• Nenhum resultado encontrado

EM S AVANA A MAZÔNICA

5.2. Modos reprodutivos e Cuidado parental

5.5.4. Rhinella margaritifera

Para R. margaritifera, a Tabela 11 sumariza o comportamento reprodutivo, número de observações e frequência de ocorrência para os machos de R. margaritifera registrado na Savana arbórea.

Tabela 11 – Comportamento reprodutivo, número de observações e frequência de ocorrência para

os machos de R. margaritifera registrado na Savana parque, durante o período de janeiro a dezembro de 2013.

Comportamento reprodutivo Número de observações Frequência (%)

Movimentos circulares 67 23.1

Vibração do corpo 65 22.4

Postura ereta 63 21.7

Vibração dos braços 58 20.0

Exibição da região gular 37 12.8

A análise de agrupamento (Coeficiente de correlação cofenético = 0,9355) permitiu visualizar quatro agrupamentos para o comportamento reprodutivo de R. margaritifera (Figura 10).

Figura 10 – Análise de agrupamento (Cluster) do comportamento reprodutivo de Rhinella

margaritifera (Savana arbórea), durante o período de janeiro a dezembro de 2013, registrado na Savana amapaense.

Os sinais visuais foram exibidos principalmente em contextos reprodutivos, aumentando a probabilidade dos machos de atrair fêmeas reprodutivas, e em encontros agonísticos (Preininger et al. 2009). Para Hödl & Amézquita (2001), um sinal é considerado visual quando o evento comportamental (1) gera um efeito visual durante uma interação intra ou interespecífica, (2) é repetitivo, conspícuo e estereotipado e (3) provavelmente provoca uma resposta imediata. Muitos anuros podem empregar posturas estereotipadas e exibições visuais, além da comunicação acústica como sinais de ameaça (Pombal Jr. et al. 1994). Neste sentido, muitos comportamentos complexos têm sido descritos e cada vez mais se busca compreender o papel das interações sociais neste grupo (Hartmann et al. 2004, Giasson & Haddad 2007).

Em alguns casos, a evolução dos sinais visuais pode ser favorecida pela pressão das condições ambientais (Hödl & Amézquita 2001) e, alguns estudos demonstraram que os sinais visuais são usados em diferentes contextos sociais (Barros & Feio 2011, Lipinski et al. 2012), indicando que a sinalização visual é diversificada e tem evoluído de forma independente em diversas famílias de anuros (Hödl & Amézquita 2001).

No caso dos anuros noturnos, que participam de coros durante a atividade reprodutiva, o intenso barulho da vocalização simultânea de um grande número de machos pode estar relacionado com o aparecimento de sinais visuais. O uso de sinais visuais também pode estar diretamente relacionado aos modos reprodutivos (Wogel & Pombal Jr. 2007).

Para L. fuscus, os comportamentos de postura ereta e imóvel, a elevação do corpo e as características dos ninhos de espuma construídos em câmaras subterrâneas nos momentos que antecedem a corte podem representar um critério de seleção pelas fêmeas. O comportamento reprodutivo sugere que a escolha dos machos pelas fêmeas de L. fuscus pode ser feito de três maneiras não excludentes: (1) através da vocalização; (2) características das câmaras subterrâneas. Essas características foram registradas por Martins (1988) em lagoa temporária e por Lucas et al. (2008) e De-Carvalho et al. (2008) para L. fuscus em área de Cerrado, e parecem ser comuns para as espécies de leptodactlídeos (e.g. Leptodactylus furnarius, L. troglodytes e L. mystacinus) que constroem ninhos de espuma em câmaras subterrâneas próximas a corpos d’água (Kokubum & Sousa 2008, Silva & Giaretta 2008, Azarak 2012).

