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CAPÍTULO 1. A REVISTA DO IBRI: RBPI

1.5 As seções

A RBPI contou com algumas seções que variaram bastante ao longo dos 35 anos estudados. Os Índices Remissivos publicados, respectivamente, nos números 24, de 1963, 43- 44, de 1968, 55-56, de 1971 e 121-122, de 1988, adotam a seguinte classificação e indexação para as seções: ―Artigos‖ (A); ―Resenhas‖ (R), ―Documentos‖ (D), ―Resenhas de livros‖ (L) e ―Referências Bibliográficas‖ (RB). Essa última classificação constou apenas no índice de 1988175.

Os ―artigos‖, num primeiro momento, seguiram o modelo ensaístico e não costumavam ter muitas regras pré-estabelecidas – apenas alguns seguiam o rigor acadêmico como padrão (com fontes e referências)176. O gênero ensaístico não possui uma única forma de expressão, uma vez que seu estilo é bastante livre. Para Sylvio Lago Jr.,

(...) a ensaística, não raro, é uma composição escrita em prosa na qual o escritor estuda, discute e desenvolve um tema ou propõe ideias sem nenhuma pretensão de esgotar o assunto. Dessa perspectiva, o ensaísta passa por um processo de reflexão e de apreensão de ideias e materiais alheios e próprios com longos cuidados de quem capta, aclara e escreve, valendo-se

175

Em ―Nota Liminar‖ a primeira edição da RBPI, de 1994, Paulo Roberto de Almeida, em texto de apresentação ao ―Índice Remissivo‖ publicado naquele número, afirma que a indexação nos índices anteriores não era uniforme e que a revista carecia, desde o começo, de critérios seletivos para a elaboração dos números. Almeida acredita que os índices pecaram: ―(...) por várias falhas metodológicas que limitam singularmente seu uso. Em primeiro lugar, a apresentação por títulos pouco manejável para fins de pesquisa sistemática, já que alguns títulos, reproduzidos diretamente a partir dos sumários, são francamente críticos; em segundo lugar, a classificação utilizada não distingue sempre de forma adequada entre artigo (A) e documentos (D), estes últimos podem ser também conferências ou palestras laboradas institucionalmente ou a título pessoal; em terceiro lugar, algumas referências, sofrem de séria falha de atribuição de titularidade, o que ocorre em relação a documentos e mais especialmente no caso das resenhas de livros (L), pois que no índice correspondente, é o titular da obra que aparece e não o autor da resenha‖ (ALMEIDA, P. R. de (1994) ―Nota Liminar‖. Revista Brasileira de Política

Internacional: 37 (1), p. 150).

176

Carta de Cleantho de Paiva Leite para Oswaldo Trigueiro. Rio de Janeiro, 16 de maio de 1955 e Carta de Oswaldo Trigueiro para Adolfo Justo Bezerra de Meneses: Rio de Janeiro, 18 de setembro de 1957. Arquivo Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Melo/ Fundação Casa de José Américo (JP-PB).

de argumentos que fundamentam as questões estudadas.177

Com o passar do tempo, ao analisarmos os artigos publicados na RBPI, notamos que há uma especialização do conhecimento mais vinculada à área de formação dos colaboradores da revista, os quais seguiam padrões acadêmicos balizados pelos rigores científicos, com citações de documentos e vastas referências bibliográficas.

