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2015 Resumo do trabalho: As pesquisas de Kieckhoefel, tanto da monografia quanto da

RIGOR E ÁGUA

2015 Resumo do trabalho: As pesquisas de Kieckhoefel, tanto da monografia quanto da

dissertação, tomam como referência principal o estudo do memorial de Teresa Vergani. Na dissertação a autora aprofunda a discussão em busca de compreender quais significados e sentidos se manifestam da obra de Teresa, em educação matemática, quando tomada à luz de seu memorial. A autora realizou um levantamento dos livros de Vergani sobre educação matemática, a partir das informações fornecidas em seu memorial.

Título: Autoria: Natureza do trabalho: Ano:

Cognição e Criatividade na Investigação em História da Matemática: contribuições para a Educação Matemática

Iran Abreu Mendes Artigo publicado em Revista 2013 Resumo do trabalho: O artigo discute como a investigação histórica das ideias matemáticas pode ser utilizada como um agente de cognição na Matemática, suscitando a criatividade e trazendo também implicações na aprendizagem matemática escolar. Ao longo do texto problematiza como diversos matemáticos reuniram um conjunto de habilidades cognitivas para reinventar e ampliar princípios e explicações matemáticas. Defende a prática de investigação como um elemento subsidiário para a formação de um professor pesquisador de educação matemática.

Fragmento do trabalho que cita Teresa Vergani:

A investigação constitui-se, então, como uma aptidão que marca nossa característica humana no mundo, denominada por Teresa Vergani (2009) pela expressão a criatividade como destino, uma vez que o espírito investigador se constitui na mola propulsora da nossa razão de viver e conhecer, ou seja, nossa contínua busca de resposta para tudo. Essa estratégia pode conduzir o estudante a um amadurecimento mental que poderá torná-lo mais autônomo e consciente da sua capacidade de apostar na curiosidade e na possibilidade de buscar o conhecimento por meio da investigação. Quando essa abordagem é baseada nas informações históricas da matemática, pode constituir- se em uma fonte geradora do conhecimento matemático escolar, ou seja, quando empreendida em sala de aula pode implicar em uma aprendizagem com significado e se materializa por meio de atividades centradas no desenvolvimento histórico dos conceitos matemáticos (MENDES, 2009b).

Título: Autoria: Natureza do trabalho: Ano:

Da ciência como

território à ciência como nomadismo

Maria da Conceição de

Almeida Artigo publicado em Revista 2015 Resumo do trabalho: A autora discute uma concepção de ciência como território e propõe uma ciência como nomadismo. Esta faz uso do princípio da incerteza, se desloca e ultrapassa as fronteiras de sua especialidade, em contrapartida o intelectual nômade inventa e projeta novos caminhos.

Fragmento do trabalho que cita Teresa Vergani:

Numa “escuta feita de imaginação liberta e de reflexão atenta” a matemática, teóloga e artista plástica Teresa Vergani expõe o que há de rigor, sabedoria, arte e geometria nas cartografias da alma angolana, como de resto em toda alma humana. Nas palavras de Vergani, trata-se de uma “coesão unificante da origem, um conhecimento vasto e despojado onde a ideia é sensibilidade, o pensamento emoção e a estética fundamentalmente lógica” (VERGANI, 1993).

Observando o quadro apresentado anteriormente, damo-nos conta que os títulos e trechos citados, em sua maioria correspondem a produções sobre etnomatemática. Isto pode ser entendido pelo fato de a autora reali- zar pesquisa sobre diversidade cultural e ao longo do tempo ter se debruça- do sobre os estudos de diferentes modelos culturais matemáticos frutos de práticas sociais diversas e estratégias distintas de pensar o mundo. São as reflexões epistemológicas da construção do pensamento matemático em função das diversidades históricas e culturais as quais Vergani teve acesso, que trazem argumentos e proposições para os estudiosos desta temática.

O livro Educação etnomatemática: o que é? registra orientações, in- formações e argumentos sobre este ramo do conhecimento. Por isso, este é um material de base para os estudos nesta área. No entanto, outras pro- duções de Teresa, mesmo não trazendo de forma tão incisiva o termo et- nomatemática, trazem aspectos desta área que é definida e apresentada por Ubiratan D’Ambrosio como “As matemáticas praticadas pelas distintas culturas e por povos diferentes nas várias épocas da história, e por muitos ainda hoje praticadas, são etnomatemática” (p. 51).

Esta nova área passa a ser reconhecida de forma “oficial” por volta de 1984, quando o professor D’Ambrosio, imerso nos estudos de Antropo- logia e História Comparativa passou a utilizar “o termo etnomatemática, pela primeira vez, no V Congresso Internacional de Educação Matemática na cidade de Adelaide, Austrália” (MONTOITO, 2009, p. 76). A matemática assume assim seu caráter transdisciplinar, situada nas dimensões cognitivas, sociais e culturais.

Nos livros O zero e os infinitos (1991) e Excrementos do sol (1995) e de acordo com Mendes (2017) na sua tese de doutorado intitulada Analyse

numerique desideo grammes Tshokwe de L’Angola: expressions symboliques

du nombre dans uns culture traditionnelle Africaine, defendida em 1983, as

discussões da autora a respeito das intersecções entre a antropologia cog- nitiva, educação matemática e intercultural e suas pesquisas sobre práti- cas matematizantes socioculturais convergem, dialogam e se aproximam dos estudos sobre etnomatemática. Porém, apesar dessas ideias estarem

presentes em seus escritos, a autora só passa a utilizar o termo com a pu- blicação do Educação Etnomatemática: o que é? A expressão etnomate- mática foi ao longo do tempo sendo disseminada e estudada por diversos pesquisadores e como consequência muitas definições foram surgindo, o que gerou uma certa polifonia ou mesmo uma abertura na definição. Te- resa confessa que não se sentia muito à vontade com a designação des- ta palavra, porém reconhece a importância e a valorização que recebeu quando de sua nomeação:

Sinto-me pouco à vontade porque a etologia ‘nasceu’ com os co- lonialismos e, aos nossos ouvidos europeus, a palavra “etno” ain- da lembra (mais ou menos conscientemente) “nativos” ou “indí- genas”. A distância que separa estes vocábulos do conceito de “indigentes” é, no contexto ocidental, bem reduzida...

Mas foi sob esta designação que a nova área acedeu ao “direito de cidadania”: mais vale possuir um nome do que não ser nomea- da e permanecer inexistente aos olhos dos que traçam hoje rumos das mudanças educacionais exigidas por uma sadia integração na contemporaneidade (VERGANI, 2007, p. 24).

Outros temas podem ser elencados a partir dos trabalhos apresenta- dos anteriormente, como cultura, cognição, linguagem, criatividade. Estas temáticas discutidas por Teresa Vergani servem de referência importante para embasar os argumentos dos materiais destacados no quadro.

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