Identificamos os nós críticos baseados no problema que denominamos como prioritário. Os nós críticos selecionados pela ESF Mucuri foram:
23
1. Baixo nível de informação sobre a doença
2. Inexistência de material didático para ações educativas
3. Descuido da população no domicílio para prevenção da dengue
6.4 Desenho das operações (sexto passo)
Quadro 3 – Operações sobre o “nó crítico 1” relacionado ao problema “Alta prevalência de Dengue” na comunidade de Mucuri – Teófilo Otoni, Minas Gerais, 2019.
Nó crítico 1 Baixo nível de informação Operação
(operações)
Aumentar o conhecimento da população leiga sobre a Dengue.
Projeto - Dengue, + Saúde Resultados
esperados
- Ampliação do conhecimento sobre a doença em questão, principalmente sobre quais mecanismos usar para interromper sua transmissão;
- Melhora no conjunto de ações efetivas da população, como por exemplo, a limpeza de lotes vagos;
- Acréscimo na carga horaria escolar de aulas sobre a Dengue, visto que as crianças são ótimas propagadoras de informações.
Produtos esperados - Realização de campanhas educativas na área, contribuição da prefeitura para divulgação de informações na rádio.
- Solicitar ajuda dos líderes comunitários para sensibilização da comunidade sobre a importância do tema.
- Cognitivos: capacitação de todos os profissionais da equipe a fim de serem capazes de identificar um caso suspeito e poder orientar ao paciente;
- De poder: apoio da própria secretaria de saúde local para divulgações de informações impressas ou digitas no município.
Recursos críticos - Econômicos: elaboração de cartazes e banners para divulgação das informações;
- Organizacionais: definir uma carga horária de trabalho para ministrar palestras sobre a Dengue;
- Cognitivos: capacitação de todos os profissionais da equipe a fim de serem capazes de identificar um caso suspeito e poder orientar ao paciente;
- De poder: apoio da própria secretaria de saúde local para divulgações de informações impressas ou digitas no município.
Controle dos recursos críticos
1) Secretaria Municipal de Saúde;
2) Prefeitura Municipal;
3) Governo Estadual;
24
*financiamento para impressão de cartazes e panfletos para divulgação.
Ações estratégicas 1) Capacitação dos principais agentes detentores de informações na comunidade, o que envolve professores, representante da comunidade e toda Equipe de Saúde da Família (ESF);
2) Incentivar que esses profissionais sempre orientem sobre essa patologia em qualquer chance de conversa com o usuário;
3) Incentivar a promoção das informações de prevenção e cuidado sobre a Dengue em palestras a serem realizadas pelo representante local;
4) Estimular mutirões de limpeza de locais públicos na região.
Prazo 1) 01 mês para a produção do conteúdo;
2) Dois meses para início das atividades;
3) Cinco meses para a conclusão do projeto.
Responsável (eis) reuniões breves com toda a equipe, no qual os prazos serão reestipulados de acordo com o agendamento do projeto.
Quadro 4 – Operações sobre o “nó crítico 2” relacionado ao problema “Alta prevalência de Dengue” na comunidade de Mucuri – Teófilo Otoni, Minas Gerais, 2019.
Nó crítico 2 Inexistência de material didático para ações educativas
Operação (operações) Produzir material informativo tanto para a população informando sobre medidas de combate a dengue quanto para a própria equipe esclarecendo sobre os protocolos de referencia e contra-referência dos pacientes.
Projeto + Ação
Resultados esperados
Banners, cartazes e panfletos com informações sobre meios de transmissão e prevenção da Dengue;
Palestras em Power Point para serem usadas em capacitações tanto da equipe de saúde e professores quanto dos moradores da região.
Produtos esperados Banners e cartazes afixados informando sobre medidas de cuidado intradomiciliares e sobre prevenção e combate a dengue.
Protocolos a serem seguidos para classificar o paciente e solicitar possível casos diagnosticados durante a semana vigente;
Cognitivos: capacitação de todos os profissionais da equipe a fim de serem capazes de identificar um caso suspeito e poder orientar ao paciente;
25
De poder: apoio da própria secretaria de saúde e do centro de zoonoses local para divulgações de informações impressas ou digitas no município.
Recursos críticos Econômicos: elaboração de cartazes e banners para divulgação das informações;
Organizacionais: fazer reuniões semanais no centro de saúde sobre os casos diagnosticados durante a semana vigente;
Cognitivos: capacitação de todos os profissionais da equipe a fim de serem capazes de identificar um caso suspeito e poder orientar ao paciente;
De poder: apoio da própria secretaria de saúde e do centro de zoonoses local para divulgações de informações impressas ou digitas no município.
Controle dos recursos críticos
1) Secretaria Municipal de Saúde;
2) Prefeitura Municipal;
3) Governo Estadual;
4) Equipe de saúde ;
*financiamento para impressão de cartazes e panfletos para divulgação Ações estratégicas 1) Apresentar o protocolo dos materiais para divulgação;
2) Demonstrar o impacto que a redução no numero de doentes impactará na saúde da comunidade;
Alertar que as medidas de prevenção são individuais, mas caso um morador não cumpra, os maleficio serão de toda a população.
