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A revisão sob a ótica das autoras

No documento Revisão de textos: da prática à teoria (páginas 141-159)

Com o propósito de complementar os diálogos expostos e fazer uma avaliação de minha prática como revisora, pedi que Amália, Odete e Beatriz comentassem em que medida as minhas intervenções forma construtivas para elas, ou se, pelo contrário, lhes causaram alguma dificuldade ou constrangimento. Com isso, eu objetivava conhecer a visão delas sobre o processo de revisão na perspectiva em que trabalho. Conforme os trechos das conversas anteriormente transcritos e os depoimentos a seguir, elas consideraram muito produtivos nossos encontros para discussão do texto, pois além de se atualizarem sobre deter- minados aspectos linguísticos puderam enriquecer seus textos sem terem se sentido constrangidas em nenhum momento.

Amália: Eu achei fantástico, porque realmente há certas coisas que a gente escreve, que não vê, que não percebe, né? Como erros de concordância, de regência, de coerência do texto, por exemplo. Enfim, várias, várias coisas que o revisor mostra. O trabalho dele é este: alertar para essas coisas. Outro aspecto também que eu gostei no seu trabalho especificamente é que você respeitou muito a parte do estilo, da narrativa. Muitas vezes eu escrevo com digressões, e você achou que eu poderia mantê-las, e eu sei que existem revisores que interferem nessa questão e eu sou contra isso. Eu acho que tem de respeitar a parte estilística. E isso foi fantástico. Aprendi muito, inclusive, porque há acentos que já caíram, outros que ainda estão em uso e

eu não sabia. Enfim, foi um aprendizado (grifos meus).

Odete: Eu acho ótimo, primeiro, porque realmente o revisor vê, aponta falhas que a gente que está escrevendo não percebe. Só quem revisa mesmo percebe. Com o conhecimento que você tem, com a prática que você tem de revisão, né, você percebe coisas que passam totalmente despercebidas. E, segundo, com você particularmente, eu acho ótimo porque você sugere termos e

emenda algumas coisas que enriquecem muito, melhoram bastante o texto (grifos meus).

Beatriz: Foi maravilhoso. Eu cresci bastante. Apesar de que têm ainda alguns problemas no meu texto, né? [...] Esses encontros

individuais para discutir o texto também são muito importantes

porque a gente vê que alguns erros tão nítidos, que a senhora

aponta, poderiam ser percebidos se nós mesmos relêssemos,

revisássemos nossos textos (grifos meus).

Essas constatações reforçam a tese da importância da interação entre autor e revisor para que este, usando seus conhecimentos e experiência, possa auxiliar aquele a dar os ajustes finais a seu texto. Para tanto, o revisor precisa realizar uma leitura crítica do texto com que trabalha assim como compreender os posicionamentos axiológicos e a entonação apreciativa do autor estabelecendo uma relação de empatia. Nesse sentido, é importante o revisor mostrar a necessidade de o autor também buscar certo distanciamento de seu texto de modo a poder lê-lo criticamente, em um movimento exotópico, de fora, a exemplo de seus potenciais leitores.

Conforme já exposto, é necessário, por parte do revisor, reconhecer que os materiais com os quais ele trabalha no dia a dia estão inseridos nos gêneros mais diversos. Estes, por sua vez, são constituídos de temas, construções composicionais e estilos que, embora geralmente submetidos às imposições linguísticas e sociais que permeiam todo ato de dizer, também podem ser flexíveis, dependendo do espaço-tempo, do destinatário, da situação discursiva, o que implica considerar as condições de produção, circulação e recepção. Por conseguinte, para o trabalho de revisão, não basta que os profissionais dominem a língua como sistema para corrigirem os lapsos gramaticais no texto; é preciso também que adotem uma atitude compreensiva em relação aos valores que orientam as escolhas das formas dadas ao conteúdo do texto.

Ao longo deste livro, em que procurei compreender como se processa a atividade de revisão de textos a partir da descrição e análise dos discursos de profissionais, tracei como objetivo central entender o que significa ser um revisor de texto, seja na esfera editorial, seja na esfera escolar e universitária. Para tanto, busquei, nos manuais e nas entrevistas, pistas que permitissem responder como os profissionais encaram os conhecimentos exigidos ao seu trabalho, de que modo utilizam os instrumentos/ apoios e as novas tecnologias para revisar um texto e como se dá a relação entre eles e o(s) autor(es).

Na tentativa de responder a tais questões, levei em conta “as condições práticas das situações concretas em que se espera a teoria seja aproveitada” (RAJAGOPALAN, 2006, p. 159), ou seja, procurei uma teoria que se moldasse às especificidades das ati- vidades de revisão de textos concretamente realizadas. No caso deste livro, parti de situações vivenciadas por sujeitos sociais que atuam na profissão, para assim estabelecer a relação entre a prática e a teoria e discutir uma teorização que as integrasse.

Conforme mostram os revisores em manuais e entrevistas, bem como o relato de minha experiência, a revisão é uma ati- vidade complexa que pressupõe não apenas o conhecimento da língua mas também de práticas socioverbais em diversas esferas da vida humana, considerando-se as transformações pelas quais passam a sociedade e a linguagem no mundo contemporâneo. Com efeito, esse mundo exige uma redefinição qualitativa do papel do revisor, não podendo esse profissional se restringir aos mesmos procedimentos e às mesmas concepções de revisão

de épocas anteriores. As mudanças de ordem científica, tecno- lógica e sociocultural, ocorridas nas últimas décadas, pedem que profissionais e instituições ampliem seus conhecimentos e práticas para acompanhá-las.

