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O que é ser Orientador Pedagógico? Em minha vivência como professora, as Orientadoras Pedagógicas que tive olhavam meus planos de aula para saber se estavam sendo feitos e em dia, vistoriavam meus diários para verificar se estavam devidamente preenchidos e sem rasuras, verificavam as notas de meus alunos e me chamavam para uma conversa toda vez que as notas em meus diários apontavam que muitos de meus alunos estavam com notas abaixo da média onde perguntavam o que eu iria fazer para que suas notas melhorassem.

No entanto, em alguns momentos, senti falta de algum tipo de orientação para o trabalho, uma amiga mais experiente com quem conversar e trocar idéias. Sempre me senti sozinha no trabalho como professora. A ajuda que recebi partiu muito mais de algumas colegas do que de qualquer outro profissional. Mas, qual seria o papel do Orientador Pedagógico nas escolas?

Segundo LIBÂNEO (2008,p.219) a principal função do Orientador Pedagógico é:

(...) a assistência pedagógico-didática aos professores, para se chegar a uma situação ideal de qualidade de ensino (considerando-se o ideal e o possível), auxiliando-os a conceber, construir e administrar situações de aprendizagem adequadas às necessidades educacionais dos alunos.

Segundo este autor a função desse profissional é assessorar o professor na tarefa de criar situações de aprendizagem e desenvolvê-las com os alunos de forma que atendam suas necessidades. Neste ponto de vista, o orientador deverá levar em conta as ações ideais a serem implementadas, e as possíveis, levando em conta a realidade em que a escola e seus profissionais trabalham.

Segundo o autor, a função deste profissional é prestar assessoria ao professor de forme que ele seja capaz de idealizar, executar e administrar situações de aprendizagens adequadas às necessidades dos educandos. Mas será que esta orientação, no caso da presente pesquisa, desenvolvida com as professora alfabetizadoras é vista como importante? A Orientadora pedagógica Rogéria que atua em uma das escolas da Rede Municipal de Duque de Caxias no Parque São José, nos fala a respeito da importância do trabalho do Orientador na alfabetização:

O trabalho do Orientador Pedagógico é importante em todas as etapas e segmentos do ensino fundamental, mas sabemos que um alicerce bem preparado “Alfabetização” é o que vai dar sustentação para a longa caminhada da vida escolar desse aluno. Por isso, é importante que o Orientador Pedagógico tenha um acompanhamento minucioso com o processo da alfabetização.

A Orientadora Pedagógica Rogéria, destaca que o trabalho do orientador é importante em todo o Ensino Fundamental, destacando o acompanhamento do trabalho da alfabetização como base para o trabalho dos demais anos de escolaridade, daí a importância de um acompanhamento mais de perto por parte da orientação.

Esta orientadora faz uso da apalavra “minuncioso” para adjetivar o trabalho da orientação pedagógica junto ao Ciclo de alfabetização. Segundo o dicionário Aurélio, indica “trabalho feito com atenção”, um indicativo de um olhar mais detalhado através de um acompanhamento mais próximo ao professor e ao aluno.

Para Rosemery, Orientadora Pedagógica de uma Creche da Rede Municipal de Duque de Caxias no bairro do Amapá, o trabalho da orientação pedagógica é importante também porque além de acompanhar as turmas e conhecer as histórias das crianças da escola, também se aproxima do professor alfabetizador, onde orientador e professor refletem juntos sobre as práticas que são desenvolvidas nas salas de aula, analisando as conquistas e entraves do processo educativo, objetivando o planejamento de ações que ajudem cada criança a avançar.

Além de acompanhar as turmas, conhecendo as crianças, suas histórias e interesses, é importante aproximar-se do fazer do alfabetizador, refletindo junto com ele, seus fazeres e saberes, que permeiam a prática desse processo de alfabetização, analisando as conquistas e entraves e planejando ações para que cada criança avance no seu desenvolvimento.