As denominadas ―resenhas‖ tratavam, majoritariamente, de compilação de informações relativas a eventos, como seminários, congressos, conferências, reuniões, discursos, cartas e atas. A maior parte dessas informações advinham do Ministério das Relações Exteriores, seja pelo ―Departamento Cultural e de Informações‖ seja pelo ―Noticiário do Itamaraty‖ 178

. No documento que se segue, Leite comenta com Trigueiro a seção ―resenha‖:

Recebi há uma semana o número 7 da revista e muito lhe agradeço pela gentileza. Congratulo-me mais uma vez pelo fato dela ter saído em dia e com material muito interessante. (...) Quanto à Resenha, noto que a parte final da notícia sobre a Academia de Direito Internacional de Haia atribui à Secretaria do IBRI a coordenação de esforços no sentido de formar no Brasil um grupo de estudantes e ex-alunos da Academia. Creio que uma atividade dessa natureza, embora apresente pouco trabalho, só poderia ser aceita e sobretudo anunciada depois de aprovada a ideia pelo Conselho Curador. (...) O resto da revista está muito bom, inclusive a extensa lista de novos livros sobre os problemas Internacionais.179

Já a seção ―documentos‖ paresentava extratos de documentos oficiais que poderiam servir de reforço aos temas tratados na revista. Essas duas seções, ―resenhas‖ e ―documentos‖, procuravam cobrir a lacuna de informações sobre os temas mais candentes do período, uma vez que a circulação dos documentos não se dava de forma regular em outros veículos de comunicação (os jornais impressos, por exemplo, costumavam publicar apenas pequenos trechos dos principais eventos internacionais). Vale destacar que as edições de 1974 a 1984 da

177

LAGO JR., S. ―O ofício do ensaísta‖. Revista Logos. Rio de Janeiro: UERJ, Faculdade de Comunicação Social, vol.1, n. 1, p. 5. Sobre esse assunto ver também: GÓMEZ-MARTÍNEZ. J. L. (1992) Teoria del Ensayo. México: UNAM; JUNGUEIRA, I. (1991) Prosa dispersa – Ensaios. Rio de Janeiro: Topbooks.

178 ―Resenha‖. Revista Brasileira de Política Internacional: 7 (25), 1964, p. 115; ―Resenha‖. Revista

Brasileira de Política Internacional: 7 (26), 1964, p. 317

179 Carta de Cleantho de Paiva Leite para Oswaldo Trigueiro. Washington, 6 de outubro de 1959. Arquivo Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Melo/ Fundação Casa de José Américo (JP-PB).

Revista eram compostas, essencialmente, de documentos com os mais variados temas relacionados à política interna e externa do Brasil. No trecho da carta que se segue, vemos como Leite e Trigueiro selecionavam documentos para essa seção da RBPI:

Mando-lhe, em anexo, um exemplar do memorandum distribuído em setembro na Reunião Informal de Ministros das Relações Exteriores e do qual só tomei conhecimento aqui em Washington. Trata-se de um documento diferente do AIDE-Mémoire que havia sido distribuído as Chancelarias e é na verdade um documento muito mais importante, que merece aparecer no número da nossa Revista.180

Por sua vez, as ―resenhas de livros‖, que apareciam sempre ao final da RBPI, eram análises críticas de obras recentes, relacionadas a assuntos de política nacional e internacional de autores brasileiros e estrangeiros. Sobre essa seção, reproduzimos abaixo o trecho de uma carta trocada entre Trigueiro e Orlando Carvalho:

Recebi há dias, gentilmente enviado pelo autor, o Curso de Direito Internacional Público, do Professor Mello Boson. Sobre este livro, que ainda não pude folhear com a atenção merecida, eu gostaria de dar, na revista, uma boa nota [resenha]. Porém não tenho aqui quem possa fazê-la com tempo de incluí-la no número de março. Lembrei-me de perguntar-lhe se seria possível isso aí (talvez com algum assistente ou ex-aluno do Professor Boson). Podemos mesmo reproduzir notícia já aparecida em revista ou jornal de Minas, desde que para isso nos deem autorização. Não podendo ser para março acho que a nota não ficará obsoleta na Revista de junho. Podemos remunerar o autor da nota na mesma base da RBEP [Revista Brasileira de Estudos Políticos].181

As ―referencias bibliográficas‖ se caracterizam por uma relação de bibliografia especializada sobre as temáticas tratadas em cada edição. Vale destacar que muitos desses livros eram disponibilizados pelo IBRI, em sua biblioteca na FGV, aos leitores da revista e demais interessados.

