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SÍNTeSe GLOBAL dA ACTIVIdAde dO GRUPO SeCIL

No documento SEMAPA CORPOS SOCIAIS 4 ORGANIGRAMA 6 (páginas 30-40)

A atividade de construção e o consumo de cimento continuaram a sua trajetória descendente em Portugal, principal mercado do Grupo Secil. Com efeito, em Portugal, no período de Janeiro - Dezembro, a produção do setor da construção diminuiu 16,6 % (Índice de produção na construção e obras públicas – INE Janeiro 2013). O consumo de cimento registou em 2012 uma quebra de cerca de 26,9% em relação a 2011 (“FEPICOP – Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas”), fixando-se em 3.329 milhares de toneladas, valor que se encontra ao nível do registado em 1973.

Neste contexto adverso, o volume de negócios consolidado do Grupo Secil no exercício de 2012 ascendeu a 450,2 milhões de euros. este desempenho representou um decréscimo de 11,2% face ao verificado no período homólogo, refletindo o menor desempenho da generalidade das vendas dirigidas ao mercado português e da unidade de negócio de cimento em Angola.

Refira-se o incremento do volume de negócios no mercado externo da unidade de negócio de cimento em Portugal em 25,9% e das atividades desen- volvidas no Líbano e na Tunísia, que permitiram minimizar o decréscimo global de atividade.

O eBITdA atingiu 71,6 milhões de euros, registando-se uma quebra deste indicador em cerca de 29,9% face ao exercício de 2011.

Apesar da melhoria do desempenho operacional no 4º trimestre de 2012, o acumulado do ano saldou-se por uma evolução desfavorável, em resultado da menor performance dos segmentos de negócios localizados em Portugal (consequência direta da crise profunda que se verifica no setor de construção) e, em menor grau, da unidade de negócio de cimento no Líbano.

A margem eBITdA durante o exercício de 2012 situou-se nos 15,9%, 4,3 p.p. abaixo da margem observada no período homólogo.

O Grupo Secil atingiu um resultado operacional de 0,3 milhões de euros, que compara com 53,2 milhões de euros no ano anterior. No exercício de 2012, este indicador foi negativamente influenciado pelo registo de um conjunto de perdas com registo de imparidades no valor global de 23,9 milhões de euros.

No exercício económico de 2012, o Grupo Secil registou prejuízos de 24,9 milhões de euros, fundamentalmente explicados pelos seguintes fatores: (i) diminuição da margem operacional, (ii) registo de um conjunto de perdas com imparidades anteriormente referido e, (iii) aumento dos encargos finan- ceiros (em resultado do efeito combinado do aumento da dívida liquida média no período e da taxa média de juro do Grupo).

O investimento global ascendeu a 56,6 milhões de euros, dos quais 31,4 milhões dizem respeito a investimentos operacionais e 24,4 milhões de euros relacionados com a aquisição de 14,1% da Supremo Cimentos, localizada no Brasil.

A 31 de dezembro de 2012, a dívida líquida cifrava-se em 285,5 milhões de euros (+143,1 milhões de euros do que em 2011), sendo que o aumento registado face ao final do exercício de 2011 deveu-se essencialmente a investimentos efetuados no âmbito do Grupo Semapa.

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Distribuição do Volume de Negócios por Segmentos e Geografia

Segmentos -3,8% Milhões eur os Cimento e Clinquer -26,2% -38,8% 2011 2012

Betão Pronto Outros Segmentos*

363,2 349,5

101,4 74,8

42,3

* Inclui Inertes, Argamassas e Pré-fabricados

O volume de negócios do segmento Cimento e Clínquer regrediu 3,8% face ao ano de 2011, em resultado da diminuição das vendas de cimento dirigidas ao mercado interno em Portugal e das operações cimenteiras situadas em Angola. Os restantes segmentos registaram igualmente uma contracção face aos valores apresentados em 2011.