Para a orientadora Rosemary, este é um trabalho de parceria entre orientador e professor com objetivo de somarem esforços na compreensão, diagnóstico e elaboração de uma proposta de trabalho pedagógico para as crianças que fazem parte das turmas de alfabetização.

Segundo a supervisora educacional Roseclay, o orientador pedagógico deve se constituir numa espécie de parceiro mais experiente dos professores alfabetizadores, procurando subsidiá-los através de novas práticas e de uma nova forma de enxergar os desafios do cotidiano: “O Orientador Pedagógico deve orientar aos professores de maneira a somar na prática dos docentes. Estar próximo sem ser invasivo. Ser o parceiro mais experiente e trazer novas formas de ver e atuar com os desafios cotidianos em sala de aula. “

Para esta supervisora educacional, o Orientador é um parceiro mais experiente do professor, alguém que tem também algum conhecimento sobre a alfabetização e pode partilhá-lo com o professor , onde os saberes do professor e os saberes do orientador se somam, potencializando a visão de ambos a respeito de caminhos possíveis para ajudar na

alfabetização das crianças da escola. A supervisora em questão, no entanto, faz um alerta indicando que o orientador não deve ter uma atitude “invasiva”, ou seja, de adentrar na sala de aula do professor sem ser convidado, sem respeito a autoridade deste, no seu fazer cotidiano.

O “outro” precisa ser olhado como dizia FREIRE, “como legítimo outro igual a mim”, ou seja, uma pessoa real com personalidade, jeito de ser, aquele que tem uma maneira própria de ver o mundo e de se posicionar diante dele, aquele que cujas ações remetem a uma ideologia, cujas práticas pedagógicas estão embasadas em princípios teóricos distintos, por vezes consonantes aos ideais que também abraço, por vezes distantes e por outras, tendo um ideário completamente diferente daquele que nos é caro, porém, que precisa ser considerado por mim como uma possibilidade real e legítima para aquele sujeito com o qual convivo.

E os professores alfabetizadores? O que esperam do trabalho de um orientador pedagógico? Em entrevista com as seis professoras alfabetizadoras do CIEP 328 Marie Curie, as respostas que obtive foram as mais variadas. Para Michele professora do 3º AE, a resposta que obtive foi: “Ser firme quando necessário, cooperar para que a escola ande junto com os docentes/alunos/responsáveis em um ambiente agradável, organizado e promissor para que juntos possamos somar e nunca dividir ou subtrair.”

A professora Michele destaca que espera que o Orientador Pedagógico seja firme, quando necessário, indicando que entende que este profissional deve assumir com coragem suas idéias a respeito do trabalho pedagógico, que saiba argumentar com o professor e até “bater pé” em algumas questões que considere relevantes. O professor não quer alguém autoritário, mas quer alguém que tenha uma posicionamento pedagógico claro, , que saiba em que acredita e no porque acredita, sendo capaz de argumentar de forma clara a respeito dos pressupostos que acredita como válidos

A professora destaca que este profissional em seu trabalho deverá também, procurar cooperar para que o grupo caminhe coletivamente em um ambiente agradável, onde todos busquem somar e segundo ela não dividir ou subtrair, indicando que não deve haver rachas no grupo, ou isolamento de nenhum elemento que dele faça parte.

A professora entende que o orientador deve assumir uma postura de mediador, aquele que ajuda a mediar situações a fim de que a escola se faça um lugar agradável de se trabalhar e onde as relações entre as pessoas, aconteça num clima de civilidade e cordialidade, ainda que, nela se mantenha um espaço aberto para a diversidade de idéias e posições

ideológicas e filosóficas onde o grupo no entanto, saiba apreciar esta diversidade, respeitando a individualidade de cada um e onde aprenda a difícil tarefa de caminhar coletivamente no meio da diversidade de idéias.

A mesma pergunta foi feita à professora Camila: - o que você espera do trabalho da orientação pedagógica? A resposta obtida foi: “Espero que o seu trabalho seja feito da melhor forma possível e que traga realmente algum resultado junto as nossas praticas pedagógicas.”

