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S Tomé e Príncipe (STP)

No documento MAJ Gomes Rodrigues (páginas 41-55)

O objetivo principal para a cooperação técnico-militar entre Portugal e São Tomé e Príncipe é apoiar a estrutura superior da Defesa e das suas Forças Armadas. Para tal, foram definidas as ações que constam do Plano Quadro de CTM em vigor entre 2011 e 2013. Destas, importa chamar à colação as relativas ao apoio técnico prestado às estruturas das Forças Armadas, e por outro lado ao apoio prestado à Guarda Costeira nas suas diversas vertentes.

No PIC para 2008-11, o qual ainda não foi substituído, menciona quatro áreas importantes referentes à CTM. A capacitação das estruturas, a formação e instrução militar, o apoio em termos de serviços e por fim a capacitação dos seus quadros militares.

6) Timor-Leste

A cooperação de Portugal com Timor-Leste iniciou-se em 1999, incidindo sobre a assistência humanitária (1999-2002). De entre os vários eixos estratégicos de intervenção, a boa governação destaca-se como condição para o desenvolvimento.

Assim a Cooperação Técnico-Militar entre Portugal e Timor-Leste, tem o objetivo “ de apoiar a reorganização e capacitação das Forças de Defesa de Timor- Leste, nomeadamente nas componentes terrestre e naval através da formação nas áreas da organização, logística, administração e técnica.” (IPAD, 2008, p. 49).

33 Síntese Conclusiva

d.

Após o elencar dos objetivos, linhas de orientação e atividades desenvolvidas, no plano bilateral, trilateral e multilateral da CTM e CTP é possível estabelecer alguns paralelismos.

Os objetivos e linhas de orientação preconizados em ambas, ligam a segurança e desenvolvimento. Aqui é imperativo o funcionamento regular das instituições para que o governo, de forma capaz, seja o garante da estabilidade no seu território através do poder executivo, legislativo e judicial. É nesta parte da estabilidade que a CTP e CTM desempenham o seu papel. Assim existe aqui desde logo um ponto comum, o objetivo que visa alcançar a boa governação por parte dos Estados33. Permite-nos assim delinear um objetivo comum entre a CTP e CTM: o reforço das condições da estabilidade interna dos Países na sua forma global, contribuindo em especial para a consolidação das suas instituições políticas com vista a promover a segurança das suas populações. Estes objetivos, transversais à CTP e CTM, serão concretizados fruto do papel que ambas desempenham no apoio à estruturação, organização e funcionamento das suas Forças Armadas e Forças de Segurança, por um lado, e a formação dos seus quadros aos diversos escalões34.

Em relação às atividades desempenhadas pela CTM e pela CTP, estas possuem pontos comuns, designadamente a formação de quadros, a assessoria prestada ao nível das estruturas e organização das Forças Armadas e Forças de Segurança, também asseguradas através de Oficiais destacados em permanência em Angola, para a área de defesa e a área de segurança.

Pelo atrás exposto é possível determinar como válida a H3: Os objetivos, as linhas de orientação e as atividades desenvolvidas pela CTM e CTP possuem pontos comuns.

33 De realçar que nos PIC estabelecidos com os Países da CPLP, a CTP e CTM vêm inseridas nos eixos

da boa governação, segurança humana e capacitação de instituições.

34 4. As relações entre a Cooperação Técnico-Militar e Técnico-Policial

Neste último capítulo, e após termos abordado o papel da CTM e CTP como essencial para a RSS e consequente solução para a estabilidade, termos descrito o enquadramento legal da cooperação e a vertente militar e policial, termos abordado os objetivos, linhas orientadoras e atividades da CTM e CTP, mencionando o que foi feito, e o que se encontrava em curso, em termos gerais, importa agora efetuar uma análise da CTM e CTP.

Assim, iremos partir de dois conceitos anteriormente abordados: a cooperação técnica militar e a cooperação técnica policial. A análise destes dois conceitos será efetuada mediante as seguintes dimensões: legal, objetivos, áreas de intervenção, destinatários.

Legal a.

Em termos de documentos estruturantes referentes à cooperação podemos referir em termos comuns à CTM e CTP, o facto da referência na CRP para os laços especiais com os países lusófonos. Os diversos programas de governo também dão enfase à cooperação institucional (assistência técnica e formação), e a cooperação técnico‑ militar (formação).