Para P. hypochondrialis, o comportamento de exibição dos membros está relacionado primariamente com a localização dos machos pelas fêmeas (Hartmann et al. 2005). Os sinais visuais exibibidos garantem a localização dos machos e o sucesso

reprodutivo, especialmente quando o amplexo ocorre em poleiros acima dos corpos

d’água. Como desova ocorre sobre folhas pendentes em corpos d’água, esses sítios

reprodutivos devem ser guardados pelos machos, já que folhas mais bem posicionadas podem significar garantia de que a desova caia integralmente dentro da água, assegurando a sobrevivência dos girinos. Nesse caso, os sinais visuais podem ser importantes fatores de manutenção de espaço entre os machos, deixando-os visíveis e facilitando a sua localização pelas fêmeas reprodutivas (Hartmann et al. 2005).

Os movimentos circulares e andando e saltando exibidos por H. punctatus foi realizado nos momentos em que o macho se aproxima de fêmeas reprodutivas e foi observado sempre acompanhado do canto de anúncio. A associação entre o canto de anúncio e a ocorrência de sinais visuais foi também registrada por Caldart et al. (2014) sugerindo que, além do comportamento reprodutivo, pode ser exibido em interações agonísticas. Em H. punctatus, o macho pode dar pequenos saltos para qualquer direção, sempre voltando ao mesmo lugar, ou pequenos passos em direção a fêmea. De acordo com Wells (1980) e Juncá et al. (1994) estes movimentos são extremamente visíveis e realizados durante o início da corte.

As vibrações corporais e elevação dos braços foram observadas apenas para R. margaritifera. De acordo com Narins (1990), as vibracões do corpo e os movimentos dos membros podem estar relacionadas com a comunicação sísmica, podendo ocorrer simultaneamente com os sinais visuais. O comportamento de produzir sinais sísmicos descritos aqui, representa um potencial modo de sinalização visual que pode ser importante para os anuros terrestres que se comunicam sobre a superfície da água (Forti & Encarnação 2012).

No caso dos machos de R. margaritifera que formam agregações reprodutivas em poças temporárias, o intenso barulho da vocalização simultânea de um grande número de machos está relacionado com o aparecimento de sinais visuais. Essa hipótese é sustentada, pois o barulho do coro pode reduzir a habilidade da fêmea em discriminar o canto de machos coespecíficos (Hödl & Amézquita, 2001; Hartmann et al., 2005). Dessa maneira, os sinais visuais facilitam a localização dos indivíduos da mesma espécie a curtas distâncias, diminuindo o risco de predação (Hartmann et al. 2005).

A exibição da região gular e do saco vocal presente no comportamento reprodutivo das três espécies de anuros registradas na Savana amapaense está relacionado ao comportamento de corte e territorialidade exibida pelos machos (Hartmann et al. 2005, Hirschmann & Hödl 2006). Estes comportamentos estão de acordo com o postulado por

Wells (1978, 1980) que verificou que a alteração de coloração da região gular e exibição do saco vocal apresenta relação com à territorialidade exibida pelos machos e na diferenciação de machos residentes e de machos satélites. As fêmeas por sua vez, têm poucas oportunidades de escolha de machos em agregações explosivas, pois são interceptadas logo que chegam aos sítios reprodutivos (Wells 2007).

Considerando que a maioria dos estudos sobre os sinais visuais são realizados nas interações entre os machos, outros estudos, incluindo informações sobre os sinais visuais utilizados pelas fêmeas são necessários. A combinação de atributos ecológicos relacionados com a diversidade de sinais visuais exibidos pelos anfíbios anuros fornece dados essenciais para compreensão das estratégias reprodutivas e interações sociais, subsidiando estratégias de conservação, de modo a satisfazer os requisitos necessários para a manutenção da diversidade do grupo.

Cabe então enfatizar que, devido a essas características comportamentais e reprodutivas peculiares, os anuros são organismos-modelo para estudos de diversos aspectos dehistória natural, principalmente sinais visuais relacionados ao comportamento reprodutivo (Prado et al. 2002). Apesar das espécies registradas na Savana amapaense apresentarem um repertório de sinais visuais semelhantes, é plausível a hipótese de que o sistema de comunicação destas espécies seja limitado por pressões seletivas e ambientais registradas nas fitofisionomias.

