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Riqueza de espécies e abundância de formigas, aspectos ambientais e edáficos

edáficos

4.1.1 Riqueza de espécies e abundância de formigas e tipos de manejo:

A riqueza, ou o número total de espécies de formigas coletadas foi maior no sistema agroecológico que no SAF, e o número de espécies encontrado neste sistema não diferiu em relação ao sistema convencional (χ2=5,29, p=0,02; Figura 6).

Figura 6: Relação entre a riqueza de espécies de formigas e o tipo de manejo. AGRO = sistema agroecológico, SAF+ SC = sistemas agroflorestal e convencional.

Assim como para a riqueza de espécies, a abundância de formigas ou o número total de indivíduos coletados foi também maior no sistema agroecológico, não diferindo entre os outros dois sistemas (χ2=147,33, p<0,001;Figura 7).

27 Figura 7: Relação entre a abundância de

formigas e o tipo de manejo. AGRO = sistema agroecológico, SAF+ SC = sistemas agroflorestal e convencional.

Uma das explicações que se pode dar a estes resultados, é que o sistema AGRO apresentou alto valor no peso da serapilheira (Figura 3). A serapilheira é um fator de importância para a biodiversidade de formigas (Campos et. al. 2003), ela pode conter uma alta diversidade de fauna e flora, que favorece a ocorrência de interações entre espécies e processos ecológicos. Os resultados mostraram que as formigas responderam positivamente ao peso de serapilheira, inferindo a importância desse fator para a diversidade e abundância desses indivíduos. Assim, como o sistema agroecológico apresentou alta quantidade de serapilheira, pode-se inferir que esse sistema permite a coexistência de um maior número de espécies de formigas, bem como abundância de indivíduos, pela oferta de grande quantidade de recursos diminuindo a competição interespecífica. Além disso, o sistema AGRO apresentou também um alto valor de porcentagem de sombra sobre o solo, ultrapassando 80% de sombra (Figura 5). Este sistema deve possuir pequena variação da temperatura ao nível do solo, favorecendo a ocorrência de grande número de espécies de formigas e permitindo um bom desenvolvimento da prole, resultando também em alta abundância de indivíduos. Resultados semelhantes foram obtidos por Perfecto e Vandermeer (1996), os quais estudaram a perda da biodiversidade de formigas de solo resultante de mudanças microclimáticas em agroecossistemas sob diferentes níveis de sombreamento. Em seu trabalho, eles inferem que a perda da biodiversidade está ligada à diminuição da sombra em cafezais sombreados que foram substituídos por monoculturas sob sol pleno.

28 4.2.1 Riqueza de espécies e abundância de formigas e aspectos ambientais e edáficos:

A riqueza de espécies de formigas respondeu positivamente ao peso da serapilheira (χ2= 11,95, p<0,001; Figura 8).

Assim como a riqueza de espécies, abundância de formigas também aumentou com o aumento do peso da serapilheira (χ2=213,50, p<0,001; Figura 9).

Figura 9: Relação entre abundância de formigas e o peso da serapilheira (+ = SC, ○ = AGRO e Δ = SAF).

Figura 8: Relação entre a riqueza de espécies de formigas e o peso da serapilheira (+ = SC, ○ = AGRO e Δ = SAF).

29 A serapilheira possui importância para a família Formicidae, dado que representa a fonte de recursos utilizados pelas formigas edáficas e pode interferir na composição e riqueza de espécies e na abundância de indivíduos. Na serapilheira as formigas forrageiam em busca de alimento e encontram locais de nidificação e abrigo (Perfecto & Vandermeer, 1994). Uma serapilheira com maior diversidade de componentes pode diminuir a competição interespecífica e aumentar o número de espécies coexistentes. Considerando a especificidade de determinadas espécies de formigas na utilização de diferentes frações da serapilheira (folhas e galhos, por exemplo), pode-se esperar que uma serapilheira mais diversa comporte um número maior de espécies. A composição da serapilheira pode ser importante, pois uma serapilheira mais homogênea pode suportar menos espécies de formigas que uma serapilheira mais heterogênea, uma vez que a homogeneidade oferece menos oportunidade de condições e recursos utilizados pelas formigas (Campos et. al. 2003). Soares e Schoereder (2001) observaram que determinados componentes da serapilheira como galhos ou folhas, eram mais importantes que outros para a nidificação. Além disso, uma serapilheira mais abundante representa maior disponibilidade de recursos, da mesma forma afetando tanto a riqueza quanto a abundância de formigas (Soares e Schoereder, 2001).

A riqueza de espécies de formigas respondeu positivamente à porcentagem de sombra sobre o ponto (χ2= 5,51, p=0,019; Figura 10), assim como a abundância (χ2=57,31, p<0,001; Figura 11).

Figura 10: Relação entre a riqueza de espécies de formigas e a porcentagem de sombra (+ = SC, ○ = AGRO e Δ = SAF).

30 Figura 11: Abundância de formigas em

função da porcentagem de sombra sobre os pontos amostrados. (+ = SC, ○ = AGRO e Δ = SAF).