A professora quer uma prática eficiente por parte da orientação, que suas intervenções e assessorias provoquem resultados visíveis no cotidiano. Isto nos faz crer que ela deseja ações práticas, que ataquem os pontos que o professor considera importantes, destacando aqui as práticas pedagógicas das professoras.

Ao ser feita a mesma pergunta a professora alfabetizadora Rosângela, a reposta obtida foi a seguinte:

Eu espero que o Orientador pedagógico re-estimule o docente envolvido com maus resultados para o compromisso de tentar novas formas de trabalho capazes de alterar os rumos do processo e, para que isso aconteça, será preciso acompanhar essas ações para que tudo o que se re-planejou, não se perca somente com falatório. Que ele opere como mediador das reflexões sobre a prática, em um contexto de trocas, para ouvir e falar com os professores. Que tenha um comportamento expresso com clareza e que faça a leitura da escola considerando sua singularidade, criando assim formas próprias de conhecimento. A professora Rosângela tem uma expectativa diferente para com a ação da orientação pedagógica. Para ela, o OP precisa estimular o professor que esteja obtendo resultados aquém do esperado, a buscar novas propostas pedagógicas visando a aprendizagem de seus alunos onde o mesmo deverá ter compromisso com os resultados da aprendizagem dos seus alunos. Ela também aponta a necessidade do OP acompanhar essas novas tentativas do professor em questão, onde o mesmo re-planejou suas ações, acompanhando sua execução a fim de que o professor não se perca entre as sua intenção e a real execução, não concretizando as ações planejadas.

Esta professora também espera que o Orientador pedagógico estimule o professor à reflexão, a partir da própria prática, trabalhando junto com o professor na construção de um ambiente de partilha onde este não somente fale , mas que também ouça os professores a respeito dos seus saberes e suas práticas.

A professora alfabetizadora Samira expressou suas expectativas para com o trabalho da orientação pedagógica da seguinte forma:

Quanto ao que se espera da Orientadora pedagógica, penso que este profissional não seja de gabinete, ou seja, que possa circular pela escola, pelas salas, pois só assim conseguirá saber o que está acontecendo e entender quais são os alunos que atende e propor encaminhamentos adequados.O trabalho da OP deveria ultrapassar os muros da escola sendo uma ponte entre instituição e a comunidade, entendendo sua realidade, ouvindo o que ela tem a dizer abrindo diálogo entre suas expectativas.

Samira espera que a OP não fique fechada em sua sala, mas que circule pela escola e pelas salas de aula dos diferentes professores para poder conhecer o que acontece de verdade em cada uma delas e onde possa entender a realidade da clientela com a qual a escola trabalha e assim, ser capaz de conversar com o professor, tendo conhecimento de causa e estar apto a propor encaminhamentos adequados para as diferentes situações cotidianas que se apresentam nas salas de aula dos professores.

A professora Samira, afirma também que espera que o trabalho da OP ultrapasse os muros da escola, onde este profissional conheça a realidade da comunidade na qual a escola está inserida, tomando conhecimento de como seus alunos vivem, seus dramas, dificuldades e expectativas dos pais para com a escola e para com a aprendizagem de seus filhos.

Samira amplia o raio de ação da orientação para sua vertente social, onde a mesma espera que o profissional responsável pela assessoria técnica ao professor tenha um choque de realidade através de um conhecimento “in loco” da comunidade com a qual trabalha para poder entender sua singularidade, suas necessidades e expectativas e poder, junto com os professores, refletir a respeito de que propostas pedagógicas serão escolhidas para atender as necessidades e a forma de aprendizagem das crianças da comunidade em questão.

