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O sândi sob o viés da FonGest: elisão de /a/ átono em juntura com vogal

PARTE 2 – A ELISÃO NO SÂNDI OU A REDUÇÃO DA VOGAL

6.3 O sândi sob o viés da FonGest: elisão de /a/ átono em juntura com vogal

Tanto quanto o desvozeamento,

átona7, como visto, é outro processo

Basicamente, em termos de representação tradicional feita sobre a visão dos traços distintivos, temos a seguinte formalização

(6) /a/ [-acento]  0 / _# V [

A representação

fronteira e junção vocálica no caso da elisão. alguns casos em que a transcrição de o

deixa um rastro claro no sinal acústico. Assim, a pronúncia de

três versões atestadas acusticamente pelos autores: uma com encontro vocálico nítido, uma muito próxima de “caridoso

liberação do [R] evidenciam um breve resquício de [a]. Abaixo, a espectros que mostram essa gradação.

Figura 32 – Espectros de LPC após a liberação do [R] em três pronúnc

7 As palavras testadas por Albano

como por exemplo, “cara idoso”.

o viés da FonGest: elisão de /a/ átono em juntura com vogal átona na visão de (1998) e Albano (1999)

Tanto quanto o desvozeamento, a elisão de /a/ átono em juntura com

, é outro processo considerado categórico por diversos estudos do PB. Basicamente, em termos de representação tradicional feita sobre a visão dos traços distintivos, temos a seguinte formalização em (6) abaixo.

0 / _# V [-acento]

A representação em (6) simplifica o processo do apagamento em contexto de fronteira e junção vocálica no caso da elisão. Albano et al. (1998) demonstraram

que a transcrição de oitiva trata como elisão, a vogal supostamente elidida deixa um rastro claro no sinal acústico. Assim, a pronúncia de “cara idoso

três versões atestadas acusticamente pelos autores: uma com encontro vocálico nítido, uma ridoso” e outra intermediária, em que os valores de F1 e F2 logo após a liberação do [R] evidenciam um breve resquício de [a]. Abaixo, a F

espectros que mostram essa gradação.

Espectros de LPC após a liberação do [R] em três pronúnc rápida)

Fonte: Albano (1999, p. 38)

palavras testadas por Albano et al. (1998) mostravam uma junção de uma átona final com uma pré como por exemplo, “cara idoso”.

elisão de /a/ átono em juntura com vogal átona na visão de

a elisão de /a/ átono em juntura com outra vogal categórico por diversos estudos do PB. Basicamente, em termos de representação tradicional feita sobre a visão dos traços distintivos,

simplifica o processo do apagamento em contexto de . (1998) demonstraram que, em tiva trata como elisão, a vogal supostamente elidida cara idoso” tem, pelo menos, três versões atestadas acusticamente pelos autores: uma com encontro vocálico nítido, uma os valores de F1 e F2 logo após a Figura 32 apresenta os

Espectros de LPC após a liberação do [R] em três pronúncias (lenta, moderada e

Segundos Albano

possível depreender um encontro vocálico nítido e mais clara se perde, mas a vogal pode permanece

A interpretação gradiente da elisão ganha ainda mais força quando se considera que ela interage com o processo de palataliza

expressão “muita#idade” [

carioca, no qual esse processo é padrão.

Figura 33 – Ausência de africação em /muit experimento de Albano et al

Segundo a autora, teórica” de modelos gerativos, n

oculto do /a/ que impede o contato do /t/ com o /i/ pauta gestual de “muita'idade

Albano et al. (1998) e Albano (1999), na fala mais lenta, portanto, é possível depreender um encontro vocálico nítido e, na fala normal e rápida, ess

mas a vogal pode permanecer sobreposta no sinal da produção acústica. A interpretação gradiente da elisão ganha ainda mais força quando se considera que ela interage com o processo de palatalização. A Figura 33 mostra o espectrograma da [mult'idadʒ͡i] pronunciada sem africação por um falante do dialeto carioca, no qual esse processo é padrão.

Ausência de africação em /muitˈidade/ pronunciada por um dos informantes do et al. (1998). Nota-se a ausência de ruído fricativo na região indicada

na seta, como reportado pelos autores. Fonte: Albano (1999, p. 39)

Segundo a autora, enquanto a inibição da africação exigiria uma “ginástica teórica” de modelos gerativos, na análise da FonGest, proposta por Albano (1999),

impede o contato do /t/ com o /i/, como mostra a F

'idade”, o gesto de /a/ é representado pela linha barra pontilhada.

na fala mais lenta, portanto, é na fala normal e rápida, essa distinção sobreposta no sinal da produção acústica. A interpretação gradiente da elisão ganha ainda mais força quando se considera

mostra o espectrograma da r um falante do dialeto

ˈidade/ pronunciada por um dos informantes do se a ausência de ruído fricativo na região indicada

enquanto a inibição da africação exigiria uma “ginástica a análise da FonGest, proposta por Albano (1999), é o gesto Figura 34 a seguir. Na linha barra pontilhada.

Figura 34 – Pauta gestual proposta por Albano

Depois de anos de pesquisas no PB e em outras línguas naturais, sabe gradiência reportada pelos autores supracitados é

fonológicos tradicionais, pois o único recurso disponível é associar /i/ à casa segmenta associada a /a/, o que não ocorre (Albano, 1999). Em contraste, a FonGest prevê que o gesto do /a/ pode diminuir e ocultar

Albano et al. (1998) e Albano (1999) com e sem rastros do /a/ no nível acústico.

Faz sentido, então,

de sândi como fenômeno gradiente de redução no PB, levantando hipóteses sobre o funcionamento geral da redução e destacando a particularidade desse processo.

dos próximos capítulos segue nessa direção.

Pauta gestual proposta por Albano (1999) para [mult Fonte: Albano (1999, p. 39)

Depois de anos de pesquisas no PB e em outras línguas naturais, sabe

gradiência reportada pelos autores supracitados é impossível de se representar em modelos onológicos tradicionais, pois o único recurso disponível é associar /i/ à casa segmenta associada a /a/, o que não ocorre (Albano, 1999). Em contraste, a FonGest prevê que o gesto do /a/ pode diminuir e ocultar-se sob o gesto do /i/, o que explica os dados observados

. (1998) e Albano (1999). No entanto, falta elucidar a diferença entre os casos com e sem rastros do /a/ no nível acústico.

então, diante de dados como os expostos acima, investigar

de sândi como fenômeno gradiente de redução no PB, levantando hipóteses sobre o dução e destacando a particularidade desse processo.

segue nessa direção.

mult'idadʒ͡i]

Depois de anos de pesquisas no PB e em outras línguas naturais, sabe-se que a impossível de se representar em modelos onológicos tradicionais, pois o único recurso disponível é associar /i/ à casa segmental já associada a /a/, o que não ocorre (Albano, 1999). Em contraste, a FonGest prevê que o gesto se sob o gesto do /i/, o que explica os dados observados por diferença entre os casos

diante de dados como os expostos acima, investigar o processo de sândi como fenômeno gradiente de redução no PB, levantando hipóteses sobre o dução e destacando a particularidade desse processo. A discussão

Capítulo 7

“Experimento de produção”

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