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O equipamento de Ressonância Magnética do HUB foi adquirido em 2005, sua chegada ao hospital se deu exatamente no dia 25 de abril,decorrente de projeto aprovado pelo Ministério da Saúde. Diferente do HUOL, que conseguiu seu equipamento de RM através do projeto de reequipamento hospitalar (ver tópico 4.1).

O projeto foi elaborado demonstrando a necessidade do hospital de tal equipamento, tanto em relação à demanda apresentada pela sociedade, como pelos fins de ensino e pesquisa. Submetido ao Ministério da Saúde, o projeto foi avaliado analisando-se a compatibilidade da justificativa com os fins da angariação de recursos aos quais vários projetos são submetidos. O resultado foi então positivo, o projeto foi aprovado e o Ministério da Saúde repassou ao HUB os recursos necessários à compra do equipamento de ressonância magnética.

Após fase de instalação (foram construídas salas específicas para a instalação do serviço) e testes, entrou em funcionamento em julho de 2005.

A prestação do serviço de Ressonância Magnética é realizada diariamente segundo visualização na Figura 2.

Figura 2 – Fluxograma de Execução do Serviço de Ressonância Magnética – CI/HUB Fonte: Elaboração Própria (observação da execução do serviço).

A Ressonância Magnética é um exame de alta complexidade, de modo que, para se realizar um exame deste tipo no HUB, o paciente deve trazer a solicitação médica devidamente autorizada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, cartão SUS e toda a documentação pessoal necessária. A Secretaria de Saúde permite a realização de exames por pacientes assistidos pelo SUS e sua autorização (formulários de autorizações são mantidos pelo próprio médico), engloba tanto os pacientes atendidos no ambulatório do HUB, os que estão internados neste e ainda os atendidos nas regionais (postos de saúde de cada região do Distrito Federal). Outros pacientes atendidos no serviço de RM do HUB são os encaminhados através de convênio com a FAHUB, que cobre o atendimento de seus funcionários e dependentes.

Para pacientes do HUB (ambulatório e internos), o fluxo de atividades se inicia na recepção, onde o agendamento do exame é realizado pelas recepcionistas. No caso de

13 Complementação e/ou Repetição HUB, Regionais, Convênios Recepção Espera

Sala de Realização do Exame 1 4 12 2 Seleção de Imagens – Workstation e Computadores Impressão Sala de Laudos Sala de Digitação Sala de Laudos Recepção Repetição 9 10 14 15 16 Sala de Preparação3 Sala de Acompanhamento 6 11 7 5 17 8

pacientes encaminhados das regionais e do convênio FAHUB, a direção da imagenologia passa as datas disponíveis e eles direcionam os pacientes; o agendamento já é realizado no ato da autorização, de modo que se tem um passo 1, onde o paciente é encaminhado, na data agendada, para dar entrada na recepção.

Executado o passo 1, na data marcada o paciente chega à recepção. A recepcionista confere a documentação; estando esta correta,se separam as vias do hospital e pode dar início ao atendimento do paciente. As próprias recepcionistas aplicam questionário com o paciente, tendo este a responsabilidade de demonstrar o histórico da saúde do paciente, identificando alergias, marcapassos, entre outros, o que vai facilitar quando da execução do exame. Em seguida, ainda com as recepcionistas, se entrega ao paciente as roupas que ele deve vestir, touca e sapatilhas descartáveis e chave para acomodar suas roupas no armário próprio que fica no banheiro. Dessa forma, o paciente é orientado para trocar de roupa no banheiro, que é na própria sala da recepção, ao terminar, dá-se início ao passo 2, pedindo para o paciente aguardar ser chamado.

Enquanto o paciente se encontra no passo 2, as auxiliares de enfermeiras na sala de preparação arrumam a mesa da RM (troca papel descartável que serve para forrá-la), prepara a bobina necessária para a realização do exame e no momento oportuno encaminham o paciente para a sala, seguindo ao passo 3. Um ponto importante, a ser aqui considerado, é que este processo de arrumação da mesa e chamada do paciente, se dá concomitantemente à realização de exame por outro paciente, o qual já estaria nos passos 4 e 5. Isso só é possível devido à mesa da RM se deslocar do equipamento, de modo que se mantêm 2 mesas, uma no equipamento e outra na sala de preparação, o que não ocorre no HUOL, onde o modelo do equipamento tem a mesa acoplada, não sendo possível a retirada da mesma, tendo que se fazer um passo de cada vez (ver tópico 4.1).

