• Nenhum resultado encontrado

SUMÁRIO

PUBLICAÇÕES DECORRENTES DESTE TRABALHO

2 MODELAGEM DE UMA SEÇÃO TÍPICA AEROELÁSTICA

3.2 Análise do comportamento eletroaeroelástico de uma Seção Típica com Dois Graus de Liberdade

3.2.1 Seção Típica Linear com 2-GDL

3.2.1.3 Seção Típica Linear com 2-GDL com Acoplamento Piezelétrico e Eletromagnético

Nas análises a seguir acrescenta-se a análise para um gerador com o acoplamento piezelétrico simultaneamente com o acoplamento eletromagnético, desta forma resultando em um acoplamento híbrido. Entretanto, cada um será ligado a um circuito gerador individualmente (dois circuitos diferentes). Os efeitos de parâmetros aeroelásticos e eletromecânicos na potência elétrica adimensional gerada a partir do acoplamento híbrido ( 2/ p 2 i

l I l

Pv    ) assim como na velocidade adimensional de flutter (UU /hb) são investigados levando em consideração a carga resistiva nos circuitos elétricos que geram a máxima potência de saída (lp)optimal e

(li)optimal. Vale ressaltar, que apesar de impossível de se concretizar a soma direta das potências

a) b)

c) d)

RESULTADOS 83

elétricas de saída de cada um dos circuitos externos, esta será realizada uma vez que os circuitos elétricos externos não são o foco deste trabalho.

A variação da velocidade adimensional de flutter (U ) com o raio de giração ( r) e a razão de frequências ( ) é mostrada na Fig. 23a (observe que o segundo eixo desta figura se encontra invertido em relação às demais) para as cargas resistivas que geram máxima potência elétrica de saída em cada circuito. Esta velocidade aumenta com o aumento de r para todos os valores de  . A Fig. 23b mostra a variação da potência adimensional de saída ( P ) para cada

velocidade de flutter da Fig. 23a. Esta potência é mínima para valores da razão de frequência próximos a  0.7, de tal forma esta configuração deve ser evitada no projeto de geradores aeroelásticos de energia com acoplamento híbrido. Além disto, tem-se que a potência de saída aumenta com a redução de  tendo máximos de obtidos para valores altos e baixos de r. Como as velocidades de flutter são altas para valores altos de r o que não é uma condição favorável para a de coleta de energia, esta região deve ser evitada. A carga resistiva do circuito eletromagnético que proporciona a maior potência de saída para cada configuração de r e  se mantém aproximadamente igual ao valor da resistência interna do circuito eletromagnético,

(li)optimal c 0. 0221 , enquanto a carga resistiva ótima para o circuito piezelétrico é mostrada na Fig. 23c. Os máximos deslocamentos linear e angular são apresentados respectivamente na Fig. 23d e Fig. 23e. Nota-se que os maiores valores de deslocamentos se encontram para valores baixos de  , sendo que para valores baixos de r aumenta-se o máximo deslocamento angular. Destarte, a configuração que gera maior potência elétrica de saída para um gerador linear de 2- GDL com acoplamento híbrido é obtida para valores baixos de  e valores baixos de r. A amplitude da potência elétrica de saída para o caso híbrido é maior do que para os demais tipos de acoplamento. Nota-se que as variações das respostas das diversas configurações de r- do sistema com a alteração do tipo de acoplamento utilizado são pequenas.

84 RESULTADOS

Figura 23 Influência do raio de giração e da razão de frequências nos parâmetros adimensionais do gerador linear de 2-GDL com acoplamento piezelétrico e eletromagnético: (a) Velocidade de flutter, (b) Potência elétrica de saída, (c) Resistência ótima no circuito piezelétrico, (d) Máximo deslocamento linear e (e) Máximo deslocamento angular A variação de U com a variação de x e  é mostrada na Fig. 24a para as cargas resistivas ótimas mostradas na Fig. 24c (ambas as figuras mencionadas apresentam o segundo eixo invertido em relação às demais para garantir uma melhor visualização dos resultados). A velocidade de flutter aumenta com a diminuição de x para todos os valores de . A Fig. 24b mostra a variação da potência adimensional de saída para cada velocidade de flutter da Fig. 24a. Por mais uma vez, a potência é mínima para valores da razão de frequência próximos a  0.7 mantendo-se baixa para valores altos de  . Além disto, tem-se que a potência de saída aumenta com o aumento de x (região onde U é baixo). O máximo deslocamento linear é apresentado na

Fig. 24d variando da mesma maneira que P. O máximo deslocamento angular é apresentado na Fig. 24e. Como esperado, o aumento de x, proporcionando o aumento de acoplamento inercial

entre o deslocamento dos graus de liberdade, faz com que se aumentem os máximos

a) b)

c) d)

RESULTADOS 85

deslocamentos linear e angular. Desta forma, a configuração que gera maior potência elétrica de saída é obtida para valores baixos de  e valores altos de x.

