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Serviço Pedagógico Específico

No documento PROGRAMA PEDAGÓGICO SÃO JOSÉ 2009 (páginas 41-44)

4. AÇÕES DO PROGRAMA PEDAGÓGICO

4.4 Serviço Pedagógico Específico

A educação especial passou por vários momentos ao longo da história, com vá- rias concepções de mundo, de homem, de aprendizagem e sobre as deficiências. Neste mo- mento se faz necessário repensar os serviços de educação especial para atender às deman- das da sociedade vigente e os novos encaminhamentos das políticas públicas.

O presente documento tem como objetivo apresentar a proposta de reestru- turação do Serviço Pedagógico Específico – SPE nos Centros de Atendimento Educacional Especializado - CAESP, sua estrutura organizacional e metodológica de acordo com a atual Política de Educação Especial do Estado de Santa Catarina e a Resolução nº 112/06/CEE/SC.

Este serviço prevê o atendimento de educandos na faixa etária de 04 a 14 anos, buscando ressignificar o papel do atendimento pedagógico nas instituições especializadas que atendem sujeitos com diagnóstico de deficiência mental com severos comprometimen- tos, transtornos globais do desenvolvimento com baixo nível funcional e deficiências múlti- plas (demais deficiências associadas à deficiência mental). Fundamenta suas ações nos pres- supostos teóricos da concepção histórico cultural, utilizando como referenciais curriculares a Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina, os Parâmetros Curriculares Nacionais e

Diretrizes 3: Organização da prática escolar na educação básica no Estado de Santa Catarina e Diretrizes Nacionais da Educação Infantil.

O trabalho que vinha até então sendo organizado nas etapas da Educação Infan- til e Ensino Fundamental, com o SPE, privilegia o atendimento dos sujeitos com deficiência mental baseado nos princípios da elaboração conceitual, visando à qualificação das estru- turas cognitivas superiores. Para os educandos com diagnóstico de transtornos globais do desenvolvimento, as salas são estruturadas na metodologia TEACCH.

Dessa forma, manter-se-á a organização dos grupos de trabalho estabelecendo como critério a faixa etária, a não seriação e a heterogeneidade, considerando que os sujei- tos possuem diferentes possibilidades, ritmos e experiências, e que a vivência, a troca e ação entre esses sujeitos oportunizem a elaboração de diferentes conceitos, trabalhando com a estrutura do pensamento e, consequentemente, a apropriação de diferentes saberes. Levan- do em conta a diversidade existente em grupos de trabalho, bem como as especificidades de cada sujeito, é de fundamental importância organizar serviços que visem a potencializar as áreas defasadas.

OBJETIVOS

Geral: desenvolver situações de ensino e aprendizagem através de projetos

educacionais de caráter pedagógico.

Específicos:

» possibilitar estratégias que qualifiquem as estruturas psicológicas superiores; » realizar trabalhos específicos nas diferentes áreas, conforme peculiaridades

dos educandos;

» propiciar trabalhos sistemáticos com as famílias dos educandos;

» desenvolver estudos e pesquisas no Centro de Ensino e Aprendizagem da FCEE - CENAP, e disponibilizá-lo como campo de investigação;

» capacitar em nível nuclear e extensivo as instituições conveniados com a FCEE; » estabelecer intercâmbios com outros Centros da FCEE e outras instituições.

Elegibilidade

São elegíveis para o atendimento neste serviço educandos com severos compro- metimentos cognitivos, transtornos globais do desenvolvimento com baixo nível funcional, com ou sem outras deficiências associadas, na faixa etária de 04 a 14 anos.

Estrutura Metodológica

O trabalho será organizado em grupos, prevendo três formas distintas de agru- pamento e de metodologia.

mentos através de projetos. Os grupos5 serão formados por faixa etária, com: » 4 a 6 anos – 5 alunos;

» 7 a 12 anos – 7 alunos; » 12 a 14 anos – 8 alunos.

Quando as turmas tiveram dois alunos cadeirantes, poderão ter dois professores. Na segunda forma de agrupamento, os grupos serão reorganizados de acordo com as necessidades e as especificidades de atendimento para cada educando, em diferen- tes áreas.

Outra forma de organização do SPE será através dos Grupos de Trabalho para a área do Autismo, denominado de GTA. Este grupo de trabalho está direcionado ao aten- dimento de educandos com diagnóstico em Transtornos Globais do Desenvolvimento – TGD, com o intuito de adequarem meios e recursos compatíveis com as necessidades desta população.

A sala de aula deve estar organizada de forma que o educando compreenda as várias atividades que serão ali desenvolvidas. A estrutura física deve conter espaços dividi- dos de forma a atender o aprendizado com:

» Trabalho independente: a atividade selecionada deve ser possível de ser executada facilmente pelo educando sem ajuda, com apoio apenas da orga- nização dos materiais.

» Trabalho 1 a 1: momento em que aluno e professor sentam frente a frente para que o professor possa ensinar novas atividades ou trabalhar as ativida- des nas quais o aluno ainda possui dificuldades na execução.

» Trabalho em grupo: o objetivo desta atividade é trabalhar o conceito de gru- po, onde todos os alunos trabalham a mesma atividade, porém um de cada vez; nesse momento trabalha-se a tolerância do aluno que tem de aguardar sua vez e observar o que o colega está fazendo.

» Atividade pedagógica: são atividades desenvolvidas relacionadas ao objeto de estudo, com o objetivo de desenvolver os conceitos acadêmicos (cheio- vazio, igual-diferente, iniciação à escrita); nesse momento todos trabalham a mesma atividade ao mesmo tempo, que pode ser pintura no limite, quebra- cabeça, confecção de cartaz, entre outras.

O planejamento da turma deve ser elaborado a partir de eixos temáticos, or- ganizados de forma diária de acordo com a agenda de cada aluno, considerando as suas necessidades específicas, a tolerância e o tempo de execução das atividades pedagógicas propostas.

Com base na metodologia, esses grupos são compostos por no mínimo três edu- candos e no máximo seis, para dois professores.

No documento PROGRAMA PEDAGÓGICO SÃO JOSÉ 2009 (páginas 41-44)

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