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O Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas (ME) e das Empresas de Pequeno Porte (EPP) – SIMPLES – é um conjunto de princípios de tributação que visa aglutinar os tributos incidentes sobre as Microempresas - ME e Empresas de Pequeno Porte - EPP numa única quitação mensal.

Pegas (2003, p. 322) diz que “a partir de 1997, através da lei 9.317, o Governo instituiu para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, uma forma simplificada de pagamento de impostos e contribuições que denominou de Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte”.

O SIMPLES, então, foi criado para que houvesse uma diferenciação das pequenas empresas para as empresas de maior porte, além, logicamente, de proporcionar as pequenas, maiores condições de sustentabilidade, através de cobrança diferenciada de impostos, servindo assim como um incentivo ao crescimento desse tipo de organização.

Pegas (2003, p. 322) confirma isso quando diz que “o objetivo da Secretaria da Receita Federal – SRF com o SIMPLES foi criar um mecanismo de redução de tributação para as empresas com menor expectativa de lucros, simplificando as rotinas fiscais, o controle e a fiscalização”.

Diante disto, o SIMPLES se torna muito importante, pois esse tipo de empresa tem uma margem de lucro consideravelmente menor que as empresas de grande porte e os impostos e contribuições oneram pesadamente as MEs e EPPs, dificultando assim o seu andamento.

Para a efetividade desta forma de tributação seria necessário ter uma base para que pudesse limitar quais empresas pagariam os impostos baseados no SIMPLES, ou melhor, deveria se criar um enquadramento em ME e EPP. Esta limitação ficou então definida pelo faturamento anual da empresa.

Entretanto para a empresa optar pelo Simples é necessário, além do enquadramento pelo faturamento, que a mesma respeite o art. 9 da Lei 9.317/96, a qual veta a opção do Simples para algumas empresas (artigo constante no anexo 2 deste trabalho).

Até dezembro de 2005, as empresas enquadradas como ME eram aquelas que tinham faturamento anual até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) e as EPP eram aquelas enquadradas com faturamento acima de R$ 120.000,01 (centro e vinte mil reais e um centavo) e abaixo de R$ 720.000,00 (setecentos e vinte mil reais). Vale ressaltar que o valor máximo para enquadramento em EPP aumentou para R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais), conforme Lei 9.372 de 1998.

Segue abaixo, portanto, tabela usada para até dezembro de 2005, que define qual alíquota deveria ser utilizada para as MEs, e estas obrigatoriamente teriam que ter faturamento entre R$ 60.000,00 e R$ 120.000,00, para que pudessem ser enquadradas:

Tabela 1 – Alíquotas do Simples para ME até 2005

RECEITA BRUTA ACUMULADA Comércio – Anexo 1

Até R$ 60.000,00 3,00%

De R$ 60.000,01 até R$ 90.000,00 4,00%

De R$ 90.000,01 até R$ 120.000,00 5,00%

Fonte: Adaptado do site da Receita Federal: www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/Ant2001/lei931796.htm

Assim, para as empresas do comércio que tinham faturamento anual até R$ 60.000,00 utilizava-se a alíquota de 3,0%, já para o faturamento anual entre de R$ 60.000,01 e R$ 90.000,00 utilizava-se da alíquota de 4,0%, e ainda no faturamento anual entre R$ 90.000,01 e R$ 120.000,00 utilizava-se a alíquota de 5,0%. Entretanto, conforme parágrafo 2º, art. 5º da lei 9.317/96, para as empresas contribuintes do IPI deveria ser acrescido o valor de 0,5% na alíquota, seja para ME ou EPP.

É importante ressaltar que a aplicação destes percentuais será feito em cima do valor que a empresa obteve como receita no mês. Por exemplo, se a empresa obtém R$ 10.000,00

de faturamento no mês de janeiro ela utilizaria a alíquota de 3% sobre o faturamento. Se a mesma empresa obtiver faturamento de R$ 60.0000 no mês de fevereiro ela utilizaria a alíquota de 4%, pois o seu faturamento do ano até então foi de R$ 70.000,00, mas a aplicação será feita em cima somente dos R$ 60.000,00 faturados, ou seja, a soma dos faturamentos serve somente para definição da alíquota.

Abaixo segue tabela usada até dezembro de 2005, que define qual alíquota deveria ser utilizada para as EPPs e estas obrigatoriamente teriam que ter faturamento entre R$ 120.000,00 e R$ 1.200.000,00, para que pudessem ser enquadradas:

Tabela 2 – Alíquotas do Simples Empresas de Pequeno Porte – EPP até 2005

RECEITA BRUTA ACUMULADA Comércio – Anexo 1

De R$ 120.000,01 até R$ 240.000,00 5,40% De R$ 240.000,01 até R$ 360.000,00 5,80% De R$ 360.000,01 até R$ 480.000,00 6,20% De R$ 480.000,01 até R$ 600.000,00 6,60% De R$ 600.000,01 até R$ 720.000,00 7,00% De R$ 720.000,01 até R$ 840.000,00 7,40% De R$ 840.000,01 até R$ 960.000,00 7,80% De R$ 960.000,01 até R$ 1.080.000,00 8,20% De R$ 1.080.000,01 até R$ 1.200.000,00 8,60%