A porcentagem de sombra está ligada à temperatura do ambiente. A temperatura do ambiente é um fator limitante à colonização pelas formigas. Mudanças da temperatura induzem uma série de comportamentos para viabilizar o melhor desenvolvimento da colônia (Hölldobler & Wilson, 1990; Vargas et. al., 2007). As regiões de temperatura extrema, tanto frias quanto quentes, representam uma limitação para as formigas, que podem como resposta comportamental, trazer a prole à superfície do solo em momentos mais quentes do dia e levá-la de volta para dentro do ninho em horas mais frias, ou ainda em situações mais drásticas, toda a colônia pode migrar de acordo com as mudanças de temperatura. Para o bom desenvolvimento da prole, é necessária a fundação da colônia em ambientes com um microclima mais estável (Hölldobler & Wilson, 1990; Vargas et. al., 2007). Além disso, aspectos da sombra no ambiente têm sido utilizados como parâmetro de heterogeneidade ambiental, considerando que porcentagens diferentes de sombra são projetadas de acordo com o tipo e quantidade de espécies arbóreo-arbustivas presentes no ambiente. Estudos de heterogeneidade ambiental inferem sobre a influência desse aspecto ambiental sobre a riqueza de espécies e a abundância de formigas (Muscardi et al., 2008; Ribas & Schoereder, 2006), onde ambientes mais heterogêneos teriam maior diversidade de formigas.

Não houve resposta da riqueza de espécies e da abundância de formigas de formigas à cobertura do solo (χ2=0,06, p=0,81 e χ2=2, p=0,16 respectivamente).

31 A cobertura do solo foi utilizada como variável ligada ao microclima edáfico e também ao fornecimento de recursos para as formigas. Solos com maior porcentagem de área coberta por vegetação teriam menor variação microclimática (pela proteção do solo contra incidência de luz direta) e maior fornecimento de recursos que solos com maior porcentagem de área descoberta. E ainda, a cobertura do solo pode modificar indiretamente a umidade do solo, pois um solo com maior cobertura pode reter maior umidade.

Não houve resposta da riqueza de espécies de formigas à macroporosidade (χ2=0,54, p=0,46), porém a abundância correlacionou-se positivamente com esta variável (χ2=7,18, p=0,007; Figura 12).

Figura 12: Relação entre a abundância de formigas e a macroporosidade do solo nos pontos amostrados. (+ = SC, ○ = AGRO e Δ = SAF).

Resultados semelhantes foram encontrados por outros autores (Cerdà & Jungensen, 2008; Dostal, 2005; NKem, 2000) que estudaram a ocorrência de ninhos de formigas e o aumento da porosidade e macroporosidade do solo. As atividades de bioturbação das formigas podem acarretar o aumento da macroporosidade do solo (Cerdà & Jungensen, 2008), assim, essas duas variáveis podem estar facilmente correlacionadas nos estudos que relacionem aspectos físicos do solo e a presença de formigas. Porém, é necessária cautela ao se inferir sobre uma relação causal entre as variáveis. A partir dos resultados percebe-se que há uma menor porcentagem de macroporosidade no solo do sistema AGRO quando comparado aos outros sistemas

32 (Figura 1), apesar de ter ocorrido neste sistema a maior abundância de indivíduos. Provavelmente, a alta porcentagem de macroporosidade presente no solo do sistema agroflorestal, está ligada a outros fatores intrínsecos ao sistema, como por exemplo, a umidade do solo, a presença de serapilheira e outros processos que minimizam a compactação.

Alguns estudos relatam a relação entre macroporosidade e formigas, fazendo referência à presença de ninhos (Dostal, 2005; NKem, 2000), ou mais especificamente à atuação das formigas na formação de poros no solo através da bioturbação (Cerdà & Jungensen, 2008). Neste estudo, a macroporosidade foi incluída porque se correlaciona positivamente com a presença de formigas (Dostal, 2005; NKem, 2000; Cerdà & Jungensen, 2008) e pode ser mofidicada pelo tipo de manejo do solo (Bertol et al., 2001; Llanillo et al., 2006). Dessa forma, pode-se pensar que solos com menores quantidades de macroporos, teriam menor riqueza de espécies e abundância de formigas.

Já em relação à umidade, houve uma resposta negativa da riqueza de espécies de formigas (χ2=9,32, p=0,002; Figura 13) e da abundância de formigas (χ2=225,74, p<0,001; Figura 14).

Figura 13: Relação entre a riqueza de espécies de formigas e a umidade do solo (+ = SC, ○ = AGRO e Δ = SAF).

33 Figura 14: Relação entre abundância de

formigas e a umidade do solo (+ = SC, ○ = AGRO e Δ = SAF).