Na vertente militar da cooperação técnica importa referir o seu Conceito Estratégico de Defesa Nacional, onde consta a importância da CPLP e as necessárias relações bilaterais e multilaterais na área da defesa. Aqui resume-se à componente das Forças Armadas, não fazendo referência às Forças de Segurança nesta matéria de cooperação. O programa de Apoio às Missões de Paz em África (PAMPA), vem orientar o esforço da CTM para a vertente multilateral. Por outro lado e a nível bilateral, a realização dos Programas Indiciativos de Cooperação e consequentes Planos Quadro vêm operacionalizar todo este processo.

A vertente policial da cooperação técnica, vem contemplada na Lei de Segurança Interna, e posteriormente nas Leis Orgânicas das Forças e Serviços de Segurança. É operacionalizada através dos PIC acima mencionados e posteriormente nos Programas Quadro no âmbito da cooperação bilateral. No plano multilateral, constam os acordos estabelecidos na área de segurança interna, designadamente sobre a cooperação policial.

35 Importa aqui fazer uma referência à inexistência de uma estratégia comum à CTP e CTM, ou seja, tendo por base os PIC, e todo enquadramento existente a montante, e já mencionado no decorrer deste estudo, os Programas-Quadro da CTM e os Programas de Ação da CTP são elaborados, além de entidades distintas, de forma desarticulada, ou pelo menos, de forma não coordenada. Para além de atualmente existirem PIC desatualizados, daí decorrem programas-quadro e os respetivos Programas de Ação de Cooperação, que são o instrumento que operacionalizam os PIC. Em suma, a CTM e CTP possuem documentos estruturantes distintos. A CTM com referências nas diferentes estratégias para a cooperação portuguesa em matéria de defesa, e mais recentemente a CTP com referência nos programas indicativos de cooperação. Não existe aqui uma linha comum, a nível de documentos legais que possibilite afirmar a existência de uma estratégia comum para a segurança e defesa.

b. Objetivos

Nesta dimensão pretende-se analisar os dois conceitos a nível dos seus objetivos, se os mesmos são concordantes ou pelo contrário. Assim, a CTM tem como objetivo a organização, reestruturação e formação ao nível dos Ministérios da Defesa Nacional e Forças Armadas, de forma que estes estejam subordinados aos órgãos de soberania democráticos e legítimos. O objetivo último é capacitar o Estado de forma sustentada para que este possua meios capazes para garantir a segurança e bem-estar das suas Populações. Ou seja, a CTM contribui de forma fundamental para a necessária RSS, sendo esta essencial para atingir os níveis de segurança e estabilidade para que se possa seguir o caminho de um desenvolvimento sustentado.

A CTP tem por objetivo o desenvolvimento da organização e estrutura da Segurança Interna dos Estados, participando desta forma no aumento das condições de segurança das populações contribuindo para a autonomia das instituições políticas e desta forma para a estabilidade interna. A CTP, como vimos anteriormente é um instrumento essencial, não sendo o único, para a RSS. Esta reforma está na base da construção de um Estado com capacidade para atuar nas suas diversas vertentes, sendo o responsável pela segurança, pelo que a consolidação das suas estruturas e a sua capacitação vai no sentido de criar uma maior estabilidade interna.

Em suma, nesta dimensão, a CTP e a CTM possuem um objetivo comum, ou seja o estado final desejado é a melhoria das condições de segurança através do incremento da capacidade do Estado para as manter e por fim, a estabilidade. O objetivo

36 específico é também comum, no que respeita à restruturação das Forças Armadas e Forças de Segurança, cada uma com as suas idiossincrasias próprias.

c. Áreas de intervenção

Neste caso concreto teremos as intervenções nos vários planos, bilateral, trilateral e multilateral.

