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Simulação com transdutor operando na frequência central de 1,5 MHz

5.1 R ESULTADOS E DISCUSSÃO DA SIMULAÇÃO TRIDIMENSIONAL COM DISTORÇÃO DA GRADE

5.1.1 Simulação com transdutor operando na frequência central de 1,5 MHz

São apresentados os resultados obtidos para a simulação com o phantom tridimensional do K-Wave em uma simulação com distorção na grade computacional para o caso de um transdutor ressonando na frequência central de 1,5 MHz.

Na Figura 5.1, pode-se visualizar a imagem em Modo-B (esquerda) e a imagem harmônica tecidual – THI (direita).

Figura 5.1 – Imagens reconstruídas: em Modo-B (esquerda) e imagem harmônica tecidual (direita). (Fonte:

Autora).

Na Tabela 5.1, são mostrados os valores de SNRc e CNRc referentes às imagens simuladas, mostradas na Figura 5.1.

Tabela 5.1 - Valores obtidos para a análise de SNRc e CNRc referentes às imagens em Modo-B e THI.

Região 𝑆𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝑆𝑁𝑅𝐶 THI 𝐶𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝐶𝑁𝑅𝐶 THI Primeira Esfera 12,37 22,83 8,35 13,61 Segunda Esfera 17,19 18,90 12,27 10,71 Terceira Esfera 15,40 27,62 10,16 17,71

É esperado um aumento na resolução de contraste em imagens harmônicas quando comparadas com uma imagem em Modo-B. Desta forma, os resultados da análise de CNRc, mostrados na Tabela 5.1, estão de acordo com o que é esperado tanto para as regiões da primeira quanto da terceira esfera, mas não para a segunda esfera. A hipótese mais provável para tal resultado é a da grande variação dos valores obtidos pelas métricas em função do tamanho e da região escolhida. Por outro lado, houve um aumento na relação sinal-ruído composta, de acordo com a Tabela 5.1, para todas as regiões analisadas.

Na Figura 5.2, pode-se visualizar a imagem em Modo-B (esquerda) e a imagem harmônica por inversão de pulso – PIHI sem etapa de remoção da frequência fundamental (direita).

Figura 5.2 – Imagens reconstruídas: em Modo-B (esquerda) e imagem harmônica por inversão de pulso sem

filtro passa-faixa centrado na frequência da primeira harmônica (direita). (Fonte: Autora).

Na Tabela 5.2, são mostrados os valores de SNRc e CNRc referentes às imagens simuladas, mostradas na Figura 5.2.

Tabela 5.2 - Valores obtidos para a análise de SNRc e CNRc referentes às imagens em Modo-B e PIHI.

Região 𝑆𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝑆𝑁𝑅𝐶 PIHI 𝐶𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝐶𝑁𝑅𝐶 PIHI Primeira Esfera 12,37 15,32 8,35 0,28 Segunda Esfera 17,19 21,81 12,27 2,09 Terceira Esfera 15,40 12,96 10,16 0

É esperado um aumento na resolução de contraste em imagens harmônicas quando comparadas com uma imagem em Modo-B. Desta forma, os resultados da análise de CNRc, apresentados na Tabela 5.2, não estão de acordo com o que é esperado. Fica patente a necessidade do filtro para amplificação dos sinais de primeira harmônica na reconstrução da imagem pela técnica de PIHI.

Na Figura 5.3, pode-se visualizar a imagem em Modo-B (esquerda) e a imagem harmônica por inversão de pulso – PIHI com filtro passa-faixa centrado na frequência da primeira harmônica (direita).

Figura 5.3 – Imagens reconstruídas: em Modo-B (esquerda) e imagem harmônica por inversão de pulso com

filtro passa-faixa centrado na frequência da primeira harmônica (direita). (Fonte: Autora).

Na Tabela 5.3, são mostrados os valores de SNRc e CNRc referentes às imagens simuladas, mostradas na Figura 5.3.

Tabela 5.3 - Valores obtidos para a análise de SNRc e CNRc referentes às imagens em Modo-B e PIHI com filtro passa-faixa centrado na frequência da primeira harmônica.

Região 𝑆𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝑆𝑁𝑅𝐶 PIHI 𝐶𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝐶𝑁𝑅𝐶 PIHI Primeira Esfera 12,37 23,00 8,35 3,00 Segunda Esfera 17,19 29,00 12,27 4,17 Terceira Esfera 15,40 29,00 10,16 1,29

Os resultados da análise de SNRc para a imagem harmônica por inversão de pulso implementada com a etapa de remoção da frequência fundamental está de acordo com o esperado para todas as regiões analisadas. O mesmo não ocorreu para a análise de CNRc. Este resultado não era esperado e isso deverá ser investigado em outros trabalhos.

