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4.1. Turma de Inglês 4.1.1. Aula 1

No segundo ciclo, foram igualmente contempladas as imagens dinâmicas, ou seja, as partes de um filme consideradas mais importantes para que se entendesse a obra explorada. Estas imagens pretenderam criar um certo suspense com vista a levar os alunos a participar ativamente na antecipação dos acontecimentos da história. Todo o mistério criado à volta deste enredo impulsionou claramente a participação oral dos alunos que intervieram com empenho, trabalhando, por consequência a sua produção oral sem se aperceberem.

No dia 17 de janeiro de 2012, demos a aula de Inglês à turma do 8ºA sobre a obra The Speckled Band de Sir Arthur Conan Doyle das 8h25 às 9h55. Esta aula foi planeada, tendo sempre em vista incentivar os alunos para a leitura da obra (ver anexo VIII), podendo relatar as suas participações no relatório.

A aula iniciou-se através da projeção de duas imagens de Sherlock Holmes e do seu assistente Watson, no sentido de estimular os alunos a descobrir quem eram as personagens, e conhecer o tema a ser tratado na aula. De imediato, um aluno, identificou os dois protagonistas da obra, dizendo: They are Sherlock Holmes and Doctor Watson. De seguida, os alunos foram para além do que as imagens mostravam, quando lhes foi pedido para descrever Sherlock Holmes e Watson. Outra aluna interveio, para dizer: Sherlock Holmes is tall e outro referiu: He uses a long jacket, o que levou outro discente a acrescentar: Sherlock Holmes is a detective and he investigates crimes. Ao olhar para a primeira imagem, outro estudante disse simplesmente: They are smoking. Entretanto, o aluno que já tinha participado anteriormente: They are smoking cigarettes, ao que outro aluno retorquiu: They’re smoking a pipe. A introdução ao tema foi, no geral, bastante dinâmica, devido à participação ativa dos alunos.

Antes de proceder à visualização dos três primeiros excertos do filme The Speckled Band, foram lançadas duas perguntas que constituíam o objetivo desta

41 primeira apresentação: Who went to Sherlock Holmes’ place and why? No âmbito de situar os alunos na história e observar a sua reação às imagens dinâmicas. De facto, os alunos entusiasmaram-se ao ver os trechos do filme e conseguiram responder às perguntas, embora alguns realçassem que não tinham percebido tudo. De qualquer forma, os alunos perceberam que um nome da senhora em causa era Stoner e que tinha ido pedir a ajuda de Sherlock Holmes. Um aluno declarou Her mom disappeared, e outro proferiu: Her sister died two years ago, adicionando: She looked sad and worried. Verificou-se que os alunos ficaram entusiasmados com estes primeiros excertos e participaram de livre vontade, com a mais-valia de terem acesso ao sotaque britânico.

Seguiu-se então a visualização do segundo excerto do filme, tendo como objetivo responder às perguntas: Who is the woman? What happened to her? Após terem visto o excerto um aluno respondeu: It’s Julia, the mom of Helen. No entanto, outro aluno disse: The woman is Helen’s sister e outro acrescentou: She saw a band. Após a visualização do excerto, em relação ao conteúdo da história, a turma executou um exercício de ligação às imagens (ver anexo IX) para consolidar a sua compreensão em relação aos excertos.

Os excertos do filme apresentados despertaram a curiosidade dos alunos que leram as páginas 11 e 12 do texto, para depois, voltar a contar o que sucedeu. Dois alunos prontificaram-se a ler sobre o que tinham redigido, tendo referido: Sherlock Holmes and Dr Watson waited for hours before they heard a cry. That night there was another death, Dr Roylott was dead on his chair, in his bedroom and the door of the metal box was opened.

No final da aula, os alunos visualizaram mais um excerto do filme com o objetivo de os alunos responderem à pergunta: Who was the murderer? Através da visualização da parte final, todos os alunos perceberam quem tinha sido o assassino. Dois alunos responderam: The murderer was a poisonous snake.

O gráfico XI mostra que a participação voluntária melhorou, quando comparada com as aulas anteriores. De facto, houve um aumento da participação voluntária de 17% em relação à primeira aula, já que passou de 39% para 56%. A visualização de excertos de filmes ao longo da aula mostrou que o interesse dos alunos aumentou, estando mais

42 dispostos, não só a responder as perguntas feitas, como também a partilhar as suas opiniões.