Acreditamos que nossos resultados sobre a riqueza e composição de espécies, ecologia de comunidades e comportamento reprodutivo aplicados a história natural, possam ser úteis em ações conservacionistas, além de encorajar futuros estudos com as espécies de anuros de áreas de Savana

6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Aguiar,L.M.S., Machado,R.B.&Marinho-Filho, J. 2004. A diversidade biológica do Cerrado. In: Cerrado: ecologia e caracterização (Org. por L.M. Aguiar & A.J.A. Camargo), pp.17-40. Brasília: Embrapa Cerrados.

Alvares, C.A.,Stape,J.L.,Sentelhas,P.C.,Gonçalves,J.L.M.&Sparovek,G. 2013.

Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22 (6),

711-728.

Arak, A. 1983. Male-male competition and mate choice in anuran amphibians. In: Mate Choice (Org. por P. Batenson), pp. 181-210. Cambridge: Cambridge Universitu Press.

Ayres, M., Ayres Jr., M.A., Ayres, D.L. & Dos Santos, A.S. 2007. BioEstat: aplicações estatísticas nas áreas das ciências biológicas e médicas. Belém: Publicações Avulsas Mamirauá.

Barbosa, R.I., Nascimento, S.P., Amorim, P.A.F. & Silva, R.F. 2005. Notas sobre a composição arbóreo-arbustiva de uma fisionomia das savanas de Roraima, Amazônia Brasileira. Acta Botanica Brasilica, 19 (2), 323-329.

Barros, A.B. & Feio, R.N. 2011. Visual communication in Scinax maracaya (Cardoso & Sazima, 1980) (Anura: Hylidae) at the Serra da Canastra National Park, southeastern Brazil. Herpetology Notes, 4: 103-104.

Bertoluci, J. & Rodrigues, J.T. 2002. Seasonal patterns of breeding activity of Atlantic Rainforest anurans at Boracéia, Southeastern Brazil. Amphibia-Reptilia, 23 (2), 161- 167.

Bitar, Y.O.C., Pinheiro, L.P.C., Abe, P.S., Santos-Costa, M.C. 2012. Species composition and reproductive modes of anurans from a transitional Amazonian forest, Brazil. Zoologia, 29 (1), 19-26.

Caldart, V.M., Iop, S., Cechin, S.Z. 2014. Social interactions in a neotropical stream frog reveal a complex repertoire of visual signals and the use of multimodal communication. Behaviour, 151: 719-739.

Castro, D.P., Borges-Leite, M.J., Lima, D.C. & Borges-Nojosa, D.M. 2013. Parental care in two species of Leptodactylus Fitzinger, 1826 (Anura, Leptodactylidae) in north-eastern Brazil. Herpetology Notes, 6, 267-269.

Conte, C.E. & Rossa-Feres, D.C. 2007. Riqueza e distribuição espaço-temporal de anuros em um remanescente de Floresta com Araucária no sudeste do Paraná. Revista Brasileira de Zoologia, 24, 1025-1037.

Conte, C.E., Silva, D.R., Rodrigues, A.P. 2013. Anurofauna da bacia do Rio Tijuco, Minas Gerais, Brasil e sua relação com taxocenoses de anfíbios do Cerrado e suas transições. Iheringia, 103 (3), 280-288.

Costa, W.P., Almeida, S.C. & Jim, J. 2013. Anurofauna em uma área na Depressão Periférica, no centro-oeste do estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica, 13 (2), 163-174.

Crawford, J.A., Shepard, D.B. & Conner, C.A. 2009. Diet composition and overlap between recently metamorphosed Rana areolata and Rana sphenocephala: implications for a frog of conservation concern. Copeia, 2009 (4), 642-646.

Crump, M.L. 1974. Reproductive strategies in a tropical anuran community. University of Kansas, Museum of Natural History, Miscellaneous Publications, 61, 1-68.

Crump, M.L. & Scott, N.J.J. 1994. Visual encounter surveys. In: Measuring and monitoring biological diversity: standard methods for amphibians (Org. por W.R. Heyer., M.A. Donnelly., R.W. McDiarmid., L.A.C. Hayek & M.S. Foster), pp. 84-92. Washington: Smithsonian Institution Press.