Todas essas seções eram muito comuns nas publicações do gênero durante o período estudado como, por exemplo, nos Cadernos de Nosso Tempo (salvo algumas pequenas variações). Na longa passagem abaixo, vemos como Leite descreve tais categorias (com

180 Carta de Cleantho de Paiva Leite para Oswaldo Trigueiro. Washington, 15 de janeiro de 1959. Arquivo Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Melo/ Fundação Casa de José Américo (JP-PB).

181 Carta de Oswaldo Trigueiro para Orlando Carvalho. Rio de Janeiro, 10 dezembro de 1958. Arquivo Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Melo/ Fundação Casa de José Américo (JP-PB).

exceção das ―referencias bibliográficas‖), em carta trocada com Trigueiro sobre a pauta da

RBPI a ser publicada em 1959:

Respondo a sua carta de 28 que veio acompanhada do sumário do número de março da nossa Revista. Com relação à Resenha [informações relativas a eventos como seminários, congressos, conferências, reuniões, discursos, cartas e atas], o Dario [Moreira de Castro] Alves, que está comigo, pergunta o que consta com relação à XIII Assembleia da ONU e se foi aproveitado o material que Galvão mandou de NY. Caso contrário, sugeria ele que fosse aproveitada a introdução ou parte geral do Relatório, que já havia sido enviada ao Celso Souza e Silva no Gabinete e que não contém matéria confidencial ([Haroldo] Valadão poderia ajudar). (...) Já iniciei a coleta de

artigos e ―book reviews‖ [resenhas de livros]. Tenho como certo um artigo

do [João Carlos] Muniz, ―A Crise do Panamericanismo‖, que é o texto de uma Conferência que ele vai pronunciar no dia 25 no Counsil on Foreign Relations em Nova York. Tem algumas passagens filosóficas, generalidades sobre a luta entre o capitalismo ocidental e o mundo comunista, a necessidade da OPA, etc. mas é uma contribuição à doutrina Kubistchek que, assinada por um homem da autoridade do Muniz, está certamente no nível da Revista. Estou tentando convencer o Ronaldo Costa para transformar um documento de trabalho (15 ou 20 p.) que preparamos sobre o programa de assistência técnica no sistema interamericano em artigo. Caso contrário, publicaremos entre os Documentos [extratos de documentos oficiais], porque, modéstia à parte, está bom. O Dario contribuirá com dois ou três

―book reviews‖ [resenhas de livros] e talvez consiga outras ajudas de

rapazes que estão quase todos fazendo cursos em universidades e lendo livros novos. ―Globe and Hemisphere‖, ―The rise of midleclass in Latin America‖, ―Soviet Economic Aid‖, são os três de que o Dario está cuidando. Os dois últimos sairão esta semana. (...) Vi esta semana que saiu um comunicado em Paris sobre a Primeira Reunião do Conselho da Comunidade e que haverá outra reunião em Março. Seria conveniente (certamente v. já está) ficar atento a estes documentos [extratos de documentos oficiais]. Está havendo também no dia 24 de fevereiro uma sessão especial, ou parte da XIII Assembleia em Nova York para tratar do caso dos Camarões franceses que certamente ficarão independentes em 1 de janeiro de 1960, na mesma data que a atual Somália (sob tutela italiana). É também assunto bom para a

Resenha [informações relativas a eventos como seminários, congressos,

conferências, reuniões, discursos, cartas e atas] de junho, com aproveitamento de material que o Galvão mandar de Nova York. Eu também poderei contribuir para o número de junho com artigo sobre o Banco Interamericano (...) vou também escrever a Madalena, secretária do [Roberto de Oliveira] Campos, cobrando a tradução da Conferência que fez em NY sobre as relações econômicas entre os Estados Unidos e o Brasil que está excelente. Daria um artigo de primeira ordem.182 (grifos nossos)

