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3.5 Análise das narrativas: o processo de escutar e identificar tendências

3.5.2 Segunda fase geração dos códigos iniciais

Nesta segunda fase uma lista de ideias foi identificada com os conteúdos individuais e coletivos e envolveu também a produção de códigos iniciais a partir dos dados. Fui localizando os conteúdos semânticos e latentes, de acordo com o interesse da pesquisa. Neste processo, trabalhei de forma sistemática em todo o conjunto dos dados, tentando dar atenção total e igual a cada um deles e ao mesmo tempo identificando os códigos que se repetiram. Para melhor compreensão da (o) leitora (o), apresentarei os códigos individuais e os códigos coletivos. Os códigos individuais são aqueles que foram identificados por uma ou mais participantes, conforme figura 16. Os códigos coletivos foram agrupados inicialmente por aspectos similares em três grandes grupos (ver figuras 17, 18 e 19).

Figura 23 - Códigos Individuais

Fonte: Elaboração da autora.

Códigos

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- As condições de trabalho;

- A mediação dos conflitos permanentes como componentes importantes para construção coletiva;

- As mobilizações feitas junto com outros profissionais para promover reflexões críticas sobre a atuação com pessoas, grupos e coletivos; - A produção intelectual sobre ocupação coletiva e a práticas coletivas.

Figura 24 - Os aspectos políticos da interação nos ambientes de trabalho das profissionais

Códigos Fonte: Elaboração da autora.

Figura 25 - A compreensão das práticas coletivas

Fonte: Elaboração da autora.

Códigos

cole

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- A resistência às burocracias;

- O impacto das políticas locais no trabalho com práticas coletivas para a terapia ocupacional;

- Tensões - as mudanças políticas, a eterna descontinuidade das práticas coletivas;

- O papel político da (o) terapeuta ocupacional e construção de alianças; - A construção de políticas X o desmonte das políticas;

- A construção e articulação da rede social na prática;

- A construção, articulação e os desafios da rede social e o que isso significa para a formação profissional.

Códigos col

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- O cuidado com as questões individuais e coletivas das pessoas, grupos e coletivos acompanhados a partir de uma perspectiva coletiva;

- O cotidiano concreto da vida das pessoas acompanhadas pelas terapeutas ocupacionais/ conflito/ possibilidade de participação e inserção social;

- A inserção das pessoas, grupos e coletivos acompanhados pelas participantes junto com a comunidade: dificuldades e aprendizados; - Os diferentes contextos e a não redução do problema;

- A invisibilidade das pessoas, grupos e coletivos acompanhados e as propostas para visibilidade por meio da luta pelos seus direitos; - A promoção da circulação das pessoas, grupos e coletivos acompanhados;

- A participação social; - A transgressão profissional;

- A mobilização feita pelas participantes para promover reflexões do trabalho junto à equipe;

- O grupo como mais um recurso/ dispositivo das intervenções para as práticas coletivas;

- Os princípios do trabalho em qualquer lugar e função e as tensões encontradas em diferentes serviços e gestões;

Figura 26 - Aspectos teóricos metodológicos das práticas coletivas

Fonte: Elaboração da autora.

Uma vez demonstrados os códigos individuais chegamos `a lista geral de códigos.

1. A trajetória das participantes com práticas coletivas;

2. A luta das participantes pela construção de práticas inovadoras/ possibilidades de ação; 3. A articulação entre política e práticas coletivas;

4. A “individualização do social”/ organização social individualizante x práticas coletivas;

5. O envolvimento de diferentes parceiros nas práticas/ ideologias/ lideranças (a luta cotidiana das participantes para as práticas coletivas serem inclusivas);

6. A concepção de um cuidado mais abrangente, com preocupações para além daqueles com quem convivemos. Por exemplo, o cuidado democrático preconizado por Joan Tronto (2013) - um dos referenciais utilizados por uma das entrevistadas;

7. As impressões/ discriminações do que é a ação coletiva e do que é o grupo, para se pensar o planejamento das ações;

8. A dimensão espacial e temporal no processo das práticas coletivas;

9. A influência das reflexões entre a prática coletiva e o conceito de ocupação coletiva proposto por Ramugondo e Kronenberg.

10. As reflexões sobre o papel do terapeuta ocupacional, o papel político do profissional, também a sua participação;

11. O trabalho com ou sem equipe? Com colaboradores ou adversários?; 12. O gênero da profissional influencia? Dias de sucesso, dias de desânimo; 13. A mudança de lugar, de área, de equipe, mas mantendo o foco no coletivo; 14. “Os lugares” de onde as histórias foram contadas, onde começaram as narrativas; 15. As discussões sobre as tensões entre as práticas individuais e coletivas;

Códigos

cole

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- Os instrumentos específicos de avaliação do trabalho com práticas coletivas - As teorias e disciplinas dentro e fora da terapia ocupacional que fundamentam as práticas coletivas

- A avaliação das entrevistadas sobre a formação de novos terapeutas ocupacionais para as práticas coletivas

- A produção de conhecimento sobre as práticas coletivas e outras formas de disseminação desse conhecimento

16. A produção de conhecimento e técnicas para promoção de ações voltadas para a dimensão coletiva da terapia ocupacional;

17. A transgressão profissional;

18. O cuidado com as questões individuais e coletivas a partir de uma perspectiva coletiva; 19. A resistência com as burocracias;

20. As tensões com as mudanças políticas e a eterna descontinuidade das práticas coletivas; 21. A construção, a articulação e os desafios da rede social na prática;

22. A (re) construção das parcerias;

23. O impacto das políticas locais para as práticas coletivas. A construção das políticas X o desmonte das mesmas;

24. As alianças políticas;

25. A concepção/ compreensão das práticas coletivas; 26. Os aspectos socioculturais das práticas coletivas; 27. A dimensão cultural das práticas coletivas; 28. A questão socioeconômica das práticas coletivas;

29. As diferenças observadas quando grupos específicos se engajam ou não nas práticas coletivas; 30. Os diferentes contextos e a não redução dos problemas;

31. A invisibilidade das pessoas, grupos e coletivos acompanhados pelas terapeutas ocupacionais; 32. A luta pelos direitos;

33. O trabalho com ou sem equipe, com ou sem colaboradores;

34. As mobilizações feitas pelas participantes para a promoção de reflexões críticas junto aos demais profissionais;

35. A luta constante das participantes para que as práticas sejam inclusivas; 36. As condições de trabalho;

37. Os princípios do trabalho em qualquer lugar e função e as tensões encontradas em diferentes serviços;

38. O cotidiano concreto da vida das pessoas;

39. Os conflitos e as possibilidade de ação, participação social;

40. A promoção da circulação das pessoas e o direito à cidade – mobilidade urbana como referencial teórico;

41. A mediação dos conflitos permanentes como importante componente para construção coletiva; 42. Os instrumentos específicos de avaliação das práticas coletivas;

43. As teorias dentro e fora da terapia ocupacional que fundamentam as práticas coletivas; 44. O grupo como um recurso, um dispositivo das intervenções para as práticas coletivas;

45. A avaliação da formação e dos currículos; 46. A disseminação do conhecimento.