Crump, M.L. 1995. Parental Care. In: Amphibian Biology, Volume 2: Social Behavior (Org. por H. Heatwole & B.K. Sullivan), pp. 519-522. Australia: Surrey Beatty & Sons.

De Sá, R.O., Brandão, R.A. & Guimarães, L.D. 2007. Description of the tadpole of Leptodactylus pustulatus Peters 1870 (Anura: Leptodactylidae). Zootaxa, 1523, 49-58. Del Lama, F., Rocha, M.D., Andrade, M.A. & Nascimento, L.B. 2011. The use of photography to identify individual tree frogs by their natural marks. South American Journal of Herpetology, 6 (3), 198-204.

Delia, J., Cisneros-Heredia, D.F., Whitney, J, & Murrieta-Galindo, R. 2010. Observations on the Reproductive Behavior of a Neotropical Glassfrog, Hyalinobatrachium fleischmanni (Anura: Centrolenidae). South American Journal of Herpetology, 5 (1), 1-12.

Doody, J. S. 1995. A photographic mark-recapture method for patterned amphibians. Herpetological Review, 26 (1), 19-21.

Emlen, S.T. & Oring, L.W. 1977. Ecology, sexual selection and evolution of mating sistems. Science, 197, 215-223.

Forti, L.R. & Encarnação, L.C. 2012. Water-wave production in the Neotropical frogs Physalaemus albonotatus and Pseudopaludicola mystacalis: a seismic signal? Salamandra, 48 (3), 181-184.

Gambale, P.G., Woitovicz-Cardoso, M., Vieira, R.R., Batista, V.G., Ramos, J. & Bastos, R.P. 2014. Composição e riqueza de anfíbios anuros em remanescentes de Cerrado do Brasil Central. Iheringia, 104 (1), 50-58.

García, C.G., Lescano, J.N. & Leynaud, G.C. 2013. Oviposition-site selection by Phyllomedusa sauvagii (Anura: Hylidae): An arboreal nester inhabiting arid environments. Acta Oecologica, 51, 62-65.

Giasson, L.O.M. & Haddad, C.F.B. 2007. Mate choice and reproductive biology of Hypsiboas albomarginatus (Anura: Hylidae) in the Atlantic Forest, southeastern Brazil. South American Journal of Herpetology, 2: 157-164.

Goottsberger, B. & Gruber, E. 2004. Temporal partitioning of reproductive activity in a Neotropical anuran community. Journal of Tropical Ecology,20, 271-280.

Gosner, K.L. 1960. A simplified table for staging anuran embryos and larvae with notes on identification. Herpetologica, 16, 183-190.

Gotelli, N. & Colwell, R.K. 2001. Quantifying biodiversity: Procedures and pitfalls in the measurement and comparison of species richness. Ecology Letters, 4, 379-391. Gotelli N.J. & Entsminger, G.L. 2005. EcoSim: Null Models Software for Ecology.

Version 7.72. Encontrado em 10 de setembro de de 2013. http://together.net/~gentsmin/ecosim.htm

Griffin, J.N. & Silliman, B.R. 2011. Resource partitioning and why it matters. Nature Education Knowledge, 2, 8.

Haddad, C.F.B. & Prado, C.P.A. 2005. Reproductive modes in frogs and their unexpected diversity in the Atlantic forest of Brazil. BioScience, 55 (3), 207-217. Hammer, O., Harper, D.A.T. & Rian, P.D. 2001. Past: Palaeonthological statistics

software package for education and data analysis. Version. 1.37. Encontrado em 12 de novembro de 2012. http://palaeo-electronica.org/2001_1/past/issue1_01.htm

Hartmann, M.T., Giasson, L.O.M., Hartmann, P.A. & Haddad, C.F.B. 2005. Visual communication in Brasilian species of anurans from the Atlantic forest. Journal of Natural History, 39, 1675-1685.

Heyer, W.R., Donnelly, M.A., Mcdiarmid, R.W., Hayek, L.C. & Foster, M.S. 1994. Measuring and monitoring biological diversity: standard methods for amphibians. Washington: Smithsonian Institution.