Geografia -20,7% Milhões eur os Portugal 2011 2012 9,8% -6,2% -1,0% 5,8 5,8 +9,0% -11,2%

Tunísia Angola Cabo Verde Líbano Total

328,8 260,8

61,1 67,1 80,8 88,0

506,9 450,2

O volume de negócios resultante do conjunto das operações desenvolvidas fora de Portugal e das exportações a partir de Portugal aumentou o seu peso relativo: 42,1% vs 35,1% registados em 2011.

Distribuição do EBITDA por Segmentos e Geografia

Segmentos -28,7% Milhões eur os Cimento e Clinquer -50,3% -24,4% 2011 2012

Betão Pronto Outros Segmentos*

105,5

75,2

(0,7) (0,4) (2,6) (3,2)

* Inclui Inertes, Argamassas e Pré-fabricados

25,9

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2012

O segmento cimento e clínquer diminuiu o seu peso absoluto no conjunto das operações desenvolvidas pelo Grupo Secil. No entanto, aumentou o seu peso relativo face a 2011.

Geografia -45,9% Milhões eur os Portugal 2011 2012 15,8% 34,4% -64,5% 0,2 0,1 -8,9% -29,9%

Tunísia Angola Cabo Verde Líbano Total

65,7 35,6 8,0 9,3 26,0 23,7 102,2 71,6 2,2 2,9

Nota: O segmento Portugal inclui o eBITdA da Silonor (França) e Secilpar (espanha)

Em termos de repartição geográfica, o EBITDA apresentou uma maior dispersão face ao período homólogo, sendo que as operações fora de Portugal representaram cerca de 50,3% do total do eBITdA do Grupo Secil vs 35,7% registados no exercício de 2011.

4.4. eVOLUÇÃO dOS NeGóCIOS

4.4.1. Portugal

4.4.1.1. Enquadramento de Mercado

de acordo com as previsões recentemente divulgadas pelo Banco de Portugal no Boletim económico de inverno, a economia Portuguesa terá contraído 3% em 2012. Essa evolução refletiu, essencialmente, a queda significativa da procura interna, já que se assistiu no período em análise a um crescimento das exportações.

De acordo com a mesma fonte, é previsível que o quadro recessivo se prolongue em 2013 (contração de 1,9% da atividade económica, segundo o Boletim Económico de Janeiro do Banco de Portugal), em resultado das medidas de restrição orçamental previstas no orçamento de estado que potenciam uma diminuição adicional da procura interna, com os respetivos efeitos negativos sobre a atividade económica, em geral, e o setor da construção, em particular.

Este enquadramento macroeconómico negativo, que se refletiu na generalidade dos setores, continua a afetar significativamente o setor da construção, que permanece sem crescer nos últimos 11 anos. A atividade que no passado foi responsável por 7,3% do PIB nacional, tem atualmente uma contribuição de apenas 5% (de acordo com a Federação Portuguesa da Indústria de Construção e Obras Públicas). De acordo com o INE, a atividade de construção e obras públicas terá caído cerca de 16,6% no período de Janeiro a Novembro (Índice de produção na construção e obras públicas – INE Janeiro 2013). Neste enquadramento desfavorável, o Grupo Secil apresentou os seguintes indicadores globais da atividade desenvolvida em Portugal durante o exer- cício de 2012:

Portugal Volume de Negócios EBITDA Quantidades Vendidas (milhões de euros) Dez 12 Dez 11 12/11 (%) Dez 12 Dez 11 12/11 (%) Unid. Dez 12 Dez 11 12/11 (%)

Cimento e Clinquer 177,1 202,0 -12,3% 40,7 70,6 -42,4% 1.000 t 2.427,0 2.702,7 -10,2%

Betão Pronto 58,8 85,4 -31,2% -1,7 -2,1 21,0% 1.000 m3 958,1 1.398,2 -31,5%

Inertes 8,7 14,7 -40,6% -1,6 -1,2 -34,5% 1.000 t 1.982,6 3.052,7 -35,1%

Argamassas 9,1 12,5 -26,9% 0,3 1,4 -78,1% 1.000 t 166,1 251,4 -33,9%

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4.4.1.2. Cimento e Clinquer

em 2012, o consumo de cimento em Portugal decresceu cerca de 26,9%, situando-se nos 3,3 milhões de toneladas e acentuando a tendência de queda contínua iniciada em 2002.

