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Seleção dos Equipamentos de Rede

No documento Dissertação Projeto de Redes (páginas 102-105)

Base de Informações

4.7 Seleção dos Equipamentos de Rede

É necessário conhecer a topologia geral da rede, a tecnologia, a topologia, a configuração básica e os requisitos especificados para cada uma das suas sub-redes e os tipos de elementos (repetidor, ponte, roteador ou switch) usados na interconexão das mesmas, figura 4.24. Como configuração básica das sub-redes, entende-se o seu número total de pontos, usados nas conexões de estações, grupos de trabalho e redes backbones, as características básicas e função (servidora ou cliente) das estações e o tipo de enlace com a rede backbone. Os requisitos mais relevantes, por sua vez estão, normalmente, relacionados à arquitetura de comunicação, infra-estrutura de gerenciamento (arquitetura de gerenciamento suportada, tipo de MIB, modo de gerenciamento:

in-band e out-of band ), confiabilidade, por exemplo, MTBF, mecanismos de

recuperação de erros; disponibilidades, por exemplo, número de portas suportadas dos equipamentos.

De posse dessas informações, deve-se proceder à seleção dos equipamentos usados para implementar as diversas sub-redes e elementos de interconexão. O primeiro passo neste sentido é selecionar a classe dos equipamentos a ser empregada. Existem duas classes básicas de equipamentos:

• Equipamentos de mesa: corresponde, de maneira geral, a equipamentos

de porte menor quando comparados aos de chassi e, também com recursos mais restritos de contingência, menor escalabilidade e, conseqüentemente menor preço. Nem todos os equipamentos dessa classe são gerenciáveis. Nesta classe de equipamentos, incluem-se os repetidores, as pontes, os roteadores, os hubs e os switches.

• Equipamentos de chassis: são, normalmente, equipamentos de maior porte, que suportam tecnologias mais rápidas, possuem recursos diversos que aumentam a disponibilidade, por exemplo, fontes de alimentação duais, load sharing e hot swapping, entre outros, são

gerenciáveis, com o módulo de gerenciamento embutido ou opcional, apresentam alta escalabilidade tanto em relação ao número de acessos como ao tipo de tecnologia que pode ser empregada e por fim, têm custos bem mais elevados.

A escolha da classe de equipamento adequada a uma dada sub-rede ou elemento de interconexão ou a um conjunto de sub-redes depende da análise das informações coletadas, dos requisitos de projeto e das restrições de custo e prazo. Contudo, como regra geral, empregam-se os equipamentos de mesa para implementar os grupos de trabalho.

Pode-se optar, por exemplo, no caso de hubs, pela característica empilhável ou não-empilhável de múltiplas tecnologias. Os hubs empilháveis

oferecem uma solução de menor custo, mas têm como desvantagem que todas as estações (servidores ou clientes) são conectadas a um mesmo tipo de porta, não sendo, portanto, a opção mais adequada para uma rede que opera segundo o modelo cliente-servidor. Os hubs  não-emplháveis de múltiplas

conectar as estações servidoras às portas mais rápidas. Se, por outro lado, tais grupos de trabalho operarem com aplicações especiais como, por exemplo, processamento em tempo real, processamento de imagens, CAD/CAM e outros, pode-se optar pela utilização de switches de chassi de tecnologoa única, FFDI ou ATM, de acordo com as exigências tecnológicas do projeto.

As redes backbones, por sua vez, podem ser utilizadas para conectar grupos de trabalho ou outras redes backbones. No primeiro caso, pode-se optar por empregar um switch de mesa ou por um módulo de um switch de chassi usado para implementar uma das sub-redes à qual foi conectado. A grande vantagem do switch sobre o hub é a inexistência de escuta por parte de todas as portas simultaneamente minimizando as colisões, ou seja, um pacote enviado por uma máquina não é verificado pela máquina vizinha a menos que o pacote seja endereçado a ela. Neste sentido ele segmenta a rede individualmente por porta, aumentando também a segurança em relação de envio de pacotes broadcast para análise de portas, estratégia muito utilizada por bisbilhoteiros, ou hakers, de redes internas.

Uma vez definida a classe de equipamentos a ser empregada, deve-se proceder com a seleção do equipamento propriamente dito. Para uma mesma classe e tecnologia de equipamento, existem várias opções de equipamentos com características bem peculiares que variam de um fornecedor para o outro. Estas características correspondem, em geral, ao diferencial competitivo de um produto para outro e vão ser importantes à medida que atendam a determinados requisitos especificados para o projeto. Um exemplo típico seria a existência de fontes duais nos equipamentos. A maioria dos equipamentos de mesa do mercado, não oferece este recurso, e, algumas vezes, nem os equipamentos de chassi. Se este for um requisito de projeto, certamente o conjunto de equipamentos que podem ser empregados torna-se mais restrito. Ou seja, o processo de seleção do equipamento depende de uma análise dos requisitos de projeto e, naturalmente, das restrições de custos e de prazo. Em determinados casos, pode-se ainda chegar a um conjunto vazio de equipamentos, o que obriga que algum ou alguns dos requisitos sejam reexaminados.

Feita a seleção, deve-se dimensionar ainda, os equipamentos selecionados. Cabe ao projetista, determinar a melhor combinação de tais modelos de modo a otimizar o número total de portas gastas em função do número de portas necessárias e do custo. No caso dos equipamentos de chassi, deve-se otimizar o número de módulos e de portas desses módulos, uma vez que costumam existir vários modelos de módulos com o mesmo tipo de tecnologia empregada para um mesmo modelo de equipamento.

Apenas depois de terminado o dimensionamento dos equipamentos, principalmente no caso dos equipamentos de chassi, é que o projetista vai ter uma idéia precisa do seu custo total, que pode ou não atender às restrições orçamentárias do projeto. Isto deve levar o projetista, a selecionar um outro equipamento ou uma outra classe de equipamentos ou até mesmo rever alguns requisitos de projeto.

Ao final, o projetista pode ter várias opções de solução de projeto com custos e características diferenciadas, que podem ser discutidas e avaliadas   junto com a própria empresa. Usualmente opta-se pela solução de menor

custo.

No documento Dissertação Projeto de Redes (páginas 102-105)