Figura 24 Influência do deslocamento do eixo elástico em relação ao centroide e da razão de frequências nos parâmetros adimensionais do gerador linear de 2-GDL com acoplamento piezelétrico e eletromagnético: (a) Velocidade de flutter, (b) Potência elétrica de saída, (c) Resistência ótima no circuito piezelétrico, (d) Máximo deslocamento linear e (e) Máximo deslocamento angular

Quando se varia os parâmetros aeroelásticos, o comportamento do sistema sofre pequenas alterações com a variação do tipo de acoplamento. A maior alteração é na magnitude da potência elétrica de saída a qual depende da qualidade de conversão entre a vibração mecânica e a corrente de saída do circuito.

A interação entre a geração de potência elétrica (da transdução piezelétrica e da indução eletromagnética) e o comportamento eletroaeroelástico da seção típica linear de 2-GDL na velocidade de flutter é apresentada na Fig. 25 para diversos valores de cargas resistivas nos circuitos piezelétrico (lp) e eletromagnético (li). A variação da potência elétrica total de saída (P) com as cargas resistivas adimensionais de ambos os circuitos elétricos é apresentada na Fig. 25b. A máxima potência é observada para a combinação de resistências ótimas de cada

a) b)

c) d)

86 RESULTADOS

circuito. A velocidade de flutter (U ) é mostrada na Fig. 25a. A presença de uma carga resistiva do circuito piezelétrico que gera a máxima P assim como a máxima U é observada para todos os valores de i

l

. A velocidade de flutter diminui com o aumento da i l

 para todos os valores de p

l

 . A carga resistiva ótima do circuito eletromagnético não corresponde ao da máxima velocidade de flutter, este fato se deve a presença de uma resistência interna no núcleo magnético do circuito (no caso estudado, c 0.1022). Em coletores de energia eletromagnéticos baseados em vibrações (Amirtharajah and Chandrakasan, 1998; Elvin and Elvin, 2011) a rigidez em curto- circuito é maior que a rigidez em circuito aberto devido ao acoplamento eletromagnético na presença da resistência interna do núcleo. Desta forma, a variação de P e U dependem da presença da resistência interna. Os máximos deslocamentos linear e angular também são mostrados nas Fig. 25c e Fig. 25d respectivamente, tendo uma baixa variação de suas amplitudes. Como a resistência interna influência o comportamento do sistema, verifica-se a seguir o mesmo sistema, contudo sem a presença da resistência interna.

Figura 25 Influência das cargas resistivas nos circuitos piezelétrico e eletromagnético nos parâmetros adimensionais do gerador linear de 2-GDL com acoplamento piezelétrico e eletromagnético: (a) Velocidade de flutter, (b) Potência elétrica de saída, (c) Máximo deslocamento linear e (d) Máximo deslocamento angular (considerando uma resistência interna não nula - c 0.1022)

A velocidade de flutter e potência elétrica total de saída com a variação das cargas resistivas em ambos os circuitos é apresentada na Fig. 26 discriminando a resistência interna do núcleo, ou seja, assumindo c0. Uma carga resistiva ótima para o circuito piezelétrico que

a) b)

RESULTADOS 87

gera máxima velocidade de flutter e potência de saída é novamente observada para todos os valores de li, sendo o mesmo comportamento observado no caso com resistência interna. Entretanto, neste caso (c 0), a presença de uma carga resistiva ótima para o circuito indutivo que gera máxima velocidade de flutter e máxima potência de saída é também observada para todos os valores de lp. Vale ressaltar que a não inclusão da resistência interna resulta em um aumento da potência elétrica total de saída devido à redução da energia perdida no sistema.

Figura 26 Influência das cargas resistivas nos circuitos piezelétrico e eletromagnético nos parâmetros adimensionais do gerador linear de 2-GDL com acoplamento híbrido: (a) Velocidade de flutter, (b) Potência elétrica de saída (considerando uma resistência interna nula - c 0)