Na Figura 5.4, pode-se visualizar a imagem PIHI sem a etapa de remoção da frequência fundamental (esquerda) e a imagem PIHI com filtro passa-faixa centrado na frequência da primeira harmônica (direita).

Figura 5.4 – Imagens reconstruídas: imagem PIHI sem a etapa de remoção da frequência fundamental

(esquerda) e a imagem PIHI com filtro passa-faixa centrado na frequência da primeira harmônica (direita). (Fonte: Autora).

Na Tabela 5.4, são mostrados os valores SNRc e CNRc referentes às imagens simuladas, mostradas na Figura 5.5.

Tabela 5.4 - Valores obtidos para a análise de SNRc e CNRc referentes às imagens em PIHI sem filtro passa-faixa e PIHI com filtro passa-faixa centrado na frequência da primeira harmônica.

Região 𝑆𝑁𝑅𝐶 PIHI sem filtro 𝑆𝑁𝑅𝐶 PIHI com filtro 𝐶𝑁𝑅𝐶 PIHI sem filtro 𝐶𝑁𝑅𝐶 PIHI com filtro Primeira Esfera 15,32 23,00 0,28 3,00 Segunda Esfera 21,81 29,00 2,09 4,17 Terceira Esfera 12,96 29,00 0 1,29

Para todas as regiões analisadas foi possível observar uma melhora nos resultados obtidos para ambas as métricas (SNRc e CNRc) para a imagem reconstruída com a etapa de filtragem da frequência fundamental em relação à imagem sem esta etapa.

Pode-se perceber, ao comparar as duas imagens, de forma qualitativa, que a imagem sem a remoção da frequência fundamental se assemelha muito com a imagem em Modo-B, o que não ocorre com a imagem com etapa de filtro passa- faixas, que visivelmente, se assemelha com uma imagem de maior resolução, que é o desejado para esta técnica.

Na Figura 5.5, pode-se visualizar a imagem em Modo-B (esquerda) e a uma composição espacial de quadros – CEI em Modo-B com ∆θ=5° (direita).

Figura 5.5 – Imagens reconstruídas: em Modo-B (esquerda) e imagem por composição de quadros em Modo-

B com ∆θ=5° (direita). (Fonte: Autora).

Na Tabela 5.5, são mostrados os valores de SNRc e CNRc referentes às imagens simuladas, mostradas na Figura 5.5.

Tabela 5.5 - Valores obtidos para a análise de SNRc e CNRc referentes às imagens em Modo-B e CEI em Modo-B com ∆θ=5°. Região 𝑆𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝑆𝑁𝑅𝐶 CEI 𝐶𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝐶𝑁𝑅𝐶 CEI Primeira Esfera 12,37 31,48 8,35 20,50 Segunda Esfera 17,19 39,00 12,27 29,28 Terceira Esfera 15,40 14,46 10,16 9,69

Com a aplicação da técnica de composição espacial de imagens espera-se um aumento nas relações SNRc e CNRc, o que pode ser observado para as regiões da primeira e segunda esferas analisadas, excetuando-se a região da terceira esfera, como pode ser visto na Tabela 5.5. Um dos fatores que pode ter influenciado para essa divergência é que a mesma dimensão de área foi utilizada para as três ROIs e para o background. Entretanto, a terceira esfera é a maior esfera, e, possivelmente seja necessária uma maior área tanto dentro da ROI, quanto do

background (visto que devem ter dimensões próximas) para a análise da SNRc e

CNRc desta região. Outra possibilidade para explicar a discrepância entre resultado esperado e obtido, é que a forma como foi feita a composição de quadros, há regiões que não passaram pelo mesmo processo de média dos valores dos pixels devido aos ângulos utilizados (veja-se as figuras 4.8 e 4.9). Para trabalhos futuros, dever-se-á utilizar um artifício computacional para aumentar a área completamente composta da imagem resultante.

Mesmo com essas divergências entre o que era esperado e os resultados obtidos pelas métricas, ainda é possível avaliar qualitativamente a redução do aspecto granuloso que ocorre devido ao artefato speckle além de melhor definição das bordas dos alvos da Figura 5.5.

Na Figura 5.6, pode-se visualizar a imagem em Modo-B (esquerda) e uma composição espacial de quadros harmônicos – CEIH com ∆θ=5° (direita).

Figura 5.6 – Imagens reconstruídas: em Modo-B (esquerda) e imagem por composição de quadros harmônicos

com ∆θ=5° (direita). (Fonte: Autora).