As importações de cimento e clínquer terão atingido cerca de 200.000 toneladas, valor abaixo do ano anterior e que representam uma quota de mercado de aproximadamente 6%.

Variação Anual de Consumo de Cimento e Clinquer em Portugal

2010 2011 2012

Portugal Mt 5,8 4,9 3,4

Portugal Var% -5,8 -15,1 -29

União Europeia Var% -10,9 -3,0

Fonte: Grupo Secil

O ano de 2012 foi marcado por um forte ambiente competitivo, fruto da atuação dos operadores nacionais e das importações provenientes do mercado espanhol que também se encontra em contração e, ainda, pelo excesso de capacidade de produção instalada no território nacional face ao nível da procura.

Neste contexto económico e de queda da procura interna, o Grupo Secil manteve a sua posição relativa no mercado, adaptando a sua produção à dimen- são do mercado e procurando canais de distribuição alternativos no mercado de exportação, por forma a minimizar a redução da taxa de utilização das suas unidades produtivas.

O Grupo Secil prosseguiu a sua atuação marcada pelo dinamismo comercial e por uma postura de proximidade ao cliente, o que permitiu aumentar o seu preço médio líquido de venda no mercado interno em cerca de 0,4%. De referir ainda a estratégia adotada pelo Grupo Secil no fortalecimento da sua posição junto das cadeias de retalho especializado, tendo contribuído para um aumento do peso do segmento da revenda na sua estrutura comercial.

Indicadores

Volume de Negócios EBITDA

-12,3% Milhões eur os 2011 2012 202,0 177,1 -42,4% Milhões eur os 2011 2012 70,6 40,7

O volume de negócios atingiu 177,1 milhões de euros, tendo diminuído 12,3% relativamente a 2011 devido à redução significativa das vendas no mercado interno (-25,9%). De realçar o incremento da atividade de exportação (+25,8%), o que permitiu atenuar a redução das vendas no mercado interno. A unidade de negócio de cimento em Portugal obteve uma performance inferior à verificada no ano anterior, tendo o EBITDA atingido um valor de 40,7 milhões de euros, 42,4% inferior ao valor registado em 2011.

Esta evolução desfavorável deveu-se essencialmente aos seguintes fatores: i) decréscimo sensível da margem média de venda, fruto da diminuição das vendas no mercado doméstico que tem preços e margens mais elevados que a exportação; ii) aumento dos custos com a eletricidade; iii) ocorrência de custos não recorrentes relacionados com rescisão de contratos de trabalho, decorrentes do plano de reestruturação em curso, parcialmente compensa- dos com a redução de responsabilidades com outros benefícios.

De referir que a prevalência de um controlo apertado dos custos de produção, de distribuição e de estrutura no mercado interno permitiram minimizar os efeitos acima indicados, assim como a intensificação da utilização de combustíveis alternativos.

O sistema de distribuição respondeu cabalmente às solicitações do mercado. Num ano em que foram introduzidas novas portagens e se verificaram aumentos significativos nos preços dos combustíveis e greves no setor portuário e ferroviário, a gestão dos custos de transporte foi uma prioridade gerida com sucesso, tendo-se registado custos de distribuição idênticos aos registados no ano anterior.

De referir que o Conselho de Administração da Secil considera que é necessário prosseguir uma política no setor da energia elétrica que permita a redu- ção dos enviesamentos competitivos a que a indústria portuguesa, e particularmente a indústria cimenteira, está sujeita.

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2012

Por fim, destacamos a incorporação de cimento Secil em várias obras relevantes e de prestígio, já concluídas ou em curso de realização, designadamente a Fundação Nadir Afonso - Chaves (Arquiteto Álvaro Siza Vieira) e o Edifício Poente no Tagus Park – Oeiras (Arquiteto Frederico Valsassina). Relativamente a obras com cimento cinzento, destacam-se o Reforço de Potência de duas importantes barragens, a da Venda Nova e a de Salamonde - Vieira do Minho, o Data Center da Portugal Telecom - Covilhã, o novo Hospital de Vila Franca de Xira, a nova Sede da Policia Judiciária - Lisboa e o Edifício do Terminal de Cruzeiros de Leixões.