Prazo 1) Quinze dias para a fabricação do material piloto;
2) Um mês para finalização do material;
Seis meses para a finalização do projeto.
Responsável (eis)
Acompanhamento do material produzido através de ligações à empresa responsável e solicitação de afixação de cartazes em locais estratégicos para melhor divulgação de informações.
Quadro 5 – Operações sobre o “nó crítico 3” relacionado ao problema “Alta prevalência de Dengue” na comunidade de Mucuri – Teófilo Otoni, Minas Gerais, 2019.
Nó crítico 3 Descuido da população no domicílio para prevenção da dengue Operação
Redução do número de focos de Dengue na região;
Redução do acúmulo de lixo e possíveis focos nos domicílios e através de mutirões de limpeza em locais públicos
Diminuição do vetor Aedes aegypti.
Produtos População consciente e colaborativa;
26
- Organizacionais: definição na agenda do ACS sobre o horário a ser realizado as visitas domiciliares com enfoque na Dengue;
Cognitivos: capacidade dos ACS em transmitir informações corretas de um modo simples a população;
- De poder: apoio da própria secretaria de saúde para financiar o transporte dos ACS para locais distantes em busca de focos de Dengue
Recursos críticos 1) Capacitar dos ACS para realização de visitas com foco na identificação de locais propícios para o desenvolvimento do Aedes Aegypti;
2) Disponibilidade na agenda dos ACS para realização de visitas somente com esse enfoque;
Recursos financeiros para o transporte dos ACS a todas as residências de seu micro áreas em um curto intervalo de tempo.
Controle dos recursos críticos
1) Secretaria Municipal de Saúde;
2) Prefeitura Municipal;
Agentes Comunitários de Saúde.
Ações estratégicas Demonstrar em capacitação aos ACS como uma simples conduta dentro de cada domicílio pode resultar em reduções drásticas do número de casos de Dengue;
Prazo 1) Um mês para realização de toda capacitação;
2) Dois meses para inicio das visitas já com o material informativo em mãos;
Seis meses para a finalização do projeto.
Responsável (eis) pelo
acompanhamento das ações
Oito ACS da Equipe de Saúde da Família Mucuri
Processo de monitoramento e avaliação das ações
Acompanhamento semanal em conversa com os ACS questionando como está sendo a recepção da população sobre as informações transmitidas a eles e qual o grau de implementação que está ocorrendo.
27
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a elaboração desse trabalho foi possível conhecer melhor a realidade da área de abrangência da ESF Mucuri com relação à dengue e elaborar um plano de intervenção para prevenção, controle e combate à dengue, no intuito de realizar ações junto à população, na tentativa de reduzir a incidência dessa doença na região.
A equipe percebeu a importância da abordagem da dengue, com a necessidade da conscientização como um processo dinâmico, flexível, permanente e constantemente monitorado, a fim de obter com o desenvolvimento desse projeto, a diminuição dos casos de dengue na área de abrangência e conscientização da população.
28
REFERENCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância em Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e Tuberculose. Cadernos de Atenção Básica 21.
Brasília. Ministério da Saúde: 2007.
CAZOLA, Luiza Helena de Oliveira et al . Incorporação das atividades de controle da dengue pelo agente comunitário de saúde. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v.
48, n. 1, p. 113-122, Feb. 2014 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102014000100113&lng=en&nrm=iso>.
CAZOLA, Luiza Helena de Oliveira; TAMAKI, Edson Mamoru; PONTES, Elenir Rose Jardim Cury. Incorporação do controle da dengue pelo agente comunitário de saúde. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 67, n. 4, p. 637-645, Aug. 2014 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672014000400637&lng=en&nrm=iso>.
CHIARAVALLOTI NETO, Francisco et al . Controle do dengue em uma área urbana do Brasil: avaliação do impacto do Programa Saúde da Família com relação ao programa tradicional de controle. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 22, n. 5, p.
987-997, May 2006. Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2006000500011&lng=en&nrm=iso>.
COSTA, Elisângela Martins Da Silva; COSTA, Edgar Aparecido Da; CUNHA, Rivaldo Venâncio Da. Desafios da prevenção e controle da dengue na fronteira
Brasil/Bolívia: representações sociais de gestores e profissionais da
saúde. Physis, Rio de Janeiro , v. 28, n. 4, e280415, 2018 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312018000400614&lng=en&nrm=iso>.
FARIA, H. P.; CAMPOS, F.C.C.; SANTOS, M. A. Planejamento, avaliação e programação das ações de saúde. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2018
Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca. Acesso em: 15 jun.
2019.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFICA E ESTATÍSTICA. IBGE. Cidades.
2019.Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/mg/teofilo-otoni.html .
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Dengue: sintomas, causas, tratamento e prevenção.
2019. Disponível em: https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/dengue. Acesso em 12 março de 2020.
29
REIS, Cássia Barbosa; ANDRADE, Sonia Maria Oliveira de; CUNHA, Rivaldo Venâncio da. Aliados do A. Aegypti: fatores contribuintes para a ocorrência do dengue segundo as representações sociais dos profissionais das equipes de saúde da família. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 18, n. 2, p.
517-526, Feb. 2013 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232013000200023&lng=en&nrm=iso>.