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3. Parte experimental

3.4. Síntese de derivados da adenina

A N-alquilação da adenina na posição 9 com o brometo de benzilo (C) foi realizada usando duas bases (K2CO3 ou NaH). Por sua vez, a N-alquilação da amina primária da N-

9H-benziladenina foi efetuada utilizando NaH e duas acetofenonas monobromadas (série D). Os procedimentos sintéticos da N-alquilação da posição 9 [35,36,40] e posição 6 [31,32,40] foram adaptados da literatura, respetivamente.

3.4.1. Síntese do N-9H-benziladenina (C)

Num balão de 100 mL, dissolveu-se a adenina (0,50 g; 3,7 mmol) em 10 mL de DMF anidro, colocando-se a solução com agitação e sob atmosfera inerte a 0 °C. Adicionou-se, NaH (0,16 g; 4,0 mmol) e deixou-se a reação à temperatura ambiente e com agitação durante 1 hora. De seguida, adicionou-se o brometo de benzilo (0,88 mL; 7,4 mmol), prolongando-se a reação por 4 horas. Após as 4 horas, evaporou-se o solvente e lavou-se o sólido obtido com água e éter etílico, sucessivamente. Dissolveu-se o sólido em metanol, secou-se com Na2SO4, filtrou-se e, por último, evaporou-se o metanol. Com esta

metodologia, obteve-se um sólido branco que foi identificado como o composto C (m = 0,196 g). O composto C foi colocado a secar na estufa de vácuo.

RMN de 1H (DMSO): δ= 5,37 (2H, s, H(1’)); 7,22 (2H, s, NH2); 7,32 (5H, m, H(3’), H(4’), H(5’), H(6’), H(7’)); 8,15 (1H, s, H(8)); 8,25 (1H, s, H(2)). RMN de 13C (DMSO): δ= 46,6 C(1’); 119,2 C(5); 128,0 C(3’) e C(7’); 128,2 C(5’); 129,1 C(4’) e C(6’); 137,6 C(2’); 141,3 C(8); 150,0 C(4); 153,1 C(2); 156,5 C(6). EM/IE m/z (int.rel.): 226 (21); 225 (M+•, 100); 224 (94); 182 (28); 148 (18); 91 (87).

3.4.2. Síntese

do

2-((9-benzil-9H-purin-6-il)amino)-1-(4-

clorofenil)etanona (D1)

Num balão de 100 mL, dissolveu-se a N-9H-benziladenina (0,20 g; 0,89 mmol) em 2,4 mL de DMF anidro, colocando-se a solução com agitação e sob atmosfera inerte a 0 °C. Adicionou-se, NaH (38 mg; 0,95 mmol) e deixou-se a reação à temperatura ambiente e com agitação durante 1 hora. De seguida, a 2-bromo-4′-cloroacetofenona (0,42 g; 1,8 mmol) foi adicionada, prolongando-se a reação por 4 horas. Após as 4 horas, evaporou-se o solvente, diluiu-se a mistura reacional em 50 mL de DCM e efetuou-se uma extração líquido-líquido com água (2x50 mL). Secou-se a fase orgânica com Na2SO4 anidro, filtrou-se e evaporou-se

o DCM. O óleo obtido foi purificado por CC utilizando como eluente DCM com 5 % de MeOH. Lavou-se o óleo com éter etílico:MeOH e obteve-se um sólido laranja. Após a análise espetroscópica verificou-se que o composto formado não corresponde ao pretendido.

3.4.3. Síntese do 2-((9-benzil-9H-purin-6-il)amino)-1-(naftaleno-2-

il)etanona (D2)

Por sua vez, dissolveu-se a N-9H-benziladenina (0,20 g; 0,89 mmol) em 2,4 mL de DMF anidro num balão de 100 mL, colocando-se a solução com agitação e sob atmosfera inerte a 0 °C. Adicionou-se, NaH (36 mg; 0,90 mmol) e deixou-se a reação à temperatura ambiente e com agitação constante durante 1 hora. De seguida, o 2-(bromoacetil)naftaleno (0,45 g; 1,8 mmol) foi adicionado, prolongando-se a reação por 23 horas. Após as 23 horas, evaporou-se o solvente, adicionou-se 50 mL de DCM e efetuou-se uma extração líquido-

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líquido com água (2x50 mL). Após a separação, secou-se a fase orgânica com Na2SO4

anidro, filtrou-se e evaporou-se o DCM. O óleo obtido foi purificado por CC automática utilizando como eluente DCM:MeOH (9:1). As frações que continham o produto pretendido foram reunidas e o solvente evaporado. Por último, efetuou-se uma recristalização usando como solvente uma mistura de éter etílico:DCM, obtendo-se um sólido branco. Após a análise espetroscópica verificou-se que o composto formado não corresponde ao pretendido.