Actividade Industrial

Durante o ano de 2012, a produção de cimento nas fábricas do Grupo Secil em Portugal atingiu 2,3 milhões de toneladas, o que representou uma redução de 13% face a 2011 em resultado da diminuição da procura.

Produção de Cimento

2011 2012 Variação

Cimento Cinzento 1000 t 2.509 2.175 -13%

Cimento Branco 1000 t 94 94 2%

Total 1000 t 2.603 2.271 -13%

O cimento produzido nas três fábricas do Grupo Secil em Portugal continua a apresentar características finais bastante homogéneas e elevados padrões de qualidade, aspeto que se considera essencial para garantir um reconhecimento geral no mercado sobre o alto nível de exigência requerido pela Secil. No período em análise, os preços de aquisição de coque de petróleo apresentaram em termos médios anuais reduções da ordem dos 20%.

De registar o esforço empreendido pelas fábricas na redução dos custos de produção. As ações de racionalização foram fundamentais para atenuar os efeitos negativos da baixa utilização da capacidade produtiva, merecendo especial destaque o programa de sinergias na área de manutenção industrial, o qual visa a redução de custos de materiais, serviços e stocks, bem como um projeto de aumento de eficiência energética, que tem como objetivo a re- dução dos custos com energia térmica e elétrica, componentes estas com um peso muito significativo na estrutura de custos, assim como nas condições de sustentabilidade da empresa.

Prosseguiu-se o aumento da utilização de resíduos industriais como combustível térmico, com um aumento da taxa de utilização de combustíveis tér- micos alternativos de 38% em 2011 para 41% em 2012.

A reestruturação que ocorreu em Portugal teve um impacto muito significativo na área do cimento, tendo o plano de redução da estrutura das operações envolvido as 3 fábricas de cimento, bem como a estrutura organizacional. Esta racionalização dos recursos humanos, por forma à adaptação do negócio à nova realidade de mercado, traduziu-se na redução do número de colaboradores em cerca de 24% face a 2011.

Investimento

Os investimentos realizados em 2012 totalizaram 12 milhões de euros, o que representou uma redução de 63% face a 2011, ano no qual o valor dos investimentos ascendeu a 32 milhões de euros. Este decréscimo encontra-se alinhado com a política de racionalização prosseguida pelo Grupo Secil. Destacam-se o aumento da capacidade de armazenagem de Combustíveis Alternativos, o início da instalação de By-pass de gases nos fornos da Fábrica do Outão e da Maceira, a instalação de uma unidade de ensacagem e paletização de cimento na Fábrica do Outão e a conclusão do projeto de utilização de CO2 para criação de microalgas e respectivo aproveitamento comercial.

4.4.1.3. Betão-Pronto

Volume de Negócios EBITDA

-31,2% Milhões eur os 2011 2012 85,4 58,8 Milhões 21,0% eur os 2011 2012 (1,7) (2,1)

Estima-se que o mercado de betão-pronto tenha atingido 3,5 milhões de metros cúbicos, o que resultou numa redução em cerca de 43% face a 2011, devido à contração significativa do setor da construção residencial e à suspensão de algumas obras públicas.

Para além da redução do mercado do betão pronto assistiu-se à deterioração, ao longo do ano, do risco de crédito e da situação financeira de muitos clientes, que conduziu à insolvência de numerosas empresas e a um crescente recurso por parte dos clientes aos processos especiais de reestruturação,

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representou uma redução de 31,5% em quantidade e 31,2% em valor face a 2011.

