos serviços de saneamento do município, podem-se resumir alguns dados e conclusões, como apresentado no Quadro 8.1.

QUADRO 8.1 – RESUMO DOS ESTUDOS DE SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO- FINANCEIRA SEGUNDO O PMSB - PERÍODO 2015-2034

Componentes Investimentos (R$) Despesas de Exploração (R$) Despesas Totais (R$) Receitas Totais (R$) Conclusões Água 18.740.000,00 135.317.544,67 154.057.544,67 137.273.826,31 A princípio, o sistema não é viável. Somente com readequação tarifária ou com a obtenção de repasses a fundo perdido, o sistema tornar-se-á viável isoladamente.

Esgoto 15.850.000,00 133.414.219,21 149.264.219,21 116.751.915,23

A princípio, o sistema não é viável. Somente com readequação tarifária ou com a obtenção de repasses a fundo perdido, o sistema tornar-se-á viável isoladamente. Resíduos Sólidos 10.477.535,00 16.987.350,00 27.464.885,00 - Atualmente não há receitas no sistema de resíduos sólidos assim, o sistema dependerá de recursos a fundo perdido para viabilização das proposições em função dos altos investimentos necessários.

Drenagem 45.983.000,00 9.466.522,20 55.449.522,20 -

A princípio, o sistema não é viável. É

necessária a criação de uma taxa pela prestação dos serviços e recursos a fundo perdido. TOTAIS 91.050.535,00 295.185.636,08 386.236.171,08 254.025.741,54

Nota DEX- valores brutos

A análise da sustentabilidade econômico-financeira de cada componente de forma isolada está de acordo com o artigo 29 da Lei 11.445/2007, que estabelece que os serviços públicos de saneamento básico tenham essa sustentabilidade assegurada, sempre que

possível, mediante a cobrança dos serviços da seguinte forma:

 abastecimento de água e esgotamento sanitário – preferencialmente na forma de tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para ambos conjuntamente;

 limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos – na forma de taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação de serviço ou de suas atividades;

 manejo de águas pluviais urbanas – na forma de tributos, inclusive taxas, em conformidade com o regime de prestação de serviço ou de suas atividades.

No caso específico de Monte Alto, as incidências porcentuais dos serviços são as seguintes, conforme apresentado no Quadro 8.2.

QUADRO 8.2 – INCIDÊNCIAS PORCENTUAIS DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO SEGUNDO O PMSB - PERÍODO 2015-2034 Componentes Investimentos (%) Despesas de Exploração (%) Despesas Totais (%) Conclusões Água 21% 46% 40%

Os investimentos em água são superiores àqueles de esgoto; as despesas de exploração são praticamente iguais, implicando uma % maior de despesa total.

Esgoto 17% 45% 39%

Verifica-se menor porcentagem de investimentos no sistema de esgotos, com despesas de exploração praticamente iguais as de água, implicando uma % ligeiramente menor de despesa total. Resíduos

Sólidos 12% 6% 7%

Os investimentos são inferiores aos anteriores. As despesas de exploração também são baixas, comparativamente aos sistemas de água e esgotos.

Drenagem 51% 3% 14%

Os investimentos previstos nesse sistema são muito altos, ocorrendo, no entanto, baixos custos de exploração relativamente aos outros sistemas.

TOTAIS 100% 100% 100%

Como conclusão, pode-se afirmar, com base nos dados desse PMSB de Monte Alto que as despesas totais em água e esgoto representam cerca de 79% dos serviços de saneamento. A representatividade para os serviços de resíduos sólidos e drenagem urbana atinge 9% do valor total previsto para exploração dos sistemas.

Os dados resultantes, com relação aos custos unitários dos serviços, em termos de investimentos e despesas de exploração, estão indicados no Quadro 8.3.

QUADRO 8.3 – RESUMO DE CUSTOS UNITÁRIOS DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO SEGUNDO O PMSB-PERÍODO 2015-2034 Componentes Custos Unitários Atuais (R$ /unidade) Custos Unitários Estimados (R$ /unidade) Despesas Totais (R$/domicílio/mês) Água 2,03/m³ faturado 2,31/m³ faturado 41,51 Esgoto 1,75/m³ faturado 2,29/m³ faturado 32,96 Resíduos Sólidos - 3,00/ hab/mês 9,00

Drenagem - 6,40/hab/mês 19,19

Como conclusões finais do estudo, tem-se:

 Os investimentos em água e esgoto representam apenas cerca de 38% dos serviços de saneamento, sendo que os de resíduos e drenagem representam juntos, mais de 60% do total previsto para investimento dos sistemas, do qual 51% são referentes ao sistema de drenagem;

 Em relação ao sistema de abastecimento de água, para que o mesmo seja sustentável, recomenda-se a readequação da tarifa média para um valor próximo ao estimado (2,31/m³ faturado), assim como uma reavaliação das despesas de exploração, visando a sua redução, o que consequentemente diminui as despesas totais;

 Em relação ao sistema de esgotos sanitários, para que o mesmo se torne sustentável também é recomendada a readequação da tarifa média praticada para um valor próximo ao estimado (2,29/m³ faturado), assim como a reavaliação das despesas de exploração, a fim de que as despesas totais sejam reduzidas;

 Os custos de resíduos sólidos estão num montante razoável pela adoção de solução individual; esse valor pode diminuir caso se adote um consórcio com outros municípios com disposição em unidades regionais;

 Recomenda-se a criação de uma taxa média mensal em torno de R$ 9,00/domicílio para a viabilização do sistema de resíduos sólidos conforme planejado;

 Os custos de drenagem também estão num montante razoável pela adoção de solução individual; esse valor pode diminuir em caso de adoção de uma política de serviços interligada no município, que permita um determinado sistema auxiliar outro, quando necessário.

 Para o sistema de drenagem ser sustentável, recomenda-se a criação de taxa de prestação dos serviços, de modo que haja uma receita, podendo essa taxa ser incluída em outras já existentes;

 Outra alternativa que pode tornar os sistemas viáveis (água, esgoto, resíduos e drenagem) é a obtenção de financiamento a fundo perdido para viabilização das proposições.

Ainda que seja recomendável a revisão de custos das despesas de exploração dos sistemas de água e esgotos para melhor adequação à nova realidade, os valores resultantes certamente deverão ser compatíveis com a capacidade de pagamento da população local.