Embora não conste nos índices remissivos, a seção ―Notas Liminares‖, que apareceu em 21 publicações, tinha o objetivo de introduzir o tema que seria tratado nas respectivas edições. Vemos que as ―Notas‖ acabaram cumprindo o papel dos editoriais, pois não só

182 Carta de Cleantho de Paiva Leite para Oswaldo Trigueiro. Washington, (sem data), 1959. Arquivo Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Melo/ Fundação Casa de José Américo (JP-PB).

anunciavam os temas, como, em alguns casos, também esclareciam e enfatizavam o porquê da sua relevância com uma forte carga explicativa, marcando claramente a opinião do diretor que as assinava183.

Em 1975, durante a gestão de Cleantho de Paiva Leite, apareceu pela primeira vez na revista uma seção intitulada ―Prefácio‖. Essa seção, que só constou em quatro números, parece ter ampliado o papel desempenhado pelas ―notas liminares‖, detalhando ainda mais os objetivos das edições. Desse modo, o ―prefácio‖ fazia um resumo das principais temáticas e, por vezes, trazia as impressões do diretor da revista sobre os respectivos temas, como é o caso dos números 69-72, de 1975, sobre ―As repercussões da crise internacional dos últimos anos sobre o desenvolvimento sócio-econômico do Brasil‖, bem como dos números 73-76, de 1976, sobre a ―A CPI das Multinacionais‖.

É curioso observar que, a despeito das flutuações da política interna e externa do Brasil, no período estudado, a memória que a Revista construiu sobre si mesma, destacando, sobretudo, o prestígio dos seus colaboradores e a sua capacidade de influência na política nacional, permaneceu quase ―imune‖ às intempéries políticas – embora tenha havido certa tentativa de censura por parte da ditadura civil-militar com o corte das assinaturas da RBPI e a demissão de Leite do DASP –, como podemos notar no prefácio da ―Especial de 30 anos‖, escrita por Trigueiro:

Os estudos e documentos, enfeixados neste número, dão-nos uma amostragem da qualidade desses trabalhos e da influência dos seus autores no plano da nossa política exterior. Reeditamos uma seleção dos trabalhos mais característicos, tanto do ponto de vista dos temas abordados, quanto do prestígio dos seus autores, no terreno da política internacional. São trabalhos de personalidades eminentes, que trataram de temas de grande interesse para

183 Na sequência, identificamos as edições e relacionamos os assuntos que foram tratados nas notas liminares: [no 20] edição especial sobre a Conferência Latino-americana sobre Tensões no Hemisfério Ocidental; [no 24] eleição de José Honório Rodrigues como Diretor Executivo do IBRI; [no 27] sobre San Tiago Dantas; [no 28] Ata Final da Conferência Internacional de Comércio; [no 29] comentários sobre Comércio Internacional e a Política de Desenvolvimento; [no30 e nos31-32] encampação das concessionárias estrangeiras I e II; [nos 33-34 e 35-36] Acordo de Garantia de Investimentos entre Brasil e Estados Unidos I e II; [nos 37-38] Política Nuclear Brasileira; [nos 39-40] Financiamento Internacional; [nos 41-42] Amazônia; [nos 43-44 e 57-58 ] II e III UNCTAD; [nos 45- 46] Bacia do Prata; [nos 47-48] Direito do Mar; [nos 49-50] 25 anos da ONU, [nos 51-52] Produtos de Base; [nos 53-54] Temas Militares; [nos 55-56] e [nos 69-72] Painel de Relações Internacionais da Câmara dos Deputados.

o país, alguns deles ainda hoje de viva atualidade. Não se deve esquecer que o período de circulação da Revista coincide com o surgimento do Brasil como potência emergente. Nesse período saímos definitivamente da temática do século dezenove, que aqui se prolongou até por volta de 1950, para entrar na presente fase de diplomacia técnica e atuante, com larga irradiação nos planos de integração política e econômica do nosso tempo.184