Hirschmann, W. & Hödl, W. 2006. Visual signaling in Phrynobatrachus krefftii Boulenger, 1909 (Anura: Ranidae). Herpetologica, 62, 18-27.

Hödl, W. 1990. Reproductive diversity in Amazonian lowland frogs. Fortschritte der Zoologie, 38, 41-60.

Hödl, W. & Amézquita, A. 2001. Visual signaling in anuran amphibians. In: Anuran communication (Org. por M.J. Ryan), pp. 121-141. Washington: Smithsonian Institution Press.

Howard, R.D. 1978. The evolution of mating strategies in bullfrogs, Rana catesbeiana. Evolution, 32 (4), 850-871.

Juncá, F.A., Altig, R. & Gascon, C. 1994. Breeding biology of Colostethus stepheni, a dendrobatid frog with a nontransported nidicolous tadpole. Copeia, 1994: 747-750.

Kokubum, M.N.C. & Souza, M.B. 2008. Reproductive ecology of Leptodactylus aff. hylaedactylus (Anura, Leptodactylidae) from an open area in Northern Brazil. South American Journal of Herpetology, 3 (1), 15-21.

Kopp, K., Signorelli, L. & Bastos, R.P. 2010. Distribuição temporal e diversidade de modos reprodutivos de anfíbios anuros no Parque Nacional das Emas e entorno, estado de Goiás, Brasil. Iheringia, 100 (3), 192-200.

Krebs, C.J. 2014. Ecological methodology. 3a ed. Vancouver: University of British Columbia.

Lehner, P. 2003. Handbook of ethological methods. 2a ed. Cambridge: University of Cambridge.

Lipinski, V.M., Caldart, V.M. & Iop, S. 2012. Visual communication in Hypsiboas curupi (Anura: Hylidae) at Parque Estadual do Turvo, southern Brazil. Phyllomedusa, 11 (1): 71-74.

Lucas, E.M., Brasileiro, C.A., Oyamaguchi, H.M. & Martins, M. 2008. The reproductive ecology of Leptodactylus fuscus (Anura, Leptodactylidae): new data from natural temporary ponds in the Brazilian Cerrado and a review throughout its distribution. Journal of Natural History, 42, 2305-2320.

Maffei, F., Ubaid, F.K. & Jim, J. 2011. Anurans in an open cerrado area in the municipality of Borebi, Sao Paulo state, Southeastern Brazil: habitat use, abundance and seasonal variation. Biota Neotroprica, 11, 221-233.

Martins, I.A. 2001. Parental care behaviour in Leptodactyulus podicipinus (Cope, 1982) (Anura, Leptodactylidae). Herpetological Journal, 11, 29-32.

Melém-Júnior, N.J., Farias-Neto, J.T. & Yokomizo, G.K.I. 2003. Caracterização dos Cerrados do Amapá. Comunicado Técnico Embrapa, 105, 1-5.

Melo, G.V., Rossa-Feres, D.C. & Jim, J. 2007. Variação temporal no sítio de vocalização em uma comunidade de anuros de Botucatu, Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica, 7 (2), 93-102.

Miranda, I.S., Absy, M.L. & Rebêlo, G.H. 2003. Community Structure of Woody Plants of Roraima Savannahs, Brazil. Plant Ecology, 164, 109-123.

Narins, P.M. 1990. Seismic communication in anuran amphibians. Bioscience, 40, 268- 274.

Pombal Jr., J.P., Sazima, I. & Haddad, C.F.B. 1994. Breeding behavior of the pumpkin toadlet, Brachycephalus ephippium (Brachycephalydae). Journal of Herpetology, 28, 526-519.

Pombal Jr., J.P. 1997. Distribuição espacial e temporal de anuros (Amphibia) em uma poça permanente na Serra de Paranapiacaba, sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Biologia, 57, 583-594.

Pombal Jr., J.P. & Haddad, C.F.B. 2005. Estratégias e modos reprodutivos de anuros (Amphibia) em uma poça permanente na Serra de Paranapiacaba, Sudeste do Brasil. Papéis avulsos de zoologia, 45 (15), 201-213.

