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SAMIRA LESSA ABDALAH Currículo e Didática da Diferença:

Dançário de EIS AICE Bloco II. O Processo Transcriador

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Educação,

da Faculdade de

Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Educação.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª

Sandra Mara Corazza.

Porto Alegre 2018

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Sumário

Modelo Ficha das Sete Casas do Dançário de EIS AICE...84

Imagem de Educador e Imagem de AICE ...92 Modelo de IMAGEM de AICE ...93

79 Figuras: 1. Saliva em Flor (86) 2. Flor em Brasa (87) 3. Névoa em Flor (90) 4. Nada em Flor (91)

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Neste bloco, pretende-se mostrar por vias de escrileitura, modos de escrita do Modelo da Ficha Casa de EIS AICE.

Como modo operatório de utilizar as imagens

eisaiceanas, neste procedimento tradutório de escrita e

leitura, faz com que se pense, traduza e articule movimentos de um currículo e de uma didática nômade, dançante e de corpos de Educadores que, de alguma maneira, investiguem seus modos de tradução em sala de aula. E, com isso, questionem suas próprias ações docentes e pensamentos de ensino.

O Modelo original (em Anexos, p.) proposto pela professora Sandra Mara Corazza, são desenvolvidas quatro exemplos de casa. Desse modo, abaixo estão às experimentações tradutórias proposta para essa pesquisa.

As tabelas indicam sete casas que são

escrileituradas como um guia do Dançário de EIS AICE. É

uma maneira de traçar ou coreografar o trajeto dos seus signos, elementos, imagens transcriadas no decorrer dessa escrita. Visto que o modelo foi propulsor para a elaboração do Dançário de EIS AICE. O drama das imagens de casa busca traduzir produtos imprevisíveis e imprevistos a fim de “sacudir as certezas e as verdades daqueles mesmos campos” (Corazza, 2016,p.11). Tanto as imagens de AICE como de EIS foram se transfigurando em signos de uma dança oriental, de imagens dos cômodos de uma casa bachelardiana.

O que de seus afectos afetam um currículo e uma didática artista numa aula cheia?

São práticas de um pensamento educacional, são atos tradutórios que se operacionalizam como estratégia contra a manutenção de dogmatismos. No Projeto Escrileit uras essas traduções do currículo e da didática funcionaram de forma ficcional funcionando como discursos que não eram mais conduzidos pelos de

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origem, embora houvesse certa avaliação e interpretação conduzida. O intuito de mostrar algumas dessas produções é, de alguma forma, mostrar como que a DidáticArtista (Corazza,2014) é uma matéria promovida por encontros que se apropriam de rastros do original transformando em outras maneiras inusitadas. Mesmo transpondo aqui o já escrito, ainda assim, não é uma mimese do real, pois já ficcionado, tornam-se ficção da ficção uma vez posto em outro contexto do texto de partida. De forma que o mais importante não são as produções finais como mostradas a seguir, mas como que - transformando-se em Didata-Tradutores das imagens eisaiceanas - o processo de suas escritas e leituras transcriaram os elementos científicos, filosóficos e artísticos, reconhecendo assim, nas suas próprias produções.

O autor habita neste Didata-Tradutor por lances inventivos. Ele transporta os sentidos de uma língua para outra, a repetição, o “Ctrl C/Ctrl V” de um modelo para

outro já que possui outro sentido das vozes desses outros autores. São rastros da voz desse autor da presente escrita. Uma via de tradução que tem como prática “verter, não inverter” (Campos, 1986, p.17). Verter como as águas de um rio, as ondas dos mares, verter de águas profundas como no vasto campo das “ideias sonhadoras” das palavras, pois aquele que sonha está implicado na invenção poética (Corazza, 2017, p.7). Verter e traduzir AICE de Corazza para AICE de D.N ou T.M ou ainda de M.O.R. entre tantas outras vozes que ecoaram e ainda ecoam deste verter de imagens

eisaiceanas. O caso é pensar de modo crítico se algo

está sendo feito criadoramente ao se afetar da língua

mat er com outras línguas que operam nesta dança

tradutória. Perguntar-se apenas se essa operação tradutória das imagens de AICE e de Educador possibilitaram outros modos de pensar, agir, ler e escrever sobre didática e currículo? “O artista da palavra deve reconduzir a língua para o sensível”

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(Campos, 1969, p.190) essa língua que possui

propriedade, ou seja: que é capaz de afastar-se das

formas, dos modos dialéticos da razão e do discurso cujas produções de imagens floresçam da concretude do poeta. Transcriar imagens produzindo novas imagens, transpondo as línguas e liquidando com os limites das definições das palavras discursivas. A invenção, a imaginação como necessidade da razão, conforme Haroldo de Campos escreve que é a mais perfeita da sensibilidade mais viva por se tratar das relações do homem e suas análises das ideias e da ciência da natureza. Os autores aqui e seus rastros de vozes são como a ciência das relações, onde o currículo e a didática transcriadora baila pela imaginação de Didatas-tradutores que buscam construções livres, variadas e figuradas de EIS AICE.

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Uma casa onde sozinho vou chamando Um nome que o silêncio e as paredes me dest inam Uma est ranha casa que se mantém na minha voz E que o vent o habita. Eu a invent o, minhas mãos desenham uma nuvem Um barco abert o ao céu por sobre as florest as Uma bruma que se dissipa e que desaparece Como num fogo de imagens.

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Modelo Ficha das Sete Casas do Dançário de EIS AICE:

AICE/EIS Espaços Imagens Signos Autor CASA DE

CHÁ

DOMICILIO RITUAL

Infantil CASA TEATRO

CORPO VERBO INFINITIVO

Currículo CASA NOTURNA

AULA O QUE SE FAZ COM/PELO/ATRAVÉS

DO VERBO

Educador CASA TEMPLO

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CASA 1 CASA DE CHÁ:

AICE/EIS Espaços Imagens Signos Autor PORTA AR DE ENTRADA MUDA

A MOS

Infantil XÍCARA ÁGUA – QUENTE CUIDAR PARA NÃO QUEIMAR A

LÍNGUA

Currículo

CHÃO

TERRA -

LIMPA,LISA SENTIR O CORPO

Educador CHALEIRA FOGO- O QUE LEVA A ÁGUA A XÍCARA ENTRE O CALOR DA ÁGUA E O FRIO DA XÍCARA

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