No plano bilateral, a CTM desenvolve as suas ações no âmbito da capacitação dos quadros das Forças Armadas, através da formação e instrução. O apoio prestado ao nível de serviços é também uma realidade de onde se destaca a Assistência Médica em Portugal aos formandos que se encontram na frequência de cursos, bem em determinados casos aos seus familiares. A assessoria técnica prestada ao nível de estudos e planeamentos referentes a infraestrutura e ao nível referente à organização das estruturas superiores da Defesa das FFAA. A CTP, desenvolve a sua ação através da capacitação dos quadros das Forças de Segurança, através da realização de ações de formação. Um outro fator importante é o papel dos Oficiais de Ligação, no que respeita à CTP e aos Adidos de Defesa na parte da CTM, poderão ser facilitadores de todo o processo de cooperação, junto das chefias militares e policiais. Num outro prisma, estes serão os observadores no local da cooperação portuguesa, além da coordenação global, poderão visualizar e agilizar a cooperação entre as diversas forças a nível interno, e fazer a ligação entre a cooperação portuguesa com as entidades responsáveis nos países recetores e outros atores presentes. Assim ambas as cooperações possuem áreas de intervenção que se tocam, outras, decorrentes das suas capacidades são distintas.

No plano trilateral, apenas a referência à CTM, sendo esta ainda muito recente. No plano multilateral, a CTP, como já mencionado, possui um acordo de cooperação policial entre os membros da CPLP, com vista a fazer face à criminalidade. Numa outra vertente, a experiência de ações de índole humanitária e de apoio à paz é uma realidade, a qual poderá ser aproveitada no âmbito da CPLP. Em relação à CTM, na sua vertente multilateral apontamos como referência os exercícios da série “FELINO” como um exemplo de sucesso, atuando de forma conjunta e combinada ao nível da CPLP. Daqui se menciona também a vertente humanitária e de apoio à paz, cujas Forças Armadas portuguesas detêm experiência. Por ultimo a criação dos centros de excelência de formação de formadores é mais um passo para a solidificação das relações dentro da CPLP.

37 Assim, entre a CTP e CTM existem pontos comuns no plano bilateral, como a formação, assessoria, e no plano multilateral, no que respeita às missões humanitárias e de apoio à paz. Contudo não existe uma aproximação conjunta nesta matéria entre a CTP e CTM, pois cada uma desenvolve as suas intervenções de forma independente sem qualquer interligação ou cooperação.

d. Destinatários

Esta dimensão aborda os destinatários diretos e indiretos das intervenções da CTM e CTP. Assim, de forma direta, e mencionando já de forma comum entre ambas as cooperações, os destinatários primários são os efetivos das diversas instituições onde a CTP e CTM atuam, através do incremento da sua capacidade técnico-profissional, atingida pela formação dos quadros. Daqui se infere uma melhoria do serviço prestado, logo uma melhoria institucional, ou seja contribui para uma organização e funcionamento das instituições. Assim, os destinatários são distintos em razão das instituições que representam, mas são os mesmos em termos de público-alvo atingido.

Os destinatários secundários, não por terem menos importância, por pelo facto de receberem os efeitos provocados aos destinatários primários, são a população em geral, pois beneficiarão de um melhor serviço prestado, criando condições para o estabelecimento de confiança dos instrumentos do Estado, e consequentemente caminha no sentido de alcançar a segurança e a estabilidade.

e. Síntese conclusiva

Abordámos os conceitos de cooperação técnica, na vertente policial e na vertente militar. Nestes dois conceitos, analisámos de acordo com as dimensões definidas: legal, objetivos, áreas de intervenção e por fim os destinatários.

Foi possível estabelecer pontos de convergência e de divergência. Assim, o caso dos destinatários da CTM e CTP é explícito, quer os destinatários primários, bem como os destinatários últimos são equivalentes em ambas. Os objetivos definidos são semelhantes em termos gerais, desde logo a capacitação das instituições, o rumo á boa governação e por fim atingir a segurança e estabilidade.

Em termos da dimensão legal, para além de não existir um quadro legal comum para a CTM e CTP, importa referir que os instrumentos que a operacionalizam não são elaborados de forma coordenada, realce dado às ações desenvolvidas de forma independente. Por fim, a dimensão das áreas de intervenção, encontram-se pontos

38 comuns e distintos. A formação de quadros e assessoria é uma característica comum em ambas as cooperações. Contudo a sua ação é executada de forma independente, desde o planeamento à sua execução e posterior avaliação. Em termos multilaterais é importante a experiência da CTP e CTM em operações de apoio à paz, as quais são um ponto comum efetivamente, mas que no terreno, são caminhos distintos.