em termos de performance, o eBITdA atingiu -1,7 milhões de euros vs -2,1 milhões de euros registados no ano anterior. A performance desta unidade de negócio foi negativamente afetada pela redução do nível de atividade, bem como pelo registo de cerca de 2,5 milhões de euros negativos com custos não recorrentes relacionados com rescisão de contratos de trabalho e cerca de 825 mil euros com o registo de imparidades em dívidas de clientes. Refira-se que a quebra muito significativa da atividade no setor originou um processo de reestruturação, já iniciado em 2011, com vista à redução subs- tancial de custos e racionalização das operações, por forma a adequar esta unidade de negócio à realidade atual. Este processo envolveu a dispensa de cerca de 75 colaboradores e foram efetuados acordos ainda no final de 2012, com 17 colaboradores, que deixarão o Grupo Secil no início de 2013. No decurso de 2012, procedeu-se ao encerramento ou à suspensão de laboração de um número elevado de centrais de betão, mantendo-se actual- mente em atividade cerca de 31 centrais.

4.4.1.4. Inertes

Volume de Negócios EBITDA

-40,6% Milhões eur os 2011 2012 14,7 8,7 -34,5% Milhões eur os 2011 2012 (1,6) (1,2)

As vendas de inertes registaram uma redução significativa de 40,6% em valor e 35,1% em quantidade, fruto da situação de crise no setor da construção civil.

O EBITDA atingiu -1,6 milhões de euros, o que representou uma redução de 34,5% relativamente ao ano anterior. Este decréscimo teve como origem a diminuição sensível do nível de atividade e o registo de custos relacionados com indemnizações de despedimento de 37 trabalhadores, no valor de 653 mil euros, resultantes de um processo de reestruturação iniciado no final do ano de 2011.

Assistiu-se a uma pressão significativa sobre os preços de venda, tendo o 2º semestre de 2012 ficado marcado por uma maior agressividade da concor- rência. Os custos de produção registaram um aumento de cerca de 6%, justificado maioritariamente por uma subida no custo da energia elétrica, apesar da criteriosa escolha do tarifário e adaptação do horário de produção, visando o trabalho nas horas de menor custo.

4.4.1.5. Argamassas

Volume de Negócios EBITDA

-26,9% Milhões eur os 2011 2012 12,5 9,1 -78,1% Milhões eur os 2011 2012 1,4

A crise no setor da construção civil e em particular no segmento da construção residencial, voltou a penalizar o mercado das argamassas.

O mercado da cal hidráulica manteve um nível de atividade idêntico ao registado em 2011, apesar da tendência de contração verificada nos últimos anos. Neste contexto, o volume de negócios desta unidade de negócios foi de 9,1 milhões de euros, o que representou uma diminuição de -26,9% face ao ano de 2011.

O EBITDA atingiu 0,3 milhões de euros e baixou cerca de 78,1% devido essencialmente à diminuição das quantidades vendidas no mercado interno. Refira-se o continuado esforço de racionalização de custos, nomeadamente custos com pessoal, não tendo no entanto sido suficientes para compensar a quebra do nível de atividade.

Como facto relevante salienta-se o arranque, já em Janeiro de 2012, da nova fábrica de argamassas no Montijo, com capacidade anual de produção de 240.000 toneladas que permitirá melhorar significativamente o abastecimento do mercado, nomeadamente na região de Lisboa.

Destaque-se também o lançamento da gama de produtos técnicos para impermeabilização, prevenção e tratamento de humidades hidrostop e reforço da gama de reabilitação com novas argamassas à base de cal hidráulica natural.

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2012

4.4.1.6. Pré-Fabricação em Betão

Volume de Negócios EBITDA

-30,2% Milhões eur os 2011 2012 8,1 5,7 75,3% Milhões eur os 2011 2012 (0,4) (1,6)

Durante o ano de 2012 o mercado da pré-fabricação em betão manteve a sua trajetória descendente. Estima-se que o mercado onde as empresas do Grupo operam tenha reduzido cerca de 30%, em linha com os níveis de atividade da Secil Prebetão e da Argibetão.

A procura é muito inferior à oferta instalada, pelo que o setor continua a ser caracterizado por uma concorrência muito agressiva, onde são praticados preços de venda muito baixos, por vezes aproximados ao preço de custo.

