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RIA NO ESTADO DE SÃO PAULO No Estado de São Paulo, a Lei Estadual nº 1695,

No documento UNIMAR CIÊNCIAS (páginas 84-87)

PONTO DE VISTA

RIA NO ESTADO DE SÃO PAULO No Estado de São Paulo, a Lei Estadual nº 1695,

de 18/12/1919, criou o “Instituto de Veterinária”, subordinado à Secretaria de Agricultura. Em 1928, a Lei Estadual nº 2.354 transformou o “Instituto de Veterinária” em Escola de Veterinária, que passou a ministrar um curso com quatro anos de duração su-bordinado à Diretoria de Instituto de Indústria Animal da Secretaria da Agricultura. Já, em 13 de novembro de 1934, o Decreto Estadual nº 8.806 extinguiu a Escola de veterinária e o curso foi incorporado como Faculdade da Universidade de São Paulo condição que foi firmada pelos Decretos Estaduais nº 6.874,

de 19/12/1934 e nº 7.016, de 15/03/1935. No ano de 1963, foi criada a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Botucatu, que, a partir de 1976 – com a criação da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e o desmembramento da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu em quatro unidades, dentre elas a de Medicina Veterinária – tornou-se Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp/ cam-pus Botucatu.

Em 25 de outubro de 1971, o Decreto Estadual nº 69.418 determinou o início das atividades dos cur-sos de Medicina Veterinária e Zootecnia, na Faculdade de Medicina Veterinária e Agronomia de Jaboticabal, atualmente Faculdade de Ciências Agrárias – Unesp/

campus Jaboticabal.

Em 1987, surge o primeiro curso de Medicina Veterinária caracterizado na esfera privada no Estado, na Região Centro Oeste. Trata-se da Universidade de Marília (UNIMAR), por iniciativa de um jovem economista, de visão empreendedora indiscutível, o Senhor Márcio Mesquita Serva. Foi o início do ensino superior privado na área. Dentre as faculdades criadas, a de Ciências Agrárias, inicialmente com Medicina Veterinária, que no ano subsequente, incorporou os cursos de Engenharia Agronômica e Zootecnia.

Percebam a visão empreendedora e extraordinária do atual Reitor, pois este tripé, Engenharia Agronômica, Medicina Veterinária e Zootecnia, representa para a economia nacional, quase 40% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em 1990, teve início o curso de Medicina Ve-terinária da Unesp/ campus Araçatuba, vinculado, na época, à Faculdade de Odontologia e, que posterior-mente, passou a ter autonomia técnico-administrativa.

Atualmente, o ensino da Medicina Veterinária, no Estado de São Paulo, é constituído por 10% na esfera administrativa pública e 90% privada, avanço este que começou no ano de 1990.

Contudo, o crescimento do ensino da Medicina Veterinária no Estado deve ser objeto de preocupação, pois algumas Instituições ainda não contemplam em suas matriz curricular o conteúdo necessário sobre o que é privativo da profissão, definido nos artigos 5º e 6º da Lei Federal nº 5.517/68.

CONSIDERAÇÕES

De fato a Medicina Veterinária possui cunho econômico, social e político, porém constata-se que na atualidade os cursos de Medicina Veterinária, em sua maioria, estão desenvolvendo um programa de ensino excessivamente dirigido para os pequenos animais, mais conhecidos como pets, com total ou parcial aban-dono dos conteúdos relacionados à produção animal, saúde dos animais de produção, bem como no relativo ao processamento e higiene dos alimentos de origem animal e a saúde pública veterinária.

A reflexão sobre o que de fato é uma Faculdade de Medicina Veterinária ressalta a existência de três elementos fundamentais: corpo docente, matriz curri-cular e estrutura física. A responsabilidade por todo o reino animal deve ser atribuída ao médico veterinário.

Nesse aspecto estão incluídos os diversos tipos e uti-lizações dadas aos animais tais como: aqueles usados em pesquisas, ou em produção de alimentos saudáveis, os de companhia, os sinantrópicos, por envolverem a questão de saúde pública, e, ainda, aqueles que ha-bitam os mares, rios e lagos. Esta é a linha para onde o ensino da Medicina Veterinária deve ser dirigido.

CRÍTICA

Um grande empecilho existente na atualidade, no Brasil, é junto ao Ministério da Educação, que não analisa e nem aceita as considerações levantadas pelo Sistema CFMV/CRMVs a respeito da criação de no-vos cursos, como também não confere poder para que o referido sistema possa participar in loco da avaliação do ensino da Medicina Veterinária. Essa ausência de conexão é um ponto crucial, pois os Conselhos foram criados com o objetivo de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício profissional.

Há universidades que, apenas, desejam números de alunos e que, de fato, não estão comprometidas com a qualidade do ensino, restringindo ou limitando professores doutores com salários não condizentes e, ainda, com carga horária limitada. Esse tipo de posi-cionamento precisa ser banido, pois só as instituições que se preocuparem com a qualidade do ensino ofe-recido é que, com certeza, despontarão no cenário da tríade clássica do ensino superior: ensino, pesquisa e extensão necessária para que haja realmente a forma-ção de bons médicos veterinários.

Pontos fundamentais a serem alcançados e consolidados

Os empregadores de médicos veterinários tanto nas instituições públicas como privadas devem respei-tar a legislação vigente e remunerar os profissionais com salários dignos e condizentes com a importância das atividades executadas; já os médicos veterinários precisam adquirir a plena consciência de suas respon-sabilidades e das implicações de suas atividades nos seus aspectos econômicos, sociais e políticos junto à sociedade como verdadeiros defensores do bem-estar animal.

Na área multiprofissional da saúde, as profis-sões envolvidas devem respeitar os seus respectivos limites de atuação, estabelecidos em lei, e comparti-lhar responsabilidades, somando competências, sem que haja prejuízo de qualquer uma delas.

O exercício da Medicina Veterinária exige zelo, respeito e cumprimento à ética com reflexo na valorização da profissão perante a sociedade.

No ensino devem ser estimuladas as estratégias didáticas com destaque para aulas práticas de

labo-ratório de campo, exercícios de aplicação e demais procedimentos destinados muito mais a formar e conscientizar do que a apenas informar.

Finalmente, promover o reconhecimento pela sociedade que o médico veterinário, além de cuidar da saúde dos animais de estimação, também é o profis-sional que se preocupa com o contrabando de animais selvagens, com a produção de alimentos saudáveis, com a saúde pública veterinária e humana e com o desenvolvimento de pesquisas científica, dentre tantas outras atribuições.

De fato, por lei, a Medicina Veterinária é uma profissão essencial para o desenvolvimento de qual-quer nação com respeito ao meio ambiente, à saúde pública e à sociedade.

NORMaS PaRa a SUBMISSÃO DE MaNUSCRItOS À REVISta UNIMaR CIêNCIaS

No documento UNIMAR CIÊNCIAS (páginas 84-87)

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