Na Tabela 5.6, são mostrados os valores de SNRc e CNRc referentes às imagens simuladas, mostradas na Figura 5.6.

Tabela 5.6 - Valores obtidos para a análise de SNRc e CNRc referentes às imagens em Modo-B e CEIH com ∆θ=5°. Região 𝑆𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝑆𝑁𝑅𝐶 CEIH 𝐶𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝐶𝑁𝑅𝐶 CEIH Primeira Esfera 12,37 32,12 8,35 21,35 Segunda Esfera 17,19 19,80 12,27 12,53 Terceira Esfera 15,40 34,49 10,16 23,63

Com a aplicação da técnica de composição espacial de imagens espera-se um aumento na SNRc e na CNRc, o que pode ser observado para as regiões analisadas, de acordo com a Tabela 5.6. Também é possível avaliar qualitativamente a melhor definição das bordas e a redução do aspecto granuloso que ocorre devido ao artefato speckle ao observar a Figura 5.6.

Até onde a autora conhece, esta técnica de composição de quadros harmônicos não está descrita na literatura. Não se conhece como as empresas que produzem equipamentos de ultrassom médico realizam a formação de imagens harmônicas e compostas. Acredita-se que, se a técnica aqui apresentada for implementada de forma rápida o suficiente para permitir a visualização de estruturas em tempo real (mais do que 30 quadros por segundo), tem-se claramente um processo inovador na área. Como se verá a seguir, o mesmo resultado aparece com a composição de quadros harmônicos com diferentes ângulos e número de quadros compostos.

Na Figura 5.7, pode-se visualizar as seguintes imagens: composição espacial de quadros em Modo-B – CEI (esquerda) e composição espacial de quadros harmônicos – CEIH (direita), ambas com ∆θ=5°.

Figura 5.7 – Imagens reconstruídas: composição espacial de quadros em Modo-B – CEI (esquerda) e composição espacial de quadros harmônicos – CEIH (direita), ambas com ∆θ=5°. (Fonte: Autora).

Na Tabela 5.7, são mostrados os valores de SNRc e CNRc referentes às imagens simuladas, mostradas na Figura 5.7.

Tabela 5.7 - Valores obtidos para a análise de SNRc e CNRc referentes às imagens obtidas por composição espacial de quadros em Modo-B – CEI e composição espacial de quadros harmônicos – CEIH, para ∆θ=5°.

Região 𝑆𝑁𝑅𝐶 CEI 𝑆𝑁𝑅𝐶 CEIH 𝐶𝑁𝑅𝐶 CEI 𝐶𝑁𝑅𝐶 CEIH Primeira Esfera 31,48 32,12 20,50 21,35 Segunda Esfera 39,00 19,80 29,28 12,53 Terceira Esfera 14,46 34,49 9,69 23,63

É interessante observar, também que, na região da primeira esfera não se nota diferença entre as técnicas. Para a região da segunda esfera, houve uma piora nos resultados enquanto que para a região da terceira esfera houve grande melhoria na imagem que resultou em aumento significativo tanto na SNRc quanto na CNRc. Entretanto, qualitativamente é possível observar que a imagem com quadros harmônicos é bem melhor do que a imagem com quadros não harmônicos. Acredita- se que estas métricas não sejam as mais adequadas para realizar a comparação entre as duas técnicas.

Na Figura 5.8, pode-se visualizar a imagem em Modo-B (esquerda) e a uma composição espacial de quadros – CEI em Modo-B com ∆θ=2,5° (direita).

Figura 5.8 – Imagens reconstruídas: em Modo-B (esquerda) e imagem por composição de quadros em Modo- B com ∆θ=2,5° (direita). (Fonte: Autora).

Na Tabela 5.8, são mostrados os valores de SNRc e CNRc referentes às imagens simuladas, mostradas na Figura 5.8.

Tabela 5.8 - Valores obtidos para a análise de SNRc e CNRc referentes às imagens em Modo-B e CEI em Modo-B com ∆θ=2,5°. Região 𝑆𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝑆𝑁𝑅𝐶 CEI 𝐶𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝐶𝑁𝑅𝐶 CEI Primeira Esfera 12,37 28,46 8,35 17,85 Segunda Esfera 17,19 34,34 12,27 24,61 Terceira Esfera 15,40 18,86 10,16 12,45

Com a aplicação da técnica de composição espacial de imagens, espera-se um aumento na SNRc e CNRc, o que pode ser observado para todas as regiões analisadas, como pode ser visto na Tabela 5.8. Também é possível avaliar qualitativamente a melhor definição das bordas dos alvos e a redução do aspecto granuloso que ocorre devido ao artefato speckle ao observar a Figura 5.8.