Neste contexto, o volume de negócios da unidade pré-fabricação em betão foi de 5,7 milhões de euros, -30,2% que o valor alcançado no ano anterior. Em termos de desempenho operacional, esta unidade de negócios apresentou um eBITdA de -0,4 milhões de euros que compara favoravelmente com - 1,6 milhões de euros atingidos em 2011, uma vez que o EBITDA desse ano tinha sido influenciado por custos de caráter não recorrente relacionados com o pagamento de indemnizações a trabalhadores dispensados.

De referir que a Secil Prebetão está a implementar um plano de reestruturação que permitirá aumentar a sua competitividade e melhorar o seu de- sempenho futuro.

4.4.2. Tunísia

4.4.2.1. Enquadramento de Mercado

A economia e a sociedade tunisina continuaram em 2012 muito marcadas pela revolução de Janeiro de 2011 e pelos acontecimentos que se seguiram. Apesar da contínua melhoria da situação geral de segurança, persistem alguns focos de instabilidade, causando muitas incertezas no que respeita à evolução no País em termos políticos, sociais e económicos.

A situação da economia europeia repercutiu-se na economia da Tunísia, mais precisamente num abrandamento da atividade nos setores exportadores, prejudicando a economia já de si abalada pela revolução e pela instabilidade política e social. Esta situação foi ainda agravada pelo prolongamento do período de transição que deveria ter terminado em 2012 com a realização de novas eleições e que ainda não ocorreram.

Segundo o FMI, a economia tunisina deverá ter crescido em 2012 cerca de 2,7%, invertendo o crescimento negativo de -1,8% verificado em 2011 (World Economic Outlook, FMI Outubro 2012). Foi registada alguma recuperação nos setores da indústria, do turismo e dos transportes, todavia sem atingir os níveis registados em 2010.

O dinar tunisino manteve a tendência verificada em 2011 de desvalorização face ao euro, tendo desvalorizado cerca de 2,6% em termos médios. Os indicadores globais da atividade desenvolvida na Tunísia pelo Grupo Secil, nos exercícios de 2011 e 2012, apresentaram a seguinte evolução:

Tunísia Volume de Negócios EBITDA Quantidades Vendidas (milhões de euros) Dez 12 Dez 11 12/11 (%) Dez 12 Dez 11 12/11 (%) Unid. Dez 12 Dez 11 12/11 (%)

Cimento e Clinquer 59,1 52,6 12,5% 8,5 7,0 20,5% 1.000 t 1.217,5 1.096,1 11,1%

Betão Pronto 7,9 8,4 -6,1% 0,8 1,0 -16,5% 1.000 m3 175,9 189,8 -7,4%

Pré-fabricados 0,1 0,2 -32,5% 0,0 0,0 -40,3% 1.000 t 4,0 6,2 -34,6%

Total 67,1 61,1 9,8% 9,3 8,0 15,8%

4.4.2.2. Cimento e Clínquer

O setor do cimento continuou em 2012 a sofrer os efeitos do período transitório da revolução, entre os quais os fechos esporádicos das instalações em- bora em menor escala que o verificado em 2011.

O consumo de cimento e cal artificial no mercado tunisino atingiu cerca de 7,5 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 12,3% relativa- mente ao ano anterior. Na Região Sul, local onde se encontra localizada a unidade fabril do grupo Secil, o aumento foi um pouco inferior, na ordem dos

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As vendas em volume no mercado local atingiram as 1,2 milhões de toneladas, +8,2% do que o valor registado no ano anterior. As vendas destinadas ao mercado externo também registaram um aumento relativamente ao ano anterior, tendo atingido um total de 36 mil toneladas vs 4 mil toneladas em 2011. Este aumento é justificado em grande parte pela redução abrupta que se verificou em 2011, na sequência da revolução e dos acontecimentos que se seguiram.

de referir que, apesar do aumento das vendas para o mercado externo, mantiveram-se em 2012 as restrições administrativas às exportações, bem como a situação ainda instável da Líbia, pelo que os volumes da exportação ficaram aquém do seu potencial.

Indicadores

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