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fg. 205 Vista desde o festo junto ao Monte.

A Herdade da Rabasqueira localiza-se na zona central do grande lago, numa grande península, apenas acessível pela margem direita, que resultou do seu enchimento. Encontra-se delimitada a norte pela Herdade da Capelinha, a oeste pela Herdade de Santo Amador, a sul pela Herdade da Capelinha e a este pela Herdade de S. João e Courelas da Torre.

Após o enchimento fi cou delimitada a norte pelo lago, originando a península atual. A Ribeira do Álamo passa a norte da herdade e, antigamente, uma linha de água que se dirigia para a ribeira atravessava-a a norte.

O acesso à Herdade é feito ao longo de um percurso que parte da Aldeia de Campinho e atravessa toda a península até à herdade das Pipas. Esta estrada divide a Herdade, em duas partes, na zona sul. A zona norte da Herdade, já em 1940, se encontrava dividida em seis courelas e Tapada da Rabasqueira.

Atualmente, apenas duas courelas e a Tapada da Rabasqueira não se encontram submersas. Local onde que se pretende estudar.

A vegetação na maioria da Herdade é montado mas, nas zonas mais baixas, junto à linha de água é olival.

Antes do enchimento existia nas courelas, olival e culturas arvenses. Contém, ainda, uma represa que se encontra parcialmente inundada pelo lago.

O LABORATÓRIO DE PAISAGEM DE ALQUEVA

fg. 206 Antiga Habitação, resta apenas metade.

fg. 207 Pátio gerado por 3 volumes em ruína.

fg. 208 Chegada ao Monte.

fg. 209 Ruína de um anexo agrícola e muro.

A península resultou do enchimento do grande lago, as ruínas de três propriedades dispostas ao longo do festo orientado norte-sul são constituídas por uma série de muros que ligam e delimitam as antigas habitações e dependências agrícolas.

Um antigo caminho desce pela linha do festo, atravessa o conjunto e liga a margem à cota alta. Ao descer por entre a ruína, os espaços gerados por estas antigas construções proporcionam diferentes vistas para a paisagem, protegem do clima e direcionam o olhar.

Os principais pontos desta paisagem são facilmente identifi cados, a norte Monsaraz, a nordeste Mourão e a oeste o monte de Santo Amador pelo qual se passa para chegar a este local.

As três propriedades lêem-se hoje como uma só, um conjunto. Os muros que delimitavam cada propriedade desaparecem, quando entram na água. O percurso que atravessa este espaço permite ler estes muros que ligam os vários volumes descobertos, originando espaços protegidos, ao longo deste, até à água.

O reboco lavado pela chuva, destruído pela ação do tempo, deixou à vista a pedra que constrói estes volumes e que lhes dá destaque, em relação a outros montes, na região.

Os espaços que noutro tempo serviram para abrigar quem aqui trabalhou a terra foram, há quase um século, abandonados e deixados à intempérie. Algumas famílias ainda se serviram do espaço mais a norte para colmeal, mas o enchimento da barragem levou à expropriação das terras para a EDIA, e agora abandonado, já em ruína, vai-se degradando.

A centralidade em relação ao vasto lago, a sua implantação e a estrutura atual do monte sugerem um programa de observação e estudo da paisagem que permita observar e estudar as alterações provocadas pela grande massa de água na região, na fauna e fl ora.

O EDIFICADO

O LABORATÓRIO DE PAISAGEM DE ALQUEVA

A península resultou do enchimento do grande lago, as ruí propriedades dispostas ao longo do festo orientado no constituídas por uma série de muros que ligam e delimitam habitações e dependências agrícolas.

Um antigo caminho desce pela linha do festo, atravessa o con a margem à cota alta. Ao descer por entre a ruína, os espaç por estas antigas construções proporcionam diferentes vis paisagem, protegem do clima e direcionam o olhar.

Os principais pontos desta paisagem são facilmente iden norte Monsaraz, a nordeste Mourão e a oeste o monte de San pelo qual se passa para chegar a este local.

As três propriedades lêem-se hoje como uma só, um conjunt que delimitavam cada propriedade desaparecem, quando água. O percurso que atravessa este espaço permite ler estes ligam os vários volumes descobertos, originando espaços pro longo deste, até à água.

O reboco lavado pela chuva, destruído pela ação do tem à vista a pedra que constrói estes volumes e que lhes dá de relação a outros montes, na região.

Os espaços que noutro tempo serviram para abrigar q trabalhou a terra foram, há quase um século, abandonados à intempérie. Algumas famílias ainda se serviram do espaço m para colmeal, mas o enchimento da barragem levou à exprop terras para a EDIA, e agora abandonado, já em ruína, vai-se de

A centralidade em relação ao vasto lago, a sua implan estrutura atual do monte sugerem um programa de observaçã da paisagem que permita observar e estudar as alterações p pela grande massa de água na região, na fauna e fl ora.

O EDIFICADO

Para a conceção do exercício de projeto foi defi nida uma estratégia sobre a forma a intervir no local escolhido apresentado no capítulo “Território de Alqueva.”

Assim, a partir de uma análise, das suas caraterísticas e relações, foi possível compreender que os edifícios e estruturas existentes, embora em avançado estado de degradação, contêm qualidades arquitetónicas e estabelecem relações com a paisagem que devem ser mantidas e reapropriados. Naturalmente, o seu programa deve ser reestruturado pois as funções que servia já não existem atualmente neste local.

Explora-se a forma como a lógica de implantação do monte pode ser replicada, aumentando os espaços cobertos num crescimento evolutivo que possa ser ampliado segundo as necessidades do programa. Procura- se, ainda, como a relação entre as ruínas existentes e os espaços propostos geram diversos momentos que articulem e que conetem a

ruína, os momentos e a paisagem.

Procura-se que as novas construções enfatizem a ruína. Cinco novos espaços organizados, ao longo do festo juntam-se à ruína para oferecer espaços habitáveis. Desenhado como um novo limite à ruína, mas com uma cobertura.

Pontuam o percurso, ao longo do festo, a norte com uma plataforma junto à água e a sul com o redesenhar da entrada no monte. Adicionam- se às ruínas, novos espaços que abriguem o programa pois os antigos volumes, em ruína e sem cobertura, pretende-se que permaneçam como pátios abertos para o céu.

O caráter prévio dos espaços da ruína, mais introvertidos, apontam para pátios mais íntimos que contrastam com o exterior da zona construída.

A ESTRATÉGIA

O LABORATÓRIO DE PAISAGEM DE ALQUEVA

CONSTRUIR NA RUÍNA

fg. 214 Organograma. Programa de projecto.

O projeto assenta fundamentalmente na ideia de paisagem. Com o conhecimento prévio, percebe-se que este é um ponto central na paisagem do Alqueva. A estrutura existente tem uma ligação intrínseca com a paisagem, respeitando e adaptando-se às exigências da mesma.

Numa primeira etapa, mais ampla, todo o programa é pensado para um projeto neste território, propõe que seja a paisagem e a sua vivência o tema principal. Nos vários casos de estudo analisados anteriormente, essa ideia encontra-se presente. A Casa em Baião que se encosta à ruína e encaixa na topografi a, o Bairro de São Victor que procura recriar e manter a ilha ou a sua memória e relações com a cidade. A paisagem é sempre o ponto de partida determinante no seu programa. Reagem à paisagem, integram-se e tornam-se parte dela, para além das especifi cidades do seu programa interior.

O programa proposto divide-se em três vertentes: monitorização,