Fonte: Adaptado do site da Receita Federal: www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/Ant2001/lei931796.htm

Na tabela 2 utilizava-se o mesmo raciocínio da tabela 1, sendo modificados apenas os valores de faturamento e as alíquotas, ou seja, para empresas que tenham faturamento anual entre R$ 120.000,01 e R$ 240.000,00 utilizava-se o percentual de 5,4%, já para as empresas com faturamento anual entre R$ 240.000,01 e R$ 360.000,00 a alíquota usada seria de 5,8%, e assim sucessivamente. Lembrando sempre que a aplicação destes percentuais será feito em cima do valor que a empresa obteve como receita no mês e não sobre o acumulado.

A lei 11.196/2005 veio dar novos valores aos limites de faturamento. A citada lei definiu que os limites do faturamento anual para enquadramento como ME e EPP dobrariam,

ou seja, o limite para ME fica em receita anual limitada a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e para EPP entre R$ 240.000,01 (duzentos e quarenta mil reais e um centavo) e R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

Abaixo segue tabela retificada usada a partir de janeiro de 2006, que define qual alíquota deveria ser utilizada para as MEs e estas obrigatoriamente teriam que ter faturamento entre R$ 60.000,00 e R$ 240.000,00, para que pudessem ser enquadradas:

Tabela 3 – Alíquotas do Simples para Microempresas – ME a partir de 2006

RECEITA BRUTA ACUMULADA Alíquota

Até R$ 60.000,00 3,00%

De R$ 60.000,01 até R$ 90.000,00 4,00%

De R$ 90.000,01 até R$ 120.000,00 5,00%

De R$ 120.000,01 até R$ 240.000,00 5,40%

Fonte: Adaptado do site da Receita Federal: www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/2005/lei11196.htm

A tabela 3, assim como a tabela 1, utiliza-se do mesmo raciocínio, sendo incluídos apenas os valores de faturamento entre R$ 120.000,01 e R$ 240.000,00, além ainda do acréscimo da alíquota referente a este valor, que é de 5,4%. Para o cálculo, assim como as tabelas anteriores, verifica-se o faturamento anual da empresa e aplica-se a alíquota. Lembrando sempre que a aplicação destes percentuais será feito em cima do valor que a empresa obteve como receita no mês e não sobre o acumulado.

Abaixo segue tabela retificada usada a partir de janeiro de 2006, que define qual alíquota deveria ser utilizada agora para as EPPs e estas obrigatoriamente teriam que ter faturamento entre R$ 240.000,00 e R$ 2.400.000,00, para que pudessem ser enquadradas:

Tabela 4 – Alíquotas do Simples para Empresas de Pequeno Porte – EPP a partir de 2006

RECEITA BRUTA ACUMULADA Alíquota

De R$ 240.000,01 até R$ 360.000,00 5,80% De R$ 360.000,01 até R$ 480.000,00 6,20% De R$ 480.000,01 até R$ 600.000,00 6,60% De R$ 600.000,01 até R$ 720.000,00 7,00% De R$ 720.000,01 até R$ 840.000,00 7,40% De R$ 840.000,01 até R$ 960.000,00 7,80% De R$ 960.000,01 até R$ 1.080.000,00 8,20% De R$ 1.080.000,01 até R$ 1.200.000,00 8,60% De R$ 1.200.000,01 até R$ 1.320.000,00 9,00% De R$ 1.320.000,01 até R$ 1.440.000,00 9,40% De R$ 1.440.000,01 até R$ 1.560.000,00 9,80% De R$ 1.560.000,01 até R$ 1.680.000,00 10,20% De R$ 1.680.000,01 até R$ 1.800.000,00 10,60% De R$ 1.800.000,01 até R$ 1.920.000,00 11,00% De R$ 1.920.000,01 até R$ 2.040.000,00 11,40% De R$ 2.040.000,01 até R$ 2.160.000,00 11,80% De R$ 2.160.000,01 até R$ 2.280.000,00 12,20% De R$ 2.280.000,01 até R$ 2.400.000,00 12,60%

Fonte: Adaptado do site da Receita Federal: www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/2005/lei11196.htm

A tabela 4, assim como a tabela 2, utiliza-se do mesmo raciocínio, sendo excluído o faturamento entre R$ 120.000,01 até R$ 240.000,00 e incluídos os faturamentos acima de R$ 1.200.000,00 e abaixo de R$ 2.400.000,00, além ainda do acréscimo das alíquotas referentes a estes valores. Para o cálculo, assim como as tabelas anteriores, verifica-se o faturamento anual da empresa e aplica-se a alíquota. Lembrando sempre que a aplicação destes percentuais será feito em cima do valor que a empresa obteve como receita no mês e não sobre o faturamento acumulado.

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