CESAR LUÍS DE ARAÚJO FACCIOLI Rua Voluntários da Pátria, 1358 - 3º andar
Porto Alegre / RS / 90230-010
GABINETE
CESAR LUÍS DE ARAÚJO FACCIOLI
Portarias
Protocolo: 2021000524863
ORDEM DE SERVIÇO CONJUNTA SEAPEN/SUSEPE Nº 001/2021
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA e o SUPERINTENDENTE DOS SERVIÇOS
PENITENCIÁRIOS , no uso de suas atribuições legais,
CONSIDERANDO a competência da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão de administrar o patrimônio e
transporte oficial, nos termos da Lei Estadual nº 14.733, de 15 de setembro de 2015;
CONSIDERANDO o teor do Decreto Estadual nº 47.571, de 17 de novembro de 2010, que dispõe sobre o uso de
veículos automotores a serviço do Poder Executivo Estadual;
CONSIDERANDO a Resolução SARH nº 001/2013, a qual disciplina a desativação e alienação de veículos pertencentes
aos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual;
CONSIDERANDO a Resolução SARH nº 003/2010, a qual disciplina as transferências de posse de veículos
pertencentes aos órgãos do Poder Executivo Estadual;
CONSIDERANDO competir às autoridades públicas aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive
por meio de regulamentos, nos termos do art. 30 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942;
CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer procedimentos operacionais padrão no âmbito da SEAPEN/SUSEPE,
atribuindo às atividades administrativas maior eficiência e celeridade;
DETERMINAM:
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Ficam estabelecidos por esta Ordem de Serviço os procedimentos para a instrução e encaminhamento dos
processos que tenham por finalidade a desativação, a incorporação ou a transferência de posse de veículos no âmbito da SEAPEN/SUSEPE.
Art. 2º Para efeitos desta Ordem de Serviço, considera-se:
I – desativação de veículo oficial: procedimento de baixa patrimonial, a partir de justificativas técnicas que o classifiquem como recuperável ou irrecuperável, conforme critérios estabelecidos pelo Decreto Estadual nº 47.571, de 17 de novembro de 2010 ;
II – incorporação de veículo: procedimento para inclusão na frota oficial de veículo adquirido ou doado à SEAPEN/SUSEPE;
III – transferência de posse de veículo: espécie de transferência de bem, consistindo no deslocamento deste de um local para outro, dentro do mesmo órgão ou entidade, conforme disposto na Informação CAGE/DEO nº 104/2012;
CAPÍTULO II
DA INSTRUÇÃO DO PROCESSO
Seção I
Da instrução dos processos de desativação de veículos
Art. 3º O expediente administrativo será aberto pela Seção de Transportes/SUSEPE, devendo ser instruído com a
seguinte documentação:
I - Laudo de Avaliação Técnica, devidamente preenchido pela Comissão de Avaliação de Veículos – CAVE, de que trata o Decreto Estadual nº 47.571, de 17 de novembro de 2010 ;
II - Certificado de Registro de Veículo – CRV;
III - comprovação da não existência de débitos fiscais e multas de trânsito;
IV - fotografias do veículo que caracterizem os principais danos apontados no Laudo de Avaliação Técnica e que demonstrem sua real situação.
§ 1º quando o veículo objeto de desativação foi classificado como irrecuperável, deverá ser observado, também, o
procedimento específico voltado à remoção do chassi, nos termos do art. 29, II do Decreto Estadual nº 47.571, de 17 de novembro de 2010.
§ 2º As desativações devem ser encaminhadas em processos individualizados, por veículo.
Seção II
Da instrução dos processos de incorporação de veículos Subseção I
Disposições Gerais
Art. 4º O expediente administrativo será aberto pela Delegacia ou Departamento demandante do Órgão
Central/SUSEPE, devendo ser instruído com a seguinte documentação:
I - Laudo de Avaliação Técnica, devidamente preenchido pela Comissão de Avaliação de Veículos – CAVE, de que trata o Decreto Estadual nº 47.571, de 17 de novembro de 2010 ;
II - Certificado de Registro de Veículo – CRV;
III - comprovação da não existência de débitos fiscais e multas de trânsito; IV – Termo de Recebimento de Veículo;
V – Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito – CAT, quando houver modificação no veículo.
§ 1º Em se tratando de veículo novo, ficam dispensadas da instrução inicial os documentos previstos nos incisos II e
III.
