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RIO BRANCO (UY) | JAGUARÃO (BR)

No documento Fronteiras (páginas 65-70)

uma viagem pelo comércio de rua das cidades limítrofes

RIO BRANCO (UY) | JAGUARÃO (BR)

Rio Branco faz parte do departamento de Cerro Largo no Uruguay. Com uma popula- ção de 13.456 habitantes a cidade dispõe do forte comércio dos free shops que é afastado do seu centro urbano pacato. O para-formal foi localizado tanto na zona dos free shops com vendedores ambulantes, como no centro da cidade com presença de trailers fixos em volta da “plaza Artigas” e outros ambulantes dispersos. O corpo e equipamento para-for- mal é bem diversificado. No caso de vendedores ambulantes o equipamento é pequeno e móvel, normalmente o corpo é individual. Foi observado também a extensão da loja para calçada o “para-formal no formal”.

Jaguarão, município do Estado do Rio Grande do sul, conta com 27.931 habitantes. A cidade é reconhecida internacionalmente por seu acervo histórico arquitetônico com seus casarios ecléticos do final do século XIX. É ligada à Rio Branco/UY pela Ponte Inter-

nacional Barão de Mauá, de 340m sobre o Rio Jaguarão, inaugurada em 1930 e uma das maiores obras de toda fronteira.O para-formal no centro da cidade se faz presente tanto pelos trailers fixos em volta da praça Alcides Marques, como por ambulantes de todos os tipos que circulam nas ruas próximas. Exemplos como carrinho de mão comercializando espigas de milho, suporte de telas metálicas vendendo óculos e chápeus, além dos pipo- queiros que circulam a praça (Figura 5).

Figura 5 - Prancha para-formal em Rio Branco/Jaguarão

Fonte: dos autores (2017).

ACEGUÁ (UY) | ACEGUÁ (BR)

Acegua/UY é uma cidade uruguaia do departamento de Cerro Largo. Segundo o último censo uruguaio, a cidade tem uma população de 1.511 habitantes. As principais atividades econômicas da região estão relacionadas à pecuária e à agricultura. Com a abertura dos free shops houve um crescimento no comércio e atrativo turístico. Uma rua

separa as cidades de mesmo nome que constituem as menores cidades da fronteira em ambos os lados. A linha divisória internacional não é muito precisa, perde-se a orientação de quando se está em um país ou em outro. O para-formal é constituído principalmente por ambulantes em equipamentos improvidados, muitas vezes são os automóveis que apoiam a mercadoria.

O município de Aceguá/BR é formado por outras comunidades, destacando Aceguá (sede) e Colônia Nova. Fundada em 1996 a cidade tem aproximadamente 4.398 habi- tantes. A atividade comercial predominante é a agropecuária e também a de serviços. A cidade possui um aspecto rural por algumas características como: ruas de saibro, casas espaçadas uma das outras, um clima de tranquilidade e sossêgo, pouco movimento de carros e pessoas.O para-formal observado são ambulantes com pequenas mercadorias e outros casos de “para-formal no formal” em lojas de construção e supermecados. Um evento curioso percebido foi a venda de móveis e eletrodoméstico no centro da praça principal por algumas horas (Figura 6).

Figura 6 - Prancha para-formal em Acegua/Aceguá

RIVERA (UY) | SANTANA DO LIVRAMENTO (BR)

Fronteira oeste do Rio Grande do Sul, Santana do Livramento é uma cidade média com 83.324 habitantes. Ganha destaque na pecuária e agricultura com a produção de soja e arroz, além da produção frutífera da vitivinicultura. Em 2009 Santana do Livramento foi declarada como cidade-símbolo da integração brasileira com os países membros do Mercosul.O para-formal possui algumas variações no decorrer da cidade, a praça princi- pal é rodeada por trailers fixos e por feiras móveis improvisadas. Nas ruas, comerciantes com equipamentos de porte médio e móvel ocupam uma vaga de estacionamento. Já no calçadão da cidade há um expressivo número de ambulantes com pequenas mercadorias, alguns utilizam mobiliários urbanos como suporte.

Rivera, cidade uruguaia com 78.000 habitantes, constitui a conurbação binacional, denominada Fronteira da Paz, que vive de forma harmoniosa e integrada. Um marco des- sa união foi a construção da Praça Internacional que serve a ambos os lados. Uma das principais atividades econômicas em Rivera são as lojas destinadas ao free shop. No inte- rior do departamento predomina a criação de gado e agricultura. O para-formal está pre- sente nas calçadas e em grande parte na rua onde se localizam os free shops. Vendedo- res ambulantes expõem suas mercadorias em equipamentos improvisados ou aproveitam a sombra de marquises ou mesmo degraus de prédios abandonados. Observou-se que o corpo na maior parte do tempo está sentado, seja na própria calçada ou com cadeiras plásticas (Figura 7).

ARTIGAS (UY) | QUARAÍ (BR)

Artigas, cidade uruguaia de fronteira, possui aproximadamente 44.000 habitantes. A comunicação com a cidade vizinha se dá pela Ponte Internacional da Concórdia, cons- truída em 1968 sobre o rio Quaraí, sendo considerada a ponte com a curva mais larga da América do Sul. Artigas vive economicamente da agropecuária e serviços, com a chegada dos freeshops o contato entre as cidades se tornou mais eficaz. No centro da cidade de Artigas, o para-formal resiste de inúmeras formas. Desde grandes trailers fixos na praça até pequenos ambulantes utilizando a fachada de prédios como suporte. Muitas lanchone- tes com pequena estrutura física espalham mesas e cadeiras nas calçadas para atender seus clientes.

Fronteira oeste do Rio Grande do Sul, Quaraí tem uma população estimada de 24.000 habitantes. A economia se baseia fortemente na tradição pecuarista. Na agricultura ganha destaque a produção de arroz, e, mais recentemente, o comércio e a indústria tem ascen- dido. O para-formal em Quaraí é observado principalmente na extensão das lojas formais nas calçadas, o “para-formal no formal”. Manequins, araras, bancadas, propagandas, ocu- pam grande parte das calçadas. Na maioria dos casos há sempre um corpo individual e em pé que vigia e cuida dos produtos expostos. Há também alguns trailers fixos espalhos em trechos de rua, assim como poucos ambulantes que percorrem a cidade carregando seu equipamento móvel (Figura 8).

No documento Fronteiras (páginas 65-70)

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