Participação oral (2012/01/17) - THE SPECKLED BAND

15; 56% 12; 44%

8ºA Participação Voluntária 8ºA Participação Solicitada

Gráfico XI – Participação oral (aula “THE SPECKLED BAND”)

No entanto, 44% dos alunos apenas responderam quando foi solicitada a sua intervenção, o que mostrou que, para estes alunos é necessário deixar-lhes tempo para preparar as suas respostas, de maneira a que se sintam mais confiantes e, por consequência, consigam participar de forma mais espontânea. As grelhas de observação preenchidas ao longo do ano mostram que a espontaneidade não significa que os alunos não cometiam erros. Deixávamos falar os alunos; no entanto, quando cometiam erros gramaticais ou lexicais, corrigíamos os erros para que toda a turma tomasse nota dos mesmos.

4.2. Turma de Francês 4.2.1. Aula 1

No dia 24 de janeiro de 2012, a aula dada incidiu sobre o tema do programa L’alimentation (ver anexo X), usando sempre imagens no decorrer das lições para verificar e observar o comportamento e a participação dos alunos, de acordo com o tema do relatório. Por um lado, devemos referir que esta aula foi mais expositiva, porque apresentaram-se expressões e vocabulário novos à turma, embora a participação dos

43 aprendentes no decorrer desta tenha sido essencial para as transpor para a sua realidade. Por outro lado, esta aula teve um cariz cultural, uma vez que, ao ensinar a alimentação numa aula de Francês, focaram-se hábitos e costumes característicos que têm os franceses aquando das suas refeições. Assim, a aula teve início com a expressão típica francesa: Être bien dans son assiette, acompanhada por uma imagem que mostrava um prato com os talheres de cada um dos lados. Porém o prato tinha a particularidade de representar as porções de nutrientes que devem ser ingeridos diariamente, ligados à roda dos alimentos. Após breve reflexão, os alunos sugeriram que a expressão poderia significar a roda dos alimentos, uma alimentação saudável. A falta de vocabulário impediu os alunos de se exprimirem, tendo sido preciso esclarecer: C’est une assiette. L’expression veut dire qu’il faut manger de façon équilibrée et variée pour se sentir bien/ pour se sentir en forme. Para ter certeza que todos tinham percebido a expressão, traduzimo-la para que fosse possível ligar esta primeira parte da aula ao ensino/aprendizagem dos conteúdos da matéria relacionada com a alimentação. Através da projeção de imagens referentes aos produtos alimentares consumidos a cada refeição: au petit déjeuner; au déjeuner; au goûter et au dîner, acompanhadas do vocabulário, os alunos aprenderam a matéria prevista. Com o recurso às imagens, os estudantes responderam às perguntas: Qu’est-ce que vous prenez au petit déjeuner? Uma aluna respondeu Je prends lait avec céréales. Outros dois acrescentaram: Je mange une orange; Je mange un yaourt.

No ensino das refeições, explorou-se Le déjeuner em que, não só os alunos aprenderam outras expressões/vocabulário, por exemplo, à pergunta: Qu’est-ce que vous aimez manger au déjeuner ? Alguns alunos responderam, de imediato : Je mange pâtes et viande, J’aime le poisson et le riz e: Je mange légumes et poisson; como também se mostrou e explicou a cultura que, naturalmente, se encontra subjacente à língua: “Culture in language learning […] is always in the background, right from day one, ready to unsettle the good language learners when they expect it at least, making evident the limitations of their hard-won communicative competence, challenging their ability to make sense of the world around them” (Kramsch, 1998:25).

Chegou, o momento propício para explicar que em França se comem des oeufs à la coq. Graças às imagens, os alunos conseguiram ver do que se tratava, complementando: L’oeuf est posé sur un coquetier et l’on casse la partie du haut. Ensuite, les Français trampent des petites tartines dans le jaune et mange l’oeuf au fur

44 et à mesure. Este momento em que a cultura fez parte da aula, revelou ser importante para os alunos aprenderem uma realidade distinta da deles. Alguns alunos teceram comentários e algum espanto, demonstrando que não conheciam estes aspetos da cultura francesa. De seguida, mostrámos à turma une bouteille de sirop, precisando que Beaucoup de Français aiment boire de l’eau avec du sirop pendant les repas. Foi feita uma pergunta a uma aluna para saber se ela comia queijo entre o prato principal e a sobremesa. A aluna respondeu que não, pelo que lhes mostramos a carta do Hexágono com muitos queijos para evidenciar a variedade de queijos que existe em França, acrescentando que, faz parte dos hábitos diários de muitos franceses, comer um pouco de pão com queijo.