Pombal Jr., J.P. & Haddad, C.F.B. 2007. Estratégias e modos reprodutivos em anuros. In: Herpetologia no Brasil II (Org. por L.B. Nascimento., P.M.E. Oliveira), pp. 101- 116. Belo Horizonte: Sociedade Brasileira de Herpetologia.

Prado, C.P.A., Uentanabaro, M. & Haddad, C.F.B. 2002. Description of a new reproductive mode in Leptodactylus (Anura, Leptodactylidae), with a review of the reproductive specialization toward terrestriality in the genus. Copeia, 2002 (4), 1128- 1133.

Prado, C.P.A.; Uetanabaro, M. & Haddad, C.F.B. 2005. Breeding activity patterns, reproductive modes, and habitat use by anurans (Amphibia) in a seasonal environment in the Pantanal, Brasil. Amphibia-Reptilia, 26, 211-221.

Prado, G.M. & Pombal Jr. J.P. 2005. Distribuição espacial e temporal dos anuros em um brejo da Reserva Biológica de Duas Bocas, sudeste do Brasil. Arquivos do Museu Nacional, 63 (4), 685-705.

Preininger, D., Boeckle, M., & Hodl, W. 2009. Communication in noide enviroments II: Visual signaling behavior of male foot flagging frogs Staurois latopalmatus. Herpetologica, 65 (2), 166-173.

Rabelo, B.V., Pinto, A.C., Simas, A.P.S.C., Tardin, A.T., Fernandes, A.V., Souza, C.B., Monteiro, E.M.P.B., Facundes, F.S., Ávila, J.E.S., Souza, J.S.A., Costa- Guedes, L.A., Penha, O.A.A., Melo, R.M.S. & Gibson, V.M. 2008. Macrodiagnóstico do Estado do Amapá: primeira aproximação do ZEE. Macapá: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA). Rodrigues, A.P., Giaretta, A.A., Silva, D.R. & Facure, K.G. 2011. Reproductive

features of three maternal-caring species of Leptodactylus (Anura: Leptodactylidae) with a report on alloparental care in frogs. Journal of Natural History, 45, 33-34.

Santos, E.M. & Amorim, F.O. 2006. Cuidado parental em Leptodactylus natalensis (Amphibia, Anura, Leptodactylidae). Iheringia, 96, 491-494.

Santos, T.G. & Rossa-Feres, D.C. 2007. Similarities in calling site and advertisement call among anuran amphibians in southeastern Brazil. South American Journal of Herpetology, 2 (1), 17-30.

Silva, W.R. & Giaretta, A.A. 2008. Seleção de sítios de oviposição em anuros (Lissamphibia). Biota Neotropica, 8 (3): 243-248.

Silva, R.A., Martins, I.A. & Rossa-Feres, D.C. 2008. Bioacústica e sítio de vocalização em taxocenoses de anuros de área aberta no noroeste paulista. Biota Neotropica, 8 (3), 123-134.

Silva, R.A., Martins, I.A. & Rossa-Feres, D.C. 2011. Environmental heterogeneity: Anuran diversity in homogeneous environments. Zoologia, 28 (5), 610-618.

Sullivan, B.K. & Kwiatkowski, M.A. 2007. Courtship displays in anurans and lizards: theoretical and empirical contributions to our understanding of costs and selection on males due to female choice. Functional Ecology, 21, 666-675.

Taborsky, M.; Oliveira, R.F. & Brockmann, H.J. 2008. The evolution of alternative reproductive tactics: concepts and questions. In: Alternative reproductive tactics: an integrative approach (Org. por R.F. Oliveira., M. Taborsky & H.J. Brockmann), pp. 1-21. Cambridge: Cambridge University Press.

Taborsky, M. & Brockmann, H.J. 2010. Alternative reproductive tactics and life history phenotypes. In: Animal behaviour: Evolution and Mechanisms (Org. por P. Kappeler), pp. 537-586. Berlin: Springer.