Mas será que quando o Orientador inicia o trabalho nesta função tem consciência de toda a importância e abrangência deste trabalho? Será que conhece as expectativas dos professores e dos pais da comunidade em que trabalha? Será que sabe o que de fato deve fazer nessa função? O trabalho é desenvolvido de forma a somar esforços com o professor para ajudar as crianças em seu processo de alfabetização? O orientador em seu trabalho de acompanhamento aos professores do Ciclo de alfabetização tem estabelecido parcerias e ajudado ao professor na alfabetização das crianças das camadas populares das escolas públicas de Duque de Caxias?

Em busca de pistas para ajudar a construir possíveis respostas para essas perguntas é que fui procurar a partir da rememoração da história profissional da supervisora e orientadora pedagógica Clarice , subsídios para a reflexão acerca do que foi acontecendo ao longo de sua trajetória profissional e as reflexões e decisões que foram se dando nesse processo e de que forma tais reflexões e decisões afetaram o trabalho da alfabetização dos professores orientados por ela e de que forma tal trabalho ajudou ou não as crianças em sua alfabetização.

2.1 – Como tudo começou: a trajetória de uma Orientadora Pedagógica

A primeira experiência como Orientadora pedagógica da orientadora Clarice se deu numa pequena escola num lugar chamado Maringá, no bairro Vale das Mangueiras na cidade de Belford Roxo. Essa pequena escola pertencia a seu tio Alcides, irmão de seu pai, que vendo que ela fazia a faculdade de pedagogia lhe deu essa primeira oportunidade. A escola tinha apenas quatro turmas em cada horário e ela deveria orientar os professores em seu trabalho. A orientadora pedagógica Clarice relata:

Minha primeira ação enquanto orientadora pedagógica foi a de visitar todas as turmas e conversar com os professores para conhecê-los e me aproximar da sala de aula de cada professor, com vistas a compreender o trabalho desenvolvido com cada turma, uma vez que no curso de pedagogia tinha aprendido que uma das funções do orientador pedagógico era assessorar o professor.

A orientadora pedagógica Clarice iniciou sua atividade enquanto orientadora pedagógica procurando conhecer as turmas, visando ter um contato direto com as crianças e com os professores, objetivando a aproximação com estes de forma a se familiarizar com o cotidiano da escola. Ela seguia uma orientação recebida no curso de pedagogia, na qual aprendera que sua função era a de assessorar os professores e para isso era preciso conhecê- los e conhecer sua forma de trabalho, daí a importância das visitas às turmas. A orientadora relata:

Na Classe de Alfabetização, única da escola, encontrei a professora Lúcia, uma professora com alguma experiência em alfabetização, que estava muito preocupada com a aprendizagem de seus alunos. Ela afirmava ter bons resultados com todos os alunos exceto um que se chamava Cleiton, que não aprendia de jeito nenhum, mesmo ela tendo tentando tudo o que sabia com ele.

A fala da professora era um pedido de socorro que a orientadora pedagógica deveria ouvir de forma alta e clara e imediatamente reagir, procurando uma forma de ajudá-la a reverter a situação do aluno apresentado. O problema é que nesta época, aos vinte e três anos de idade, a experiência profissional da Orientadora Clarice era a de ter trabalhado como professora da Educação Infantil, porém, nunca havia alfabetizado nenhuma turma, exceto uma senhora na favela do Lins na cidade do Rio de Janeiro através do trabalho comunitário da faculdade de Educação Religiosa que havia feito. A Orientadora continua em seu relato:

Minha única aluna com a qual desenvolvi um trabalho de alfabetização foi Dona Maria, que aprendera a ler após um ano de trabalho a partir da palavração (método analítico) que eu aprendera graças ás aulas de didática da alfabetização no Curso Normal. O aprendizado nesta disciplina me remetia a necessidade de preparar todo um roteiro dos fonemas a serem aprendidos, “do mais fácil para o mais difícil” e depois as chamadas

“dificuldades”, os dígrafos e encontros consonantais. Eu aprendera que esta era a melhor forma de alfabetizar porque tinha o “todo” como ponto de partida e que este era um “todo” significativo que poderia vir de uma história, de um texto, de uma frase ou até mesmo de uma palavra desde que viesse através de um contexto, normalmente a partir de uma história que poderia ser contada. Essas unidades de sentido eram depois decompostas em unidades menores, as sílabas, através dos grafemas e fonemas.