Face ao exposto, considerando que existem relações de convergência já explanadas, mas não foram detetadas relações de fricção, no limite apenas encontrámos atuações independentes sem o elemento de coordenação, estamos em condições de infirmar a H4: Existem relações de convergência e de fricção entre a CTP e a CTM.

39 Conclusões

Passaremos agora a apresentar as conclusões do trabalho. Numa primeira fase faremos uma revisão do procedimento que nos trouxe até este ponto, elencando também os contributos proporcionados, as limitações detetadas ao longo da elaboração do trabalho.

Recordamos agora a questão de partida, a qual nos guiou durante todas as fases de elaboração deste árduo trabalho.

QP: Quais os pontos de convergência e de fricção entre a cooperação técnico militar e a cooperação técnico policial, que permitam a definição de uma estratégia de segurança e defesa com vista à consecução dos objetivos da política externa portuguesa.

Para responder a esta questão organizámos o trabalho em quatro capítulos. Iniciámos o trabalho com a justificação do assunto abordado, mencionando a sua importância na atualidade. Descrevemos o percurso metodológico que seguimos durante a elaboração do trabalho.

No primeiro capítulo referimo-nos à conflitualidade típica em África, a relação existente entre os conflitos intraestatais e a necessária Reforma do Sector de Segurança como elemento essencial para alcançar a estabilidade. Foi elencada também o papel que a cooperação técnica, militar e policial, desempenham neste processo, ou seja quais os seus contributos para a estabilidade. Assim, este trabalho de investigação encontra-se dividido em quatros capítulos. O primeiro capítulo pretende-se uma abordagem à conflitualidade típica em África, reportando- nos ao papel que a cooperação técnico-militar e técnico-policial possuem neste quadro. Assim, no âmbito da Reforma do Sector de Segurança (RSS) a CTP e a CTM atuam através da capacitação das instituições, através nas operações de apoio à paz, através da assessoria prestada e formação dos seus quadros e o contributo para a boa governação. A CTP e a CTM contribuem desta forma para a segurança e desenvolvimento em África.

No segundo capítulo fizemos uma síntese do quadro legal da cooperação em Portugal, designadamente no que se refere à cooperação técnico-militar e técnico- policial, e a sua integração à luz da CPLP. Fizemos alusão à CRP, aos programas do Governo, as estratégias para a cooperação, o Conceito Estratégico de Defesa Nacional, a Lei de Segurança Interna. Concluímos que não existe um quadro legal comum entre a CTP e CTM.

No terceiro capítulo mencionamos os objetivos, as linhas de orientação e por fim as atividades desenvolvidas pela CTM e CTP. Iniciámos pelos objetivos e respetivas linhas de orientação, tendo constatado que contribuem para o funcionamento regular das instituições

40 colocando o Estado como responsável por garantir a segurança no seu território através. Concluímos que existe um objetivo comum entre a CTP e CTM: o reforço das condições da estabilidade interna dos Países na sua forma global, através da sua ação no que respeita à RSS. Outro ponto comum que constatámos está relacionado com atividades desempenhadas pela CTM e pela CTP. Em gerais possuem a mesma configuração, a formação de quadros, a assessoria, os Oficiais destacados. Por fim, podemos afirmar que existem pontos onde a CTM e a CTP se tocam nesta matéria.

No quarto capítulo, teve por base o que foi feito no passado, o caminho percorrido, e o que se encontra em curso. Analisámos os conceitos de cooperação técnica, o militar e o policial, à luz de dimensões por nós definidas. Assim analisámos nas dimensões do enquadramento legal, à luz dos objetivos, a nível das áreas de intervenção e por fim de acordo com os destinatários da cooperação. Concluímos aqui a existência de pontos comuns, como o caso dos destinatários da cooperação, a existência de pontos que não são comuns, como o caso da dimensão legal.

Assim, verificámos que: (i) a CTP e a CTM contribuem para a segurança e desenvolvimento em África; (ii) não existe uma base legal comum para a cooperação técnico militar e para a cooperação técnico militar; (iii) os objetivos, as linhas de orientação e as atividades desenvolvidas pela CTM e CTP possuem pontos comuns; (iv) existem relações de convergência e de fricção entre a CTP e a CTM.