Em relação ao goûter, foram projetadas imagens de vários alimentos com as respetivas legendas e pedi à outra discente que dissesse o que costuma comer a meio da tarde. Interveio, com ajuda, dizendo: Je mange un sandwich au jambon ou des biscuits. Perguntamos igualmente à turma se alguém comia fruta, no sentido de os sensibilizar para ingerir frutas e legumes, pois são alimentos saudáveis o que permitiu fazer a ligação com o dîner, em que foram apresentadas três variedades de sopa. Os alunos ficaram também a saber que se consumia sopa, em França, principalmente no Inverno. Interrogamos um aluno sobre o que comia ao jantar: Est-ce que tu manges de la soupe au dîner et quelle soupe, de la soupe aux légumes, du bouillon de poulet? Oui, je mange de la soupe aux légumes. Após esta interação oral que serviu, não só para os alunos aprenderem a matéria relacionada com L’alimentation, como promover paulatinamente a oralidade nos alunos durante a aula de Francês através do uso de imagens. No final da lição, os alunos escreveram os alimentos consumidos em cada refeição, enquanto distribuímos uma fotocópia com imagens e o vocabulário explorado (ver anexos XI e XII). No gráfico XII constatámos que 76% da turma participou voluntariamente, um aumento de 8% relativamente à aula “La Fête de Noël”. Este aumento de percentagem deveu-se ao facto de os alunos terem o vocabulário necessário para se poderem ter exprimido sobre o tema da alimentação.

45 Gráfico XII – Participação oral (aula “L’ALIMENTATION”)

4.2.2. Aula 2

A aula do dia 25 de janeiro consistiu essencialmente em ensinar à turma os artigos partitivos, tendo sempre em atenção a colaboração dos alunos. Procedeu-se logo à correção do exercício encetado na aula anterior com vista a rever o vocabulário do dia anterior.

4.2.3. Aula 3

Esta aula, lecionada no dia 15 de fevereiro, começou com a projeção de quatro imagens (ver anexo XIII) para que os alunos pudessem descobrir o tema que ia ser explorado. Questionou-se a turma acerca das imagens que mostravam crianças à procura de ovos de chocolate no jardim: Que font les enfants dans les images? Os alunos pensaram e um aluno exclamou: La Páscoa. A turma percebeu imediatamente que, iríamos falar sobre a festa da Páscoa. No entanto, foi necessário relembrar aos alunos para não misturar as duas línguas: a Portuguesa e a Francesa, afirmando: Ici, on parle en Français! On dit Pâques.

Em seguida, disseram Pâques dans la France; Ils cherchent des chocolats. Uma das alunas, que mais e melhor participa, acrescentou: Les enfants sont dans le “jardim”.

Participação oral (2012/01/24) - L'ALIMENTATION

16; 76% 5; 24%

46 Depois, explicamos que visualizaríamos dois pequenos vídeos13 sobre as tradições da Páscoa em França e que deveriam responder à dois exercícios de escolha múltipla e responder a perguntas. Antes dos vídeos, foi projetada a imagem de um cordeiro com a palavra Agneau para que percebessem o significado, uma vez que iam ouvir este vocábulo várias vezes no primeiro vídeo. A turma viu os vídeos14( ver anexo XIV) duas vezes para que os alunos compreendessem bem e pudessem responder aos exercícios (ver anexo XV). O primeiro exercício foi executado e corrigido sem dificuldade. A realização do exercício seguinte demorou mais tempo porque deviam responder a perguntas de interpretação.

No geral, os alunos conseguiram perceber, realizar e responder às perguntas de forma autónoma. Notou-se que a turma aprendeu novas estruturas e vocabulário, pondo- os em prática, como se pôde verificar com um aluno que respondeu à primeira pergunta: Les Français mangent de l’agneau à Pâques à cause du sacrífice du fils d’Abraham. Seguiu-se outro voluntário para responder à segunda pergunta: À la fin de la chasse aux oeufs, les enfants partagent leurs chocolats entre eux. Nas aulas de Língua Estrangeira, os alunos adquirem novos conhecimentos e permitem igualmente veicular valores; neste caso, a partilha. No final, os alunos tiveram que escrever um pequeno texto sobre a tradição da Páscoa em Portugal. Deve salientar-se que, por vezes, os alunos não sabiam como dizer algumas palavras em Francês. Nesses casos, eles levantavam o braço e íamos ter com eles para lhes dizer e escrever o vocábulo que não sabiam, como por exemplo: A missa – La messe; A igreja – L’église; As amêndoas – Les dragées; O padre – Le prêtre.

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