Assim, com o objetivo de influir no momento presente e orientar a agenda da política externa brasileira, os editores da revista buscaram publicar na RBPI ―artigos‖ de personalidades nacionais e internacionais; ―resenhas‖ com informações relativas aos principais eventos do momento; extratos dos mais importantes ―documentos‖ oficiais que não estavam disponíveis ao público em outros veículos de comunicação; ―resenhas dos livros‖ recentes sobre as relações internacionais (com destaque para os estudos estrangeiros pouco conhecidos no país); e, por fim, as relações dos livros mais recentes sobre as temáticas tratadas nas respectivas edições.

Levando em conta a análise que fizemos neste capítulo, entendemos que a RBPI teve grande destaque na época áurea do IBRI, qual seja, entre as décadas de 1950 e 1960 (especialmente no período do nacional-desenvolvimentismo). No entanto, com o recrudescimento da ditadura civil-militar, embora a publicação tenha mantido prestígio por conta do trabalho de Cleantho de Paiva Leite (com a colaboração ativa de Hélio Jaguaribe, a partir dos anos 70), percebemos que, com o tempo, a RBPI foi perdendo ―o fôlego‖ no sentido estrutural de publicação, tal como apontamos anteriormente, e administrativo como, por exemplo, com a diminuição de nomes de peso dos Conselhos (sem a incorporação de novos).

Salientamos que as mudanças pelas quais passou a RBPI com relação aos números, ao volume, à periodicidade e à distribuição ocorreram, de fato, em função da escassez de

recursos financeiros para publicação da Revista, o que comprometeu a

regularidade/pontualidade de seus exemplares. Nesse sentido, ao longo dos 35 números estudados, percebemos que o plano original não foi mantido como o desejado em seus

primórdios; ou seja, a publicação de quatro números individuais por ano (como era o caso das revistas Foreign Affairs, International Afffairs e Politique Étrangère).

Esse pode ter sido um fator importante quando analisamos a RBPI em relação à concorrência com outros periódicos especializados em relações internacionais do período, como é o caso das revistas Resenha de Política Exterior do Brasil, mantida pelo Centro de Documentação do Ministério das Relações Exteriores (MRE), desde 1974, e a Contexto

Internacional, publicação do Instituto de Relações Internacionais da PUC/Rio, fundada em

1985.

Isso pode ter acontecido em razão de falhas no planejamento financeiro, inviabilizando uma elaboração que promovesse a sustentação da imagem da revista ao longo dos anos. Um exemplo disso é o fato de que a Revista tinha poucos anunciantes e o serviço de distribuição, no princípio, era deficiente, o que pode ter comprometido o fortalecimento da imagem da

RBPI, fazendo com que, de tempos em tempos, os recursos financeiros fossem diminuindo,

uma vez que, como apontamos acima, a Revista não tinha um planejamento mais equilibrado para aumentar seu faturamento. Por tudo isso, a concorrência de revistas congêneres parece ter ganhado, em parte, o espaço da RBPI no cenário nacional.

Apesar disso, acreditamos que um movimento inverso ocorreu com relação ao cenário internacional, pois foi exatamente a partir da gestão de Leite que aumentaram, consideravelmente, as permutas entre a RBPI e as demais revistas estrangeiras, como é o caso, por exemplo, da Foreign Affairs (EUA), da Politique Étrangère (França), de Estudios

Internacionales (Chile), de Cronique de Politique Étrangère (Bélgica) e de Foro Internacional (México).

No próximo capítulo, trataremos do processo de racionalização do Estado e da incorporação de intelectuais desenvolvimentistas ao aparelho governamental entre os governos Vargas e Kubitschek (1951-1961), momento em que se dá a criação e a

consolidação do IBRI bem como da RBPI. Ademais, nos deteremos na análise de dois importantes institutos fundados no mesmo contexto do IBRI com quadros políticos semelhantes: o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM) e o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB).

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