Na Figura 5.9, pode-se visualizar a imagem em Modo-B (esquerda) e a uma composição espacial de quadros harmônicos – CEIH com ∆θ=2,5° (direita).

Figura 5.9 – Imagens reconstruídas: em Modo-B (esquerda) e imagem por composição de quadros harmônicos com ∆θ=2,5º (direita). (Fonte: Autora).

Na Tabela 5.9, são mostrados os valores de SNRc e CNRc referentes às imagens simuladas, mostradas na Figura 5.9.

Tabela 5.9 - Valores obtidos para a análise de SNRc e CNRc referentes às imagens em Modo-B e CEIH em Modo-B com ∆θ=2,5°. Região 𝑆𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝑆𝑁𝑅𝐶 CEIH 𝐶𝑁𝑅𝐶 Modo-B 𝐶𝑁𝑅𝐶 CEIH Primeira Esfera 12,37 26,62 8,35 17,10 Segunda Esfera 17,19 20,47 12,27 12,26 Terceira Esfera 15,40 28,08 10,16 18,82

Com a aplicação da técnica de composição espacial de imagens espera-se um aumento na SNRc e CNRc , o que pode ser observado, de acordo com a Tabela 5.9, para quase todas as regiões analisadas, excetuando-se apenas o CNRc na região da segunda esfera, que manteve-se muito próximo do valor obtido para a mesma região da imagem em Modo-B. Também é possível avaliar qualitativamente a melhoria da definição das bordas e a redução do aspecto granuloso que ocorre devido ao artefato speckle ao observar a Figura 5.9.

Na Figura 5.10, pode-se visualizar as seguintes imagens: composição espacial de quadros em Modo-B – CEI (esquerda) e composição espacial de quadros harmônicos – CEIH (direita), ambas com ∆θ=2,5°.

Figura 5.10 – Imagens reconstruídas: composição espacial de quadros em Modo-B – CEI (esquerda) e

composição espacial de quadros harmônicos – CEIH (direita), ambas com ∆θ=2,5°. (Fonte: Autora).

Na Tabela 5.10, são mostrados os valores de SNRc e CNRc referentes às imagens simuladas, mostradas na Figura 5.10.

Tabela 5.10 - Valores obtidos para a análise de SNRc e CNRc referentes às imagens obtidas por composição espacial de quadros em Modo-B – CEI e composição espacial de quadros harmônicos – CEIH, para ∆θ=2,5°.

Região 𝑆𝑁𝑅𝐶 CEI 𝑆𝑁𝑅𝐶 CEIH 𝐶𝑁𝑅𝐶 CEI 𝐶𝑁𝑅𝐶 CEIH Primeira Esfera 28,46 26,62 17,85 17,10 Segunda Esfera 34,34 20,47 24,61 12,26 Terceira Esfera 18,86 28,08 12,45 18,82

É interessante notar que o mesmo padrão de melhora ou piora entre as regiões de interesse observar do na Tabela 5.7 se repete. A mesma discussão daqueles resultados pode ser aplicada neste caso. Ainda, há uma outra possibilidade de explicação para estes resultados: para alvos muito distantes da

face do transdutor, a utilização de quadros harmônicos não pode ser utilizada sem que haja diminuição ou perda do contraste na imagem resultante.

De acordo com os resultados das Tabelas 5.1 e 5.3, os melhores resultados na análise da SNRc foram obtidos para a imagem referente à técnica de PIHI com remoção das componentes presentes na frequência fundamental. Entretanto, o oposto ocorreu na análise da CNRc. Isso pode ser um indicativo de que quando a prioridade é aumentar a relação sinal-ruído, a técnica de imagem harmônica por inversão de pulso pode ser mais indicada, já para quando o objetivo é aumentar a relação contraste-ruído, a técnica de imagem harmônica tecidual pode ser mais indicada, e isso é algo que deve ser investigado.

Portanto, para a simulação de 1,5 MHz com distorção da grade computacional, de maneira geral, para as regiões analisadas e para as métricas utilizadas, os melhores resultados de aumento da SNRc ocorreram com a técnica PIHI. Quando se deseja um aumento na CNRc, deve-se utilizar a técnica THI. Para imagem composta, os melhores resultados ocorreram para as imagens obtidas a partir da técnica de composição espacial de quadros harmônicos com ∆θ=5°.

Um fator muito importante que deve ser levado em consideração quando se trata de imagens por composição de quadros é o fato de que existe um índice de correlação entre os quadros que não deve ser nem muito grande para que a imagem resultante não fique muito embaçada e nem muito pequeno para que seja possível a variação no padrão de speckle do background e realce dos alvos.

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