3.5. Síntese de derivados do terc-butil 4-oxo-2-(piridin-4-il)-6,7-

dihidro-1H-pirrolo[3,2-c]piridina-5(4H)-carboxilato (PHABoc)

Para a síntese do terc-butil 4-oxo-2-(piridin-4-il)-6,7-dihidro-1H-pirrolo[3,2-c]piridina- 5(4H)-carboxilato (PHABoc) e do seu derivado N-acetilado foi necessário proceder, em primeiro lugar, à síntese da matéria-prima 2-bromo-1-(piridin-4-il)etanona. Para tal, usou-se

um procedimento descrito na literatura [37].

3.5.1. Síntese da 2-bromo-1-(piridin-4-il)etanona

De forma a efetuar a síntese da 2-bromo-1-(piridin-4-il)etanona, dissolveu-se a 4- acetilpiridina (0,91 mL; 8,25 mmol) em 36,1 mL de CHCl3 e transferiu-se para um balão de

50 mL. Colocou-se o balão num banho de gelo, a 0 °C, com agitação constante. Depois juntou-se, lentamente, uma solução de bromo (0,42 mL; 8,25 mmol) dissolvido em 15,5 mL de CHCl3 através de um funil de adição. Após a adição, procedeu-se ao aquecimento da

reação a refluxo, com agitação, durante 2 horas. Seguidamente, a reação foi colocada à temperatura ambiente e com agitação durante 8 horas. Filtrou-se o produto obtido sob pressão reduzida e lavou-se o composto obtido com éter etílico frio, obtendo-se um sólido amarelo. De forma a otimizar a reação procedeu-se à repetição desta síntese, em diferentes condições experimentais, as quais estão apresentadas na Tabela 3.1.

Tabela 3.1 - Condições experimentais das repetições da síntese da α-bromação da 4-acetilpiridina.

Reação Tempo de reação

(horas) Solvente Procedimento experimental

2 4 CHCl3 Ver 3.5.1

3 4 CHCl3 Ver 3.5.1

4 4 AcOH Igual a 3.5.1, solução a refluxo

3.5.2. Síntese do terc-butil 4-oxo-2-(piridin-4-il)-6,7-dihidro-1H-

pirrolo[3,2-c]piridina-5(4H)-carboxilato (PHABoc)

Efetuou-se esta síntese através um procedimento descrito na literatura [28]. Num balão de fundo redondo de 50 mL, adicionou-se 2,4-dioxopiperidina-1-carboxilato de terc- butilo (0,25 g; 1,2 mmol) e o 2-bromo-1-(piridin-4-il)etanona (0,18 g; 0,90 mmol). Dissolveu- se os compostos em 12 mL de etanol e colocou-se a reação à temperatura ambiente e com agitação. Decorridos 15 minutos, foi adicionado à mistura reacional acetato de amónio (0,27 g; 3,5 mmol). A reação decorreu durante 16 horas à temperatura ambiente e com agitação.

Após a reação, evaporou-se o solvente e dissolveu-se o resíduo em AcOEt. Extraiu- se a fase orgânica com hidróxido de sódio (0,5 M) e extraiu-se a fase aquosa com AcOEt (5x50 mL). As fases orgânicas foram reunidas, evaporadas e desidratadas com MgSO4

anidro. O composto final obtido foi purificado por CC, usando como eluente DCM:EtOH (10:1). A reação foi repetida várias vezes para ter a quantidade de composto suficiente para a realização da síntese seguinte.

3.5.3. N-acilação do PHABoc

Efetuou-se esta síntese através um procedimento descrito na literatura [41]. Transferiu-se para um balão de fundo redondo de 100 mL o PHABoc (0,12 g; 0,38 mmol) e dissolveu-se em 25,5 mL de DCM anidro. Colocou-se a reação em atmosfera inerte e adicionou-se AcCl (420 µL; 5,9 mmol) com agitação e Et3N (820 µL; 5,9 mmol), gota a gota.

Após a adição de Et3N, juntou-se à reação DMAP (3,8 mg; 0,031 mmol). Após a adição da

DMAP, deixou-se a reação à temperatura ambiente e com agitação durante 108 horas e, a seguir, 9 horas em refluxo com agitação. Após a reação, evaporou-se o solvente, diluiu-se em 20 mL de éter etílico, efetuou-se uma extração líquido-líquido com NaHCO3 (2x10 mL) e

água (1x20 mL), sucessivamente, secando-se a fase orgânica com MgSO4 anidro.

Finalmente, filtrou-se, evaporou-se o solvente e purificou-se por CC, utilizando como eluente AcOEt:Hexano (10:1).

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