Esse padrão de resposta de artrópodes em função da umidade também foi encontrado por outros autores (Chikoski et. al., 2006; Lassau & Hochuli, 2004). Chikoski et. al. (2006) desenvolveram um trabalho manipulativo em campo, onde mantinham determinados artrópodes em caixas contendo solo e verificavam, dentre outras relações, a resposta dos artrópodes à adição de água. Eles observaram um decréscimo do número de formigas nas caixas, em função da adição de água. Já Lassau e Hochuli (2004), desenvolveram seus estudos em áreas naturais de diferentes complexidades de hábitat, e verificaram que a riqueza de formigas correlacionou-se negativamente com a umidade do solo. Nenhuma relação causal foi exposta pelos autores em seus trabalhos, no entanto, pode-se inferir neste estudo, que a umidade do solo seria uma limitação para as formigas. Dado que a umidade do solo pode representar a ocupação dos poros por água com conseqüente modificação da aeração do solo, um alto teor de umidade pode diminuir a disponibilidade de oxigênio para as formigas.

A umidade do solo pode representar uma limitação à permanência das formigas no solo, observando-se que estes animais apresentam-se intolerantes à grandes umidades (Chikoski et al., 2006).

Ao contrário que para umidade, a riqueza de espécies (χ2=3,99, p=0,04; Figura 15) e a abundância de formigas (χ2=9,21, p=0,002; Figura 16) responderam positivamente ao pH.

34 Figura 15: Relação entre a riqueza de

espécies de formigas e o pH do solo (+ = SC, ○ = AGRO e Δ = SAF).

Figura 16: Aumento da abundância de formigas em função do pH (+ = SC, ○ = AGRO e Δ = SAF).

A escolha do pH como variável neste estudo, reside no fato dele representar limitações ao bom desenvolvimento das plantas e correlacionar-se com alguns nutrientes do solo (como Al, Ca e Mg) intimamente ligados à fertilidade do solo, e, subseqüentemente, à sua qualidade. Há observações acerca da preferência de determinadas espécies de animais do solo, como alguns colêmbolas e ácaros (Straalen & Verhoef, 1997), por determinados valores de pH. No entanto, Straalen & Verhoef

35 (1997) discutem sobre a dificuldade de se estabelecer um padrão mais preciso, dado que as preferências dos animais pelos valores de pH observadas nos experimentos em laboratório diferem daquelas encontradas no campo, sugerindo que há outros fatores determinando o “nicho de pH realizado” pelos artrópodes. De acordo com Straalen & Verhoef (1997), o pH está sempre correlacionado com íons pH-dependentes como Ca, Al e diversos fosfatos e o aumento da concentração de alguns desses íons no solo, como por exemplo o Ca, pode ser favorecida pela ação das formigas (Dostal et. al., 2005). Assim, a relação entre riqueza de espécies e abundância de formigas e o pH pode ser indireta, refletindo uma correlação entre íons pH-dependentes cujas concentrações no solo podem ser alteradas pela presença das formigas. Contudo, a resposta da abundância de formigas e da riqueza de espécies ao pH, permite a utilização desses artrópodes como indicadores biológicos de qualidade de solo.

36 CONCLUSÃO

A partir desse estudo, conseguiu-se verificar a interferência do tipo de manejo em processos determinantes da comunidade de formigas do solo. Ao contrário do que se esperava, não foi no sistema agroflorestal onde se encontrou a riqueza de espécies e abundância de formigas foi maior. Além disso, a abundância de formigas não se correlacionou à alterações na cobertura vegetal, mas, responderam às outras variáveis positiva ou negativamente. Ademais, como esperado, os fatores analisados (atributos do solo e fatores ambientais), à exceção do pH, apresentaram-se diferentes em função do tipo de manejo.

Ao considerar que mudanças em atributos, como macroporosidade do solo, umidade do solo, bem como em fatores ambientais como disponibilidade de serapilheira, porcentagem de sombra, correlacionam-se com modificações na comunidade de formigas, pode-se inferir com mais propriedade na utilização desses animais como bioindicadores. No entanto, mais estudos são necessários para identificar a maneira como as formigas se comportam em relação a determinados fatores, para que, dessa forma, seja possível relacionar o aumento ou a diminuição da riqueza/abundância a determinados processos ocorrentes num agroecossistema.

Os resultados demonstraram que o manejo de um agroecossistema pode interferir em fatores como a quantidade de serapilheira, a porcentagem de sombra, a acidez, a umidade e outros aspectos que podem interferir na diversidade e na abundância de formigas edáficas. Dessa forma, o tipo de manejo pode modificar aspectos do solo afetando a fauna edáficas e toda a biodiversidade existente no solo.

O melhor entendimento dos processos ecológicos ocorrentes no solo permite a adoção de práticas mais conservacionistas que favoreçam a manutenção ou o aumento da qualidade do solo, repercutindo positivamente na sustentabilidade do agroecossistema.

37 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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44 ANEXOS

ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA RALIZADA COM OS AGRICULTORES

1. Qual é o tamanho da sua propriedade?

2. O que havia antes do café?

3. Quantos pés de café há em sua propriedade?

4. Há quanto tempo cultiva café nesse local?

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