Série temporal da disposição da estrutura hidráulica

-31 -30 -29 -28 -27 -26 -25 1942 1947 1952 1957 1962 1967 1972 1977 1982 1987 1992 1997 2002 2007 2012 δ13 C Cel ular (‰)

54

A obtenção de cortes histológicos longos possibilitou a análise da variação temporal do sistema hidráulico das árvores de Macrolobium acaciifolium que foram submetidas às análises isotópicas de Carbono.

Para a delimitação fina dos limites dos anéis de crescimento das árvores que foram submetidas às análises isotópicas, os perfis de microdensidade foram utilizados em conjunto a anatomia observada em seus níveis macroscópico e microscópico, gerando um fino ajuste na delimitação dos anéis anuais de crescimento (Figura 6). O método utilizado, além de gerar longos cortes histológicos (estrutura microscópica), com alto potencial de utilização, produz um excelente polimento, com células abertas não obstruídas por pó (Gärtner and Nievergelt, 2010).

O aumento em espessura na parede das fibras de lenho tardio produz faixas de tonalidade mais escura enquanto o lenho formado no início do crescimento apresenta fibras com parede fina e grande lúmen, cujas faixas mais claras produzem contrastes que possibilitam a demarcação dos anéis (Bradley and Fritts, 1978). O método utilizado permite a observação dos anéis de crescimento anuais nas diferentes etapas do desenvolvimento das árvores, possibilitando caracterizá-los e diferenciá-los. Essa delimitação é possível devido à mudança abrupta de suas características anatômicas, observadas entre o limite do lenho tardio e o início da madeira (Fritts, 1976).

Figura 17. Anatomia micro e macroscópica, raios-X e perfis de microdensidade do lenho, utilizados para delimitação

dos anéis de crescimento anuais. Na parte inferior da figura, os perfis de densidade de Macrolobium acaciifolium são observados. Setas brancas indicando os anéis de crescimento anuais e quadrados amarelos as regiões observadas no nível microscópico.

7. CONCLUSÕES

Os resultados parciais do presente trabalho permitem concluir que:

As árvores de Hevea spruceana formam anéis de crescimento anuais, comprovados pelos métodos de datação clássicos, com a utilização do programa COFECHA. No entanto, a análise da estrutura anatômica, bem como as realizadas no programa COFECHA, indicam a produção de grande quantidade de anéis falsos e a existência de anéis ausentes em várias épocas do crescimento desta espécie;

Os perfis diametrais obtidos por densitometria de raios X indicaram a influência do ataque de fungos decompositores sobre a estrutura anatômica e, consequentemente as propriedades físicas da madeira de Hevea spruceana. Também é possível indicar a necessidade do uso desta tecnologia para a viabilidade da datação das árvores da espécie Pterocarpus amazonicus;

O regime climático, na forma das médias de temperatura e precipitação influenciaram o ritmo de crescimento radial do tronco das árvores de Hevea spruceana.

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ANEXOS

ANEXO A. Série de perfis radiais de densitometria das árvores de Macrolobium acaciifolium, Hevea spruceana, Pterocarpus amazonicus e Hura crepitans

Figura 18. Figura - Perfil radial de densidade aparente (média) do DAP do lenho das árvores de Macrolobium acaciifolium,

sentido medula – casca (Amostra ESP-243)

Figura 19. Figura - Perfil radial de densidade aparente (média) do DAP do lenho das árvores de Macrolobium acaciifolium,

68

Figura 20. Figura - Perfil radial de densidade aparente (média) do DAP do lenho das árvores de Hevea spruceana, sentido

medula – casca (Amostra 80r2)

Figura 21. Figura - Perfil radial de densidade aparente (média) do DAP do lenho das árvores de Hevea spruceana, sentido

Figura 22. Figura - Perfil radial de densidade aparente (média) do DAP do lenho das árvores de Pterocarpus amazonicus,

sentido medula – casca (Amostra 195r2).

Figura 23. Figura - Perfil radial de densidade aparente (média) do DAP do lenho das árvores de Hura crepitans, sentido

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ANEXO B. Autorização do Sistema SISBIO para coleta de amostras na RDS Mamirauá