Nesse sentido, o revisor precisa estar sempre atento às transformações e adequações por que passa seu material de trabalho: o texto, que pode se apresentar em diversos gêneros, elaborados pelas mais diferentes pessoas e instituições, nas variadas áreas de conhecimento e de atuação, daí a necessi- dade de o revisor estar sintonizado com o mundo da escrita, de considerar suas peculiaridades sociais e discursivas. A familiaridade com a escrita se faz necessária até mesmo nos discursos orais, como, por exemplo, anúncios publicitários, notícias e reportagens veiculados em rádios e telejornais, os quais, antes de serem expostos ao público, passam pelo processo de escrita. Isso mostra a necessidade de o revisor compreender as singularidades dos diversos gêneros discursivos que circulam nas diferentes esferas das atividades humanas, muitas vezes transmutando-se, intercalando-se, ajustando-se.

Consideradas essas características, é possível concluir que a atividade de revisão vai além da correção das normas gramaticais, uma vez que os profissionais atentariam também para as condições concretas de produção, recepção e circulação do texto em foco. Desse modo, analisariam, primeiramente, nos enunciados, a concatenação das ideias, as relações de sen- tido, o endereçamento do texto, a alternância dos sujeitos do discurso, para depois tratarem de elementos pontuais como os ortográficos, os sintáticos, os semânticos, pois o procedimento inverso poderia descaracterizar a entonação apreciativa do autor ou das outras vozes que ele orquestra. Seguindo esse percurso, os aspectos estruturais seriam o ponto de chegada no processo de revisão, sendo os aspectos discursivos o ponto de partida, conforme propõem Bakhtin/Volochinov (1990) para a análise linguística.

Esses aspectos da ordem do discurso estão relacionados com os posicionamentos e as visões de mundo do autor e sua imagem de destinatário, que só podem ser observados se se olhar o texto primeiramente em uma situação concreta de interação, sempre permeada pelas posições axiológicas em diversos graus de convergência e divergência. Para tanto, leva-se em consideração quem escreve e para quem, o que remete à alteridade e à alternância de sujeitos do discurso; de que lugar se escreve, o que remete à(s) esfera/área/atividade e ao espaço- tempo; como se escreve, o que remete ao gênero discursivo e seu enquadramento ou transformação. Em seguida, volta-se para a superfície textual, revisando os aspectos gramaticais e notacionais assim como a estrutura composicional. Isso, sem deixar de considerar as diversas formas que podem ser dadas ao tema e que podem variar de acordo com o autor, a área em que o texto é produzido, para quem está direcionado, entre outros aspectos que constituem a arquitetônica discursiva.

Para que a revisão de textos aconteça desse modo, é fundamental que a interação entre o revisor e o autor ocorra estabelecendo-se entre eles uma relação de respeito, o que não implica subserviência, mas uma “[...] compreensão simpática [...] ativismo que vem de fora e visa ao mundo interior do outro” (BAKHTIN, 2003, p. 94). Ao assumir essa posição exotópica, assim como estimular o autor a adotar essa mesma postura de distanciamento, o que lhe permitiria analisar criticamente seu próprio texto, o revisor pode discutir com o autor os aspectos discursivos, além dos notacionais e gramaticais.

Estabelecida a relação dialógica entre ambas as partes, que pode ser de acordo ou de desacordo, a troca de conhecimentos – ora do revisor com o autor, ora do autor com o revisor –, é fundamental. Com essa interação, tanto um quanto outro podem preservar seus pontos de vista, o que, repito, é necessário, porque durante o trabalho de revisão muitas vezes ocorrem situações em que o revisor lê textos bastante problemáticos em relação

ao discurso, ou seja, à vontade discursiva dos autores cujas soluções precisam ser construídas na discussão com eles. Os diálogos entre os revisores, transcritos neste livro, evidenciam como pode ser produtiva a interação entre o revisor e o autor, apontando a responsabilidade de ambos no processo de revisão, para o acabamento do texto.

Diante do que foi exposto e discutido ao longo deste livro, considero que os conceitos de interação, gêneros do discurso, alteridade e exotopia, do Círculo de Bakhtin, ajudam a preencher as lacunas teórico-metodológicas dos preceitos gramaticais, assim como auxiliam os profissionais a enfrentar os anseios, conflitos e dúvidas comumente presentes na prática de revisão de textos tanto na esfera escolar e universitária quanto nas extraescolares. Melhor dizendo: essa perspectiva dialógica oferece uma luz à lacuna existente no conjunto das produções já elaboradas sobre a temática, orientadas principalmente pelas normas das gramáticas tradicionais, dos manuais e materiais afins. Nesse sentido é que, não desprezando a importância dos aspectos linguísticos, aponto a necessidade de serem conside- rados também os aspectos discursivos no processo de revisão, o que implica o tratamento da linguagem como discurso e não como sistema, a compreensão dos gêneros discursivos em seus diversos contextos espaçotemporais e a necessidade da interação socioverbal no processo de revisão.

Por fim, espero ter alcançado o objetivo de apresentar um olhar diferente para a atividade de revisão de textos que possibilite a discussão e a abertura para outros estudos em uma área ainda pouco explorada, a saber: a questão da (in)visibilidade do revisor e seu papel mediador no acabamento de diversos textos; o problema dos aspectos institucionais e normativos, quer formais, quer informais, que regem o trabalho do revisor no seu dia a dia; o (des)entendimento do trabalho de revisão como profissão de média importância; o uso da revisão como recurso metodológico nas atividades de leitura e produção de

textos na escola e na universidade, entre outros. Confio, em suma, que este livro estimule outros trabalhos relacionados com a atividade de revisão que deem respostas à vida contemporânea, seja na esfera pública, seja na esfera privada.

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