Toledo, L.F., Zina, J. & Haddad, C.F.B. 2003. Distribuição espacial e temporal de uma comunidade de anfíbios anuros do município de Rio Claro, São Paulo, Brasil. Holos Environment, 3 (2), 136-149.

Toledo, L.F. & Haddad, C.F.B. 2005. Acoustic Repertoire and Calling Behavior of Scinax fuscomarginatus (Anura, Hylidae). Journal of Herpetology, 39 (3), 455-464. Toledo, L.F., Sazima, I. & Haddad, C.F.B. 2011. Behavioural defences of anurans: an

overview. Ethology Ecology & Evolution, 23 (1), 1-25.

Toledo, L.F., Garey, M.V., Costa, T.R.N., Lourenço-de-Moraes, R., Hartmann, M.T. & Haddad, C.F.B. 2012. Alternative reproductive modes of Atlantic forest frogs. Journal of Ethology, 30, 331-336.

Valdujo, P.H., Carnaval, A.C. & Graham, C.H. 2013. Environmental correlates of anuran beta diversity in the Brazilian Cerrado. Ecography, 36, 708-717.

Vargas-Salinas, F., Quintero-Ángel, A., Osorio-Domínguez, D., Rojas-Morales, J.A., Escobar-Lasso, S., Gutiérrez-Cárdenas, P.D.A., Rivera-Correa, M. & Amézquita, A. 2014. Breeding and parental behaviour in the glass frog Centrolene savagei (Anura: Centrolenidae). Journal of Natural History, 48 (27-18), 1689-1705. Vasconcelos, T.S. & Rossa-Feres, D.C. 2005. Diversidade, distribuição espacial e

temporal de anfíbios anuros (Amphibia, Anura) na região Noroeste do Estado de São Paulo, Brasil. Biota Neotropica, 5 (2), 1-14.

Vasconcelos, T.S. & Rossa-Feres, D.C. 2008. Habitat heterogeneity and use of physical and acoustic space in anuran communities in southeastern Brazil. Phyllomedusa, 7, 125-140.

Vasconcelos, T.S., Santos, T.G., Rossa-Feres, D.C. & Haddad, C.F.B. 2009. Influence of the environmental heterogeneity of breeding ponds on anuran Assemblages from southeastern Brazil. Canadian Journal of Zoology, 87, 699-707.

Vasconcelos, T.S., Santos, T.G., Haddad, C.F.B. & Rossa-Feres, D. C. 2010. Climatic variables and altitude as predictors of anuran species richness and number of reproductive modes in Brazil. Journal of Tropical Ecology, 26, 423-432.

Wells, K.D. 1977a. The social behavior of anuran amphibians. Animal Behaviour, 25, 666-693.

Wells, K.D. 1977b. Territoriality and male mating success in the green frog (Rana clamitans). Ecology, Cambridge, 58, 750-762.

Wells, K.D. 1978. Territoriality in the green frog (Rana clamitans): vocalizations and agonistic interactions. Animal Behaviour, 26, 1051-1063.

Wells, K.D. 1980. Intra and interspecific comunication in the neotropical frog Hyla ebraccata. American Zoologist, 20 (4), 724.

Wells, K.D. 2007. The ecology and behavior of amphibians. Chicago: University of Chicago Press.

Wogel, H., Abrunhosa, P. A. & Pombal Jr., J. P. 2005. Breeding behaviour and mating success of Phyllomedusa rohdei (Anura, Hylidae) in south-eastern Brazil. Journal of Natural History,39, 2035-2045.

Wogel, H. & Pombal Jr. J.P. 2007. Comportamento reprodutivo e seleção sexual em Dendropsophus bipunctatus (Spix, 1824) (Anura, Hylidae). Papéis Avulsos de Zoologia, 47 (13), 165-174.

Zimmerman, B.L. 1994. Audio Strip Transects. In: Measuring and monitoring biological diversity: standard methods for amphibians (Org. por W.R. Heyer., M.A. Donnelly., R.W. McDiarmid., L.A.C. Hayek & M.S. Foster), pp. 92-97. Washington: Smithsonian Institution Press.