• Nenhum resultado encontrado

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.2. Desenvolvimento de método para análise do imatinibe em plasma

3.2.8. Seleção do PI

Em tubo de extração foram transferidos 25 µL de solução padrão do fármaco, 25 µL da solução de PI a ser testada e o solvente foi evaporado sob fluxo de ar comprimido. Foi adicionado 1 mL de plasma branco previamente centrifugado e os tubos foram agitados por 30 segundos em mixer, em seguida foram adicionados 200 µL de NaOH 1mol/L, 4 mL do solvente extrator e os tubos foram novamente agitados por 2 minutos em mixer. Após isto o procedimento de extração seguiu como descrito na figura 8.

As soluções testadas como PI foram: cimetidina 10 µg/mL, fluoxetina 80 µg/mL, oxibutinina 400 µg/mL, diazepam 1 mg/mL, amitriptilina 1 mg/mL, cloridrato de lidocaína 50 µg/mL, acetaminofeno 1 mg/mL e propranolol 1mg/mL.

28

3.3. VALIDAÇÃO

O protocolo de validação do método baseou-se na resolução 899, de 29 de maio de 2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2003).

3.3.1. Calibração e Linearidade

Em tubos de extração foram transferidos 25 µL das soluções-padrão do fármaco, 25 µL da solução do PI e o solvente foi evaporado sob fluxo de ar comprimido. Foi adicionado 1 mL de plasma branco e os tubos foram agitados em

mixer por 30 segundos. Estas amostras de plasma enriquecidas, preparadas em

triplicata para cada nível de concentração, foram submetidas ao procedimento de extração descrito na figura 8 e analisadas por CE.

O gráfico de calibração foi construído plotando-se no eixo das abscissas a concentração plasmática do fármaco 0,25, 0,50, 1,00, 2,00, 2,50 e 5,00 µg/mL e no eixo das ordenadas a razão entre a área do fármaco e a área do PI.

A linearidade do método foi avaliada como descrito acima, porém contemplou as concentrações plasmáticas de 0,125, 0,25, 0,50, 1,00, 2,00, 2,50 e 5,00 µg/mL.

3.3.2. Limite de Quantificação (LQ)

O LQ foi estabelecido através da análise de 5 amostras de plasma branco enriquecidas com solução-padrão do fármaco na concentração plasmática de 0,125 µg/mL e submetidas ao procedimento de extração descrito na figura 8.

29

3.3.3. Recuperação

Para avaliar a eficiência do procedimento de extração foi realizada a análise do fármaco nas concentrações plasmáticas especificadas abaixo, omitindo-se a etapa de extração. Em tubos cônicos de vidro foram transferidos 25 µL das soluções-padrão do fármaco contemplando as concentrações baixa, média e alta da faixa de linearidade do método (0,50, 2,00 e 5,00 µg/mL) e 25 µL da solução de PI. O solvente foi evaporado até a secura sob fluxo de ar comprimido, o resíduo foi reconstituído em 50 µL de solução metanol/água (30:70) e analisado por CE.

Amostras de plasma (n=5) enriquecidas com solução-padrão do fármaco e PI, nas mesmas concentrações descritas acima, foram preparadas segundo o procedimento de extração descrito na figura 8. O resíduo foi reconstituído em 50 µL de solução metanol/água (30:70) e analisado por CE.

A recuperação do fármaco e do padrão interno foi calculada comparando-se os resultados obtidos das soluções-padrão não extraídas com as amostras de plasma enriquecidas que passaram pelo procedimento de extração, de acordo com seguinte fórmula (CAUSON, 1997):

Recuperação (%) = resposta do analito na matriz (amostra processada) x 100 resposta do analito no padrão (não processado)

3.3.4. Precisão e Exatidão

Para avaliar a precisão e exatidão inter e intraensaio foi feito um gráfico de calibração, no intervalo de concentração plasmática de 0,25 a 5,00 µg/mL em duplicata, conforme procedimento de extração descrito na figura 8. Para o estudo da precisão e exatidão foram preparadas amostras de plasma branco enriquecidas com 25 µL das soluções-padrão do fármaco, contemplando as concentrações baixa, média e alta do intervalo linear do método (0,50, 2,00 e 5,00 µg/mL), e estas

30

submetidas ao procedimento de extração descrito na figura 8. As amostras foram preparadas em sextuplicata para cada nível de concentração.

A precisão e a exatidão interensaio foram avaliadas durante três dias consecutivos e a precisão e exatidão intraensaio foram avaliadas no mesmo dia.

Os cálculos para avaliar a precisão do método foram feitos usando-se o gráfico de calibração e as dispersões em relação aos valores médios foram expressas como coeficiente de variação (CV):

CV% = desvio padrão x 100 média

A exatidão foi expressa como a porcentagem de erro em relação a concentração teórica e calculada segundo a fórmula (CAUSON, 1997):

Exatidão (%) = (concentração média experimental – concentração teórica) x 100 concentração teórica

3.3.5. Estabilidade

3.3.5.1. Estabilidade após ciclos de congelamento e descongelamento

Amostras de plasma branco enriquecidas com 25 µL de solução-padrão do fármaco nas concentrações baixa e alta da curva de calibração (0,50 e 5,00 µg/mL) foram submetidas a três ciclos de congelamento e descongelamento da seguinte maneira: foram congeladas à temperatura de -20 °C e mantidas por 24 horas, sendo então submetidas ao descongelamento à temperatura ambiente. Quando completamente descongeladas, as amostras foram novamente congeladas por 24 horas e assim sucessivamente até completarem os três ciclos. As amostras foram preparadas em sextuplicata para cada concentração.

31

Após os ciclos as amostras foram enriquecidas com o PI e passaram pelo procedimento de extração (descrito na figura 8) e os resultados obtidos foram comparados com aqueles obtidos em amostras recém-preparadas e extraídas.

3.3.5.2. Estabilidade de curta duração

As amostras de plasma branco enriquecidas com 25 µL do fármaco nas concentrações de 0,50 e 5,00 µg/mL, preparadas em sextuplicata, foram mantidas a temperatura ambiente por um período de 12 horas. Após este tempo as amostras foram acrescidas da solução do PI e submetidas ao procedimento de extração (figura 8). Os resultados obtidos foram comparados com os resultados de amostras recém–preparadas e extraídas.

3.3.5.3. Estabilidade de longa duração

O estudo de estabilidade de longa duração foi feito para um período de sete dias.

Amostras de plasma branco, preparadas em sextuplicata, enriquecidas com 25 µL de solução-padrão do fármaco nas concentrações baixa e alta da curva de calibração (0,50 e 5,00 µg/mL) foram mantidas congeladas à -20 °C. Após uma semana estas amostras foram descongeladas à temperatura ambiente, acrescidas da solução do PI e submetidas ao procedimento de extração descrito na figura 8. Os resultados obtidos foram comparados com aqueles de amostras recém preparadas e extraídas.

Os dados obtidos nos estudos de estabilidade foram analisados estatisticamente pelo teste de análise de variância (ANOVA).

32

Documentos relacionados