No passo 3, as auxiliares de enfermeiras são ainda orientadas a perguntar se o paciente está bem, se não está maquiado ou com alguma jóia, uma vez que há restrições quanto a isso na sala do equipamento de ressonância magnética. O paciente deita na mesa e em seguida a enfermeira encaixa a bobina no paciente, o cobre com lençol e/ou cobertor, por ser a sala bastante fria. A enfermeira explica ainda para o paciente que na hora de realizar o exame ele não deve se mexer, para que não prejudique a captura das imagens, caso contrário o exame pode a vir necessitar de complementação ou mesmo de ser encerrado. Há, então, o aguardo do término do exame que está sendo realizado, para que haja a troca das mesas.

Quando já se sabe previamente que vai haver injeção de contraste, ainda no passo 3, se prepara o material para punção (na própria sala de preparação se guarda material e

medicamento necessário à realização dos exames) e já deixa o paciente puncionado, para na hora de realização do exame só injetar o contraste.

Terminado o exame que estava sendo realizado, logo se dá início ao passo 4. Enquanto vai se retirando o outro paciente da mesa da sala de realização do exame, já vai se entrando com o paciente que já estava pronto no passo 3. O paciente retirado continua concluindo o exame, enquanto o que entrou começa a realizar o exame.

O passo 5 (sala de acompanhamento) se refere à execução das séries de captura das imagens pelo sistema da RM. Assim a biomédica faz no sistema o cadastro do paciente e de acordo com a hipótese diagnóstica solicitada pelo médico, determina as seqüências de imagem que devem ser realizadas pelo programa. Entre a sala do equipamento de RM e a sala de acompanhamento, existe um vidro que permite a visualização do equipamento, assim o sistema vai realizando o exame e a biomédica acompanha a movimentação do paciente na sala de realização de exame.

Se na execução do exame por qualquer eventualidade não for possível dar seqüência ao exame, se parte para o passo 6, que seria uma complementação e/ou repetição do exame. Caso seja resolvido o empecilho, se parte para o passo 7, voltando para o processo de captura de imagens. Porém, se isso não for possível, o paciente deve voltar em outro dia, reagendando direto na recepção, sem necessitar de nova autorização (passo 8).

Realizado o exame, dá-se seqüência com o passo 9. Neste se executa os atos de selecionar e fotografar as imagens capazes de responder a hipótese diagnóstica levantada. Este processo é realizado pelas biomédicas ou pelos residentes, e isso pode ser na sala de acompanhamento, onde tem workstation, ou na sala de laudos que tem workstation e computadores que têm acesso ao sistema. Quem faz a seleção das imagens, manda direto para impressão, a qual é realizada na sala de acompanhamento da TC (passo 10). Com os filmes prontos, os mesmos são separados por paciente em envelopes.

Segue-se com o passo 11, onde o médico (staff) inicia a preparação do laudo. Algumas vezes, o residente já entrega o pré-laudo ao staff, de modo que este apenas confere direto nas imagens; se tem necessidade de acrescentar algo ou se já responde a hipótese diagnóstica levantada pelo médico solicitante. Em outras vezes, o staff emite o laudo direto, sem que seja escrito um pré-laudo. Tal preparação pode se dar de duas formas: utiliza o próprio sistema (workstation ou computadores) para examinar as imagens ou toma como base os filmes já preparados.

Existem ainda, porém de forma rara, a necessidade de repetir o exame, pela impossibilidade de gerar o laudo com as imagens existentes. Dessa forma, pede-se para a

recepção providenciar o contato do paciente e se agenda sua volta para refazer o exame (passo 12). Nesse caso, o paciente dá entrada direto na recepção para refazer o exame (passo 13).

Concluído o passo 11, ou seja, escrito o laudo, encaminha-se a informação para que os digitadores preparem o laudo (passo 14). Após o laudo digitado segue-se com o passo 15, onde o staff lê o laudo digitado, verifica possíveis erros (se os encontra, o laudo volta para digitação – passo 16 e depois de consertados os erros, segue novamente para o passo 15), e executa a assinatura. O laudo escrito, sem erro e devidamente assinado, é juntado aos filmes, passando-se então para o passo 17 (chegada à recepção). As recepcionistas, por sua vez, anotam a chegada do exame e o arquiva até a procura do paciente, onde acontecerá a entrega ao mesmo.