Posto isto, respondemos à nossa questão de partida, referindo quais os pontos de convergência e de fricção entre a cooperação técnico militar e a cooperação técnico policial, que permitam a definição de uma estratégia de segurança e defesa com vista à consecução dos objetivos da política externa portuguesa. Os pontos de convergência entre a cooperação técnica militar e a cooperação técnica policial são: (i) os objetivos dos dois conceitos de cooperação, onde se revê o seu contributo essencial para a Reforma do Sector de Segurança como um dos elementos principais para que os Estados possam garantir, por si sós, a segurança, o cumprimento da lei e da ordem, com vista a alcançar a estabilidade necessária; (ii) os destinatários da cooperação encontram- se ao mesmo nível, ou seja, os efetivos das Forças Armadas e das Forças de Segurança e respetivas Instituições, ou destinatários finais serão a população no seu todo, que beneficiará de um melhor serviço, aos quais lhes será garantida a segurança, criando condições para a estabilidade; (iii) as áreas de intervenção entre a CTP e a CTM, não são exatamente as mesmas, fruto das capacidades distintas de cada força, contudo a formação e assessoria técnica, são convergentes.

41 Relativamente a pontos de fricção existentes entre a CTM e CTP, não foram elencados nenhuns, contudo existem pontos que não convergem, mas que não se apresentam como fricção e que passamos a enumerar: (i) as intervenções no âmbito de apoio à paz em que, apesar da CTM e a CTP possuírem capacidades e experiência nesta matéria, fazem-no de forma independente e não complementar. Daqui se infere também a existência dos centros de formação de formadores nesta área, em que apenas as Forças Armadas se encontram envolvidas; (ii) o enquadramento legal sobre a CTM e CTP não resulta de uma estratégia concertada entre ambos os conceitos de cooperação, à medida a que as necessidades foram surgindo, foram emanados documentos legais sobre esta matéria. A coordenação da cooperação entre a CTP e CTM não é uma realidade pelo que não existe uma estratégia integrada para a segurança e defesa no âmbito da cooperação.

Por fim tecemos algumas recomendações com o propósito de minimizar os pontos que foram identificados como não convergentes, e melhorar os pontos convergentes entre a CTP e CTM: (i) na vertente multilateral da cooperação, e no caso concreto dos exercícios “FELINO” que englobam as Forças Armadas dos vários Estados, existindo a capacidade e intenção de treino relativamente a situações de cariz humanitário e de apoio à paz, poder-se-ia equacionar a integração das respetivas Forças de Segurança, envolvendo os diversos atores que numa situação real poderiam ser chamados a intervir. Aqui a CTM em atuação com a CTP poderia ser importante para atingir os objetivos preconizados; (ii) no processo de afirmação dos Centros de Excelência de Formação de Formadores, seria importante, que se constituíssem, por um lado equipas de instrutores multilaterais, por outro lado, a utilização destes Centros apenas para e pelas Forças Armadas, parece-nos redutor. Seria de equacionar, alargar o seu âmbito às Forças de Segurança, criando uma aproximação entre estas e as Forças Armadas, numa ótica de atuação conjunta e combinada; (iii) a aproximação entre a CTM e CTP no que concerne ao orçamento, para as atividades de segurança e defesa, possivelmente um orçamento comum(iv); nas missões de apoio à paz, uma aproximação da CTP e CTM evitaria sobreposição e sobretudo, intervenções fora das missões a que estão adstritas, pelo que uma ação conjunta poderia ser adequada em determinados cenários.

42 Bibliografia

Barroso, Luís (2011). A Evolução da CPLP na Segurança e Desenvolvimento do Continente Africano: Relevância do Instrumento Militar e o Papel de Portugal. Lisboa:

Revista Militar. Disponível em:

http://www.revistamilitar.pt/modules/articles/article.php?id=592, [Consult. 14 de Fevereiro 2012].

Bernardino, Luís (2007). Uma reflexão sobre a problemática da Segurança em África. Jornal do Exército, Lisboa, ano 48, n.º 567 (Novembro de 2007), p. 52-58

No documento MAJ Gomes Rodrigues (páginas 41-55)

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