A orientadora Clarice relata que pensava que tal metodologia era avançada porque destacava a compreensão do sentido e estimulava a leitura das palavras-chave como se as pessoas a reconhecessem pela forma, não entendendo muito bem essa questão da natureza ideovisual na qual se trabalha o reconhecimento global das palavras e com isso fazendo parecer a nós professores, que o aprendizado estaria acontecendo de forma mais rápida.

Ela usava uma cartilha para trabalhar as palavras-chave com Dª Maria, não tendo percebido na época, o quanto aquelas palavras e histórias eram infantis e distante do universo adulto de Dª Maria. Mas foi dessa maneira precária e descontextualizada que Dª Maria se alfabetizou ao final de um ano de trabalho, onde lia tudo que lhe caísse nas mãos. Seu desejo era ler a Bíblia. Sua escrita na época, no entanto, era composta de frases desconexas que a orientadora Clarice pensava que se constituísse de um texto. Esse era todo o conhecimento que dispunha na época sobre a forma de alfabetizar. A orientadora continua seu relato a respeito do aluno que estava com dificuldade de alfabetizar-se:

Assim pensei comigo mesma: - preciso conhecer melhor este aluno e a forma da professora trabalhar para poder intervir. E foi assim, que passei alguns dias visitando a turma de alfabetização observando como Cleiton fazia os deveres, ajudando-o em suas dúvidas, analisando como a professora ensinava e comparando com a forma que aprendera no Curso Normal, conversando com a professora sobre o que ela observava na forma como Cleiton lidava com as atividades, porém, após duas semanas, ainda não sabia muito bem o que fazer para ajudar Cleiton, uma vez que a professora estava lançando as palavras- chave do jeito que eu havia aprendido no Curso Normal, fazendo a introdução das famílias silábicas através de uma história onde era retirada uma palavra-chave e depois essa palavra era desmembrada em “pedacinhos” que davam origem a família silábica que seria apresentada e deveria ser aprendida e onde através de um jogo de monta e desmonta as crianças iriam compor novas palavras e tais palavras dariam origem a frases que por sua vez comporiam o texto.

A orientadora novata tinha como parâmetro para analisar o trabalho da professora os conhecimentos que aprendera no curso normal sobre a alfabetização, não indicando nada que aprendera sobre a alfabetização neste primeiro ano que ingressara no curso de Pedagogia. A metodologia de alfabetização usada pela professora Lúcia era o método analítico que se baseava nos princípios empiritas. CAGLIARI (199.p.43) fala a respeito dessa metodologia:

(...) Considera que a melhor maneira de ensinar alguém é desmontando e remontando, ou montando coisas novas a partir de pedaços. Neste caso, parte-se sempre de um modelo exemplar, por exemplo, uma palavra-chave. Depois desmonta-se a palavra em “pedaços” (ou sílabas). Em seguida desmontam-se as sílabas em letras (ou sons). Feito isso a palavra é remontada. Assim o professor espera que o aluno aprenda como funciona a

escrita, e que relações tem com a linguagem oral. Com alguns pedaços de palavras, pode- se descobrir que é possível formar palavras novas, diferentes da palavra-chave.

A orientadora Clarice conta que não tinha idéia, na época, de que a cartilha baseava-se numa metodologia que levava em conta o processo de ensino e não o processo de aprendizagem do aluno e que este era visto como uma mente em branco onde o professor iria encher tal mente de conteúdos. Aprender era visto como “dominar” o que foi ensinado e para isso a memorização era fundamental e a repetição era uma prática muito comum como forma de fazer o aluno memorizar o que fora ensinado. A orientadora comenta: “Esta forma de trabalhar se baseava num equívoco, uma vez que para nós educadores que empregávamos

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