§ 3º Não poderão ser incorporados veículos avaliados pela Comissão de Avaliação de Veículos – CAVE como
irrecuperáveis.
§ 4º Não será aceito veículo com ano de fabricação superior a 10 anos, exceto nos casos de micro-ônibus, ônibus,
trator, veículo de carga e veículo de grande porte, assim definidos no anexo I do Código de Trânsito Brasileiro, desde que comprovada e justificada a vantajosidade para a Administração Pública pelo titular da Superintendência dos Serviços Penitenciários.
Art. 5º Quando o veículo a ser incorporado decorrer de doação, a instrução do processo deverá conter Termo de
Doação, sem prejuízo do atendimento ao disposto no art. 4º.
Parágrafo único. A firmatura do Termo de Doação fica condicionada à análise prévia do veículo.
Subseção II
Incorporação de veículos – Poder Judiciário
Art. 6º No caso de incorporação de veículo doado à SEAPEN/SUSEPE, cuja aquisição tenha sido intermediada pelo
Terceiro Setor, com recursos disponibilizados pelo Poder Judiciário, serão exigidos para instrução do expediente respectivo, sem prejuízo do atendimento ao disposto nos arts. 4º e 5º:
I – Termo de Convênio celebrado entre o Poder Judiciário e a Entidade habilitada ao recebimento do recurso, especificando o destino da aquisição à SEAPEN/SUSEPE;
II – Alvará de Autorização para o levantamento dos recursos, em nome da entidade donatária; III – nota fiscal da aquisição do veículo objeto de doação.
Parágrafo único. Nos casos em que a decisão judicial autorizar a aquisição de veículo específico, pela Entidade
habilitada, diretamente em nome da SEAPEN/SUSEPE, não se aplicará à exigência do Termo de Doação previsto no art. 5º; devendo, contudo, ser anexada ao expediente administrativo cópia da referida autorização.
Subseção III
Incorporação de veículos – Receita Federal
Art. 7º Quando o veículo for disponibilizado pela Receita Federal, em decorrência de procedimento de apreensão no
qual houver decisão de perdimento deste em favor da União, não se aplicará a exigência de Termo de Doação previsto no art. 5º; sendo exigida a seguinte documentação:
I - Laudo de Avaliação Técnica, devidamente preenchido pela Comissão de Avaliação de Veículos - CAVE, de que trata o Decreto Estadual nº 47.571, de 17 de novembro de 2010 ;
II – Ato de Destinação de Mercadoria, especificação a SEAPEN/SUSEPE como beneficiária; III – comprovante da decisão que aplica a pena de perdimento do veículo em favor da União.
Subseção III
Incorporação de veículos – Termo de Ajustamento de Conduta
Art. 8º Na hipótese de o veículo a ser incorporado ser proveniente de cumprimento de compromissos estabelecidos
em sede de ajustamento de conduta, o expediente deverá ser instruído, sem prejuízo do atendimento ao disposto nos arts. 4º e 5º:
I – projeto apresentado junto ao Órgão legitimado, para habilitação ao recebimento de bens provenientes de compromissos de ajustamento de conduta;
II – Termo de Ajustamento de Conduta firmado, especificando a destinação do bem à SEAPEN/SUSEPE. Seção III
Da instrução dos processos de transferência de posse de veículos
Art. 9º O expediente administrativo será aberto pela Seção de Transportes/SUSEPE, devendo ser instruído com a
seguinte documentação:
I – justificativa fundamentada e assinada pelo titular da posse do veículo, dirigida ao Secretário de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão;
II – anuência do titular do órgão beneficiário;
III – uma via do Termo de Transferência Definitiva, firmado pelos titulares dos órgãos envolvidos;
IV – Laudo de Avaliação Técnica, devidamente preenchido pela Comissão de Avaliação de Veículos - CAVE, de que trata o Decreto Estadual nº 47.571, de 17 de novembro de 2010 ;
V – comprovação da inexistência de débitos fiscais e multas de trânsito.
§ 1º Não poderão ser transferidos veículos avaliados pela Comissão de Avaliação de Veículos – CAVE como
irrecuperáveis.
§ 2º Não será aceito veículo com ano de fabricação superior a 10 anos, exceto nos casos de micro-ônibus, ônibus,
trator, veículo de carga e veículo de grande porte, assim definidos no anexo I do Código de Trânsito Brasileiro, desde que comprovada e justificada a vantajosidade para a Administração Pública pelo titular da Superintendência dos Serviços Penitenciários.
CAPÍTULO III